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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Ariano Suassuna Não Morreu

Neste mês, o homem que disse que não iria morrer estaria completando 90 anos. Ariano Villar Suassuna, “um dos maiores nomes da literatura brasileira”,[1] vivia intensamente e negava a morte de uma forma muito enfática.[2] Como escritor, tinha a vida e a literatura como duas coisas indissolúveis, e dizia: “a gente, pela arte, procura conseguir uma forma precária, mas ainda assim eficaz, de imortalidade”.[3] A forma como ele continua “vivo” é na memória da sociedade que representou, através das republicações ou lançamentos inéditos de suas obras, das peças que acontecem e das inúmeras monografias sobre o legado artístico deixado por ele e dos personagens como João Grilo, Chicó, Quaderna, etc., que nunca mais sairão da cultura brasileira.[4]
E quem de nós quer morrer?
Mas mesmo atrás da arte, o homem Ariano sempre viveu um grande dilema pessoal com o assunto da morte. “Eu acho que o homem não foi criado pra morte. O homem foi criado pra imortalidade”.[5] Embora esse criacionista tenha sido um grande intelectual, em toda sua obra teceu a estampa do menino de Taperoá, intenso no cômico riso das artes populares nordestinas e no trágico trauma do assassinato de seu pai.[6] Seu sofrimento não foi somente quando, aos três anos de idade, ficou órfão. Por toda sua vida, lutou para entender o que dizia ser o maior problema filosófico da humanidade: “o problema do mal e o sofrimento humano”. E, em busca de uma esperança, assumia ser religioso,[7] como todos os que anseiam preencher um vazio existencial que possuem.
Jesus era o herói de Suassuna.[8] O homenageado paraibano-pernambucano, advogado, secretário de cultura, romancista, ensaísta, dramaturgo, escritor traduzido para diversas línguas, poeta, membro das academias paraibana, pernambucana e brasileira de letras, crítico literário, acadêmico, mestre e Doutor Honoris Causa, filho de governador e deputado federal, nunca negou sua fé. Claro que, em sua juventude, teve seus momentos de dúvidas. Mas quando leu Dostoievski afirmando que “sem Deus, então vale tudo”, reagiu. Decidiu ter uma fé consciente. Fosse dando entrevistas ou apresentando suas aulas-espetáculo diante de grandes políticos, acadêmicos, intelectuais, jornalistas ou críticos, à frente de grandes auditórios universitários ou câmeras midiáticas, nunca se envergonhou em dizer que cria em Deus. Ele acreditava ser isso uma necessidade humana.[9]
É possível que toda essa vivacidade de um homem que tanto temia a morte[10] se devesse ao fato de que ele não somente cria em Deus, mas também se relacionava com Ele.[11] Na realidade, ele tinha consciência da morte.[12] Só luta pela vida quem tem consciência da possibilidade do estado sem vida. Se você não tem medo da morte, não venha me dizer que se importa com o Reavivamento. Todos devemos temer a pior de todas as Caetanas[13]: a espiritual. Não ter medo dessa morte pode ser um terrível perigo de insensibilidade para com o pecado.[14] Por outro lado, é exatamente a conscientização de que realmente somos naturalmente vulneráveis ao extermínio, que pode nos dar a sobrevida plena e perfeita.
No Céu, teremos muitas surpresas. A maior delas será nos darmos conta de que chegamos lá. E para tanto, você tem um único caminho: Jesus![15]
 Um abraço,
Pr. Valdeci Jr.
Fonte: http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/valdeci-junior/ariano-suassuna-nao-morreu/

