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quarta-feira, 23 de março de 2016

PÁSCOA: Significado, Origem e História - Vídeo

Páscoa é chocolate, ovos, coelhinhos, ou algo mais? Qual é a verdadeira Páscoa? De onde se originou? Qual é a história? O que a Páscoa deve significar para nós? 




Um abraço,
Pr. Valdeci Jr

sábado, 3 de maio de 2014

Origem da Páscoa

(Se preferir este conteúdo em vídeo, clique aqui).

DEFINIÇÃO: Festa religiosa, em que os judeus comemoram sua saída do Egito, sob o comando de Moisés. Festa religiosa, em que os cristãos comemoram a ressurreição de Cristo, seu fundador. Ambas definições estão juntas no "Dicionário Cultural da Língua Portuguesa" da Editora Brasiliense S/A sob a coordenação geral de Faissal El-khatib.
A palavra Páscoa vem da palavra hebráica "pesach" e do grego "pascha" que significam "passagem". Podem ter diversos significados tais como: passagem da morte para a vida - passagem de Deus para nos salvar - passagem da escravidão para a liberdade, enfim, a passagem pela qual o homem que se encontra neste mundo, passa para um novo céu e uma nova terra.
HISTÓRIA E INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA
Israel ainda era apenas um povo escravizado no Egito, quando Moisés foi enviado por Deus, para libertar Seu povo. O Faraó, obviamente não quis perder o braço escravo e não permitiu a saída dos israelitas. Ocorreu então o derramamento das pragas, mas, contudo Faraó não deixou que os israelitas se fossem.
O juízo de que o Egito fora em primeiro lugar advertido, deveria ser o último a ser mandado. Deus é longânimo e cheio de misericórdia. Tem terno cuidado pelos seres formados à Sua imagem. Se a perda das suas colheitas, rebanhos e gado, houvesse levado o Egito ao arrependimento, os filhos não teriam sido atingidos; mas a nação obstinadamente resistiu à ordem divina, e agora o golpe final estava prestes a ser desferido.
A Moisés tinha sido proibido, sob pena de morte, aparecer outra vez à presença de Faraó; mas uma última mensagem da parte de Deus deveria ser proferida ao rebelde rei, e novamente Moisés veio perante ele, com o terrível anúncio: “Assim o Senhor tem dito: À meia-noite Eu sairei pelo meio do Egito; e todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta com ele sobre o seu trono, até o primogênito da serva que está detrás da mó, e todo o primogênito dos animais”. Êx. 11:4 e 5.

Antes da execução desta sentença, o Senhor por meio de Moisés deu instruções aos filhos de Israel relativas à partida do Egito, e especialmente para a sua preservação no juízo por vir. Cada família, sozinha ou ligada com outras, deveria matar um cordeiro ou cabrito “sem mácula”, e com um molho de hissopo espargir seu sangue “em ambas as ombreiras, e na verga da porta” da casa, para que o anjo destruidor, vindo à meia-noite, não entrasse naquela habitação. Deviam comer a carne, assada, com pão asmo e ervas amargosas, à noite, conforme disse Moisés, com “os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor”. Êx. 12:1-28.
O Senhor declarou: “Passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. ... E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo Eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando Eu ferir a terra do Egito.”
Em comemoração a este grande livramento, uma festa devia ser observada anualmente pelo povo de Israel, em todas as gerações futuras. “Este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo”. Ao observarem esta festa nos anos futuros, deviam repetir aos filhos a história deste grande livramento, conforme lhes ordenou Moisés: “Direis: Este é o sacrifício da Páscoa do Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas.”
A PÁSCOA CRISTÃ
A páscoa devia ser tanto comemorativa como típica, apontando não somente para o livramento do Egito, mas, no futuro, para o maior livramento que Cristo cumpriria libertando Seu povo do cativeiro do pecado. O cordeiro sacrifical representa o “Cordeiro de Deus”, em quem se acha nossa única esperança de salvação. Diz o apóstolo: “Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.” I Cor. 5:7. Não bastava que o cordeiro pascal fosse morto, seu sangue devia ser aspergido nas ombreiras; assim os méritos do sangue de Cristo devem ser aplicados à alma. Devemos crer que Ele morreu não somente pelo mundo, mas que morreu por nós individualmente. Devemos tomar para o nosso proveito a virtude do sacrifício expiatório.

O hissopo empregado na aspersão do sangue era símbolo da purificação, assim sendo usado na purificação da lepra e dos que se achavam contaminados pelo contato com cadáveres. Na oração do salmista vê-se também a sua significação: “Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve”. Sal. 51:7.

O cordeiro devia ser preparado em seu todo, não lhe sendo quebrado nenhum osso; assim, osso algum seria quebrado do Cordeiro de Deus, que por nós devia morrer. Êxo. 12:46; João 19:36. Assim também representava-se a inteireza do sacrifício de Cristo.

A carne devia ser comida. Não basta mesmo que creiamos em Cristo para o perdão dos pecados; devemos pela fé estar recebendo constantemente força e nutrição espiritual dEle, mediante Sua Palavra. Disse Cristo: “Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue, tem a vida eterna”. E para explicar o que queria dizer, ajuntou: “As palavras que Eu vos disse são espírito e vida”. João 6:53, 54 e 63.

O cordeiro devia ser comido com ervas amargosas, indicando isto a amargura do cativeiro egípcio. Assim, quando nos alimentamos de Cristo, deve ser com contrição de coração, por causa de nossos pecados. O uso dos pães asmos (sem fermento) era também significativo. Era expressamente estipulado na lei da Páscoa, e de maneira igualmente estrita observado pelos judeus, em seu costume, que fermento algum se encontrasse em suas casas durante a festa. De modo semelhante, o fermento do pecado devia ser afastado de todos os que recebessem vida e nutrição de Cristo. Assim Paulo escreve à igreja dos coríntios: “Alimpai-vos, pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa. ... Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade.” I Cor. 5:7 e 8.

Antes de obterem liberdade, os escravos deviam mostrar fé no grande livramento prestes a realizar-se. O sinal de sangue devia ser posto em suas casas, e deviam, com as famílias, separar-se dos egípcios e reunir-se dentro de suas próprias habitações. Houvessem os israelitas desrespeitado em qualquer particular as instruções a eles dadas, houvessem negligenciado separar seus filhos dos egípcios, houvessem morto o cordeiro mas deixado de aspergir o sangue nas ombreiras, ou tivesse alguém saído de casa, e não teriam estado livres de perigo. Poderiam honestamente ter crido haver feito tudo quanto era necessário, mas não os teria salvo a sua sinceridade. Todos os que deixassem de atender às instruções do Senhor, perderiam o primogênito pela mão do destruidor.

