terça-feira, 19 de maio de 2015

O Último Degrau da Liderança

No livro o último degrau da liderança, C. Gene Wilkes inverte os papéis da tendência da liderança, chegando a inverter a própria pirâmide hierárquica com a qual estamos acostumados a lidar nas organizações da nossa sociedade. Os modelos de organogramas organizacionais geralmente têm um padrão de hierarquia funcional óbvio. Mas não sob a ótica de Wilkes, quando busca olhar como seria a construção do movimento de missão de Cristo.

Estamos acostumados a ir numa escola onde o menor é o aluno e o maior é o diretor. Estamos acostumados a frequentar clubes onde o mais importante é o presidente. Estamos acostumados a olhar para a grande maioria que está no chão da fábrica como os menos importantes, e ver como cada um que está numa liderança “acima” como sendo mais importante, até chegar ao último grau da liderança na chefia, diretoria ou presidência da companhia. Nesse prisma, se o operário passa a ser líder de um pequeno grupo de pessoas dentro da seção, ele subiu o degrau. Mas ele pode subir um próximo degrau quando se tornar o encarregado da seção. E talvez um terceiro degrau possa ser galgado ao este encarregado se tornar supervisor dos encarregados, depois gerente de setor, um dos administradores até chegar ao último degrau da liderança, que seria o presidente.

Todos nós sabemos que Jesus foi um líder. E se foi líder, teve diferentes graus de liderados. Por tanto, como se desenharia o Seu organograma? Como Cristo galgou os diferentes degraus até chegar ao ponto mais alto da liderança? Indo direto ao ponto, Jesus passou sim por vários estágios, até chegar ao último degrau da liderança, que foi sentar-se na cadeira de... Errado! Chegar ao último degrau da liderança foi tirar o paletó, amarrar uma toalha na cintura, abaixar-se diante de seus liderados, tirar-lhes os calçados e lavar-lhes os pés. No cenáculo, instituindo a cerimônia de lava-pés, Jesus atuava na cena que ficaria gravada para sempre como a demonstração da maior execução do mais alto posto da liderança na correta ótica do cristianismo.

Então, a teoria é clara e simples: humildade e serviço. Como Jesus foi líder? Sendo servo. Não um servo desavisado. Um servo intencional. Não com intenções motivadas por razões que não seriam nobres. Mas com pressupostos corretos. Falar sobre isso é muito fácil, e parece até óbvio dentro do meio cristão. Entretanto, ser, na prática, líder-servo, conseguir, realmente, liderar através da humildade, é muito difícil. E é aí que entra a utilidade do livro de Wilkes. Ele procura nos ensinar o “como”.

Neste chamado para a liderança servil que Wilkes vê no exemplo de Cristo, esse autor leva o leitor a compreender sobre como liderar servindo, através de sete princípios, os quais ele nomeia através dos imperativos: a) submeta seu coração; b) seja primeiro um seguidor; c) descubra a grandeza no serviço; d) corra riscos; e) pegue a toalha; f) compartilhe responsabilidades; e g) forme uma equipe. Nisto, Wilkes ensina sobre como ser humilde, como aprender a esperar, como ser um seguidor, como ser equilibrado na busca pela grandeza, como correr riscos, como liderar na condição de servo, como compartilhar autoridades, como preparar outros para servir e como um líder servo pode formar equipes de trabalho.

O livro é muito prático. Mas mesmo sua visão filosófica é, não somente impactante, bem como influenciadora. Na parte final há uma seção de ideias contemporâneas sobre a liderança servil, a qual eu confesso que nunca usei. Mas outra coisa eu também confesso. Desde que li este livro, há quinze anos, nunca mais o esqueci, e ele nunca mais deixou de influenciar os meus atos. Depois deste, já li centenas de outros livros dos quais esqueci. Entretanto, “O Último Degrau da Liderança” continuou acompanhando-me por todos estes anos porque quebrou meus paradigmas, mudou meus pressupostos e me deu uma nova cosmovisão. Nova não somente no sentido da filosofia que eu tinha anteriormente, mas também no sentido de que, a cada interação como o mundo que me cerca ou com o raio de influência que está sob mim, isso é novo para os tais. Procuro liderar servindo, e devo a esse modelo de Jesus à alegria que já tive até aqui na minha carreira.