Referências
[1]  VICTOR, Adriana; LINS, Juliana. Ariano Suassuna: um perfil biográfico. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2007, p. 140.
[2] No fim de suas aulas sempre dizia, “eu não vou morrer”, como por exemplo, em sua aula-espetáculo na 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura de Brasília, em 15/04/2014, quando repetiu “eu não pretendo morrer”, três meses antes de sua morte.
[3] SUASSUNA, Ariano. Em entrevista dada a Pedro Bial, no programa Espaço Aberto da Globo News em 1997.
[4]Ver, por exemplo, RANGEL, Mateus. Os 90 anos de Ariano são celebrados com livro inédito, peça e relançamento da obra, no Diário de Pernambuco. Disponível em: .
[5] SUASSUNA, Ariano. 1997, op. cit.
[6]MEDEIROS, Rostand. O pai de Ariano Suassuna – quem foi João Suassuna, como se deu a sua morte e como este fato influenciou a vida e a obra de seu filho Ariano, em Tok de História. Disponível em: .
[7] NEPOMUCENO, Eric. Ariano Suassuna. Entrevista realizada em 29/04/2014 e veiculada pelo programa Sangue Latino do Canal Brasil em 30/07/2014. Disponível em: .
[8] Declaração feita na palestra apresentada no Tribunal Superior do Trabalho, no dia 18/04/12, na inauguração do auditório Ministro Mozart Victor Russomano. Disponível em: .
[9] NEPOMUCENO, Eric. Em entrevista inédita, Suassuna disserta sobre temas como Deus, morte e filosofia. Disponível em: .
[10] CAMAROTTI, Gérson. Em manuscrito inédito, Suassuna faz reflexão sobre a morte. Disponível em: .
[11] VICTOR, Fábio. Em entrevista exclusiva, Ariano Suassuna diz que fez ‘pacto com Deus’ para terminar livro. Disponível em: .
[12] CARVALHO, Daniel. ‘Vou morrer, mas meus personagens ficarão’, disse Suassuna em última aula. Disponível em: .
[13] Era assim que Suassuna chamava a morte, pela tradição nordestina de personificá-la com esse nome.
[14] “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23).
[15] O “único que possui imortalidade” (1Timóteo 6:14-16), e diz: “Eu sou o Caminho, a Verdade, e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim” (João 14:6).

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Tudo Sobre a Baleia Azul

Sobre um possível suicídio de uma suposta menina, como não há nada confirmado quanto à causa do suicídio nem quanto a quem ela realmente é, o que temos a comunicar?

Nada!

Circula em redes sociais o fato de que uma jovem membro da igreja teria cometido suicídio em decorrência de jogos ou outras influências. Deixemos que as razões que levaram ao suicídio sejam averiguadas pelos órgãos competentes juntamente com a família. Não vamos compartilhar fatos
inverídicos ou que não foram confirmados por órgãos oficiais.

Devemos tomar cuidado para não ajudar a divulgar e proliferar informações adversas sobre este assunto em nossas redes sociais e em nosso raio de influência. O primeiro caminho para trabalharmos contra este mal que está acontecendo é a prevenção e o cuidado no lugar em que estamos.

Agora, a informação inversa, que são as orientações quanto ao perigo, isso sim, devemos viralizar na internet: Então, vamos aproveitar também para ajudar neste assunto fornecendo as seguintes informações:













Quanto mais informados de forma correta estivermos sobre o assunto, mais poderemos ajudar as pessoas a se livrarem de qualquer mal que possa assaltá-las. Esse é o nosso papel.

Nota sobre quem são os Desbravadores

O Clube de Desbravadores está presente em mais de 160 países, com 90.000 sedes e mais de dois milhões de participantes.  Meninos e meninas com idades entre 10 e 15 anos, de diferentes classes sociais, cor, ou religião. Reunem-se uma vez por semana para aprender a desenvolver talentos, habilidades, percepções e o gosto pela natureza.

Vibram com atividades ao ar livre. Gostam de acampamentos, caminhadas, escaladas, explorações nas matas e cavernas. Sabem cozinhar ao ar livre, fazendo fogo sem fósforo. Demonstramos habilidade com a disciplina através de ordem unida, e têm a criatividade despertada pelas artes manuais. Combatem, também, o uso do fumo, álcool e drogas.

Trabalham em equipe procurando sempre serem úteis à comunidade. Prestam, também, socorro em calamidades e participam ativamente de campanhas comunitárias para ajudar pessoas carentes. Em tudo o que fazem procuram desenvolver amor a Deus e à Pátria e, além disso, fazem muitos amigos!