Pela obediência, o povo devia dar prova de fé. Assim, todos os que esperam ser salvos pelos méritos do sangue de Cristo, devem compenetrar-se de que eles próprios têm algo a fazer para conseguir a salvação. Conquanto seja apenas Cristo que nos pode remir da pena da transgressão, devemos desviar-nos do pecado para a obediência. O homem deve ser salvo pela fé, e não pelas obras; contudo, a fé deve mostrar-se pelas obras. Deus deu Seu Filho para morrer como propiciação pelo pecado, Ele manifestou a luz da verdade, o caminho da vida, Ele concedeu oportunidades, ordenanças e privilégios; e agora o homem deve cooperar com esses instrumentos de salvação; deve apreciar e usar os auxílios que Deus proveu - crer e obedecer a todas as reivindicações divinas.
Como vemos Jesus foi identificado com o cordeiro da “páscoa judaica”, que a exemplo daquele, foi morto para que os que cressem nÊle, não morressem. Na verdade, Jesus é a nossa Páscoa.
A INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA CRISTÃ
Em Mateus 26:17 em diante, é narrada a celebração da última páscoa em que Jesus participou com Seus discípulos e a partir do verso 26 está a instituição da páscoa pelo Senhor Jesus, oferecendo sua vida, simbolicamente representada pelo pão, sua carne, e pelo vinho, seu sangue, que Ele derramaria no calvário, por muitos, para remissão dos pecados.
A páscoa cristã, em verdade, é celebrada no coração de cada cristão, que oferece a Deus sua própria vida, salva pelo Cordeiro Divino, que tem em si mesmo, vida eterna, podendo assim, ser o cordeiro de toda família humana que o aceite como tal.
 AS “OUTRAS” PÁSCOAS.
Até agora, embora aparentemente eu tenha me referido a duas páscoas, a páscoa cristã e judaica são a mesma, instituída pelo mesmo Deus, com a mesma finalidade. A diferença é que a judaica prefigura a cristã, onde o cordeiro é substituído pelo próprio “Cordeiro de Deus”, Seu Filho, Jesus.
Entretanto, o mundo tem criado suas próprias “páscoas”.
Assim, temos a “páscoa” dos coelhos, a “páscoa” dos ovos de chocolates, que nada lembram a salvação da qual Deus nos tem feito dignos. Desviam nossas crianças do verdadeiro sentido da páscoa, não os deixando ver que estão perdidos, necessitados de alguém que os substitua na morte. Há apenas a alegre festa dos chocolates, onde tudo parece estar muito bem, ninguém com pecados a resgatar, ninguém necessitado de um Salvador, mas apenas aguardando uma festa totalmente distanciada do verdadeiro cristianismo.
Na Páscoa Judaica, eles devem estar vestidos como quem está pronto para viajar, conscientes de que não estão em sua terra, mas partem em busca de uma nova pátria, a terra prometida.

Na Páscoa Cristã, quando temos recebido Jesus, como nosso cordeiro pascal, temos que estar conscientes de que também somos peregrinos, apenas de passagem por esta terra, e aguardamos novos céus e nova terra (Apocalipse 21:1) e (II Pedro 3:13). 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

“FELIZ PÁSCOA” ATRASADO? NÃO! - Esdras 04-06


Ontem começamos a ler o livro de Esdras e já lemos praticamente um terço dele. Sua leitura é bem rápida. Até amanhã, já teremos lido o livro inteiro. Então, para não perder o pique, anote os capítulos que você deve ler neste dia.
No relato de hoje, há muitos fatos importantes, mas um dos mais destacados é a celebração da Páscoa. E quando você ler sobre essa Páscoa aí de Esdras, verá que ela é muito diferente ou, eu até diria, que não tem nada a ver com a Páscoa que é celebrada atualmente no nosso mundo moderno. Por quê?
Bem, estamos no dia 23 de maio, e a Páscoa já passou. Mas como a comemoração da Páscoa hoje em dia não está relacionada com a verdadeira origem da Páscoa, quero aproveitar nossa leitura para falar sobre o assunto e fazer alguns comentários sobre essa celebração. Afinal, a proposta do nosso programa não é comentar o calendário cívico, mas sim a leitura bíblica do dia.
Tem gente que pergunta: “É certo comemorar a Páscoa?” O que você acha? Particularmente, creio, com toda convicção, que sim, porque Jesus a comemorou. Podemos confirmar isso em Lucas 2:41-43, Mateus 26:18-30 e João 13-17. Agora, qual é a verdadeira comemoração da páscoa?
Em Mateus 26:17 em diante, é narrada a celebração da última Páscoa em que Jesus participou com Seus discípulos. A partir do verso 26, está a instituição dela por Jesus, oferecendo sua vida, simbolicamente representada pelo pão, sua carne, e pelo vinho, seu sangue, que Ele derramaria no Calvário para remissão dos pecados de muitos.
A Páscoa cristã, na verdade, é celebrada no coração de cada cristão que oferece a Deus sua própria vida, salva pelo Cordeiro Divino, que tem vida eterna em Si mesmo, podendo assim, ser o cordeiro de toda família humana que O aceite como tal. Temos como agir assim sempre. Por isso há um texto sobre a Páscoa na leitura de hoje e, mesmo fora da data do calendário, chamo sua atenção para a verdadeira páscoa, que é ter Jesus no coração.
Em 1Coríntios 5:7-8, está escrito: “Alimpai-vos, pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa. ... Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade.” Na Páscoa cristã, quando temos recebido Jesus como nosso cordeiro pascal, devemos estar conscientes de que também somos peregrinos apenas de passagem por esta Terra e aguardamos novos céus e nova terra (Apocalipse 21:1 e 2Pedro 3:13). Amém!

Valdeci Júnior
Fátima Silva

terça-feira, 16 de abril de 2013

Servidores e alunos do Colégio Adventista de Caxias do Sul realizam musical sobre vida de Jesus


