quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PROJESUS - João 10-11


Você sente que, para Jesus, é muito precioso? Tem gente, que não quer nem saber de Jesus, sabia? E têm outros, que até gostariam de se sentir amados por Jesus, mas não se sentem assim. E é para ajudar a todas as pessoas que esse ministério do estudo da Bíblia existe. E se você que lê este comentário, com certeza, faz parte desse ministério, que ajuda todas essas outras pessoas.
É por isso que animo você a continuar apoiando esse ministério, pois atinge tantas muitas pessoas das quais não temos noção. Esse é o ministério do nosso site, aqui da “Escola “Bíblia e de Jesus também, sabia? Quer ver só? Dá uma olhada em João 10:16: “Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.” É interessante que, junto com Jesus, nosso ministério transcende para uma dimensão muito além daquilo que possamos imaginar.
O verso citado acima nos ensina que existem muitas pessoas que não vão à nossa igreja, que não carregam uma etiqueta na testa escrita “cristão”, mas que pertencem a Jesus. Esse povo está espalhado pelo mundo. É por isso que temos que espalhar a nossa voz, as nossas palavras, a nossa mensagem, para que esses nossos irmãos queridos, que estão fora do lar de Jesus, fora da casa de Deus, sejam alcançados.
Assim como existem pessoas para ser alcançadas para Jesus muito além das fronteiras que a gente pode imaginar, o poder de Jesus, de alcançar as pessoas, também vai muito além das dimensões que estão na nossa cabeça. Se você quiser ver isso, é só continuar no texto da leitura de hoje. Quando passamos do capítulo 10 para o capítulo 11 de João, vemos Jesus buscando um camarada que ninguém esperaria que tivesse mais jeito de ser buscado. Sabe onde é que Jesus foi buscar o sujeito? Na cova. Mas ele não estava com o “pé na cova”, ele estava era literalmente apodrecido, na cova, há três dias. Isso é tão radical que chega a deixar muita gente indignada. E foi aí que Jesus terminou sendo caçado.
Então, o ministério cristão de Jesus e nosso também é assim mesmo: inusitado, surpreendente, controverso, radical, empolgante, mas... mas... mas... acima de tudo!: cheio de esperança para compartilhar à vontade com todas as pessoas que desejarem.
E aí? Você vai ficar de fora desse projeto? Eu acho que você não vai perder essa, vai? Então, leia tudo o que você puder sobre essa oportunidade na leitura de hoje e arregace as mangas trabalhando no ministério de Jesus.



Valdeci Júnior
Fátima Silva

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ABRAÃO FOI PARA O CÉU E VIU JESUS? - João 07-09


Alguém questionou: “Quando Jesus viveu aqui na Terra, Abraão estava lá do Céu olhando para Ele?” Essa pergunta se refere às palavras de João 8:56, quando Jesus disse: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se.”
Façamos uma análise de todo o contexto (versos 21-59). Observe que essa é uma defesa de Jesus quanto à Sua missão e autoridade. Note que em João 8, a discussão não é sobre a doutrina da mortalidade da alma ou ressurreição. As próprias pessoas que estavam questionando a Jesus criam que Abraão, por aquela ocasião, estava morto (versos 52 e 53). Elas sabiam, também, que os patriarcas que já morreram ainda não subiram ao Céu (Atos 2:29 e 34), mas esperavam a bendita ressurreição (1Tessalonicenses 4:13-18).
Enquanto Jesus estava explicando a amplitude de seu ministério, alguns judeus O questionavam (versos 48, 52, 57). Se você fizer uma leitura atentiva, verá que o teor do questionamento era a dúvida quanto à messianidade de Jesus, ou seja, se Ele seria realmente o Deus encarnado.
Nessa discussão, Jesus não citou Abraão e sim os judeus. No verso 56, quando Jesus fala de Abraão, Ele apenas está respondendo a pergunta deles desde o verso 52.
Qualquer estudioso do Antigo Testamento presente naquela discussão, conhecia a história de Abraão quase sacrificando Isaque no monte Moriá (Hebreus 11:17-19 e Gênesis 22:1-14) e sabia que eles tipificaram Deus e Seu Filho em sacrifício pela humanidade. Sabia, também, que naquele dia, quando Deus proveu para Si o cordeirinho em lugar do pecador Isaque, Abraão compreendeu o plano salvador da morte do Filho de Deus, isto é, alegrou-se por ver o dia do Jesus Redentor e regozijou-se.
 Segundo algumas tradições judaicas, Abraão tinha contemplado, em uma visão, as coisas futuras, inclusive a vinda do Messias. As tradições também “interpretavam o riso de Abraão como riso de alegria” (Gênesis 17:16-17). Esperar um nascimento impossível aos olhos humanos, quer fosse de um filho seu (por motivo de velhice), quer fosse do filho de Deus encarnando-se em forma de homem, nascendo de uma virgem, levara Abraão a um regozijo manifestado visivelmente (A Bíblia de Estudos Almeida – SBB).
Baseado nesses conhecimentos e tradições judaicas existentes, por estar discutindo com judeus, Jesus disse que Abraão viu o Seu dia. Em outras palavras, Jesus estava dizendo que aquela tradição que eles tinham sobre um Messias que Abraão, pela fé, contemplara, se referia a Ele mesmo, pois Ele era tal Messias.
Os judeus não aceitaram Jesus como seu Salvador, mas você e eu temos a oportunidade de fazê-lo. Portanto, façamos como Abraão: contemplemos a Cristo pela fé.

Valdeci Júnior
Fátima Silva

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

QUEM FOI JOÃO? - João 04-06


O apóstolo João, nascido em Betsaida, era, provavelmente, caçulinha, irmão de Tiago. O pai deles era um homem chamado Zebedeu, e a mãe chamava-se Salomé. Sem dúvida, ele foi treinado em tudo o que constituía a educação popular que era destinada aos jovens judeus. Quando cresceu, porém, seguiu a profissão de pescador, no Lago da Galiléia. Quando João Batista começou a pregar no deserto da Judéia, João juntou-se a ele e foi profundamente influenciado pelos seus ensinos. Ele ouviu o anúncio “Eis o Cordeiro de Deus” e, imediatamente, a convite de Jesus, se tornou um discípulo, sendo contado entre os seus seguidores durante algum tempo.
Depois, juntamente com seu irmão, João voltou a pescar, até que receberam, de novo, um chamado. Só que, dessa vez, o chamado vinha de Jesus. Dessa vez, eles deixaram tudo, e se ligaram permanentemente à companhia dos doze apóstolos. No ministério de Jesus, João era um dos mais íntimos dEle, a ponto de ser chamado de “o discípulo amado”. Entretanto, por ser tão zeloso e ter um temperamento tão forte, o mesmo “discípulo amando” foi chamado “filho do trovão”. E a maravilha de viver ao lado de Jesus é que esse temperamento forte que João tinha, com o passar do tempo, foi burilado. Não há como resistir ao toque de Jesus.
Quando Jesus foi traído, João e Pedro O seguiram, pelo menos de longe, enquanto os outros fugiram apressadamente. No julgamento, João seguiu a Cristo em todas as etapas até depois da cruz. Ele foi um dos três primeiros que recebeu as novas da ressurreição e a entender o que tudo aquilo significava, principalmente por causa do reencontro com Jesus quando ele voltou ao Mar da Galiléia.
Após esses acontecimentos, vemos Pedro e João sempre juntos. Aparentemente, João permaneceu durante algum tempo em Jerusalém como líder da igreja ali estabelecida. Mas ele não estava em Jerusalém no momento da última visita de Paulo. Parece que ele tinha se retirado para Éfeso,  mas não sabemos quando. Na realidade, as igrejas cristãs que ficavam em Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, na Ásia, foram objeto do cuidado especial do apóstolo amado.
Ele sofreu perseguições e foi preso em Patmos, mas depois voltou para a Ásia, justamente para Éfeso, mais uma vez. Ele ficou em Éfeso até morrer, provavelmente em 98 d.C., numa época em que quase todos os amigos e companheiros já tinham falecido. Existem muitas outras tradições interessantes sobre João, enquanto ele viveu em Éfeso, mas nenhuma com muita força de evidência histórica.
O melhor de tudo é estudar a vida de João, na Bíblia. Sua biografia é uma inspiração.



Valdeci Júnior
Fátima Silva

domingo, 28 de outubro de 2012

O VERBO SE FEZ CARNE - João 01-03


Você sabe o que as palavras de João 1:1 significam? Na versão de João Ferreira de Almeida, diz que “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
O relato da Criação, em Gênesis, se parece muito com esse texto de João. Mas o termo “no princípio” indica um tempo muito anterior à Criação, aliás, anterior a tudo o que existe. O Verbo era por toda a eternidade. Nesse verso, João faz ressaltar a contínua, atemporal e ilimitada existência de Cristo antes da Sua encarnação. Na eternidade passada não teve um ponto de referência antes do qual se pudesse ter dito que não existia o Verbo. O Filho existia com o Pai, desde toda a eternidade. Na realidade, “nunca teve um tempo quando ele não tenha estado em estreita relação com o Deus eterno” (Evangelismo, pág. 446), pois Jesus é “o princípio e o fim” (Apocalipse 22:13), “o mesmo ontem, e hoje, e pelos séculos” (Hebreus 13: 8).
O termo “verbo” vem do grego logos, pode significar “palavra” e também “discurso”. João emprega o termo para designar a Cristo. Assim como um discurso é a expressão de conceitos, Jesus veio para revelar o caráter, a mente e a vontade do Pai. O termo identifica a Cristo como a expressão encarnada da vontade do Pai de que todos os homens sejam salvos (1Timóteo 2:4), como se fosse “o pensamento de Deus tornado audível” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 19). O Filho já existia antes da encarnação, mas não o conhecíamos. Para nós, existia somente em palavra, oral ou escrita. Mas vindo a plenitude dos tempos, o que era palavra teórica, se encarnou, se tornou visível, pela pessoa de Jesus.
O fato de que o Verbo estava com Deus, isto é, com o Pai, enfaticamente declara que ele era um ser completamente distinto do Pai. É impossível compreender a importância da encarnação a não ser que se projete a mesma no pano de fundo da existência eterna de Cristo como Deus e como intimamente unido ao Pai. São dois seres tão unidos a ponto de se dizer que são um só ser (João 10:30). Quando João diz que o Verbo era Deus, ele quer dizer que o Verbo participava da essência da Trindade, que era divino no sentido máximo e absoluto. Cristo é eternamente Deus no sentido supremo e absoluto do termo.
Resumindo, o discípulo amado estava falando da encarnação de Jesus Cristo. Estava mostrando que o Deus todo-poderoso se tornou acessível a você e a mim. E agora, basta que O aceitemos em nosso coração!