A página oficial dos Desbravadores na América do Sul é: 


"E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima... (Apocalipse 21:4)".
Que Deus abençoe a todos!
Pr. Valdeci Jr.


sábado, 21 de dezembro de 2013

RESSURRETOS! - 1Coríntios 14-16

Muito melhor do que ter reencarnado ou se transformado em algo etéreo, Jesus ressuscitou, em carne e osso! É tão diferente das crendices populares que nem mesmo os discípulos acreditavam. Ele lhes disse: “Por que vocês estão perturbados e por que se levantam dúvidas no coração de vocês? Vejam as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho”. Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. E por não crerem ainda, tão cheios estavam de alegria e de espanto, ele lhes perguntou: “Vocês têm aqui algo para comer?” Deram-lhe um pedaço de peixe assado, e ele o comeu na presença deles (Lucas 24:38-43).
Um dia, nós também teremos um corpo imperecível, revestido da imortalidade. Mas alguém pode perguntar: “Como ressuscitam os mortos?”.
“Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará aqueles que nele dormiram. O próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; e quando o que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “A morte foi destruída pela vitória”. (1Tessalonicenses 4:13-18; 1Coríntios 15 – Adaptado)”.
A resposta para a morte é a ressurreição, quando então os justos receberão a imortalidade, em corpos recriados e perfeitos. Todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. E os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados. Então, todos os que praticam a iniqüidade, nada obstante, serão destruídos para sempre (João 5:28-29; 3:16) (Salmo 92:7 -RA). Felizes os mortos que morrem no Senhor (Apocalipse 14:13). Para eles, o morrer é lucro, pois têm a garantia de um dia estar com Cristo, o que é muito melhor (Filipenses 1:21-23).
Meu amigo, a chance de escolher o destino eterno é só nesta vida e você não sabe quando ela termina. Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Marcos 8:36). Acontecerão somente duas ressurreições, uma dos salvos e a outra dos perdidos. A primeira é a ressurreição da glória, a segunda, a da vergonha. Você quer fazer parte da primeira ressurreição? Quem é o falecido querido que você quer encontrar no dia da ressurreição? Você quer ter a vida eterna? Esta é a vida eterna: que conheçam o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo (João 17:3). Busque cada vez mais, conhecer a Jesus.
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Valdeci Júnior
Fátima Silva


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

“JESUS CHOROU”? - João 10-11

Muitas vezes já vi cristãos escaparem pela culatra de João 11:35, ao serem intimados a declamar um versículo bíblico. Por não saberem nada melhor, maior ou mais especial, no susto, dizem: “Jesus chorou”. E se alguém reclamar, ainda poderão dizer: “Mas é um verso bíblico!”. E num contexto assim vemos o questionamento paradoxal que confronta a simplicidade com a seriedade deste versículo.
Seriedade? Sim! Veja a pergunta que surge na cabeça de muitos, ao lerem-no: “Por quem Jesus chorou? Por Lázaro ou por si mesmo?”. O verso 33 trinta e três começa a explicar, e os comentários bíblicos “SDABC” e “O Desejado de Todas as Nações” pegando esta ponta de corda, nos elucidam mais sobre o assunto. E, teologicamente, a conclusão é que “em Sua humanidade, Jesus foi comovido pela dor humana e chorou com os aflitos”. Mas, por trás desta afirmação, há muito significado.
Foi uma cena dolorosa. Lázaro fora muito amado, e suas irmãs choravam por ele, com o coração despedaçado. Os amigos uniam-se ao coro, chorando juntos. Em face dessa aflição humana, dentre muitos amigos consternados pranteando o morto, “Jesus chorou”. Se bem que fosse o Filho de Deus, revestira-Se, no entanto, da natureza humana e comoveu-Se com sua dor.
Seu coração está sempre pronto a compadecer-se perante o sofrimento. Chora com os que choram, e alegra-se com os que alegram-se. Não foi, porém, simplesmente pela simpatia humana para com Maria e Marta, que Jesus chorou. Havia, em Suas lágrimas, uma dor tão acima da simples mágoa humana, como o Céu se acha acima da terra. Cristo não chorou por Lázaro, pois estava para chamá-lo do sepulcro. Chorou por aqueles muitos que ora pranteavam a Lázaro mas, em breve, tramariam a morte dAquele que era a ressurreição e a vida.
O juízo que estava para cair sobre Jerusalém estava delineado perante a visão futurística de Jesus. Ele contemplou Jerusalém cercada pelas legiões romanas. Viu que muitos dos que agora choravam por Lázaro morreriam no cerco da cidade e não haveria esperança em sua morte.
Não foi somente pela cena que se desenrolava a Seus olhos, que Cristo chorou. Pesava sobre Ele a “dor dos séculos” Lançando o olhar através dos séculos por vir, viu o sofrimento, a dor, as lágrimas e a morte que caberia em sorte aos homens. Seu coração pungiu-se por sentir pena da família humana de todos os tempos e em todas as terras. Pesavam-lhe, fortemente, sobre a alma, as misérias da raça pecadora
Foi assim, que a fonte das lágrimas se lhe rompeu. Jesus em um anelo tão profundo em aliviar todas as dores dos humanos, ao ponto de chorar.


