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domingo, 23 de outubro de 2016

2300 Tardes e Manhãs - Como Entender?

NOTÍCIA PERMANENTE

Você é a favor ou contra a Pena de Morte? O filme A Vida de David Gale, dirigido por Alan Parker, é um drama onde, tanto o diretor quanto o escritor Charles Randolph, mostram o quanto são contra a Pena de Morte. Junto com eles, 43 % dos americanos também têm esta ideologia. O grande e singular argumento destas pessoas é: “a possibilidade de um inocente ser executado”. Nos últimos 25 anos, 102 prisioneiros condenados à pena de morte foram soltos do Corredor da Morte, nos Estados Unidos, porque foram descobertos como inocentes, antes de serem executados. Isto mostra a grande probabilidade de um inocente ser executado. Portanto, a maior expectativa de Parker, ao lançar o filme, era a de que o mesmo provocasse o debate entre as opiniões populares “contra” e “a favor” da execução capital.

O que você faria se soubesse que uma pessoa que você ama muito está no Corredor da Morte, argumentando ser inocente? Com certeza exigiria que o caso fosse revisado, não é mesmo? Mas, e se não desse tempo de apurar os fatos, a vítima fosse executada, e você ficasse com todo o processo em andamento em suas próprias mãos? Você acha que este foi somente um problema fictício de Bitsey Bloom[1]? Não!

Este será um drama que rodará na mente de muitos dos que estarão sendo arrebatados com Jesus, quando Ele vier buscar os fiéis. Afinal, a segunda vinda de Jesus já será um tipo de execução judicial, por Jesus ter voltado, levado consigo os salvos e deixado para trás os perdidos. Tudo estará definido. Isto nos leva à obvia conclusão de que o tempo que temos para definir o nosso destino eterno é agora, pois não vai adiantar “chorar o leite derramado”. Posteriormente, não haverá uma outra chance. Aí vem o grande drama: há justiça?
Se Jesus deixará os destinos definidos no evento da Sua vinda, e se a nossa decisão tem que ser tomada agora, o que eu preciso saber para ser enquadrado no grupo daqueles que irão com Ele, e não no grupo daqueles que ficarão? Aí vem a parte mais linda da história, chamada, pela própria história, de evangelho.
A palavra evangelho quer dizer “boas novas” e trata da melhor notícia que o ser humano, enquanto atolado num problemão, já precisou receber: a notícia da salvação. Um bom aviso precisa ser muito bem comunicado. Deve usar os melhores recursos possíveis, a mídia mais apropriada. Deus tem planejado Sua forma de transmitir essa notícia cuidadosamente, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2Pedro 3:9).
No Problema, Envolvido
O problema vem lá do Jardim do Éden. Depois de criado, a maneira simbólica que o homem teria para demonstrar a lealdade de ter Seu Criador como Senhor de sua vida, seria abstendo-se de comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Entretanto, infelizmente, Adão e Eva falharam. Eles transgrediram a Lei de Deus, entrando para uma situação de pecado (Gênesis 3; comparar com 1João 3:4).
O rompimento causado no relacionamento entre Deus e o homem tinha uma conseqüência inevitável: a morte. Deus lhe dissera: “Em caso de pecado, certamente você morrerá (Gênesis 2:17)”, porque quem sai em busca do mal corre para a morte (Provérbios 11:19)Aquele que pecar é que morrerá (Ezequiel 18:4)pois o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23).
A razão é simples: a) Deus é a única fonte de vida (1João 5:12); b) O pecado separa o homem de Deus (Isaías 59:1 e 2); c) A morte veio a todos os homens, porque todos pecaram (Romanos 5:12).
É por isto que a “vida” que a gente vive agora não é a “vida eterna”.


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Portanto, a ação e a situação eram o pecado. A sentença era a morte eterna. O condenado era o homem. Para que o condenado não pagasse o preço, só havia uma solução: que alguém pagasse por ele. O preço de sangue deveria ser pago aos reclamos da justiça.
Alguns anjos se ofereceram para morrer em lugar do homem, mas eles não poderiam. A pior conseqüência do pecado não é apenas a morte física, é a morte eterna. Os anjos também são criaturas, ou seja, gozam de uma vida eterna emprestada do único que é imortal, Jesus Cristo (1Timóteo 6 14-16; Romanos 16:20).

As palavras ‘... o único que possui imortalidade...’ indicam a ‘vida independente’ de Deus, pois Deus é a fonte originária de sua própria existência, não depende de outrem para viver e continuar vivendo. Deus é o único ser que possui tal natureza: a fonte de sua própria vida e a vida dos outros. Somente o Senhor possui a vida necessária, isto é, a vida que não pode deixar de existir. Todos os demais seres vivos possuem vida dependente, vida que teoricamente pode deixar de existir, pois é o poder de Deus que a sustenta... Deus não está sujeito à morte; sua natureza simplesmente é daquela categoria que não pode conhecer dissolução ou decadência. Até mesmo os anjos, não fora o poder de Deus, deixariam de existir. Só Deus não pode deixar de existir; mas, por sua graça, sustenta todos os níveis de vida[1].