NOVE CENAS DA VIDA DE JESUS FORAM REPRESENTADAS POR CERCA DE 300 PESSOAS EM DUAS SESSÕES

[ACSR] Caxias do Sul - Nos dias 26 e 27 de março, a Escola Adventista de Caxias do Sul realizou um programa especial alusivo à páscoa. Intitulado "Paixão: um musical de esperança", o programa tratou de demonstrar o ministério de Jesus por meio de nove cenas envolvendo milagres e, principalmente, o sacrifício feito em favor da humanidade. Cerca de 300 pessoas participaram, entre alunos e convidados, desempenhando diferentes papéis para levar o público a imaginar como era a vida nos dias de Cristo.
Somando sessões das duas noites, a estimativa é de que mais de 500 pessoas tenham, de fato, prestigiado a programação. De acordo com o diretor da escola, Ronaldo dos Santos, ao término do evento, notou-se pelas manifestações de diversas pessoas que o projeto realmente alcançou seu propósito. "Alguns, visivelmente emocionados, agradeciam pela oportunidade de reflexão que o programa proporcionou", conta.
Um exemplo disto é Elida Almeida, mãe de um aluno do 3° ano do Ensino Fundamental, que elogiou o programa. "Inspirador, para dizer o mínimo. Excelente testemunho em uma ocasião de renovação, bem no propósito da data. Sinto-me orgulhosa por meu filho e meus sobrinhos estudarem nesta instituição", declara Elida, parabenizando toda a equipe de participantes.
Palestra
Em sequência das reflexões em torno do período da páscoa, na manhã de quinta-feira, 28, alunos participaram de uma palestra sobre a origem da data e o significado de alguns emblemas, como por exemplo, a Santa Ceia. Quem ministrou o assunto foi o pastor Valdeci Júnior, responsável pela Igreja Adventista Central de Caxias do Sul.
Pelo fato da páscoa ter uma origem ligada a libertação, Valdeci fez uma aplicação para os dias atuais em torno de que, cada indivíduo precisa se libertar de algo para viver melhor. "Cada um de nós tem alguma coisa que nos prende ou nos amarra, impedindo de ser o que gostaríamos de ser; se pedirmos à Jesus, Ele nos ajudará a vencer", concluiu o pastor.
Os alunos ainda foram presenteados com cordeiros de pelúcia e sucos de uva, para se lembrarem da importância da verdadeira páscoa.
(Informações: Ronaldo dos Santos, diretor da Escola Adventista de Caxias do Sul)
Por William Vieira

quinta-feira, 28 de março de 2013

Origem da Páscoa


Como surgiu a Páscoa?


(Você pode ver este conteúdo em vídeo clicando aqui)

DEFINIÇÃO: Festa religiosa, em que os judeus comemoram sua saída do Egito, sob o comando de Moisés. Festa religiosa, em que os cristãos comemoram a ressurreição de Cristo, seu fundador. Ambas definições estão juntas no "Dicionário Cultural da Língua Portuguesa" da Editora Brasiliense S/A sob a coordenação geral de Faissal El-khatib.

A palavra Páscoa vem da palavra hebráica "pesach" e do grego "pascha" que significam "passagem". Podem ter diversos significados tais como: passagem da morte para a vida - passagem de Deus para nos salvar - passagem da escravidão para a liberdade, enfim, a passagem pela qual o homem que se encontra neste mundo, passa para um novo céu e uma nova terra.

HISTÓRIA E INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA

Israel ainda era apenas um povo escravizado no Egito, quando Moisés foi enviado por Deus, para libertar Seu povo. O Faraó, obviamente não quis perder o braço escravo e não permitiu a saída dos israelitas. Ocorreu então o derramamento das pragas, mas, contudo Faraó não deixou que os israelitas se fossem.

O juízo de que o Egito fora em primeiro lugar advertido, deveria ser o último a ser mandado. Deus é longânimo e cheio de misericórdia. Tem terno cuidado pelos seres formados à Sua imagem. Se a perda das suas colheitas, rebanhos e gado, houvesse levado o Egito ao arrependimento, os filhos não teriam sido atingidos; mas a nação obstinadamente resistiu à ordem divina, e agora o golpe final estava prestes a ser desferido.

A Moisés tinha sido proibido, sob pena de morte, aparecer outra vez à presença de Faraó; mas uma última mensagem da parte de Deus deveria ser proferida ao rebelde rei, e novamente Moisés veio perante ele, com o terrível anúncio: “Assim o Senhor tem dito: À meia-noite Eu sairei pelo meio do Egito; e todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta com ele sobre o seu trono, até o primogênito da serva que está detrás da mó, e todo o primogênito dos animais”. Êx. 11:4 e 5.

Antes da execução desta sentença, o Senhor por meio de Moisés deu instruções aos filhos de Israel relativas à partida do Egito, e especialmente para a sua preservação no juízo por vir. Cada família, sozinha ou ligada com outras, deveria matar um cordeiro ou cabrito “sem mácula”, e com um molho de hissopo espargir seu sangue “em ambas as ombreiras, e na verga da porta” da casa, para que o anjo destruidor, vindo à meia-noite, não entrasse naquela habitação. Deviam comer a carne, assada, com pão asmo e ervas amargosas, à noite, conforme disse Moisés, com “os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor”. Êx. 12:1-28.
O Senhor declarou: “Passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. ... E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo Eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando Eu ferir a terra do Egito.”

Em comemoração a este grande livramento, uma festa devia ser observada anualmente pelo povo de Israel, em todas as gerações futuras. “Este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo”. Ao observarem esta festa nos anos futuros, deviam repetir aos filhos a história deste grande livramento, conforme lhes ordenou Moisés: “Direis: Este é o sacrifício da Páscoa do Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas.”

A PÁSCOA CRISTÃ

A páscoa devia ser tanto comemorativa como típica, apontando não somente para o livramento do Egito, mas, no futuro, para o maior livramento que Cristo cumpriria libertando Seu povo do cativeiro do pecado. O cordeiro sacrifical representa o “Cordeiro de Deus”, em quem se acha nossa única esperança de salvação. Diz o apóstolo: “Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.” I Cor. 5:7. Não bastava que o cordeiro pascal fosse morto, seu sangue devia ser aspergido nas ombreiras; assim os méritos do sangue de Cristo devem ser aplicados à alma. Devemos crer que Ele morreu não somente pelo mundo, mas que morreu por nós individualmente. Devemos tomar para o nosso proveito a virtude do sacrifício expiatório.


O hissopo empregado na aspersão do sangue era símbolo da purificação, assim sendo usado na purificação da lepra e dos que se achavam contaminados pelo contato com cadáveres. Na oração do salmista vê-se também a sua significação: “Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve”. Sal. 51:7.


O cordeiro devia ser preparado em seu todo, não lhe sendo quebrado nenhum osso; assim, osso algum seria quebrado do Cordeiro de Deus, que por nós devia morrer. Êxo. 12:46; João 19:36. Assim também representava-se a inteireza do sacrifício de Cristo.


A carne devia ser comida. Não basta mesmo que creiamos em Cristo para o perdão dos pecados; devemos pela fé estar recebendo constantemente força e nutrição espiritual dEle, mediante Sua Palavra. Disse Cristo: “Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue, tem a vida eterna”. E para explicar o que queria dizer, ajuntou: “As palavras que Eu vos disse são espírito e vida”. João 6:53, 54 e 63.