Eu não recomendo ao leitor a leitura deste livro apenas. Recomendo veementemente, além da leitura, o câmbio dos das pressuposições e a operacionalização prática deste modus-operandi totalmente liminar, mas seguramente eficiente como um diferencial superior sobre todos os demais mesmismos convencionais de liderança. Os dados bibliográficos deste livro são: WILKES, C. Gene. O Último Degrau da Liderança: descobrindo os segredos da liderança de Jesus. São Paulo - SP: Mundo Cristão, 2000. 271 páginas.

Que Deus abençoe tanto a você quanto a tudo que está sob o seu raio de influência,


Pr. Valdeci Júnior.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Idade da Terra

É possível saber, pela Bíblia, a Idade do Mundo?

Em relação à idade do mundo, não podemos ao certo precisá-la, pois nos faltam dados suficientes para tanto.
A Bíblia é a palavra final em assuntos de salvação. Ela não é, entretanto, autoridade em assuntos de cronologia, gramática ou ciência, por exemplo. Isto não quer dizer que a Bíblia não seja confiável. Apenas nos mostra que Deus usou homens para transmitir o conhecimento de si mesmo. E estes homens tinham suas limitações. O calendário que eles usaram foi o calendário de seus dias, a gramática que usaram era proporcional à escolaridade que tinham. Assim um escritor como Paulo não tinha erros gramaticais, mas já Pedro (que era inculto) tinha muitos erros no uso da língua grega.
Os judeus têm um calendário baseado no ANNO MUNDI (ano do mundo, desde a sua criação). De acordo com este calendário, a idade da Terra está dividida em função dos principais eventos da história da humanidade como se segue:

·         Dilúvio                             1656 A.M. (anno mundi)
·         Êxodo                              2513 A.M.
·         Nascimento Cristo           3958 A.M.
·         Ano 2000                         5958 A.M.

Estas datas, contudo, não nos dão garantia alguma de que esta seja realmente a idade do mundo. Mas nos dá uma idéia aproximada.
Ellen White, uma famosa escritora cristã, no final do século passado referiu-se várias vezes a 6.000 anos da história do pecado. Entretanto quando ela assim escreveu não tinha a pretensão de ser “a autoridade” final no que se refere à idade da Terra. Ela tirou esta informação da margem de sua Bíblia.
Nos dias em que Ellen White vivia, as Bíblias daquela época traziam em sua margem, uma cronologia elaborada por um bispo anglicano que se chamava Usher. De acordo com ele, o mundo tinha aproximadamente 6 mil anos desde a sua criação. Como esta informação era aceita por todas as autoridades teológicas da época, todo mundo se referia a esta cronologia como sendo correta, inclusive a irmã White.
A Bíblia traz algumas genealogias, em que se menciona que com tantos anos Adão gerou um filho, o qual por sua vez com tal idade gerou outro filho. Mas estas listas não são completas e não é possível saber quantos anos houveram de Adão e Eva até Cristo.
Segundo Usher, um pesquisador destas genealogias, houve 4004 anos de Adão até Jesus. Mas esta informação como falamos acima, não tem se confirmado pelos achados arqueológicos e históricos. Outros pesquisadores acham que deve ter havido mais de 5.000 anos antes de Cristo.
Hoje nós sabemos que a Terra tem mais do que 6 mil anos de civilização, contudo, isto não muda as predições das profecias que nos mostram claramente que estamos vivendo nos últimos dias da história deste velho mundo. Por isto Cristo disse, “o dia e a hora não sabeis... portanto vigiai e orai”, pois este dia virá como um ladrão”.

Como cristãos temos que estar preparados diariamente, pois para nós não importa “o dia” em que o mundo vai acabar, mas o que importa é estar com Jesus todos os dias, para que quando Ele voltar possamos estar entre aqueles que viverão com Cristo para sempre.

domingo, 10 de maio de 2015

Dia das Mães: Homenagem!!!!!


