domingo, 21 de outubro de 2012

BOM HÁBITO - Lucas 03-05

Na leitura bíblica de hoje, encontramos um costume de Jesus: ir à sinagoga no sábado.


Mas o que era a sinagoga? A significação literal dessa palavra é a de uma convenção ou assembléia. Essa palavra, como no caso de “igreja”, veio a significar o próprio edifício, onde a assembléia se reunia. “Assembléias” locais para instrução da Lei e para o culto existiam desde tempos antigos, como eram, por exemplo, “as casas dos profetas” (1Samuel 10:11; 19:20-24; 2Reis 4:1). Durante o cativeiro, não eram raras as reuniões dos anciãos de Israel (veja Ezequiel 8:1).

Parece que as verdadeiras sinagogas tinham se formado mais tarde, na dispersão. Desde o ano 200 a.C., mais ou menos, começou a desenvolver-se na Palestina esse gênero de assembléia com uma sistemática organização, multiplicando-se os edifícios próprios para os serviços religiosos. Essas assembléias estavam intimamente relacionadas com a obra dos escribas, como sendo instituições para instruir o povo na Lei e ensinar sua aplicação na vida diária. Nas sinagogas, os custosos rolos das Escrituras, escritos pelos escribas, eram cuidadosamente guardados numa caixa ou arca, que de um modo visível, estava voltada para o povo que se achava sentado.

Naquela época, existiam muitas sinagogas. Havia serviços regulares todos os sábados e, também, no segundo e quinto dia da semana. Uma especial importância era dada nesses serviços à leitura da Lei e dos Profetas - e também se faziam orações, exortações, explicações e se davam esmolas. Como o conhecimento da antiga língua hebraica foi a pouco extinguindo-se, tinha a leitura de indicadas porções da Escritura de ser acompanhada da respectiva tradução em aramaico ou, talvez, mesmo em grego, que parece ter sido uma língua entendida ao norte da Palestina no tempo de Jesus Cristo. As sinagogas eram não somente lugares de culto, mas também escolas, onde as crianças aprendiam a ler e a escrever - e serviam, também, de pequenos tribunais de justiça, nos quais a sentença não só era dada, mas executada (Mateus 10:17).

Geralmente a sinagoga estava sob a direção dos “anciãos” (Marcos 7:3), sendo o primeiro deles chamado algumas vezes o príncipe ou o chefe daquelas assembléias (Lucas 13:14; Atos 13:15). Os lugares dos anciãos e dos principais eram em frente da arca, estando eles voltados para a congregação. Os anciãos tinham o poder de disciplinar, de excomungar e de açoitar - e eram eles ou os principais, que na ocasião do serviço religioso convidavam pessoas de consideração para ler, ou orar, ou pregar.

E a lição que a gente tira é que Jesus tinha o bom hábito de freqüentar bons lugares. Sigamos o exemplo dEle e dediquemos um tempo especial para Deus.

Um abraço,
Valdeci Jr.
e
Fátima Silva

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