Valdeci Júnior
Fátima Silva

sábado, 27 de outubro de 2012

REJEITADO PELOS SEUS - Lucas 23-24


Estamos chegando ao final do livro de Lucas e, ao mesmo tempo, lendo sobre o final da vida de Jesus; um momento decisivo não só para Ele, mas para as pessoas que O cercavam. Será que eles iriam abraçar ou rejeitar Jesus? Pilatos perguntou ao povão: “Quem vocês querem que eu solte, Jesus ou o terrorista Barrabás?”
Outro recurso insinuou-se à mente de Pilatos, mediante o qual poderia salvar Aquele a quem não ousava entregar à turba enlouquecida, sabendo que por inveja haviam trazido Jesus à sala do julgamento. Invenção pagã, sem uma partícula de justiça, era costume que, por ocasião da grande festa nacional, fosse libertado um prisioneiro condenado à morte. Poderia o persuadido Pilatos usar esse subterfúgio e conseguir o que desejava - salvar um homem inocente, cujo poder, embora preso e sob acusação, ele sabia não ser o poder de um homem comum, mas de Deus? Sua alma estava em terrível conflito. Apresentaria o digno e inocente Cristo lado a lado com o famoso Barrabás, e se convenceu de que o contraste entre a inocência e a culpa seria tão convincente, que Jesus de Nazaré seria escolhido por eles.
Barrabás havia asseverado ser Cristo e cometera grande maldade. Sob uma ilusão satânica, pretendia que tudo quanto pudesse obter por furtos e assaltos era seu. Um marcante contraste se apresentava entre os dois. Barrabás era uma personalidade famigerada que havia realizado coisas admiráveis por meios diabólicos. Pretendia ter poder religioso, o direito de estabelecer uma nova ordem de coisas.
Esse falso Cristo reivindicava aquilo que Satanás reclamara no Céu - o direito a todas as coisas. Cristo, em Sua humilhação, possuía todas as coisas. NEle não havia treva alguma.
Barrabás e Cristo estavam lado a lado, e todo o universo celestial os contemplava. As pessoas olhavam para os dois. Onde estavam agora as vozes que alguns dias antes proclamavam em alto som as maravilhosas obras que Cristo havia realizado? Naquela ocasião, a inconstante multidão estivera imbuída com um entusiasmo de impulso celestial para proclamar em cânticos sagrados o seu louvor e hosanas, enquanto Cristo entrava em Jerusalém. Agora lhes é dada a escolha. Pilatos pergunta: “A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo?”
Ergueu-se até ao Céu um clamor de tremendo significado para todo o mundo. O Céu todo ouviu aquele clamor do qual pareciam todos participar com um zelo e desespero nascido de sua escolha. “Não este”, disseram, apontando para Jesus, “mas Barrabás”. O Redentor do mundo foi rejeitado; o culpado assassino, poupado.
Hoje, você eu também podemos escolher de que lado vamos estar: de Cristo ou Satanás.

Um abraço,

Valdeci Jr. e Fátima Silva

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SAGRADA ESCRITA - Lucas 21-22


Em várias ocasiões, Jesus citou porções das Escrituras. O que estava escrito era muito importante para Cristo. Era algo realmente valoroso.
O que é algo de valor? O alto valor de um bem pode ser identificado pela utilidade benéfica que o mesmo possui. Quanto mais útil para suprir uma necessidade, mais valoroso é o patrimônio. A conseqüência de ser valoroso é que o bem passa a ser raro, bem cuidado, desejado e conservado.
E afinal, essas não são características de um atributo que a humanidade possui que é a escrita?
A escrita supre todas as necessidades de comunicação que os seres humanos têm. Pois, por mais moderna e variada que essa comunicação for, sempre terá, como sua base, a escrita. E tais escritas custam caro, não se encontram em qualquer esquina. Por irônico que pareça, na era da velocidade, a boa escrita, mesmo dos códigos da automação, ainda não pode evoluir instantaneamente. Precisa ser pensada, construída, burilada, acabada, por um perito. Não é para qualquer um; muitos a querem, mas poucos a dominam. Essa tradição tem sido conservada, preservada e arquivada ao longo dos milênios, para o nosso presente e para o futuro.
Esse alto padrão de valor que etiqueta o produto “escrita” o faz compatível com outro produto: o evangelho. As boas novas da salvação que os cristãos têm a transmitir ao mundo constituem a mensagem mais valorosa que um ser humano possa conhecer. E como conhecê-la? Pela comunicação, que se faz eficiente, pela escrita. Logo, “evangelho” e “escrita” fundem-se numa palavra: “Escrituras”. Palavra esta que carrega a marca do seu valor estampada no adjetivo que sempre a acompanha, tornando-se um jargão eternamente estimado pelos cristãos, que sempre apreciam a base da sua fé, as Sagradas Escrituras.
Mas, descendo do apreço teórico para o mundo prático, podemos ver um bom exemplo do papel que a escrita desempenha na pregação do evangelho, no projeto “Impacto Esperança”. É uma verdadeira campanha publicitária, de proporções grandiosas, cujo título de mensagem já começa escrevendo o imperativo “Viva com Esperança”. E então, por diferentes canais, tal mensagem se reduplica em diferentes escritas: nos outdoors, em grafia artística; nas páginas da internet, em linguagem de programação; nas revistas, em composições de artigos; nos livros, em redação de capítulos; nos banners, em plotagens de frases; nas camisetas, em letras estampadas, e assim por diante.
A escrita é tão importante para a transmissão da revelação, que deve ter sido por isto que Deus falava aos profetas: “O que vês, escreve”. Deve ser por isto, também, que você acaba de ler essa apologia às sagradas letras, que escrevi para você.
Leia a Bíblia diariamente.

Um abraço,
Valdeci Júnior e Fátima Silva

COM OS PÉS NA TERRA E OS OLHOS NO CÉU - Lucas 18-20


Como estou feliz em saber que podemos parar para meditar em mais trecho da Bíblia! Apesar de que nossa leitura de hoje está em Lucas 18-20, eu quero comentar com você um versículo que está na leitura de ontem: Lucas17:21. Você me permite?
Você sabe que não é possível a existência de nenhuma vida sem o ar atmosférico, não é mesmo? Sem a atmosfera, a Terra seria tão morta quanto seu satélite, a Lua. De um lado, o que ficasse exposto ao Sol, seria um torrão sem fim. Do outro lado, o lado escuro, seria um frio extremo. Sem o ar, em nenhum lugar do planeta seria possível encontrar um mínimo brotinho de vida vegetal. Também não existiria nenhum animalzinho, em nenhuma época.
Você é agradecido por esta atmosfera que Deus providenciou para que nós vivêssemos? Que bênção viver uma vida inteirinha, usando e abusando dela, sem precisar pagar um centavo, não é mesmo?
Já parou para pensar que os nossos pés estão na terra, mas, uma vez que a atmosfera começa no limiar do solo terrestre, e que a tal atmosfera Deus chama de céu, nosso corpo e nossa cabeça estão em contato com esse espaço celeste?
Gosto muito de uma canção que diz que: “Com os pés na Terra e os olhos no Céu, eu vou seguindo até encontrar meu Jesus”. Charles Spurgeon escreveu para alguns crentes a seguinte exortação: “Oh irmãos, sejam grandes crentes. Uma pequena fé levará sua alma ao Céu, mas uma grande fé trará o Céu para sua alma.” Mark Finley comenta que Spurgeon havia descoberto “que o Céu é viver na presença de Deus”, pois embora, como cristãos, aspiremos à recompensa final, uma Terra em que não há sofrimentos, lágrimas, dor, enfermidade nem morte, existe outra dimensão do Céu que é frequentemente deixada de lado. Finley lembra que “quando o fariseu inquiriu Jesus sobre o reino de Deus, ouviu como resposta: “Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:21). Isso é interessante! O céu pode começar aqui, se começarmos a viver os princípios do reino de Deus.
Se você e eu deixarmos Jesus entrar na sua vida através do Espírito Santo, o reino de Deus será estabelecido em nosso coração. Ele pode curar nossas feridas, enxugar nossas lágrimas e nos dar uma nova esperança. Daí em diante, alegremo-nos em Jesus com a certeza de que o reino de Deus estará conosco!
“Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.”
Leia, ouça e pratique!

 Um abraço,
Valdeci Jr. e Fátima Silva

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O RICO E LÁZARO - Lucas 15-17

Na nossa leitura de hoje, tem um texto que conta uma história que muitas pessoas não entendem: o rico e Lázaro, pois é um relato muito esquisito.


Se a história do rico e do Lázaro fosse literal, seria muito estranha. Afinal, não existe um seio literal de Abraão onde os Lázaros estão e nem um inferno de castigo eterno para onde vão os ricos avarentos. Isso é uma parábola.

Se a história do rico e do Lázaro fosse um evento histórico real, estaria ensinando que não apenas a alma, mas o corpo, ou pelo menos partes dele, quando uma pessoa morre, vão para os braços de Abraão ou para o inferno. Então os mortos no inferno teriam olhos, língua, e Lázaro, nos braços de Abraão, teria dedos.

Para analisar se o relato é literal ou parabólico, leia parte por parte e pense nos detalhes. “Todos os que morrem em Cristo são levados para os braços de Abraão?” A resposta obviamente será “não”, pois isso é apenas um simbolismo que representa o Céu. Se Bíblia ensina que o corpo da pessoa morta se deteriora na terra e só vai existir de novo na ressurreição, como explicaríamos sobre a existência de um tormento onde o rico teria olhos e de um descanso onde Lázaro teria dedos? Se essa história fosse literal, então estaria concordando que exista comunicação entre os salvos no Céu e os perdidos no inferno?

Você percebe? Se os braços de Abraão são uma coisa simbólica, e o dedo, a língua e os olhos são simbólicos, e a comunicação entre os dois homens era simbólica, parece muito lógico que toda a história seja simbólica, ou seja, uma parábola.

Observe na sua Bíblia que essa história está numa grande lista de parábolas que vem do capítulo anterior e contém mais três seguindo a mesma linha de raciocínio.

Parábolas e ilustrações não são usadas para ensinar que os eventos literais usados nas ilustrações realmente aconteceram. Se esse fosse o caso, você poderia provar através da Bíblia, em Juízes 9, que árvores podem falar. Mas é claro que você não fará isso, porque parábola é uma coisa apenas ilustrativa.