Valdeci Júnior
Fátima Silva


quarta-feira, 5 de junho de 2013

UM ENSINO MUITO PRECIOSO - JÓ 11-14

Em qualquer parte da Bíblia que você ler, pode tirar alguma gema preciosa, algo que pode ser aplicado na sua vida espiritual e outras áreas da vida. Então, não aceito a desculpa de que você não entra no programa de leitura bíblica porque existem partes difíceis, que parece que não dá para sacar nada de interessante. Alguns argumentam que é difícil, mas difícil é a situação de desvantagem e prejuízo por não ler a Bíblia como um todo.
Para provar como dá para extrair uma pérola de qualquer parte da Palavra de Deus, farei um destaque só da leitura bíblica de hoje que, para variar, é um daqueles trechos que muita gente arranja um monte de argumentos para não lê-los.
Veja o que está escrito em Jó 14:10-12: “Mas o homem morre, e morto permanece; dá o último suspiro e deixa de existir. Assim como a água do mar evapora e o leito do rio perde as águas e seca, assim o homem se deita e não se levanta; até quando os céus já não existirem, os homens não acordarão e não serão despertados do seu sono.”
Isso nos ensina sobre a doutrina bíblica da mortalidade da alma ou da imortalidade condicional da alma. Enquanto quase todo o mundo acredita que quem morreu não morreu, mas está vagando em algum lugar, na Bíblia não existe essa história de alma penada. Morreu, morreu! E ponto final até no dia da ressurreição. Aí, com a ressurreição, é outra história.
Na realidade, a resposta para a morte é a ressurreição, quando os justos receberão a imortalidade, em corpos recriados e perfeitos. A Bíblia ensina que não precisamos ficar admirados com isso, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. E os que fizeram o mal, ressuscitarão para ser condenados. Então, todos os que praticam a iniquidade serão destruídos para sempre.
A chance de escolher o destino eterno é só nesta vida e não sabemos quando ela termina. Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Acontecerão somente duas ressurreições: a dos salvos e a dos perdidos. A primeira é a da glória; a segunda, a da vergonha. Quer fazer parte da primeira ressurreição? Encontrar um querido que se foi?
Você quer ter a vida eterna? Esta é a vida eterna: que conheçam o único Deus verdadeiro e a Cristo.