O cordeiro devia ser comido com ervas amargosas, indicando isto a amargura do cativeiro egípcio. Assim, quando nos alimentamos de Cristo, deve ser com contrição de coração, por causa de nossos pecados. O uso dos pães asmos (sem fermento) era também significativo. Era expressamente estipulado na lei da Páscoa, e de maneira igualmente estrita observado pelos judeus, em seu costume, que fermento algum se encontrasse em suas casas durante a festa. De modo semelhante, o fermento do pecado devia ser afastado de todos os que recebessem vida e nutrição de Cristo. Assim Paulo escreve à igreja dos coríntios: 
“Alimpai-vos, pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa. ... Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade.” I Cor. 5:7 e 8.


Antes de obterem liberdade, os escravos deviam mostrar fé no grande livramento prestes a realizar-se. O sinal de sangue devia ser posto em suas casas, e deviam, com as famílias, separar-se dos egípcios e reunir-se dentro de suas próprias habitações. Houvessem os israelitas desrespeitado em qualquer particular as instruções a eles dadas, houvessem negligenciado separar seus filhos dos egípcios, houvessem morto o cordeiro mas deixado de aspergir o sangue nas ombreiras, ou tivesse alguém saído de casa, e não teriam estado livres de perigo. Poderiam honestamente ter crido haver feito tudo quanto era necessário, mas não os teria salvo a sua sinceridade. Todos os que deixassem de atender às instruções do Senhor, perderiam o primogênito pela mão do destruidor.


Pela obediência, o povo devia dar prova de fé. Assim, todos os que esperam ser salvos pelos méritos do sangue de Cristo, devem compenetrar-se de que eles próprios têm algo a fazer para conseguir a salvação. Conquanto seja apenas Cristo que nos pode remir da pena da transgressão, devemos desviar-nos do pecado para a obediência. O homem deve ser salvo pela fé, e não pelas obras; contudo, a fé deve mostrar-se pelas obras. Deus deu Seu Filho para morrer como propiciação pelo pecado, Ele manifestou a luz da verdade, o caminho da vida, Ele concedeu oportunidades, ordenanças e privilégios; e agora o homem deve cooperar com esses instrumentos de salvação; deve apreciar e usar os auxílios que Deus proveu - crer e obedecer a todas as reivindicações divinas.

Com vemos Jesus foi identificado com o cordeiro da “páscoa judaica”, que a exemplo daquele, foi morto para que os que cressem nÊle, não morressem. Na verdade, Jesus é a nossa Páscoa.

A INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA CRISTÃ

Em Mateus 26:17 em diante, é narrada a celebração da última páscoa em que Jesus participou com Seus discípulos e a partir do verso 26 está a instituição da páscoa pelo Senhor Jesus, oferecendo sua vida, simbolicamente representada pelo pão, sua carne, e pelo vinho, seu sangue, que Ele derramaria no calvário, por muitos, para remissão dos pecados.

A páscoa cristã, em verdade, é celebrada no coração de cada cristão, que oferece a Deus sua própria vida, salva pelo Cordeiro Divino, que tem em si mesmo, vida eterna, podendo assim, ser o cordeiro de toda família humana que o aceite como tal.

 AS “OUTRAS” PÁSCOAS.

Até agora, embora aparentemente eu tenha me referido a duas páscoas, a páscoa cristã e judaica são a mesma, instituída pelo mesmo Deus, com a mesma finalidade. A diferença é que a judaica prefigura a cristã, onde o cordeiro é substituído pelo próprio “Cordeiro de Deus”, Seu Filho, Jesus.

Entretanto, o mundo tem criado suas próprias “páscoas”.

Assim, temos a “páscoa” dos coelhos, a “páscoa” dos ovos de chocolates, que nada lembram a salvação da qual Deus nos tem feito dignos. Desviam nossas crianças do verdadeiro sentido da páscoa, não os deixando ver que estão perdidos, necessitados de alguém que os substitua na morte. Há apenas a alegre festa dos chocolates, onde tudo parece estar muito bem, ninguém com pecados a resgatar, ninguém necessitado de um Salvador, mas apenas aguardando uma festa totalmente distanciada do verdadeiro cristianismo.

Na Páscoa Judaica, eles devem estar vestidos como quem está pronto para viajar, conscientes de que não estão em sua terra, mas partem em busca de uma nova pátria, a terra prometida.

Na Páscoa Cristã, quando temos recebido Jesus, como nosso cordeiro pascal, temos que estar conscientes de que também somos peregrinos, apenas de passagem por esta terra, e aguardamos novos céus e nova terra (Apocalipse 21:1) e (II Pedro 3:13). 

Feliz Páscoa!
Pr. Valdeci Jr.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

FESTAS SABÁTICAS - Levítico 23-25


Como a leitura de hoje fala sobre algumas festas e sábados, quero fazer aqui um resumo e algumas considerações sobre esse assunto.
A palavra sábado, no hebraico antigo, entre os israelitas, poderia ter alguns significados diferentes: a)Descanso; b)Sétimo dia da semana; c)Um feriado qualquer. Portanto, para relacionar abaixo as festividades judaicas, quero ressaltar que cada um desses dias festivos era um sábado, não importando em que dia da semana caísse. São os sábados cerimoniais, que não devem ser confundidos com os sábados semanais.
1. Festa da Páscoa - 14º dia do mês de Abib (Não era um feriado - Números 28:16).
2. Festa dos Pães Asmos - 15º ao 21º dia de Abib (Sábados cerimoniais, o primeiro e o último dia da festa - Números 28:17).
3. Festa do Pentecostes - 50 dias após a oferta do molho movido que era realizada no 16º do mês de Abib (Sábado cerimonial era dia de Santa Convocação - Êxodo 23:16; 34:22; Números 28:26; Atos 2:1).
4. Festa das Trombetas - Primeiro dia do 7º mês (Sábado cerimonial - era dia de Santa Convocação - Números 29:1).
5. Dia da Expiação - Décimo dia do 7º mês (Sábado cerimonial - era dia de Santa Convocação - Números 29:7).
6. Festa dos Tabernáculos - Essa festa acontecia do 15º ao 22º dia do 7º mês, e nela, os sábados cerimoniais eram o primeiro e último dias da festa (Números 29:12; Êxodo 23:16; Levítico 23:34).
Em Cristo, cumprem-se, com notável exatidão, tais sábados cerimoniais, a começar pelas festas primaveris (Páscoa, Pães Asmos e Pentecostes). Ele morreu como cordeiro pascal (14º dia de Abib) e o período a seguir foi o dos pães asmos e das ervas amargas, por Sua morte. Sua ressurreição foi exatamente no 16º dia de Abib. Nesse dia, Cristo ressuscitou representando as primícias (molho movido). Após isso, em 50 dias viria o Pentecostes. Exatamente nesse dia, Cristo era recebido no Céu e derramava sobre os discípulos a chuva do Espírito Santo.
Os estudos feitos quanto às festas outonais (Trombetas, Expiação e Tabernáculos) demonstram que elas estão claramente relacionadas em torno da segunda vinda de Cristo. A festa da Expiação representa o juízo que Ele está executando atualmente no Céu, a festa das Trombetas representa a proclamação atual do evangelho a todo o mundo e a dos Tabernáculos está relacionada com a Nova Terra.
Por outro lado, o sábado semanal, como os demais mandamentos do Decálogo (Tiago 2), são divinos e eternos (Mateus 5:17-19). Se amamos a Jesus, iremos guardar Seus mandamentos que “não são pesados” (João 14:15; 1João 5:3). A obediência é o resultado natural e espontâneo da fé.