O uso que Jesus fez dessa história foi para ensinar uma verdade importante. O assunto não era o estado dos mortos ou como os iníquos serão punidos. Cristo queria repreender os fariseus, “que eram avarentos” (Lucas 16:14). Eles achavam que riqueza era sinal de bênção; e pobreza, da desaprovação de Deus. Cristo deu a primeira lição de que a recompensa que aguarda o rico, que só dá migalhas para os pobres, era exatamente o contrário daquilo que os judeus acreditavam.

Um abraço,
Pr. Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

terça-feira, 23 de outubro de 2012

MY CHILD IS COMING HOME - Lucas 12-14

Você gosta de festa? Que tipo você mais gosta? Um dos lugares mais disputados no condomínio onde moro são os dois salões de festa. Quando preciso fazer uma festinha de aniversário, preciso reservar o salão de festas com muita antecedência porque, caso contrário, fico “chupando o dedo”.


Como as pessoas gostam de festa! E quando a festa é para você? Melhor ainda, não é mesmo? Você sabia que ganhará uma festa? É sério! E será uma grande festa, algo que este mundo nunca viu. Só para você!

No livro de Lucas, há uma série de parábolas que mostra que Deus faz festa quando o pecador se arrepende. Se ligarmos o que Lucas escreveu com os escritos de João, veremos que vamos participar dessa festa de Deus quando chegarmos ao Céu.

Essas parábolas foram escritas na linguagem daquela época, mas gosto muito da música de Suzanne Jennings, David Phelps e Guy Penrod, onde eles descrevem, em uma linguagem bem atual sobre essa festa que Deus está preparando para você. Aliás, ela é “A Música” sobre esse assunto. A primeira vez em que a ouvi, no CD Legacy of Love, me apaixonei. Ela é uma música que fala de festa, e a letra, a melodia e a instrumentalização só fazem você imaginar uma festa, mais nada.

Mas por que festa? Aí é que vem o título da música: “My Child Is Coming Home” (Meu filho está vindo pra casa). Ela está em inglês, mas vou traduzi-la. Peço para que você imagine a seguinte cena:

A princípio, parece que é um dia comum no Céu, descendo e olhando por aí, nas ruas de ouro. Você pode ouvir o barulho dos anjos tocando cordas e batendo as asas, e ver também os salvos do tempo do Velho Testamento... Então, repentinamente, Deus quebra o silêncio com um sorriso e começa a cantar:

Veja, olha só, meu filho está vindo para casa! Abram! Escancarem os portões de pérolas do Céu. Construam mais uma mansão ao lado da minha. Todo mundo dance e grite de alegria ao redor do trono. Arrume mais um lugar na mesa. Toque a buzina alto e forte, agora. Aleluia, meu filho está vindo pra casa!

E a música continua dizendo que Deus só canta assim quando uma alma que estava perdida se torna crente. E terá uma celebração, uma festa à beira do mar de cristal. Quem dirige o coro, a banda e que dá as boas-vindas é o próprio Deus. Então, Ele mesmo canta mais uma vez, bem forte:

Meu filho está vindo pra casa! My child is coming home!

Prepare-se para a grande festa!

Um abraço,
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O BOM SAMARITANO É DEUS - Lucas 09-11

Quem é o bom samaritano? Você já percebeu que essa pergunta não faz parte da parábola contada por Jesus? No capítulo 10, encontramos esse relato que é muito curioso. É interessante que a pergunta da parábola não é sobre quem é o bom samaritano e sim, quem é o nosso próximo.


Mas ao estudar essa história, pensei: quem será o bom samaritano? Existem dois livros que comentam sobre o assunto - Parábolas de Jesus e O Desejado de Todas as Nações. Eles nos levam perto de entender em caráter mais devocional. Vendo, porém, de forma teológica, o teólogo Rodrigo Silva faz um comentário melhor. Depois de buscar todas essas fontes e refletir bastante na pessoa do bom samaritano, escrevi alguns versos e quero compartilhar com você:

Seguindo Cristo, havia muitos,
Que entre si, eram inimigos;
Mesmo aplicados a preceitos,
Estavam cheios de preconceitos.
Porém, para mim, inimizade
Foi a triste infelicidade,
De eu me encontrar em pecado,
Longe do meu Criador amado.

O Bom Samaritano é Deus!
Mesmo eu sendo Seu inimigo
Ele perdoou os pecados meus
Para me ter como um amigo
Não ligou para minha condição
Eu fui Seu alvo de preocupação
O Seu presente foi a redenção
Tenho um lugar no Seu coração!

Muitos se consideram tão justos
Que não podem se juntar com outros
Que, quem sabe, sejam vistos por nós
Como alguém sem direito de voz.
Mas, no verdadeiro cristianismo,
Não se deixa pra lá o serviço
Que deveria ser feito por nós.
Jesus assumiu a carga a sós!

A porta do Céu é tão estreita
Que por ela não dá para passar
O humilde e o rico juntos;
Não cabe a distinção de muitos.
Quem quiser entrar no reino de luz
Tem que ser transformado por Jesus
Só a Sua imagem cabe ali.
Eu quero me parecer com Ele.

Ele quer levar-me para os Céus!

O Bom Samaritano é Deus!

Imagine o quanto Deus nos ama. Agora, a pergunta que eu deixo para você é: o que você tem feito com tanto amor que Deus tem lhe dado? Pense nisso!

Um abraço
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

domingo, 21 de outubro de 2012

O TODO-PODEROSO JESUS - Lucas 06-08

Você tem lido a Bíblia diariamente? Como tem sido essa experiência para você? Se está fazendo a leitura diária, com certeza, você tem crescido muito. Mas se não tem lido a Bíblia... hum... Sabe que só temos noção do prejuízo de não ler um livro depois que terminamos de lê-lo? Então, se você quer ter noção do poder que está ao seu dispor, leia a Bíblia. E esse poder, você adquire direto da fonte. Mas quem é a fonte do poder?


Na leitura de hoje, percebemos o quanto Jesus é poderoso. No capítulo seis de Lucas, encontramos Jesus sendo o Senhor do sábado, ou seja, o Deus, a quem, semanalmente, devemos adorar. Depois, vemos Jesus com o poder de ter escolhido os doze apóstolos, isto é, Aquele que é o cabeça da nossa igreja cristã.

Logo em seguida, Jesus passa a transmitir vários ensinamentos, sendo assim o nosso grande professor, o mais poderoso de todos os mestres. Como Ele é a Fonte do amor, nos ensina até a amar nossos inimigos. Você sabe que o maior poder que pode existir no Universo é o amor, não é mesmo? E a maior demonstração prática, mais efetiva e radical dessa teoria de amar, amar, amar, incondicionalmente, até o inimigo, vem desse todo-poderoso Messias, Cristo Jesus.

No capítulo seguinte, vemos Jesus com o poder da fé. Aliás, Ele é o próprio autor e consumador da nossa fé, como diz no livro de Hebreus. Percebemos Jesus administrando, cuidando, mantendo a fé de um homem que, originalmente, não era do povo de Deus. Do versículo 11 em diante, Jesus demonstra a maior ação de poder que pode existir no Universo: originar a própria vida. Jesus dá vida a um defunto. Portanto, antes de tudo, Jesus é o próprio Criador.

A pecadora reconheceu Seu poder, ungindo os pés dEle; os discípulos de João, ouvindo o testemunho que Jesus dava. E você, como reconhece o poder de Jesus? E se não reconhece, que base forte e convincente teria para discordar?

Uma boa dica para formar sua opinião sobre o poder de Jesus é Lucas 8, primeiramente através do Seu ensino sábio, e depois, por meio das Suas atitudes. Ele deixou claro que a Sua família é muito mais que uma família humana, e que tem o domínio sobre a natureza muito maior que nós que só dominamos animais domésticos. Inclusive, Jesus dominou uma tempestade, o mar, as ondas, os demônios, a doença e até a morte.

Não tem como escapar, Jesus é “o” todo-poderoso. Aleluia por isso! Ninguém melhor que Ele para ser o nosso Salvador. Glórias a Ele! Que Seu nome seja louvado!

Um abraço,
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

BOM HÁBITO - Lucas 03-05

Na leitura bíblica de hoje, encontramos um costume de Jesus: ir à sinagoga no sábado.


Mas o que era a sinagoga? A significação literal dessa palavra é a de uma convenção ou assembléia. Essa palavra, como no caso de “igreja”, veio a significar o próprio edifício, onde a assembléia se reunia. “Assembléias” locais para instrução da Lei e para o culto existiam desde tempos antigos, como eram, por exemplo, “as casas dos profetas” (1Samuel 10:11; 19:20-24; 2Reis 4:1). Durante o cativeiro, não eram raras as reuniões dos anciãos de Israel (veja Ezequiel 8:1).

Parece que as verdadeiras sinagogas tinham se formado mais tarde, na dispersão. Desde o ano 200 a.C., mais ou menos, começou a desenvolver-se na Palestina esse gênero de assembléia com uma sistemática organização, multiplicando-se os edifícios próprios para os serviços religiosos. Essas assembléias estavam intimamente relacionadas com a obra dos escribas, como sendo instituições para instruir o povo na Lei e ensinar sua aplicação na vida diária. Nas sinagogas, os custosos rolos das Escrituras, escritos pelos escribas, eram cuidadosamente guardados numa caixa ou arca, que de um modo visível, estava voltada para o povo que se achava sentado.

Naquela época, existiam muitas sinagogas. Havia serviços regulares todos os sábados e, também, no segundo e quinto dia da semana. Uma especial importância era dada nesses serviços à leitura da Lei e dos Profetas - e também se faziam orações, exortações, explicações e se davam esmolas. Como o conhecimento da antiga língua hebraica foi a pouco extinguindo-se, tinha a leitura de indicadas porções da Escritura de ser acompanhada da respectiva tradução em aramaico ou, talvez, mesmo em grego, que parece ter sido uma língua entendida ao norte da Palestina no tempo de Jesus Cristo. As sinagogas eram não somente lugares de culto, mas também escolas, onde as crianças aprendiam a ler e a escrever - e serviam, também, de pequenos tribunais de justiça, nos quais a sentença não só era dada, mas executada (Mateus 10:17).

Geralmente a sinagoga estava sob a direção dos “anciãos” (Marcos 7:3), sendo o primeiro deles chamado algumas vezes o príncipe ou o chefe daquelas assembléias (Lucas 13:14; Atos 13:15). Os lugares dos anciãos e dos principais eram em frente da arca, estando eles voltados para a congregação. Os anciãos tinham o poder de disciplinar, de excomungar e de açoitar - e eram eles ou os principais, que na ocasião do serviço religioso convidavam pessoas de consideração para ler, ou orar, ou pregar.