Observação: Este texto não é uma crítica às que não têm condições de se dedicar integralmente aos filhos. A gente sabe que nem sempre isso é possível, apesar de que muitas gostariam de fazê-lo. E a estas Deus completa com Sua graça. Esse texto é um elogio a estas duas que que poderiam ter ido fazer outra coisa, mas fizeram esta escolha. Que Deus abençoe todas as amadas mãezinhas que dão o seu melhor, integralmente ou não. Abs

terça-feira, 5 de maio de 2015

Aquecimento Global Existe? Ou é Uma Piada?

Barack Obama fez piada com o senador que não acredita em aquecimento global[1]. Isso aconteceu no último dia 25, mas a luta do presidente estadunidense para enfrentar a crise climática do planeta está virada numa bola de neve há muito tempo. E naquele verdadeiro campo minado da política, o republicano James Inhofe discursou no senado com a intenção de convencer o congresso de que não existe aquecimento global. Seria uma piada?
Piada é ver uma igreja cristã servir de náuseas para o próprio Cristo. Leia Apocalipse 3:14-22. Assim como o mercado anda desaquecido, e a inflação aquece suas turbinas nestes últimos meses; assim como o calor solar será uma praga nos últimos dias planetários que se aproximam (Ap 15:8); assim como as temperaturas climáticas estão cada vez mais loucas; o derradeiro período da era cristã, representado pela igreja de Laodiceia, também sofre problemas de aquecimento (Ap 3:15-16). Parece piada, mas o atual cristianismo que tenta ser frio e quente ao mesmo tempo, na realidade, o que consegue é, de forma simultânea, não ser nem frio e nem quente. É morno!
Já bebeu água morna? Não é agradável. A indefinição é um incômodo. Em escala bem inferior, entendo um pouco o sentimento de Obama. Um dia desses, preguei numa grande igreja em que, pela manhã, falei do aquecimento global e, na palestra da tarde, fui desafiado por um homem inteligente que se levantou e apresentou suas razões para crer que o aquecimento global não existe. Eu quase lhe perguntei: “O que existe então?” Porque diante do que vejo e estudo, se não admitirmos que o planeta esteja em crise climática, teremos um grande mistério à frente. Assim como é misterioso tentar entender a igreja da nossa atualidade.
Temos tantas literaturas, seminários, evangelismos midiáticos, materiais denominacionais, promoções de projetos espirituais, eventos, instituições e instruções, que não podemos negar que somos ricos. Mas e o poder da igreja primitiva? Temos? O que nos falta? Fala-se tanto em “Reavivamento e Reforma”… Mas por que é tão raro ver irmãos que nos convençam, pelos seus frutos e ações, que realmente estão reformados e reavivados?
Enquanto seguirmos negando a realidade de que neste mundo não há nada mais com o que possamos nos apegar com firmeza, não sentiremos o fogo do Espírito Santo em sua plenitude. Você e eu precisamos de aquecimento geral, e não parcial. Cada vez que um cristão prefere desfrutar ainda um pouquinho mais do que há de “bom” no mundanismo, joga um balde de água fria em todo o seu raio de influência testemunhal dentro e fora da igreja. E este é o grande problema: a tentativa de viver uma vida dúbia, onde supostamente se aproveitaria tudo de bom que tanto o ambiente de pecado quanto o reino de Deus poderiam oferecer. Isso é pior que a incredulidade, pois vai do sincretismo à profanação.
Você não acha que todas as igrejas deveriam ter um destacado sistema de calefação? Todos os cristãos não deveriam descer do banco de reservas e entrar no aquecimento? A maior tentação de um cristão é tentar viver a vida de ações cristãs sem praticar na vida as devoções cristãs, fazer boas obras sem gastar tempo em oração e ensinar e pregar sem dedicar-se profundamente ao estudo da Bíblia. Todas essas ironias são uma verdadeira piada, concorda? Está na hora de tomarmos coragem suficiente para sermos, vivermos e produzirmos uma igreja que torne visíveis as línguas de fogo do Espírito, você não acha? Ou você também não acredita em aquecimento global?

Um abraço,
Pr. Valdeci Júnior.

Fonte: http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/valdeci-junior/o-aquecimento-global-e-uma-piada/