Valdeci Júnior

Fátima Silva

quinta-feira, 7 de março de 2013

SUA VIDA É IMPORTANTE - Deuteronômio 32-34


Que tipo de lugares costumamos visitar quando estamos de férias? Bem, vamos às lojas para fazer compras ou, se não tiver dinheiro para, pelo menos, ver os produtos. Também vamos à praia, serra, beira de um rio ou então para algum outro lugar de retiro, como uma chácara, fazenda, sítio. Para onde mais? Existem aqueles que podem e gostam de conhecer lugares novos, há os que passeiam...
Ah, mas eu estava esquecendo, talvez, do mais importante: a casa dos amigos e parentes. Esse não é um ótimo lugar para ir? E por falar em casas de parentes, quando saio férias, costumo visitar muitos parentes. Porém, no meio da agenda de visitar a casa de um e de outro, tenho uma parada obrigatória. Parada no cemitério! É isso mesmo que você leu. O cemitério que fica na terra dos parentes é um lugar importante, porque é ali onde estão as sepulturas de algumas pessoas que são importantes para mim. Ir lá, lembrar-me daquelas pessoas, conversar um pouquinho sobre elas, rever suas tumbas, tirar uma foto, fazer uma filmagem, refletir um pouquinho sobre a vida e fazer uma oração, agradecendo a Deus pela minha vida, é uma parada obrigatória. As férias e a vida não são compostas só de festejos regateiros. Esses momentos reflexivos fazem parte também.
A leitura de hoje mostra que quando o povo de Israel estava saindo de férias, entre canções festivas e pronunciamento de bênçãos, eles tiveram uma parada obrigatória. Aliás, duas paradas. O texto parece que quebra a sequência, bruscamente, para falar da morte de Moisés. E o interessante é que no relato bíblico de hoje, fala duas vezes da morte dele. Por quê?
Talvez eu não saiba exatamente o porquê principal disso, mas sei que a morte de Moisés não foi um assunto secundário, não foi algo passageiro na mente de quem escreveu a Bíblia. Ela foi tão marcante, que a Bíblia praticamente chega a redundar o relato. Para mim, é como se eu estivesse andando de carro, de férias, numa boa, passeando, feliz da vida e, de repente, parasse em frente ao cemitério. Daí alguém perguntaria: “Mas é hora para isso, em plenas férias?” Eu responderia que sim, que é muito importante pra mim, pois trata-se da perda e da memória de alguém que é muito importante.
É assim que Deus considera Seus filhos, que se dedicam a trabalhar para Ele e entregam a vida nas mãos dEle. São muito importantes, a ponto de tratar do seu nome com respeito até depois que a vida acaba. Porque, um dia, na eternidade, a vida vai continuar numa importância maior ainda.


Valdeci Júnior
Fátima Silva

sábado, 2 de março de 2013

O ESPIRITISMO NÃO ESTÁ ESCRITO - Deuteronômio 18-20


O programa de televisão “Está Escrito”, veiculado na TV Novo Tempo e em outros canais também, é um programa cristão evangélico, que acredita no que está escrito na Bíblia, conforme a interpretação bíblica correta. Certa vez, na TV Band, o programa se deparou com algo interessante: o espiritismo, cujo manual cardecista parece ser uma explicação da Bíblia, principalmente do texto evangélico. Isso aconteceu em uma entrevista que a equipe de produção e o apresentador fizeram a um ex-espírita, o Dr. Maurício Braga, que se converteu à fé bíblica.
Os entrevistadores questionaram ao advogado: “A que conclusões você chegou depois de haver comparado a Bíblia com a doutrina espírita?”
Essa pergunta mexe, de maneira muito séria, com o quarto pilar do espiritismo. O homem, que havia tido 16 anos de experiência com o espiritismo, respondeu: “Para o espiritismo, os médiuns são fundamentais, pois são os intermediários entre o plano espiritual, Deus e o homem. Então eu pensei: A Bíblia tem que falar alguma coisa sobre os médiuns, porque ela é um instrumento de consolo, de comunicação com Deus (ver Deuteronômio 18:10-14). Então, encontrei em Isaías, capítulo 8, uma afirmação muito forte: ‘Algumas pessoas vão pedir que vocês consultem os adivinhos e os médiuns, que cochicham e falam baixinho. Essas pessoas dirão: precisamos receber mensagens dos espíritos, precisamos consultar os mortos em favor dos vivos! Mas vocês respondam assim: O que devemos fazer é consultar a lei e aos ensinamentos de Deus. O que os médiuns dizem não tem nenhum valor.’ (versos 19 e 20 – NTLH).”
É impressionante como os falsos enganos que tentam nos desviar dos caminhos de Deus sempre existiram. Essa passagem que Maurício Braga citou, está na leitura de hoje. Nesse contexto, a preocupação bíblica é nos desviar do mal. Ela inicia falando dos embaixadores de Deus, faz a advertência contra os feiticeiros e os adivinhos, e já deixa bem claro que o povo de Deus poderia confiar nas promessas do grande profeta.
O texto termina falando de guerra. O resumo desse assunto é: vivemos em meio a um grande conflito cósmico, entre o bem e o mal. Nessa batalha, só temos como nos salvar se nos apegarmos ao grande profeta que é Jesus e ao que Ele deixou para nós, a Bíblia. O resto é balela.
Portanto, estude, questione, pesquise, vá a fundo, não dê ouvidos a qualquer doutrina espúria. Ore, ande na companhia de Jesus e veja se tudo o que for apresentado para você está conforme a Bíblia. Se estiver, pode seguir que dará certo. É por isso que, todos os dias, procuro chamar sua atenção para você fazer sua leitura bíblica. Meu desejo é ver você muito feliz!