E a lição que a gente tira é que Jesus tinha o bom hábito de freqüentar bons lugares. Sigamos o exemplo dEle e dediquemos um tempo especial para Deus.

Um abraço,
Valdeci Jr.
e
Fátima Silva

sábado, 20 de outubro de 2012

LUCAS - Lucas 01-02

Deus usa diferentes tipos de pessoas para realizar Sua Obra neste mundo: pessoas humildes, bem preparadas, ricas, pobres, crianças, idosos, homens, mulheres. E isso é interessante porque diversifica o trabalho de Deus.


Hoje, iniciamos a leitura de um livro da Bíblia escrito por alguém bem diferente. Enquanto praticamente todos os livros foram escritos por hebreus, israelitas e judeus, esse foi escrito por um indivíduo de origens pagãs e que era natural de Antioquia. Seu nome era Lucas. Ele era de origem gentílica e convertido ao judaísmo. Posteriormente, também se converteu ao cristianismo. Não sabemos quando e nem onde Lucas se converteu, mas o fato é que ele mesmo escreveu, já no segundo versículo do seu livro, que não presenciou nem foi ministro da palavra desde o início.

Uma característica de Lucas que faz com que ele seja diferente de praticamente todos os outros escritores da Bíblia é sua profissão. Em Filemom 1:24 e em Colossenses 4:14, percebemos que Lucas era um médico muito querido. É provável que exercesse sua profissão de médico em um lugar chamado Troas.

Paulo era um amigo de fé, principalmente quando o apóstolo foi preso em Roma. Mas deve ter sido em Troas que Lucas conheceu a mensagem do cristianismo através da pregação de Paulo. Há muitas outras passagens nas epístolas de Paulo e nos escritos de Lucas que mostram tanto a extensão quanto a exatidão dos conhecimentos médicos desse apóstolo.

Na viagem que Paulo fez quando foi a Filipos, Lucas o acompanhou, porém não foi preso. Depois que Paulo foi liberado da prisão e começou a outra viagem missionária, Lucas não foi junto com ele. Como isso está escrito em Atos 17, observamos que Lucas deve ter ficado em Filipos porque, mais tarde, na terceira visita que Paulo fez a essa cidade (Atos 20:6-6), voltamos a encontrar Lucas que, provavelmente, tinha ficado o tempo todo, talvez uns sete ou oito anos, em Filipos.

Em seguida, em Atos 20 e 21, vemos que Lucas tornou-se o grande companheiro de Paulo durante a viagem que eles fizeram para Jerusalém. Lucas aparece durante a prisão de Paulo em Jerusalém e em Cesaréia, depois vai com Paulo para Roma e fica com ele até quando o apóstolo termina de cumprir a primeira pena penitenciária dele em Roma.

A última notícia bíblica que temos de Lucas está em 2Timóteo 4:11, onde Paulo diz para Timóteo que só Lucas estava com ele.

É esse Lucas que falará para você hoje sobre o nascimento de Jesus e o de João Batista através da leitura dos capítulos 1 e 2.

Observe todos os detalhes relatados pelo doutor Lucas. E boa leitura!

Um abraço,
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

QUANDO DEUS NÃO RESPONDE... QUE BÊNÇÃO!



Por que tenho que esperar tanto, para que, então, Deus me responda?





Introdução

“E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei” (Isaías 65:24).

Essa passagem bíblica mostra que Deus está atento a cada necessidade dos Seus filhos, antes mesmo que estes lhe peçam algo. Ela também indica que Ele está desejoso em abençoar os Seus filhos, e atendê-los. Então, por que temos que suplicar tanto, por anos, por uma bênção? Deus depende das nossas orações para operar milagres? Esse questionamento começa com um clichezinho básico: “por quê?” Nós temos a tendência de ficar querendo saber o porquê das coisas. Você percebe? É! A gente parece criança:

- “Por que eu não posso chegar perto do fogo? Porque o fogo queima. E por que o fogo queima? E por que ele é quente?”

- “Tá, ta, ta! Já basta!”

Bastam três “por quês” que uma criança venha a usar indagando-nos sobre algo... já é o suficiente pra gente não agüentar mais.Entretanto, nós agimos exatamente assim diante de Deus:

- “Por que o fogo da provação tem que ser quente?”

- “Senhor, se você já sabe que eu preciso, por que tenho que ficar pedindo?”

Meu caro amigo leitor, o porquê, sinceramente, eu não sei. E aliás, é exatamente para os “por quês” que são mais “por quês”, que nos nunca teremos o “porquê”; nunca teremos uma resposta. Todavia, apesar de não trazer aqui para você um porquê exato, uma resposta, uma razão, posso lhe apresentar algumas lições, alguns proveitos, que podemos tirar dessa história de termos que, muitas vezes, ficar pedindo uma coisa várias vezes para que, então, Deus nos responda.

Tem gente que acha que é porque nós precisamos importunar (“amolar”, como diz o goiano, ou “abusar”, como diz o nordestino) a Deus até amolecer Seu coração, para que então, Ele venha a conceder o que estamos pedindo. Nada a ver! Deus não é uma mãe desesperada que não sabe educar bem os filhos que vai pondo no mundo. Não! Quando a gente tem que pedir... pedir... e pedir, isso não tem a ver com Deus, porque Ele pode, e ponto final. Isso tem a ver conosco. Deus pode, mas ele quer? E se, quando a gente fica pedindo e achando que Ele está demorando em responder,  Ele, na realidade, já esteja dando-nos um “não”? Você se lembra de Jesus, que não teve a oração “Pai, se possível, passe de mim este cálice” atendida (Mateus 26:39 e 42; 27)? Lembra-se de Paulo, que recebeu um baita de um “não” quando pediu para que Deus lhe tirasse o espinho da carne? “A minha graça te basta”, foi a resposta (2Coríntios 12:7-9). Então, este negócio de termos que ficar pedindo, para então receber, não tem que ver com Deus; tem que ver com a gente, porque, provavelmente, Deus esteja querendo que haja um tempo de espera.

O Tempo Que eu Gasto

Acompanhe comigo, algumas lições que eu tiro com respeito ao tempo que se leva, quando tenho que suplicar tanto para então receber uma bênção.

1) O desenvolvimento da paciência

O tempo que eu gasto tendo que pedir... pedir... e, de novo, pedir a Deus, serve para desenvolver em mim a paciência, a mansidão. Sim! Tira de mim aquela imaturidade egoísta de querer receber tudo aqui e agora para mim, do jeito que eu quero. E ajuda-me a adquirir paciência, que é uma das maiores virtudes do cristão, não é verdade? “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Mateus 5:5). Os que se salvarão precisarão ter desenvolvido, em seu caráter, a perseverança (Apocalipse 14:12).

2) A noção da realidade cósmica

Também não posso esquecer que nem tudo no mundo e no Universo está relacionado somente a Deus e a mim. Satanás e seus anjos estão à solta, aprontando por aí. Lembra-se da história de Jó? Então! Imagine Jó orando, fazendo seus pedidos a Deus, sem saber nada de tudo aquilo que estava rolando nos bastidores.

Como Jó nunca pôde ver o que estava acontecendo por trás das cortinas, provavelmente nunca tenha se apercebido de que aquela suposta demora de Deus em atendê-lo não tinha nada a ver com ele, nem com o próprio Deus, mas sim, com Satanás.

Assim, quando, aparentemente, Deus demora em conceder-nos algo, e temos que ficar pedindo, não podemos nos esquecer de que há um grande conflito, no qual o Diabo também, muitas vezes, tem parte ativa. Infelizmente, ele está atuando aqui e ali (1Pedro 5:8-12). Apesar de que não possamos ver, existe um grande conflito cósmico, entre Cristo e Satanás, acontecendo em nosso mundo. E precisamos estar conscientes disto.

3) A postura de Deus

A esta altura você pode perguntar-se: “Uê, mas Deus não é poderoso o suficiente para intervir nas ações do inimigo?”.

Opa! Antes de questionar demais, não deixe de considerar o fator “conseqüências”. Deus trabalha, também e até certo ponto, com os efeitos e suas causas. Um exemplo de muitos: pode ser que se eu fizer uma coisa muito má e depois pedir perdão, se eu estiver realmente arrependido, Deus me perdoe; mas, mesmo assim, apesar de tirar de mim a culpa, deixará comigo as conseqüências, para que seja demonstrado quão terrível é o pecado.

Então, quando estou pedindo algo para Deus, tenho que pensar nisso também: “será que eu não estou tentando reverter uma situação conseqüencial que Deus queira deixar assim mesmo?” Porque Deus não vai querer ser conivente com o erro, concorda?

4) A minha obrigação

E quando peço que Deus faça algo que seria de minha obrigação fazê-lo? Sim, meu querido, Deus espera que você faça sua parte. Milagre é a atuação divina quando já se esgotaram todos os recursos humanos.  Mas Deus não fará nada que possamos e tenhamos a obrigação de fazer. Ele não é um Deus de preguiça. Este é outro “simancol” que preciso tomar quando estou apresentando algum pedido a Deus.

5) O valor da sintonia

Outra coisa que precisamos é de um tempo para nos sintonizarmos na compreensão de como Deus provavelmente pensa sobre aquele assunto que estamos Lhe apresentando. Pode ser que Ele pense muito diferentemente de nós, sobre determinada necessidade. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor” (Isaías 55:6-9).

Logo, se é Ele quem nos dará a bênção que esperamos, não é lógico que, no mínimo, nos entendamos com Ele sobre tal bênção? E como é que se entende? Conversando. E como posso conversar com Deus? Orando?  Talvez não, porque quando oro posso estar fazendo um monólogo, e não um diálogo.

6) A oportunidade de se relacionar

Aí vem uma parte muito importante. Durante o tempo em que eu fico esperando por aquela bênção – por dias... semanas... meses.. ou até anos... – pode ser que Ele me fale alguma coisa sobre aquele assunto através de uma leitura bíblica, uma pregação, um comentário de outra pessoa, etc. E se isso acontecer, na realidade, o que estará acontecendo é que Ele estará fazendo conosco o que mais deseja fazer: relacionar-se. E isso é lindo!

Pense comigo: se, a cada vez que você pedisse algo para Deus, o pedido fosse imediatamente atendido, você deixaria de ter fé, porque você teria, nas mãos, uma ferramenta (que seria a oração) de automação do seu “robô” Deus. Mas Ele não é um robô! Certo? Ele é o nosso Ser Criador e Superior Máximo, que, ao mesmo tempo, lhe ama e quer relacionar-se com você. Ehhhh, meu amigo, aquele tempo de espeeeeera, enquanto acontecem os pedidos, é a oportunidade que eu tenho para ter, com Deus, um diálogo sobre o assunto; o que será um fator contribuinte para a continuidade e para o fortalecimento do meu relacionamento com Ele.