Valdeci Júnior
Fátima Silva

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

PÁSCOA - Êxodo 12-13

Como a comemoração da Páscoa, atualmente, não tem tido nada a ver com a verdadeira origem da Páscoa, quero aproveitar que a leitura de hoje está em Êxodo 12-13, onde encontramos a história da primeira Páscoa comemorada no mundo, para fazer um comentário sobre a Páscoa bíblica. É certo que ainda estamos em 20 de janeiro, bem longe da Páscoa. Mas isto já lhe servirá para preparar-se melhor para a páscoa deste ano: 2012.
Vejamos um pouco da cultura. A Páscoa, originalmente falando, não tem coelhos ou ovos de chocolate. Você lembra da história das 10 pragas no Egito? Antes de cair a última praga, que foi a morte do primeiro filho de cada família, os israelitas celebraram a primeira páscoa da seguinte forma: cada família matou um cordeiro.
Eles recolheram o sangue do animal cordeiro em uma bacia e, com uma esponja, passaram daquele sangue nos portais das portas das casas, nos batentes laterais e no batente de cima da porta de saída de todas as casas dos israelitas. Quando deu meia noite, o anjo de Deus veio passando para matar o filho primogênito de cada família que morava no Egito. Os israelitas moravam lá também, mas o anjo não iria matar quem estivesse ao lado de Deus, comemorando a verdadeira páscoa.
O sinal para o anjo saber era o sangue na porta. Para que acontecesse a libertação daquela apostasia e escravidão, que eram um grande contexto de pecado, precisaria haver derramamento de sangue. Afinal, o salário do pecado não é a morte? Mas como a porta das casas dos israelitas já estava assinalada com o sangue do cordeiro, o anjo passava por cima das casas deles e não matava ninguém.
O sangue foi a garantia da vida porque ele simbolizava o sangue de Cristo que, conforme o João 1:29, é o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Portanto, a palavra Páscoa significa “passar por cima”, “passar por alto”.
Agora, como devemos comemorar a Páscoa hoje? Do jeito que Jesus comemorou com os discípulos, como está em João 13-17. Em 1Coríntios 11:17 em diante, você pode encontrar a instrução de como celebrar a verdadeira Páscoa cristã.
O significado completo da comemoração da Páscoa é a espera e o preparo para a vinda da libertação, por meio de Jesus. Se você confiar no sangue do cordeiro que limpa o pecado do mundo e confessar seus pecados a Deus, Ele não se concentrará na sua falta de mérito, mas sim, na sua fé. Deus passará por alto todos os seus defeitos e lhe dará a libertação em Cristo Jesus. Esta é a verdadeira Páscoa.
E a instrução de Jesus foi: “Faça isso, em memória de mim, até que eu venha”.

Assista ao Vídeo sobre a História a e a Origem da Páscoa clicando Aqui.

Twitter: @Valdeci_Junior
e
Fátima Silva

terça-feira, 19 de abril de 2011

Paixão de Cristo em Filme de Mel Gibson

Pastor, qual é a opinião da sua igreja sobre o filme “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson?


Prezado amigo visitante da Sala,

Fiquei feliz em receber o seu email. A sua pergunta sobre tal filme não tem uma resposta oficial da igreja. A igreja não se preocupou em fazer um documento oficial analítico sobre tal filme. Entretanto, as pessoas pertencentes à igreja, como todo ter humano, têm suas idéias particulares sobre o assunto. Note: a idéia de um membro ou mesmo líder em uma denominação não representa necessariamente o pensamento oficial de uma corporação.
Para ter uma noção destas idéias particulares, transcrevo abaixo, na íntegra, uma reportagem realizada por uma agencia de noticias da igreja. É uma análise da ANN, sobre os membros e o filme "A Paixão de Cristo". Leia, assista o filme, leia a Bíblia, e faça sua própria análise.