Valdeci Júnior
Fátima Silva

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

PENA DE MORTE - Levítico 20-22


Na leitura de hoje, encontramos uma aparente contradição bíblica, que pode ser expressa pela pergunta: “Se Deus disse ‘não matarás’, como ordenava a prática da pena capital?”
As diferentes sociedades têm diferentes formas de reprimir e banir o mal existente no seu seio. Apesar de o mandamento ser contra o assassinato, Deus permitira à comunidade israelita, especialmente às autoridades máximas, proferir uma sentença de morte para os que cometiam alguns tipos de crimes ou pecados. Paulo falou sobre a autoridade que Deus dava aos dirigentes públicos para administrarem tais execuções de juízo (Romanos 13:3-4). O mandamento “não matarás” era aplicado a todos os homens individualmente, enquanto as ordenanças de execução eram dadas coletivamente. A regularização da pena de morte não autoriza a arbitrariedade homicida de um indivíduo. Mesmo atualmente, nas sociedades modernas onde é regularizada a pena de morte, acontece assim. Não é uma pessoa que decide a morte da outra, para alimentar os seus sentimentos maus. É o sistema que determina a morte do criminoso, com dor no coração por precisar fazer o que se deve ser feito. Não é vingança, e sim, o trabalho de um sistema judicial. Em tal sistema, as pessoas da parte inocente e ofendida não têm o poder de decidir nada em relação ao condenado. Quem decide é a lei. E essa moldura de execução protege a própria pessoa de praticar os problemas que estão por trás do sexto mandamento.
Você e eu, como pessoas físicas, não temos como decidir sobre os modelos judiciários a serem adotados ou não na sociedade em que estamos inseridos. Mas como indivíduos, podemos entender que o sexto mandamento preocupa-se com a possibilidade de haver ódio em nosso coração, se nós desejarmos que a vida do próximo seja arruinada. Isso fica mais esclarecido no Novo Testamento, quando Jesus, sem dar um posicionamento específico sobre a pena capital, por não estar decidindo nada em nível de sociedade, dirigiu-se a indivíduos e disse que “todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento.” Pois não devemos alimentar o ódio nem a vingança no nosso coração. “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” (Mateus 5:22, 38-39 - RA).
Um homicídio começa no coração daquele que odeia as pessoas. Deus valoriza a vida e desagrada-se de qualquer indício de raiva, vingança ou rejeição (1 João 3:15).
Portanto, independentemente dos moldes que os nossos tribunais de justiça adotem para banir o mal, como pessoas, podemos decidir pela paz e pelo bem.