O problema é que temos a tendência de não usar o diálogo, que seria o tempo de oração somado ao tempo de leitura da Bíblia. Tendemos a usar maiormente apenas o monólogo, que trata-se daquela oração pendurada num muro de lamentações onde permanecemos apenas pedindo, pedindo, pedindo e pedindo. Nisto, reside um grande problema. Diante disto é que chego a pensar que então, como somos mesmo mesquinhos e só procuramos a Deus nos tempos de dificuldades para resolver os nossos próprios problemas, até que faz-nos bem Ele não responder tão prontamente. Pois, neste “durante”, estará acontecendo o relacionamento, que é o que Deus quer tanto ter com a gente. Claro! Porque depois que recebermos a bênção vamos nos esquecer dele mesmo! Então, se Ele usa, também, esse método, está é mais do que certo.

7) A provação e a aprovação

O tempo que é gasto enquanto seguimos apresentando um pedido a Deus, pode também ser usado por Ele para provar-nos e purificar-nos (Jeremias 9:7). E, diante disso tudo, mesmo que o seu tempo de espera faça-lhe sofrer um pouquinho, quero apresentar-lhe a promessa de que, “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1Pedro 5:10).

Não confunda a provação temida com “apavoração” sofrida, pois toda provação vencida resulta em aprovação definida.

8) A união dos crentes

Quando, semana após semana, em cada culto de oração, nos levantamos e pedimos aos outros crentes que orem por determinado problema que estamos enfrentando, estamos dando a estes irmãos a oportunidade da comunhão.

Em primeiro lugar, da comunhão fraternal, no nível horizontal, humano. Porque estamos demonstrando que confiamos nas pessoas, e porque estamos dando a elas a oportunidade de nos serem empáticas. É daí que, muitas vezes, surgem relacionamentos e aprimoram-se interações, através dos diálogos e das prestações de favor que possam surgir.

Mas estimulamos também a comunhão vertical, com Deus. Ao colocarmos mais um item na agenda de oração dos nossos irmãos, estamos fazendo com que ele gaste um pouquinho a mais de tempo em oração.

Leia Tiago 5:14-20. É um trecho que começa assim: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará...”

9) O testemunho ao mundo

E (a passagem supracitada) termina assim: “...sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecado”.

Se, a cada vez que um fiel tivesse uma necessidade, ele clamasse e, em seu recôndito, fosse imediatamente atendido, correr-se-ia o risco de que ninguém ficasse sabendo. Isto diminuiria a demonstração do poder de Deus e da interação dEle com aqueles que o buscam. A experiência citada no item anterior (8) também atinge os descrentes.

Em primeira instância, eles podem até escarnecer e zombar do justo, que precisa, sofre, pede e sofre o aparente abandono. Mas isto é só uma questão de tempo. Quando a oração é então atendida, eles não têm como negar a realidade da história, que, pela mão divina, terminou em vitória.

10) A honra a e a glória a Deus

 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28). Diante de tantas evidências de que Deus sempre faz o Seu melhor para dar aos Seus filhos o melhor que eles possam receber (Mateus 7:7-12), não há como não louvar o Seu nome (Salmo 19)! “Exultai, ó justos, no Senhor! Aos retos fica bem louvá-lo” (33:1), porque “grande é o Senhor, e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é inescrutável” (145:3) e a Sua sabedoria é inquestionável e infinita (Isaías 40:25-31).

Conclusão

A citação bíblica acima cumpre o bom proveito que tiramos do tempo de espera quando ficamos pedindo uma coisa para Deus, e Ele, aparentemente, não nos responde. O que pode acontecer? a)Pode desenvolver em mim a paciência; b) Pode ser que eu perceba que nem tudo está num plano entre Ele e mim (lembrando da experiência de Jó); c) Quando estou pedindo, preciso lembrar-me das conseqüências: elas existem, são reais e servem para mostrar a gravidade do pecado; d)Enquanto estou esperando uma bênção de Deus, eu também deveria perceber qual é a minha parte de ação na busca de tal bênção. E quando eu peço que Deus faça algo que eu é quem deveria fazer?; e) O tempo de espera pode ser o tempo que servirá para sintonizar-me com Deus, uma vez que Seus pensamentos não são como os nossos; f) Se, a cada vez que pedíssemos uma coisa para Deus, Ele nos desse, imediata e exatamente, tal coisa, nós perderíamos a fé; g) E esse tempo pode ser usado por Deus para nos purificar e, justamente, para aumentar a nossa fé;  h) Pode ser usado também para unir os crentes; i) pode ser usado também, para chamar a atenção do mundo, para, depois, testemunhar; e, por fim j) atribuir toda honra e glória a Deus!

O meu desejo para você é que Deus use o seu tempo de espera de resposta às suas orações a fim de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar a sua pessoa na grande fé que Ele espera que você tenha nesse caminho cristão.

Que Deus lhe abençoe e lhe guarde,

@Valdeci_Junior

Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam
 (Isaías 40:31)

AQUELE QUE CRER SERÁ SALVO - Marcos 15-16

Você conhece aquela história do homem que queria dominar uma aeronave sem ser piloto? Ele comprou um manual que supostamente o ensinaria tudo e decidiu ser um autodidata no assunto. O que ele queria, na realidade, era um caminho mais curto.


Então, ele sentou-se dentro da cabine do avião, colocou o manual de pilotagem no colo, abriu na primeira página e foi seguindo as instruções, passo a passo. Funcionou os motores, fez os preparativos necessários, tomou velocidade na pista e levantou vôo.

Que fantástico! Ele começou a imaginar: Que ignorância daquelas pessoas que passam um tempão com estudos e burocracia para depois chegarem onde estou. Pilotar é tão fácil e, acima de tudo, tão bom!

Seguindo avante nas páginas do manual, fazendo todas as manobras aéreas que aquele guia ensinava, o novo “piloto”, viajando sobre as nuvens, chegou na última página que trazia em letras bem grandes somente a seguinte instrução: “PARA APRENDER TUDO SOBRE ATERRISAGEM, ADQUIRA O VOLUME DOIS DESTA COLEÇÃO.”

Você é um estudioso? Creio que sim. Mas, neste estudo, quero fazer-lhe um desafio: você acredita no que lê? Porque, na leitura de hoje (Marcos 15 e 16), a Bíblia ensina que “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Marcos 16:16). E crer é ter fé. “É a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver” (Hebreus 11:1 BLH).

Certa vez, um malabarista chamava a atenção de um grande público por conseguir atravessar uma incrível distância, sobre uma altura mortal, caminhando por cima de uma corda. E para aumentar o entusiasmo de sua platéia, aquele artista fez um desafio. Ele perguntava se havia alguém ali que acreditava que ele poderia atravessar novamente, mas dessa vez, empurrando um carrinho de mão.

“Fiéis” e empolgados, todos eles gritavam: “Nós acreditamos! Vai que você consegue!”

Valorizando a confiança nele depositada, o profissional encarou o desafio e venceu. Foi então que ele perguntou se alguém acreditava que ele poderia atravessar, carregando, no carrinho, uma pessoa. Perto do malabarista, uma senhora, fez alarde de sua FÉ, gritando: “Não tenho dúvida nenhuma! Você consegue! Vá em frente!”

O artista, olhando para ela, falou: “Se a senhora crê que consigo, seja você a pessoa que irá comigo. Entre no carrinho!”

Provavelmente você conclua, para si mesmo, ser alguém que acredita que, pela FÉ, podemos ser salvos em Jesus. Ele desafia você a crer para receber essa salvação. E ensina que, para crer, é preciso dar ouvidos à Sua Palavra. É aprendendo sobre a Bíblia que você “entra no carrinho”.

Estude a Bíblia!

Um abraço,
Pr. Valdeci Jr.
e
Fátima Silva

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O ALCOOLISMO NÃO É BÍBLICO - Marcos 13-14

Bebida alcoólica: isso é uma droga. Beber é uma droga pior ainda. Você sabia que o alcoolismo pode, potencialmente, resultar em condições terríveis, como doenças psicológicas, fisiológicas e até resultar na morte? Ele é um dos problemas mundiais de uso de drogas que mais traz custos para a humanidade. Com exceção do tabagismo, o alcoolismo é mais custoso para os países que todos os problemas de consumo de droga juntos.


É por isso que a Bíblia é absolutamente contra a bebida. Salomão dizia que “O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas; não é sábio deixar-se dominar por eles.” É curioso que existem pessoas que insistem em querer escorar o vício na Bíblia, procurando um ponto ou outro, que de maneira torcida, libere o pinguço para sair tomando suas doses por aí. Um exemplo disso está na leitura de hoje: Marcos 13 e 14:25, onde tem uma declaração de Jesus que, em algumas versões da Bíblia, numa leitura superficial, parece que, para quem quer entender isso, parece que Jesus está dizendo que lá no Céu Ele vai tomar cachaça. Isso é um absurdo.

Então, como se explica essa passagem da Bíblia? Na Nova Versão Internacional, diz: “Eu lhes afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus.” Veja as palavras que foram colocadas na boca de Jesus: beberei vinho no Reino de Deus. Isso é sério... A Nova Tradução na Linguagem de Hoje tem um problema sério de tradução, pois traduz: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus.”

Na Bíblia, a palavra “vinho”, no novo testamento grego, é oinós. Oinós era o líquido da uva, fosse ele fermentado ou não. Oinós é uma palavra que serve tanto para o suco natural quanto para o líquido da uva fermentado, alcoólico. E o interessante, é que nesse verso, no original grego, não aparece a palavra oinós.

Nessa fala, Jesus evitou a palavra oinós, que serviria para o líquido da uva, tanto novo quanto fermentado, e ainda enfatizou sobre beber o “novo”, ou seja, sobre beber o líquido da uva, enquanto era um suco novo, antes que tivesse fermentado. Portanto, uma das melhores traduções para esse verso é a de João Ferreira de Almeida: “Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele Dia em que o beber novo, no Reino de Deus.”

A bebida de Jesus não é alcoólica, é suco de uva natural.

Um abraço,
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A MARCA DE JESUS - Marcos 10-12

Você pensa em fazer alguma coisa para deixar uma boa impressão da sua existência? Ou, pelo menos, por onde passa?


No século XVI, havia um papa muito poderoso. Geralmente, os homens poderosos daquela época sempre procuravam fazer alguma coisa para indicar um sinal da sua existência. Os faraós faziam as pirâmides, outros faziam túmulos enormes...