"A Paixão de Cristo", um filme de 30 milhões de dólares que retrata as 12 últimas horas da vida de Jesus de Nazaré, já tem provocado um debate mundial sobre esses eventos e sua significação. O filme, co-escrito e produzido, financiado e dirigido pelo ator Mel Gibson, será lançado na América do Norte em 25 de fevereiro, com lançamento na Grã-Bretanha um mês depois. Outros lançamentos ocorrerão a nível mundial em seguida.
A película já tem causado controvérsia pelo modo como descreve os líderes religiosos judaicos dos dias de Jesus, homens que se mobilizaram pela Sua crucifixão. Alguns têm acusado o filme de ser de teor anti-semita, enquanto outros, tal como o Rabino Daniel Lapin, crítico cinematográfico, Michael Medved e o próprio Gibson dizem que o filme não tem tal intenção.
Vários diretores adventistas de Ministério de Mídia, bem como este repórter, tiveram oportunidade de ver o filme durante uma exibição privada em 16 de fevereiro durante a Convenção Nacional de Difusores Religiosos em Charlotte, Carolina do Norte. Fizemos parte de uma audiência de quase 3.000 pessoas reunidas no salão de bailes do centro de convenções. Ao terminar a exibição do filme de duas horas perto da meia-noite, o silêncio dominava a multidão que se dirigia para a saída. Além de alguns que oravam silenciosamente em seus assentos, não havia conversas ou barulho de qualquer tipo. A natureza pungente e gráfica do filme e seu impacto impediu a conversação normal por vários minutos.
"Durante esta exibição privada de 'A Paixão' sentimo-nos dominados pelo impacto [e] não só sobre nós", declarou o Pastor Lonnie Melashenko, diretor/orador de "A Voz da Profecia", um ministério de rádio e TV sediado em Simi Valley, Califórnia, EUA.
"Foi uma exibição profundamente espiritual, impressionantemente precisa. Eu incentivaria vigorosamente os que estão envolvidos no projeto Semeando Um Bilhão a dirigirem-se aos cinemas e oferecerem os folhetos promovendo os estudos bíblicos da série "Descoberta da Bíblia" àqueles que estão saindo do cinema, disse ele.
Melashenko acrescentou: "Este filme propiciará muitas oportunidades para testemunho. É quase providencial que apareça durante o 'Ano de Evangelismo' para nossa igreja e a campanha do Semeando Um Bilhão".
O Pastor John Lomacang, da Igreja Adventista de Thompsonville, em Illinois, também participou da convenção e da exibição particular. Ele disse que a mensagem subjacente ao filme foi o que mais o impressionou.
"O ponto mais forte para mim foi que Jesus foi esmagado por nossas transgressões", ele disse na manhã após a exibição. "Se [Mel Gibson] estava visando a descrever com exatidão o sofrimento de Jesus, ele teve êxito".
Conquanto desejasse ter visto maior ênfase dada sobre a ressurreição de Jesus, Lomacang, isso "poderia ter apagado de nossas mentes o sofrimento" do Nazareno.
Ele também notou que o efeito do filme sobre sua audiência: "Foi a mais silenciosa saída de um filme que já experimentei".
Conquanto se espere que o efeito do filme sobre audiências propicie oportunidades para o evangelismo, devem os adventistas correr para os cinemas? Não sem considerar as origens do filme, declara o Dr. Angel Manuel Rodríguez, diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da denominação.
"Tenham em mente que esta é uma produção de Hollywood", declarou o Dr. Rodríguez, que ainda não assistiu ao filme. "O produtor pode ser sincero, mas há outras questões. Também [Gibson] tem seus próprios pontos de vista teológicos", aduziu.
Contudo, acrescentou: "não há nada errado em ir ver um filme sobre Jesus. Se for tão fiel ao relato do Evangelho, nada há de errado em vê-lo. Teremos que ver quão intenso é este filme, quão fiel ao texto bíblico".
Conquanto Gibson, um católico romano "tradicionalista" que rejeita pessoalmente muitas das mudanças instituídas pelo Concílio Vaticano II, disse que extraiu a história dos relatos dos Evangelhos, ele também admite que as visões de duas freiras católicas, Anne Catherine Emmerich da França e Maria de Agreda, da Espanha, influenciaram seu script. Numa entrevista com David Neff, editor-chefe da revista "Christianity Today", Gibson declarou que "o filme é tão mariano", em seu tratamento de Maria, a mãe de Jesus.
Tais elementos podem ser estranhos a muitos que o virem. O Dr. Rodríguez declara que de um modo geral, o filme "porá a Jesus de volta na consciência social do mundo ocidental. De repente as pessoas estão falando sobre a morte de Jesus e o que representa".
Dick Duerksen, diretor de desenvolvimento espiritual do Hospital Flórida, também viu o filme numa sessão privada. "Não creio que as pessoas devam ver o filme a menos que creiam que a cruz seja o ponto de contato com a eternidade", disse Duerksen a ANN. "Vão perder totalmente o principal".
"O que me impressionou mais sobre o filme é a reação da audiência; 10 minutos de filme e começa a choradeira, e assim pelo restante do filme, havia muitas pessoas chorando, gemendo, confessando os pecados, pedindo perdão e louvando a Deus por Sua graça" Duerksen acrescentou. "Foi realmente impressionante a maneira em que as pessoas reagiam".
Prevendo que o filme se tornará "um tema de conversações" nas instalações do Hospital Florida, Duerksen disse que ingressos foram adquiridos para 50 de seus capelães, para prepará-los para discussões com pacientes e outros.

Fonte: February 24, 2004 Silver Spring, Maryland, United States .... [Mark A. Kellner/ANN], extraído de http://news.adventist.org/data/2004/01/1077630765/index.html.pt .

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Na história de Lucas 8:26-39, a que abismo os anjos caídos não queriam ir?

domingo, 17 de abril de 2011

Páscoa - Ontem e Hoje

Quais são as ligações entre os significados que a Páscoa do Antigo Testamento tinha e os significados da atual Páscoa pós-moderna?

A páscoa é a festa instituída no Êxodo para celebrar a noite de fuga do Egito por parte  dos Israelitas. Nesta noite, em todos os lares Egípcios que não celebraram a Páscoa  os primogênitos foram mortos.

Pouco tempo antes da partida do povo de Israel do Egito o Senhor instruiu a Moisés que "este mês" (Mês de Abib, mais tarde chamado de mês de Nisan) deveria se tornar o primeiro mês do ano, e que no décimo dia deste mês cada família ou um grupo maior deveria separar um cordeiro, e no décimo quarto dia eles deveriam matar este cordeiro ao entardecer e come-lo à noite. Este mês corresponde ao nosso mês de Abril, na palestina era a época em que os grãos de cereais estavam maduros[1].

Instruções detalhadas foram dadas (Êxodo 12:1-28) para esta refeição cerimonial que deveria se tornar uma observância anual. Naquela ocasião e nos anos subseqüentes a Páscoa foi celebrada por famílias ou grupos de famílias no ambiente familiar.

Pães sem fermento deviam ser usados na festa pascal, como lembrança perene da pressa daquela noite de livramento (Êxodo 12:34).

Ervas amargas deveriam ser ingeridas. Não se sabe ao certo que tipo de "ervas" eram usadas no Egito. Mas sabe-se que alface e escarola são nativas tanto no Egito como na Palestina, e tem sido usadas pelos Judeus associadas à festa da Páscoa. Ervas amargas tinham o propósito de lembrar aos participantes de sua escravidão e do amargo sofrimento na terra do Egito.[2]

Os primogênitos dos Israelitas deveriam ser consagrados a Deus perpetuamente, como lembrança de sua redenção pela morte dos primogênitos do Egito.

Mais tarde a Páscoa passou a ser celebrada pelos filhos de Israel apenas no santuário, que posteriormente se estabeleceu em Jerusalém (Deuteronômio 16:2, 5 e 6).

No tempo de Jesus, os cordeiros pascais eram mortos pelos sacerdotes no Templo na tarde do dia 14 de Nisan, e aqueles que trouxeram os cordeiros então os levavam para casa para serem assados. Embora a participação era obrigatória apenas para os homens adultos, a família poderia ir voluntariamente. Tal era o caso de José, Maria e o menino Jesus que sempre iam à Jerusalém para a festa da Páscoa (Lucas 2:41-43).

Os evangelhos relatam Jesus participando de várias Páscoas, a última delas sendo a ocasião em que ele instituiu a Santa Ceia (Mateus 26:18-30).

Além de ser um memorial do Êxodo, quando o povo de Israel foi libertado da escravidão do Egito - a Festa da Páscoa, centralizada no cordeiro a ser sacrificado, apontava também para o futuro Messias, "o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1:19).