Valdeci Júnior
Fátima Silva

domingo, 25 de novembro de 2012

O BATISMO PELOS MORTOS - 1Coríntios 14-16


O que um defunto tem a ver com um tanque batismal? Essa é uma boa pergunta. Aliás, é uma pergunta que está relacionada com uma heresia que existe entre alguns cristãos causada pela má interpretação de um só versículo da Bíblia. Está na nossa leitura bíblica de hoje: “que farão, aqueles que se batizaram pelos mortos?”
No decorrer de 1Coríntios, ao chegar no capítulo 15, encontramos esse assunto sobre defuntos. Nesses versos, Paulo fala primeiro da ressurreição de Cristo e, depois, passa a falar da ressurreição de todos os seres humanos. Quando chega o verso 29, Paulo escreve: “Se não há ressurreição, que farão aqueles que se batizaram pelos mortos?” Alguns leitores superficiais pegam esse verso para sair por aí dizendo que se você teve um parente que não aceitou a Jesus e morreu sem ser batizado, você poderia ser batizado no lugar desse falecido. Já pensou se fosse assim? A pessoa iria para o Céu de maneira forçada. É até engraçado.
Mas se não é isso, o que esse verso significa? Em 1Coríntios 15:29, a palavra “pelos”, que aparece nas Bíblias em português, é a tradução do original grego da palavra “huper”. Huper indica um propósito e não uma substituição. Portanto, o verso poderia ser traduzido usando outra expressão mais ou menos assim “por causa dos”, em lugar de “pelos’. Entende? Então, olhando todo o contexto, poderíamos traduzir esse verso assim: “Se Cristo não ressuscitou dentre os mortos, aqueles que morreram ‘em Cristo’ perecem e, sem esperança, tornamo-nos desesperançados e infelizes, especialmente aqueles que se ingressaram na comunidade dos crentes e foram batizados em virtude daqueles que morreram em Cristo (ou seja, por causa do testemunho deixado por aqueles que morreram em Cristo), esperando reunir-se novamente com estes.”
Paulo está falando de alguém que não segue a Jesus, mas tem um parente, um amigo, ou um conhecido que tem certa influência sobre ele, que é cristão. Depois que esse cristão morre, essa pessoa que não segue a Jesus, motivada pelo exemplo do falecido, resolve entregar-se a Cristo através do batismo. Isso é o batismo “pelos” ou “por causa dos” mortos. Entendeu?
Com isso, aprendemos algumas lições. Tudo o que se pode fazer pela salvação de uma pessoa é enquanto ela está viva, pois, depois de morta, o seu destino eterno está decidido. Compensa muito servir a Jesus, até no sentido de que, mesmo depois de morto, a influência que deixamos como cristãos poderá contribuir para motivar alguém a buscar o caminho da salvação. Podemos até morrer, mas o nosso testemunho continua vivo.
Seja um cristão! Imagine quantas pessoas você influenciará com o seu exemplo.


Valdeci Júnior
Fátima Silva

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ABRAÃO FOI PARA O CÉU E VIU JESUS? - João 07-09


Alguém questionou: “Quando Jesus viveu aqui na Terra, Abraão estava lá do Céu olhando para Ele?” Essa pergunta se refere às palavras de João 8:56, quando Jesus disse: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se.”
Façamos uma análise de todo o contexto (versos 21-59). Observe que essa é uma defesa de Jesus quanto à Sua missão e autoridade. Note que em João 8, a discussão não é sobre a doutrina da mortalidade da alma ou ressurreição. As próprias pessoas que estavam questionando a Jesus criam que Abraão, por aquela ocasião, estava morto (versos 52 e 53). Elas sabiam, também, que os patriarcas que já morreram ainda não subiram ao Céu (Atos 2:29 e 34), mas esperavam a bendita ressurreição (1Tessalonicenses 4:13-18).
Enquanto Jesus estava explicando a amplitude de seu ministério, alguns judeus O questionavam (versos 48, 52, 57). Se você fizer uma leitura atentiva, verá que o teor do questionamento era a dúvida quanto à messianidade de Jesus, ou seja, se Ele seria realmente o Deus encarnado.
Nessa discussão, Jesus não citou Abraão e sim os judeus. No verso 56, quando Jesus fala de Abraão, Ele apenas está respondendo a pergunta deles desde o verso 52.
Qualquer estudioso do Antigo Testamento presente naquela discussão, conhecia a história de Abraão quase sacrificando Isaque no monte Moriá (Hebreus 11:17-19 e Gênesis 22:1-14) e sabia que eles tipificaram Deus e Seu Filho em sacrifício pela humanidade. Sabia, também, que naquele dia, quando Deus proveu para Si o cordeirinho em lugar do pecador Isaque, Abraão compreendeu o plano salvador da morte do Filho de Deus, isto é, alegrou-se por ver o dia do Jesus Redentor e regozijou-se.
 Segundo algumas tradições judaicas, Abraão tinha contemplado, em uma visão, as coisas futuras, inclusive a vinda do Messias. As tradições também “interpretavam o riso de Abraão como riso de alegria” (Gênesis 17:16-17). Esperar um nascimento impossível aos olhos humanos, quer fosse de um filho seu (por motivo de velhice), quer fosse do filho de Deus encarnando-se em forma de homem, nascendo de uma virgem, levara Abraão a um regozijo manifestado visivelmente (A Bíblia de Estudos Almeida – SBB).
Baseado nesses conhecimentos e tradições judaicas existentes, por estar discutindo com judeus, Jesus disse que Abraão viu o Seu dia. Em outras palavras, Jesus estava dizendo que aquela tradição que eles tinham sobre um Messias que Abraão, pela fé, contemplara, se referia a Ele mesmo, pois Ele era tal Messias.
Os judeus não aceitaram Jesus como seu Salvador, mas você e eu temos a oportunidade de fazê-lo. Portanto, façamos como Abraão: contemplemos a Cristo pela fé.