Esse papa impressionava muito a humanidade. Michelangelo estava trabalhando para fazer uma decoração na futura sepultura desse pontífice para que quando ele morresse, jamais fosse esquecido. Ele deveria esculpir 40 estátuas para colocar na sepultura de Júlio II. Muitas pessoas zombavam dele, pois, se tinha levado quatro anos para esculpir Davi, será que duraria mais 160 para esculpir as obras de arte da sua santidade?

Mas o papa mudou de idéia e disse que deveria parar com esse serviço porque não estava interessado que as pessoas lembrassem dele depois que morresse. Na realidade, as pessoas lembrariam mais do artista que do dono da sepultura. Sendo assim, o papa resolveu honrar a fé com a arte através de outro trabalho de Michelangelo: a decoração do teto da capela Cistina. E o papa estava certo: quase ninguém se lembra de quem foi Júlio II. Mas o teto da capela Cistina e o nome de Michelangelo são muito bem lembrados. Por que o poderoso foi praticamente esquecido e o artesão humilde é lembrado através dos séculos?

Permita-me fazer uma analogia. Miquelangelo era o homem do toque, e suas mãos tocavam a forma humana. Mas ele não é tão lembrado quanto um outro homem da História que não tocou só formas humanas, mas, com as próprias mãos, realmente modelou o ser humano.

Ao fazer sua leitura bíblica, você encontrará alguém que também usava formão, só que não era somente no mármore e na madeira, mas em corações vivos. Observe o carpinteiro reunindo as crianças, tocando os sentimentos do jovem rico, educando Tiago e João, recuperando a visão do Bartimeu e martelando a consciência dos pensadores da época.

Jesus deixou sinais dEle na Terra, só que não foi escrevendo livros, artigos, folhetos ou distribuindo santinhos. Ele foi um peregrino e não deixou nem casa e nem parentes que poderiam ser colocados em um museu para ser venerados. Na realidade, não saberíamos nada a respeito dele, se não fosse pelos sinais que Ele deixou nos seres humanos. O Antigo Testamento tinha jogado um raio de luz sobre esse Messias que viria, e agora, essa mesma luz, ampliada e refletida por Ele, tomaria uma nova dimensão para ser projetada por diferentes ondas e cores: humanas. Estou falando da igreja.

Os cristãos são a marca de Jesus Cristo.

Um abraço,
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

terça-feira, 16 de outubro de 2012

PERMISSÃO PRA COMER? - Marcos 07-09

Parabéns, leitor! Parabéns porque você é uma pessoa sábia! E como eu sei disso? Estou falando baseado na escolha que você fez, ao invés de acessar sites impróprios, você optou por um site que busca mensagens que edificam e que fazem o bem para o ser humano e, principalmente, que fala sobre a Palavra de Deus!


Precisamos tomar cuidado com aquilo que colocamos para dentro de nós. Por exemplo, se você colocar uma substância nociva no seu estômago, a saúde física inteira sofrerá com isso? E com a saúde mental, então?

Você já ouviu falar que da boca sai o que está cheio o coração? O trecho bíblico de hoje começa com um texto que muitas pessoas interpretam de forma errada. Agem dessa forma ou porque não lêem direito ou porque querem torcer o texto para defender uma opinião própria. Em Marcos 7 e, também, de forma parecida em Mateus 15, há um momento em que Jesus diz que o que entra pela boca não é o que contamina, mas sim o que sai. Quem o lê, isoladamente, diz que o que Jesus queria dizer é que agora todos estão liberados para comer aquelas carnes não-comestíveis que Deus já tinha orientado para não comer, em Levítico 11 como, por exemplo, carne de rato, carne porco, etc.

Fazer uma afirmação dessas é um atentado contra a inteligência, não é mesmo? Qualquer pessoa inteligente que saiba ler é muito capaz de fazer uma boa interpretação de texto. Então, o segredo para não cair nessa, é ler o texto inteiro (Marcos 7:1-23). Leia, também, Mateus 15:1-20. Faça um leitura atentiva e repita-a algumas vezes, procurando entender o contexto da história como um todo. Você perceberá do que o texto está falando! Isso é fantástico!

Ao analisarmos o contexto, percebemos que o referido texto não está relacionado com comer esse ou aquele tipo de animal. A discussão aqui é se eles poderiam comer ou não sem lavar as mãos. Jesus não estava seguindo a tradição dos anciãos judeus, ou seja, um conjunto de interpretações tradicionais que os rabinos davam para lei de Deus e que, absurdamente, teria a mesma autoridade que a própria lei. Então, a insistência em lavar as mãos sete vezes antes de tomar a refeição era um puro formalismo de um dogma que tinha a ver com purificação religiosa e não com hábitos alimentares, higiene, saúde ou dieta.

O texto trata da moral. Observe que da boca de Jesus só saiam coisas boas, porque Ele as colocava para dentro de si. Devemos seguir Seu exemplo.

Pense: o que você está permitindo que seja colocado dentro de você?

Um abraço,
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

MARCOS MUDOU - Marcos 04-06

Para o dia de hoje, quero comentar sobre a pessoa de Marcos e apresentar algumas curiosidades interessantes. Se você observar bem, perceberá que nesse evangelho não menciona o nome do autor. Mas é curioso que desde o início desse livro, ele sempre foi atribuído a Marcos. Mas quem iria querer pegar o nome dele emprestado para a autoria do livro? Isso porque, naquele contexto do começo da história da igreja cristã, esse discípulo não foi uma pessoa preeminente, um grande destaque. Se fosse outro autor, seria muito improvável que escrevesse o Evangelho em nome de Marcos.


Até aqui já aprendemos uma grande lição. Uma das grandes coisas que nosso Deus pode fazer é pegar uma pessoa humilde e colocá-la em posição de grande preeminência e influência. É impressionante que Deus não está preocupado em ter pessoas talentosas em Seu serviço. O que Ele mais deseja é um coração disposto a servi-lo. Vemos que Ele fez isso com Marcos e sabemos que nosso Pai pode fazer isso também, em nossos dias, com você. Amém! Glória a Deus por isso!

Marcos não teve um começo muito bom no ministério. Aliás, pelo contrário, ele já mostrou que era indigno do alto chamado que esse trabalho envolvia. Tanto é que o apóstolo Paulo chegou ao ponto de ficar totalmente determinado a não mais permitir que Marcos fizesse parte da equipe de trabalho deles. Dê uma olhadinha em Atos 15:36-40 e veja o porquê. O comentário bíblico de Atos dos Apóstolos também explica:

“Foi aqui que Marcos, dominado por temor e desânimo, hesitou por um momento em seu propósito de consagrar-se de todo o coração à obra do Senhor. Pouco habituado a sacrifícios, desanimaram-no os perigos e privações do caminho. Trabalhara com êxito sob circunstâncias favoráveis, mas agora, em meio da oposição e dos perigos que tantas vezes cercam o missionário pioneiro, não suportou as dificuldades... Devia aprender ainda a enfrentar valorosamente os perigos, perseguições e adversidades. À medida que os apóstolos avançavam, encontrando dificuldades cada vez maiores, Marcos intimidou-se e, perdendo todo o ânimo, recusou-se a prosseguir, retornando a Jerusalém.”

Que desânimo, não é mesmo? Mas como alguns dizem que se ficarmos seis meses sem nos encontrarmos com uma pessoa, não devemos falar mais sobre ela porque as pessoas mudam. Ao ler 2Timóteo 4:11 e, também, Filemom 2:4, verá que, tempos depois, a atitude de Paulo em relação a Marcos mudou radicalmente.

Você acha que Paulo simplesmente se tornou mais tolerante com alguém que o havia abandonado? Ou é mais provável que Marcos realmente tenha mudado, passando a ser alguém em quem ele agora pudesse confiar? Leia Marcos para saber a resposta.

Um abraço,
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

NAS LENTES DE MARCOS - Marcos 01-03

Você já ouviu alguém perguntar: “Por que existem quatro evangelhos na Bíblia – Mateus, Marcos, Lucas e João – para dizer praticamente a mesma coisa?” Tais incrédulos, para não dizer ignorantes, seguem questionando: “Se a Bíblia fosse um livro um pouquinho melhor, ela teria uma só biografia de Jesus e já seria suficiente. Não precisaria dessa redundância.”


Para essas pessoas, gosto de responder com a seguinte pergunta: Para que existem vários telejornais à noite, na televisão, sendo que, se mudarmos de um canal para o outro, eles estão noticiando praticamente as mesmas manchetes? Não seria mais coerente se o Ministério das Comunicações regulamentasse que à noite só existisse um telejornal? Muitos reclamariam, dizendo que seria um absurdo, um retrocesso no tempo, pois afinal estamos vivendo em pleno século XXI, na era da informação, e isso acabaria com a liberdade de expressão.

Muito antes dos nossos tempos modernos, no tempo de Cristo, o Espírito Santo, que foi o redator chefe das "notícias boas" (significado da palavra evangelho), permitiu que esses quatro repórteres - Mateus, Marcos, Lucas e João – escrevessem a sua própria matéria sobre os acontecimentos que eles viram e as coisas que ouviram em relação à vida de Jesus.

Qual é a vantagem de você assistir uma mesma notícia em duas matérias, de canais diferentes? Primeiro, é que, em cada um, você pega informações diferentes. E isso vai enriquecendo o seu conhecimento sobre o fato. Segundo, você passa a olhar para o fato por diferentes prismas, porque cada jornalismo dá sua abordagem diferente para os acontecimentos. E terceiro, é que a repetição é a base do aprendizado. É isso o que acontece quando lemos os quatro evangelhos, um atrás do outro. Você está simplesmente ouvindo quatro repórteres: cada um, apresentando a sua matéria, de uma mesma coletiva de onde coletaram os dados e as informações.

Então, o que temos no início do Novo Testamento são QUATRO RELATOS e UM só SENHOR, que é Jesus. A pauta é Jesus! Cada um dos escritores dos Evangelhos, inspirados pelo Espírito Santo, têm uma ênfase particular sobre a vida e o ministério de Jesus. Mateus se dirige especialmente aos leitores judeus, mostrando Jesus como o verdadeiro Rei de Israel. Lucas, por outro lado, dirige seu relato ao "excelentíssimo Teófilo". João escreve para os cristãos de quase um século depois de Cristo, que já não tinham conhecido Jesus pessoalmente. Eles conheciam só na teoria da pregação da Palavra, e João tenta conscientizá-los de que Jesus é a Palavra encarnada.

Hoje, iniciamos a leitura do livro de Marcos. Nos próximos dias, olharemos para Jesus, usando as lentes do evangelista Marcos. Boa leitura!