Além disso as instruções recebidas por Moisés e repassadas para o povo de que nenhum osso deveria ser quebrado do cordeiro sacrificado (Êxodo 12:46; Números 2:12) sem dúvida encontraram um cumprimento fiel no fato de que os ossos de Jesus não foram quebrados por ocasião de sua morte (Cf. João 19:36; Salmo 34:20).[3]

Paulo especificamente declara que Cristo é "nosso cordeiro pascal", "sacrificado por nós".
Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. (1 Coríntios 5:7 RA)

Parece que tudo ao redor da Páscoa foi destinado por Deus para ser uma grandiosa figura histórica de Cristo, o Cordeiro Pascal, que por seu sangue nos livra do mundo hostil[4].

Depois da destruição do Templo de Jerusalém em 70 D.C., qualquer possibilidade de abater vítimas em forma ritual pública cessou completamente, e a Páscoa Judaica passou novamente a ser uma festa íntima em família conforme nos dias primitivos[5].

O Judaísmo perpetua até hoje a celebração da Páscoa.


[1] Seventh Day Adventist Bible Commentary  (Washington, DC: Review and Herald, 1976),  pág. 549.
[2] Seventh Day Adventist Bible Commentary  (Washington, DC: Review and Herald, 1976),  pág. 551.
[3] Seventh Day Adventist Bible Dictionary   (Washington, DC: Review and Herald, 1960),  pág. 817.
[4] Manual Bíblico (SP: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1983), pág. 119.
[5] O Novo Dicionário da Bíblia   (SP: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1962), pág. 1208.

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Em 1844 a purificação do santuário começou ou terminou? (cf. Dn 8:14) 

sábado, 16 de abril de 2011

Páscoa




Gostaria de ler alguma coisa que comente sobre a instituição da primeira Páscoa.




Nada melhor do que o terceiro capítulo do livro Patriarcas e Profetas. É o que colo aí abaixo. Boa leitura.



Quando o pedido para o livramento de Israel fora pela primeira vez apresentado ao rei do Egito, fizera-se a advertência das mais terríveis pragas. Foi ordenado a Moisés dizer a Faraó: "Assim diz o Senhor: Israel é Meu filho, Meu primogênito. E Eu te tenho dito: Deixa ir o Meu filho, para que Me sirva; mas tu recusaste deixá-lo ir; eis que Eu matarei a teu filho, o teu primogênito." Êxo. 4:22 e 23. Posto que desprezados pelos egípcios, os israelitas haviam sido honrados por Deus, tendo sido separados para serem os depositários de Sua lei. Nas bênçãos e privilégios especiais a eles conferidos, tinham preeminência entre as nações, como tinha o filho primogênito entre seus irmãos.

O juízo de que o Egito fora em primeiro lugar advertido, deveria ser o último a ser mandado. Deus é longânimo e cheio de misericórdia. Tem terno cuidado pelos seres formados à Sua imagem. Se a perda das suas colheitas, rebanhos e gado, houvesse levado o Egito ao arrependimento, os filhos não teriam sido atingidos; mas a nação obstinadamente resistiu à ordem divina, e agora o golpe final estava prestes a ser desferido.

A Moisés tinha sido proibido, sob pena de morte, aparecer outra vez à presença de Faraó; mas uma última mensagem da parte de Deus deveria ser proferida ao rebelde rei, e novamente Moisés veio perante ele, com o terrível anúncio: "Assim o Senhor tem dito: À meia-noite Eu sairei pelo meio do Egito; e todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta com ele sobre o seu trono, até o primogênito da serva que está detrás da mó, e todo o primogênito dos animais. E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve semelhante e nunca haverá; mas contra todos os filhos de Israel nem ainda um cão moverá a sua língua, desde os homens até aos animais, para que saibais que o Senhor fez diferença entre os egípcios e os israelitas. Então todos estes teus servos descerão a mim, e se inclinarão diante de mim, dizendo: Sai tu, e todo o povo que te segue as pisadas; e depois eu sairei." Êxo. 11:4-8.

Antes da execução desta sentença, o Senhor por meio de Moisés deu instruções aos filhos de Israel relativas à partida do Egito, e especialmente para a sua preservação no juízo por vir. Cada família, sozinha ou ligada com outras, deveria matar um cordeiro ou cabrito "sem mácula", e com um molho de hissopo espargir seu sangue "em ambas as ombreiras, e na verga da porta" da casa, para que o anjo destruidor, vindo à meia-noite, não entrasse naquela habitação. Deviam comer a carne, assada, com pão asmo e ervas amargosas, à noite, conforme disse Moisés, com "os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor". Êxo. 12:1-28.

O Senhor declarou: "Passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. ... E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo Eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando Eu ferir a terra do Egito."

Em comemoração a este grande livramento, uma festa devia ser observada anualmente pelo povo de Israel, em todas as gerações futuras. "Este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo." Ao observarem esta festa nos anos futuros, deviam repetir aos filhos a história deste grande livramento, conforme lhes ordenou Moisés: "Direis: Este é o sacrifício da Páscoa do Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas."

Ademais, os primogênitos tanto de homens como de animais deviam ser do Senhor, podendo ser reavidos apenas por meio de resgate, em reconhecimento de que, quando os primogênitos do Egito pereceram, os de Israel, se bem que graciosamente preservados, estiveram, com justiça, expostos à mesma sorte se não fora o sacrifício expiatório. "Todo o primogênito Meu é", declarou o Senhor; "desde o dia em que feri a todo o primogênito na
terra do Egito, santifiquei para Mim todo o primogênito em Israel, desde o homem até ao animal: Meus serão." Núm. 3:13. Depois da instituição do culto do tabernáculo, o Senhor escolheu para Si a tribo de Levi para a obra do santuário, em lugar dos primogênitos do povo. "Eles, do meio dos filhos de Israel, Me são dados", disse Ele. "Em lugar... do primogênito de cada um dos filhos de Israel, para Mim os tenho tomado." Núm. 8:16. Exigia-se ainda, entretanto, de todo o povo, em reconhecimento da misericórdia de Deus, pagar certo valor pelo resgate do filho primogênito. Núm. 18:15 e 16.

A páscoa devia ser tanto comemorativa como típica, apontando não somente para o livramento do Egito, mas, no futuro, para o maior livramento que Cristo cumpriria libertando Seu povo do cativeiro do pecado. O cordeiro sacrifical representa o "Cordeiro de Deus", em quem se acha nossa única esperança de salvação. Diz o apóstolo: "Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós." I Cor. 5:7. Não bastava que o cordeiro pascal fosse morto, seu sangue devia ser aspergido nas ombreiras; assim os méritos do sangue de Cristo devem ser aplicados à alma. Devemos crer que Ele morreu não somente pelo mundo, mas que morreu por nós individualmente. Devemos tomar para o nosso proveito a virtude do sacrifício expiatório.