Valdeci Júnior
Fátima Silva

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O RICO E LÁZARO - Lucas 15-17

Na nossa leitura de hoje, tem um texto que conta uma história que muitas pessoas não entendem: o rico e Lázaro, pois é um relato muito esquisito.


Se a história do rico e do Lázaro fosse literal, seria muito estranha. Afinal, não existe um seio literal de Abraão onde os Lázaros estão e nem um inferno de castigo eterno para onde vão os ricos avarentos. Isso é uma parábola.

Se a história do rico e do Lázaro fosse um evento histórico real, estaria ensinando que não apenas a alma, mas o corpo, ou pelo menos partes dele, quando uma pessoa morre, vão para os braços de Abraão ou para o inferno. Então os mortos no inferno teriam olhos, língua, e Lázaro, nos braços de Abraão, teria dedos.

Para analisar se o relato é literal ou parabólico, leia parte por parte e pense nos detalhes. “Todos os que morrem em Cristo são levados para os braços de Abraão?” A resposta obviamente será “não”, pois isso é apenas um simbolismo que representa o Céu. Se Bíblia ensina que o corpo da pessoa morta se deteriora na terra e só vai existir de novo na ressurreição, como explicaríamos sobre a existência de um tormento onde o rico teria olhos e de um descanso onde Lázaro teria dedos? Se essa história fosse literal, então estaria concordando que exista comunicação entre os salvos no Céu e os perdidos no inferno?

Você percebe? Se os braços de Abraão são uma coisa simbólica, e o dedo, a língua e os olhos são simbólicos, e a comunicação entre os dois homens era simbólica, parece muito lógico que toda a história seja simbólica, ou seja, uma parábola.

Observe na sua Bíblia que essa história está numa grande lista de parábolas que vem do capítulo anterior e contém mais três seguindo a mesma linha de raciocínio.

Parábolas e ilustrações não são usadas para ensinar que os eventos literais usados nas ilustrações realmente aconteceram. Se esse fosse o caso, você poderia provar através da Bíblia, em Juízes 9, que árvores podem falar. Mas é claro que você não fará isso, porque parábola é uma coisa apenas ilustrativa.

O uso que Jesus fez dessa história foi para ensinar uma verdade importante. O assunto não era o estado dos mortos ou como os iníquos serão punidos. Cristo queria repreender os fariseus, “que eram avarentos” (Lucas 16:14). Eles achavam que riqueza era sinal de bênção; e pobreza, da desaprovação de Deus. Cristo deu a primeira lição de que a recompensa que aguarda o rico, que só dá migalhas para os pobres, era exatamente o contrário daquilo que os judeus acreditavam.

Um abraço,
Pr. Valdeci Júnior
e
Fátima Silva