Um abraço,
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

RESSURREIÇÃO INVENTADA? - Mateus 27-28

Encerramos a leitura do livro de Mateus, e o assunto principal retrata sobre a ressurreição de Jesus. Pense: será que essa história é verdadeira mesmo? Não é algo inventado? Bem, se fosse alguma coisa inventada por um escritor posterior, ele seria muito burro de criar uma história com fatos tão incoerentes.


Por exemplo, como o historiador explicaria os onze discípulos que, na ocasião da prisão e morte de Jesus, abandonaram-O, fugindo e ficando longe dEle, sendo que pouco tempo depois, todos deram a vida por Ele? Para inventar algo coerente com o judaísmo da época, seria mais fácil imaginar o fato de que os discípulos tivessem dado a vida por um profeta sepultado, afinal, veneravam tanto os túmulos, que seria mais óbvio dar a vida por um profeta sepultado que por uma teoria mentirosa da ressurreição. Você acha que os discípulos dariam a vida por nada? E se eles não deram a vida pelo cristianismo, então, como se explica a coragem da conversão de tantos cristãos, no primeiro e segundo séculos, mesmo indo contra tudo e todos daquela época: a cultura judaica discriminatória, o poderoso e cruel império romano, tudo que era lógico e racionalmente explicável?

Porém, se a história tivesse sido inventada naquela época, como explicaríamos que eles aceitariam o testemunho ocular de mulheres, sendo que elas não eram ouvidas?

E quanto ao relato dos soldados? “Os discípulos vieram à noite e roubaram o corpo, enquanto estávamos dormindo.” Como eles sabiam que eram os discípulos, se estariam supostamente dormindo? Como aquela enorme pedra foi rolada sem que eles acordassem?

É muita ignorância não perceber que, para todos que viveram naquele período, seria muito mais cômodo ter um corpo e uma sepultura de um mártir que uma vexatória conversa de ressurreição. Não era fácil falar sobre isso tanto para os incrédulos quanto para os discípulos. Como explicariam isso, se Jesus nem aparecia para os incrédulos, no Sinédrio ou no templo, mas só em pequenas reuniões dos judeus?

De qualquer forma, a conversa de que Jesus tinha ressuscitado era constrangedora. Portanto, o jeito era escolher entre continuar cada vez mais incrédulo ou sair do cenáculo, encarar a verdade e se colocar totalmente nas mãos de Deus. O que você faria se vivesse naquela época? Temo que muitos de nós faríamos exatamente como Tomé fez: duvidaríamos. O remédio para não cairmos nesse perigo está na receita: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em a nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.

Um abraço,
Valdeci Júnior e Fátima Silva

SERMÃO PROFÉTICO - Mateus 24-26

Criança gosta de fazer pergunta, não gosta? Acabei de fazer uma, não é mesmo? Dias atrás, lemos que, “a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus” (Mateus 18:3-4).


Hoje é o dia de todo mundo! Dia de todos os que entrarão no reino de Deus, porque é o dia da criança. Então, quero aproveitar para parabenizar você pelo seu dia. E não se sinta ofendido, porque todo discípulo de Deus, em vários aspectos, é como uma criança.

Veja o que diz Mateus 24, onde começa a nossa leitura, e observe como os discípulos de Jesus pareciam criança e agiam como elas. Criança não adora fazer muitas perguntas? Então, leia o verso três: “No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos, quando sucederão estas coisas [primeira pergunta] e que sinal haverá da tua vinda [segunda pergunta] e da consumação dos séculos [terceira pergunta].”

Percebe? Só em um verso, três perguntas. E Jesus, calmamente as responde. Praticamente, em quase toda a leitura de hoje, vemos Jesus falando sobre o conhecido sermão profético.

Existem pessoas que quando lêem Mateus 24 ou partes do sermão profético, ficam sem entender do que Jesus está falando, porque dá a impressão que Jesus está fazendo uma “salada” dos assuntos e misturando tudo. Na realidade, na Sua fala, Ele está sendo muito coerente, falando de três assuntos ao mesmo tempo, porque está respondendo as perguntas diferentes dos Seus discípulos.

Por exemplo, quando você ler Mateus 24:4-14, verá que Jesus está respondendo a última pergunta que foi feita para Ele, que é sobre a consumação do século, ou seja, o fim dos tempos. Aí, do verso quinze em diante, Ele retoma o assunto da primeira pergunta, que era sobre não ficar pedra sobre pedra da construção do templo que não fosse derribada. E isso aconteceria no ano 70, na destruição de Jerusalém. Ele vai conversando sobre isso até que depois, do verso 29 em diante, passa a falar mais sobre os sinais da Sua vinda e vai conversando sobre o assunto até o verso 44. Então, resumindo, o Sermão Profético aborda três assuntos: a perseguição aos judeus cristãos no primeiro século e a destruição de Jerusalém, os sinais da volta de Jesus e o fim dos tempos.

E quanto a segunda vinda de Jesus, embora alguns queiram adivinhar o dia desse acontecimento, muitos serão surpreendidos por ela. Portanto, como cristão, esteja pronto para se encontrar com Deus todos os dias!



Um abraço,

Valdeci Júnior

Fátima Silva

DESTAQUES QUE FAZEM BEM - Mateus 21-23

Hoje é mais um dia de oportunidade para descobrir tantas coisas maravilhosas que tem na leitura bíblica e de receber, para o benefício da sua vida, uma alimentação, um pão tão maravilhoso, um poder espiritual que você pode adquirir. Se você ler Mateus 21-23, encontrará alguns episódios muito interessantes que aconteceram com Jesus quando Ele viveu como homem aqui no planeta Terra.


A leitura é muito gostosa de fazer, e dela, você e eu podemos tirar grandes lições inspiradoras. Ela começa com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e o episódio de Jesus purificando o Templo. Logo em seguida, fala da figueira que Jesus amaldiçoou e secou. Tem a autoridade de Jesus sendo questionada, a parábola dos lavradores e do banquete de casamento; as discussões, tanto sobre o pagamento de imposto a César quanto a realidade da ressurreição e também sobre o maior mandamento. No capítulo 23, Jesus condena a hipocrisia dos fariseus e mestres da Lei.

Todos esses são fatos conhecidos que nós, cristãos, não cansamos de ler e reler, já que sempre encontramos novidades nesses textos. Mas quero mencionar alguns destaques que considero muito importantes.

Em Mateus 21:13, quando Jesus está purificando o templo, as palavras de repreensão que Ele usou foi: “A minha casa será chamada casa de oração.” Como assim, “a minha casa”? Não era a casa de Deus? Claro que era! Mas Jesus estava repetindo as palavras ditas por Jeová em Isaías 56:7. O templo era a casa dEle porque Ele é Deus. Encontramos aqui mais uma evidência bíblica para mostrar que Jesus era plenamente Deus. Isso se soma ao verso 18, onde afirma que “Jesus teve fome”; outra evidência deixada na Bíblia, agora para mostrar que Jesus era plenamente humano. Diante disso, qual era a natureza de Jesus? Ele era plenamente Deus e homem ao mesmo tempo, o “Homem-Deus”.

Essa característica de Jesus tem efeito prático para nossa vida no destaque do capítulo 22, onde tem a parábola do banquete de casamento. Quando você ler essa parábola, tenha em mente que ela significa que a vida de Cristo serve para nos cobrir com o manto de justiça dEle, conforme comparado com Isaías 61:10.

E daí, entendendo isso, podemos concluir a leitura de hoje, cuidando para que o lamento de Jesus, de Mateus 23:37 em diante, não sirva para nós. Ao contrário, que as palavras de Provérbios 4:18: “A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até a plena claridade do dia” sejam reais em sua vida, fazendo com o que sua experiência com Deus seja realmente verdadeira.

Conheça a Deus profundamente!

Um abraço,
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

QUAL É O PRESENTE? - Mateus 17-20

Havia duas vizinhas que viviam em pé de guerra. A encrenca era tão feia que elas nem podiam se encontrar na rua que era briga na certa. Em um belo dia, cansada de tanto ódio, uma delas decidiu tentar fazer as pazes com a outra. Quando se encontraram na rua, a mulher que queria fazer as pazes, humildemente disse para a outra:


- Vizinha, estamos nessa desavença há tantos anos que já nem lembro mais os motivos da nossa inimizade. Vamos acabar com isso e viver em paz?

A outra mulher estranhou a atitude da velha rival, mas ainda assim, disse que iria pensar no caso. Como o coração humano é difícil, ela foi pelo caminho matutando: “Essa serpente não me engana! Está querendo aprontar alguma coisa e eu não vou deixar barato. Vou mandar-lhe um ‘presente’ hoje mesmo.”

Então, sem acreditar nessa história de “fazer as pazes”, ela chegou em casa, preparou uma bela cesta de presente e encheu-a com esterco de vaca. Ainda teve a audácia de escrever um bilhetinho que dizia: “Este presente é para selar a nossa amizade!”

Quando a mulher que queria fazer as pazes recebeu o presente e leu o bilhete, respirou fundo, mas não se deixou irritar. E o tempo passou. Dois meses depois, a mesma mulher que queria fazer as pazes fez a mesma coisa: pegou uma caixa bem bonita e mandou um presente para a vizinha.

Quando ela recebeu a cesta, pensou: “É a vingança daquela asquerosa. O que será que ela me aprontou?”

Para a surpresa daquela mulher, ao abrir a cesta, viu um lindo arranjo de belas flores e um cartão com a seguinte mensagem: “Obrigado pelo excelente adubo que você me enviou. Adubei estas lindas flores com ele. E agora, ofereço a você este ramalhete como prova do meu desejo de acabarmos com esta desavença e vivermos em paz uma com a outra.”

Que atitude nobre! Tem hora que, para perdoar, reconciliar e construir bons relacionamentos, precisamos de muita criatividade. Mas é exatamente essa sabedoria que vemos em Jesus, na leitura de hoje. Na transfiguração, Jesus estava querendo relacionar o Céu com a Terra. Na cura do jovem possesso, Jesus estava querendo restaurá-lo aos seus vínculos de família. Pagando imposto, Jesus estava se relacionando bem com as autoridades. O capítulo 18 é uma cartilha de como cultivar bons relacionamentos, bem como o 19, quando fala do divórcio, das crianças e do perigo de valorizar mais as riquezas que o relacionamento com Deus. Por fim, a leitura de Mateus 20 nos ensina a nos relacionarmos no Reino de Deus.

Invista nos relacionamentos! Dê bons presentes!