O hissopo empregado na aspersão do sangue era símbolo da purificação, assim sendo usado na purificação da lepra e dos que se achavam contaminados pelo contato com cadáveres. Na oração do salmista vê-se também a sua significação: "Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve." Sal. 51:7.

O cordeiro devia ser preparado em seu todo, não lhe sendo quebrado nenhum osso; assim, osso algum seria quebrado do Cordeiro de Deus, que por nós devia morrer. Êxo. 12:46; João 19:36. Assim também representava-se a inteireza do sacrifício de Cristo.

A carne devia ser comida. Não basta mesmo que creiamos em Cristo para o perdão dos pecados; devemos pela fé estar recebendo constantemente força e nutrição espiritual dEle, mediante Sua Palavra. Disse Cristo: "Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue, tem a vida eterna." E para explicar o que queria dizer, ajuntou: "As palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:53, 54 e 63.

Jesus aceitou a lei de Seu Pai, levou a efeito em Sua vida os princípios da mesma, manifestou-lhe o espírito, e mostrou o seu benéfico poder no coração. Diz João: "O Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e verdade." João 1:14. Os seguidores de Cristo devem ser participantes de Sua experiência. Devem receber e assimilar a Palavra de Deus de modo que esta se torne a força impulsora da vida e das ações. Pelo poder de Cristo devem ser transformados à Sua semelhança, e refletir os atributos divinos. Devem comer a carne e beber o sangue do Filho do homem, ou não haverá vida neles. O espírito e a obra de Cristo devem tornar-se o espírito e obra de Seus discípulos.

O cordeiro devia ser comido com ervas amargosas, indicando isto a amargura do cativeiro egípcio. Assim, quando nos alimentamos de Cristo, deve ser com contrição de coração, por causa de nossos pecados. O uso dos pães asmos era também significativo. Era expressamente estipulado na lei da Páscoa, e de maneira igualmente estrita observado pelos judeus, em seu costume, que fermento algum se encontrasse em suas casas durante a festa. De modo semelhante, o fermento do pecado devia ser afastado de todos os que recebessem vida e nutrição de Cristo. Assim Paulo escreve à igreja dos coríntios: "Alimpai-vos pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa. ... Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade." I Cor. 5:7 e 8.

Antes de obterem liberdade, os escravos deviam mostrar fé no grande livramento prestes a realizar-se. O sinal de sangue devia ser posto em suas casas, e deviam, com as famílias, separar-se dos egípcios e reunir-se dentro de suas próprias habitações. Houvessem os israelitas desrespeitado em qualquer particular as instruções a eles dadas, houvessem negligenciado separar seus filhos dos egípcios, houvessem morto o cordeiro mas deixado de aspergir o sangue nas ombreiras, ou tivesse alguém saído de casa, e não teriam estado livres de perigo. Poderiam honestamente ter crido haver feito tudo quanto era necessário, mas não os teria salvo a sua sinceridade. Todos os que deixassem de atender às instruções do Senhor, perderiam o primogênito pela mão do destruidor.

Pela obediência, o povo devia dar prova de fé. Assim, todos os que esperam ser salvos pelos méritos do sangue de Cristo, devem compenetrar-se de que eles próprios têm algo a fazer para conseguir a salvação. Conquanto seja apenas Cristo que nos pode remir da pena da transgressão, devemos desviar-nos do pecado para a obediência. O homem deve ser salvo pela fé, e não pelas obras; contudo, a fé deve mostrar-se pelas obras. Deus deu Seu Filho para morrer como propiciação pelo pecado, Ele manifestou a luz da verdade, o caminho da vida, Ele concedeu oportunidades, ordenanças e privilégios; e agora o homem deve cooperar com esses instrumentos de salvação; deve apreciar e usar os auxílios que Deus proveu - crer e obedecer a todas as reivindicações divinas.

Quando Moisés relatou a Israel as providências tomadas por Deus para o seu livramento, "o povo inclinou-se e adorou". Êxo. 12:27. A alegre esperança de liberdade, o tremendo conhecimento de juízo iminente sobre os opressores, os cuidados e afazeres de que dependia a sua rápida partida, tudo naquela ocasião foi absorvido pela gratidão para com seu Libertador, cheio de graça. Muitos dos egípcios foram levados a reconhecer o Deus dos hebreus como o único verdadeiro Deus, e pediram agora que se lhes permitisse encontrar abrigo nos lares de Israel, quando o anjo destruidor passasse pela terra. Foram alegremente recebidos, e comprometeram-se dali em diante a servir ao Deus de Jacó, e saírem do Egito com Seu povo.

Os israelitas obedeceram às instruções que Deus dera. Rápida e secretamente fizeram os preparativos para a partida. Suas famílias reuniram-se, o cordeiro pascal foi morto, a carne foi assada ao fogo, e preparados os pães asmos e as ervas amargosas. O pai e sacerdote da casa aspergiu o sangue nas ombreiras, e reuniu-se à família dentro de casa. Às pressas e em silêncio comeu-se o cordeiro pascal. Com temor respeitoso, o povo orava e vigiava, estando o coração do primogênito, desde o homem forte até a criancinha, a palpitar de um terror indefinível. Pais e mães cingiam nos braços seus amados primogênitos, ao pensarem no golpe terrível que deveria ser desferido aquela noite. Mas nenhuma habitação de Israel foi visitada pelo anjo distribuidor da morte. O sinal de sangue - sinal de proteção de um Salvador - encontrava-se em suas portas, e o destruidor não entrou.

À meia-noite "havia grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto". Todo primogênito na terra, "desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere e todos os primogênitos dos animais" (Êxo. 12:29-33), haviam sido feridos pelo destruidor. Por todo o vasto reino do Egito, o orgulho de cada casa fora derribado. Os gritos e prantos dos que lamentavam enchiam o ar. Rei e cortesãos, com rosto lívido e membros a tremerem, ficaram estarrecidos ante o horror que a todos dominava. Faraó lembrou-se de como certa vez exclamara: "Quem é o Senhor, cuja voz Eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel." Agora, estando aquele seu orgulho, que afrontava aos Céus, humilhado até o pó, "chamou a Moisés e Arão, de noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, servi ao Senhor, como tendes dito. Levai convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide, e abençoai-me também a mim". Os conselheiros do rei igualmente, e o povo, rogavam aos israelitas que partissem, "apressando-se para lançá-los da terra; porque diziam: Todos seremos mortos".

Fonte: Patriarcas e Profetas, cap III - pág. 273 a 280

Que Deus lhe abençoe,

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Pergunta Que Será Respondinda Amanhã:
Quais são as ligações entre os significados que a Páscoa do Antigo Testamento tinha e os significados da atual Páscoa pós-moderna?