Gostaria de ter uma melhor explicação sobre 1 Reis 13:1-32.
O teólogo Lawrence Richards explica que, em diversas ocasiões, na época do reino dividido, o ministério dos profetas era direcionado aos governantes. Visto que os reis decidiram afastar-se de Deus, os encontros entre profetas e governantes muitas vezes transformavam-se em confrontos. No dia em que instituiu sua falsa religião, Jeroboão foi contestado por “um homem de Deus [...] de Judá”. Esse profeta pronunciou juízo sobre o altar que Jeroboão estava consagrando e profetizou o nascimento de Josias, rei de Judá, que, um dia, queimaria os ossos dos falsos sacerdotes naquele altar. Como prova de que falava por ordem de Deus, o altar racharia, e as cinzas seriam espalhadas pelo chão. Irado, Jeroboão ordenou que o jovem profeta fosse agarrado. Mas a mão que estendeu para agarrá-lo foi acometida de paralisia, e Jeroboão não pôde mais movê-la! Naquele momento, o altar rachou-se.
Assustado, Jeroboão suplicou ao profeta que pedisse a Deus que o curasse da paralisia, e seu braço foi restaurado. Em seguida, o porta-voz de Deus fez sua declaração profética com autoridade divina inquestionável!
Os milagres ou o cumprimento imediato das profecias, várias vezes, autenticavam o ministério dos profetas. A influência que tinham é demonstrada pelo fato de Roboão ter dispensado um exército pronto para atacar os rebeldes em Israel por causa da palavra do profeta Semaías (2 Crônicas 11). Até Jeroboão, quando seu filho adoeceu, enviou a esposa ao profeta Aías para consultar ao Senhor (1 Reis 14).
O ministério dos profetas era odiado por reis rebeldes, e sua mensagem era rejeitada. Mas os reis – tementes a Deus ou não – e o povo em geral reconheciam esses homens como porta-vozes de Deus e os viam com respeito e, às vezes, com temor.
Então, por que os profetas não foram capazes de evitar a queda dos dois reinos em pecado? Por que o ministério deles foi, de maneira geral, ineficiente?
Como nos dias de hoje, o problema não estava na Palavra, e sim, nos ouvintes. Esses porta-vozes de Deus, de fato, comunicaram Sua mensagem. Mas o povo não correspondeu. Reconheciam que a mensagem e o mensageiro eram de Deus, mas nem por isso reassumiram seu compromisso com Ele. Por não estarem dispostos a se submeter à vontade do Senhor, insistiram obstinadamente em seguir os próprios caminhos. Mas como Jesus ensinou, não é a pessoa que ouve a palavra que é abençoada. Recebe as bênçãos de Deus quem ouve e pratica Sua vontade (Mateus 7:24).
Os homens e mulheres de ambos os reinos que se orgulhavam de suas atividades religiosas, de seus profetas, do templo e dos lugares sagrados eram parecidos com os homens e mulheres de hoje, que confundem a frequência à igreja com discipulado e “acreditar na Bíblia” com obediência. No chamado profético do povo de Deus, que foi conclamado a dar ouvidos ao Senhor e obedecer-lhe de todo o coração, ouvimos Seu convite a nós hoje – convite preparado não para ser um peso em nossa vida, mas para nos afastar, com segurança, do juízo pessoal para o qual nossas escolhas obstinadas certamente nos levariam.
Um abraço,
Twitter: @Valdeci_Junior
Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Quem foi Safã?
quanto tempo durou para que a profecia sobre josias se cumprisse
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