Um abraço,

Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

terça-feira, 9 de outubro de 2012

“FOCOMISSIONANDO” - Mateus 14-16

Há certas atitudes de Jesus que deixa muita gente se perguntando por que Jesus agia de determinada forma. Tenho uma resposta, que não serve para todas as atitudes incógnitas de Jesus, mas dá certo com o trecho bíblico de hoje. Ela se resume em apenas uma palavra: objetivo.


Você já foi tentado a sair do foco? Já teve um trabalho para fazer, uma meta para cumprir e surgiu uma coisinha daqui, uma tarefinha dali, um colega legal dacolá... Tudo relacionado a coisas boas, que fazem parte do trabalho e você vai se envolvendo com aquilo, o tempo vai passando, e quando percebe, o tempo passou, e o trabalho principal ficou sem ser feito.

No meu trabalho, a tentação para que isso aconteça é muito forte. Se eu não for firme, souber dizer não e me concentrar naquilo que eu realmente preciso fazer, o tempo se enrola e não alcanço os ojetivos.

Percebemos isso acontecendo no ministério de Jesus. Ele tinha a necessidade de ser firme e centrado na Sua missão. Observe algumas situações do Seu cotidiano. Mas se tiver alguma dúvida, pode escrever para mim que lhe mando mais detalhes.

1º Destaque: Mateus 14. O primo de Jesus, João batista, o maior dos profetas, estava preso, e Jesus não fez nada para que ele fosse solto. Jesus nem foi visitá-lo e deixou que ele morresse sozinho na cadeia. Por quê? Podemos responder com outra pergunta? Por que Jesus não livrou nem a si mesmo dessa enrascada de martírio? Ele tinha um objetivo muito maior que as nossas percepções humanas.

2º Destaque: Mateus 15. Jesus disse que o que contamina o homem não é o que entra, mas sim o que sai. Ele estava falando que pode comer carne de porco? Não! Ele estava falando de alimento; e carne de porco, para Ele, não é alimento. De novo, a questão do foco. Mais importante que seguir a formalidade da tradição dos anciãos era seguir a pureza de coração do cristianismo.

3º Destaque: Mateus 16. Os fariseus e saduceus pediram um sinal do Céu. Jesus poderia ter dado? Sim, poderia. Mas não é o milagre que produz fé. É o contrário: é a fé que produz milagre. O objetivo de Jesus era que eles tivessem fé. É preciso ter muito mais fé para continuar crendo mesmo na ausência do milagre.

4º Destaque: Pedro repreendeu Jesus porque estava falando que seria martirizado. Ele mandou o diabo se arredar com essa falta de foco.

A prova de que as atitudes de Jesus priorizavam o objetivo final de Sua missão, está nos últimos versos da leitura de hoje: Seu foco estava na cruz!

Um abraço,

Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O DIA DE JESUS - Mateus 11-13

Jesus é o Senhor do sábado. Já ouviu alguém dizer isso? E o que significa?


Quando Jesus fez essa afirmação, no contexto da época, o problema era que a beleza do sábado tinha se perdido nas tradições judaicas. Os fariseus eram fanáticos, extremistas, exagerados e radicais na observância de todas as leis, inclusive do quarto mandamento. Para ter uma idéia, os fariseus e os mestres da lei chegavam a competir entre eles para ver quem seria mais severo. Com isso, eles tinham pulverizado a lei de Deus em 613 regras, que eram 248 mandamentos e 365 proibições, sem falar das 1521 emendas. Então, para não profanar o sábado segundo o critério de santidade da cabeça deles, eles tinham excluído 39 atividades que poderiam ser chamadas de “trabalho”. Por exemplo: se alguém cuspisse na grama, no sábado, estaria pecando porque isso era um trabalho agrícola de regar a vegetação. Que tremendo absurdo!

É claro que o Mestre não concordou com os fariseus, porque Ele, como Criador do sábado, sabia muito bem qual era a melhor forma de guardá-lo. Portanto, o que Jesus estava querendo dizer nesse “embate” era: “Vocês não estão percebendo o propósito do sábado. Com suas exigências legalistas e desequilibradas, estão desvirtuando a beleza desse dia santo. Eu sou o Senhor do sábado. Eu o criei, abençoei e santifiquei para o deleite do ser humano e não para o estresse ou sacrifício. Sei o que pode ou não ser feito nesse dia. Posso garantir que colher algumas poucas espigas para saciar a fome não é quebrar o sábado e não é o mesmo que colher uma plantação.”

Você entendeu? Veja bem, Jesus e Seus discípulos estavam longe de casa, pois eram pregadores itinerantes. Estavam retornando de uma reunião na sinagoga, que funcionava no sábado. Como Jesus tinha o costume de ir à igreja, estava perto da hora do almoço e a fome estava chegando. Como nenhum daqueles santarrões fariseus tinham oferecido alimento - e os alunos de Cristo necessitavam comer - não seria transgressão do quarto mandamento colher espigas para saciar a fome. Seria o mesmo que chegar a um pomar, pegar uma fruta no pé e comer. Isso é trabalho? Tem que assinar carteira para isso? Claro que não! É simplesmente servir-se numa refeição. No Antigo Testamento inteiro nunca foi pecado comer no sábado.

Sendo assim, a discussão não era se o dia deveria ser guardado ou não; é sobre como o dia deveria ser guardado. Resumindo, Jesus disse que é o Senhor do sábado porque foi Ele próprio quem O criou. Portanto, o sábado é o dia do Senhor Jesus. Vamos guardá-lo?

Um abraço,
 
Valdeci Júnior
e
Fátima Silva

domingo, 7 de outubro de 2012

ATÉ O “PSIQUÊ” PODE MORRER - Mateus 08-10

Você está “por dentro da Bíblia”? Está conseguindo lê-la diariamente? O trecho do Livro Sagrado para ser lido é uma leitura muito gostosa, simples, rica e com aplicações muito claras. Fala sobre quando Jesus curou um paralítico, sobre o chamado de Mateus; conta de quando Jesus foi interrogado acerca do jejum, do poder de Jesus sobre a doença e a morte, da cura de dois cegos e um mudo e de quando Cristo enviou os doze para sair viajando, com uma missão missionária específica.


Quando Jesus reuniu Seus discípulos para despachá-los para essa viagem, Ele deu algumas instruções muito boas para eles que, inclusive, servem para os missionários de Deus nos dias atuais. Na metade da fala de Jesus, Ele fala algo que deixa muita gente com a pulga atrás da orelha. Por exemplo, Mateus 10:28 fala do inferno. Muitos podem questionar: “Mas se não existe inferno, como esse verso diz: ‘Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno.’ Como se explica isso?”

Esse texto é realmente difícil de entender e, para entendê-lo, precisamos do Espírito Santo, de inteligência e de sabedoria para analisar o contexto. Quero convidar-lhe a pedir a ajuda do Espírito Santo, orando. Leia a oração: Querido Espírito Santo, por favor, nos ajude a entender a Tua Palavra. Em nome de Jesus, amém.

A inteligência e sabedoria, essa eu sei que você tem. Vamos analisar o contexto, então. Jesus estava admoestando os discípulos para as perseguições pelas quais eles iriam passar (ver versos 23-25). E quando Jesus falou essas palavras, no lugar que na sua Bíblia aparece a palavra alma, no texto original grego está a palavra psique. O que você entende que é o nosso psiquê? Captou?

Os discípulos não deveriam temer os que poderiam matar o corpo deles, mas que não tinham condições de matar o psiquê, ou seja, a consciência deles. Então, o temor seria de não estarem preparados para a morte, e daí ficar eternamente sem a oportunidade da ressurreição para a vida eterna. Tal sentido contraria a própria doutrina da imortalidade da alma, pois aqui está dizendo que o psiquê que temos pode morrer.

Então, a melhor tradução para esse verso seria: “Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a consciência (ou a mentalidade, ou o psicológico, ou o modo de pensar). Antes, tenham medo daqueles que podem destruir, eternamente, tanto o corpo como a consciência, no lugar devido para uma punição, de uma destruição, que não tenha retorno.”

Um abraço,
 
Pr. Valdeci Jr.
e
Fátima Silva

sábado, 6 de outubro de 2012

O SERMÃO DO MONTE - Mateus 5-7

Hoje temos uma leitura de alto nível para fazer. É um sermão que Jesus pregou em cima de uma montanha. É de alto nível porque é o maior sermão da Bíblia. Mas não estou referindo-me a tamanho, mas sim, de importância. Esse é o texto da Bíblia que saiu da boca do maior de todos os pregadores: a Fonte de inspiração, o Criador e a razão da própria existência de todos os pregadores, Jesus, o grande pregador. Ele faz esse sermão chamado “Sermão do Monte”.


Jesus é tão especial e simpático conosco, que já começa colocando o reino de Deus para bater palmas para nós, pobres seres humanos mortais, como afirma Max Lucado em seu livro “O Aplauso do Céu”, ao comentar sobre as bem-aventuranças. Mas um livro que eu recomendo como o melhor comentário bíblico sobre esse trecho bíblico é “O Maior Discurso de Cristo”, da Casa Publicadora Brasileira (0800 – 979 0606).

Nosso Salvador é, também, tão equilibrado, que não fica como um babão na arquibancada só batendo palmas para você. Ele desce dela, entra na arena e “pega o boi pelo chifre”, como diz o colono. Em Mateus 5, a partir do verso 13, vemos essa teoria acompanhada da prática. O princípio de se misturar com as pessoas, não para entrar na onda do mal, mas para trazer a onda do bem e influenciar a humanidade para o bem. Mas o princípio é algo tão inegociável que o próprio Jesus, ao falar da Lei, do homicídio, do adultério, do divórcio, dos juramentos, da vingança e do amor aos inimigos, chega a ser radical. Muito mais radical que os fariseus da Sua época. É importante enfatizar que uma coisa é ser radical, outra coisa é ser fanático, né? Afinal, fanatismo é uma parte da verdade que fica louca.

Percebemos que Jesus não era fanático quando vemos o quanto Ele se preocupava com as pessoas e o quanto a prática da Sua comunhão devocional com o Pai era profunda. No capítulo 6, encontramos Cristo falando sobre o assunto da ajuda aos necessitados. Além disso, dá um belo aconselhamento quando ensinou sobre como administrar o dinheiro, como lidar com o problema da ansiedade e os relacionamentos interpessoais.

Há tantas outras coisas boas nessa leitura de hoje, que a Bíblia diz que quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o Seu ensino, porque Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei. Você não vai perder essa, vai? Então corra, pegue sua Bíblia e delicie-se com o Sermão do Monte. Tenha um encontro pessoal com Jesus!

Um abraço,
Valdeci Jr.
e
Fátima Silva