Se um dos anjos assumisse a morte eterna, sendo ele uma criatura, como poderia, por si mesmo, sair da mesma?
Satanás estava levando as criaturas a pecarem para provar que a exigência de Deus quanto à lealdade a Ele era injusta e que não era possível obedecer Suas leis. Rebelião (Apocalipse 12:1-7) pressupõe rebeldia contra a Lei. Logo, Deus “precisava” assumir a responsabilidade pelo pagamento da sentença que a Lei que Ele “criara” exigia. Uma criatura não poderia morrer pela outra.
Quem quisesse morrer no lugar do homem não poderia ter pecado, deveria ser sem mancha e sem defeito (Êxodo 12:5; 1Pedro 1:19). Caso contrário, não estaria pagando o preço do homem, mas o seu próprio, e assim o homem não poderia ser resgatado. Era preciso provar que o homem poderia ter vivido sem pecado (Mateus 4:1-11). Um homem, sem pecado (Hebreus 4:15; João 8:46), deveria morrer em lugar do homem pecador.
Era preciso algo sobrenatural: um homem-Deus, para morrer no lugar dos humanos pecadores, vencer a morte eterna e ter méritos para resgatá-los de tal morte.
No Plano, Com_Prometido
Um dos seres da Trindade se ofereceu de forma imaculada a Deus, para purificar a nossa consciência de atos que levam à morte (Hebreus 9:14). Deus, na Segunda Pessoa da Divindade, desceria a Terra, se tornaria homem (João 1:1-3, 14 e 29), viveria a vida sem pecado que o homem deveria ter vivido e então assumiria a morte eterna em nosso favor (Romanos 5:7-8). Pelo sangue eterno de Deus, o homem se apossaria de Sua vida eterna (Romanos 5:9). Então, por ser a origem da própria vida eterna, Deus poderia, por si mesmo, sair da situação de morte eterna e reassumir a vida eterna. Cristo retiraria a barreira do pecado entre o homem e Deus (Romanos 5:10-11), restituindo-lhe a chance de viver eternamente (João 3:16). Seria um sacrifício de amor, capaz de casar a justiça com a misericórdia. E o plano ficou montado: em propósito, Cristo era o Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo (Apocalipse 13:8).
Como o homem fora criado com o livre arbítrio, agora ele continuaria tendo as duas opções para delas escolher uma: viver sem Deus ou com Deus (Jeremias 21:8). Os que aceitassem a primeira opção continuariam destituídos da glória de Deus (Romanos 3:23 – RC). Os que escolhessem a segunda alternativa tornariam a se apossar do dom da vida eterna (Mateus 7:13-14).
É por isto que, mesmo salvo em Jesus, o homem morre um tipo de morte que não é a “morte eterna” (Romanos 6:23), que é a segunda morte (Apocalipse 20:6 - RA).
Nos Altares, Comunicado
Adão e Eva precisavam: a) sentir a enormidade das conseqüentes desgraças de sua escolha; b) conhecer o plano alternativo que Deus havia montado; c) ter uma segunda chance, de aceitar ou não as propostas de Deus. A necessidade de todos os seres humanos é ter esperança (Provérbios 13:12).
Deus usou uma didática muito interessante. Chamou o casal para um lugar especial, e ali, um lindo e inocente cordeirinho foi sacrificado. Doeu muito no coração de Adão, porque ele sabia que era ele quem já devia ter morrido. Profundamente envergonhada por suas ações, Eva foi vestida com a pele de um ser que não merecia ter sofrido (Gênesis 3:21). Pensavam agora que já haviam percebido a grandiosidade de seu pecado, quando Deus deixou claro: Porei inimizade entre você (Satanás) e a mulher (filhos de Deus), entre a sua descendência (os ímpios) e o descendente dela (Jesus); este lhe ferirá a cabeça (de Satanás), e você (Satanás) lhe ferirá o calcanhar (de Jesus) (Gênesis 3:15). Ou seja, o pecado iria continuar atingindo um pouco a Deus, mas Deus por fim venceria totalmente o pecado.
Os homens continuariam pecando, mas deveriam esperar o Messias que haveria de vir. Esta espera seria firmada através de pactos, que se demonstrariam em oferecimentos de sacrifícios de animais a Deus. Na era patriarcal, homens de Deus como Noé, Abraão e Jacó reuniam suas famílias e ofereciam animais em altares (Gênesis 8:20; 12:7-8; 8:35), para que todos compreendessem este plano de redenção. Assim, eles aprendiam que não era por suas ações que seriam aceitos, mas que sua salvação vinha do próprio Senhor (Gênesis 49:18).
A humanidade foi crescendo muito, e nem todo mundo entendia direito o que este sistema de oferecer sacrifícios em altares simbolizava. Mas Deus continuava intencionado em manter o seu plano de reatar os laços de relacionamento com a humanidade alienada. Ele queria que todos continuassem aprendendo o plano da salvação. Então ampliou a didática.
No Santuário Israelita, Simbolizado
Jeová chamou seu representante Moisés, mostrou-lhe a maquete de um santuário que havia construído nos céus (Hebreus 8:1-2) e disse-lhe: “E farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio de vocês. Tenha o cuidado de fazer tudo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte (Êxodo 25:8-9 e 40; Hebreus 8:5; 9:24)”. A casa de Deus na Terra seria uma parábola para a época presente (Hebreus 9:9-10 - RA), para que as boas novas da salvação fossem pregadas ao povo do Israel Antigo (Hebreus 4:2)Era o evangelho em símbolos.

Foi levantado um tabernáculo; na parte da frente, chamada Lugar Santo, estavam o candelabro, a mesa e os pães da Presença. Por trás do segundo véu havia a parte chamada Santo dos Santos, onde se encontravam o altar de ouro para o incenso e a arca da aliança, totalmente revestida de ouro. Nessa arca estavam o vaso de ouro contendo o maná, a vara de Arão que floresceu e as tábuas da aliança. Acima da arca estavam os querubins da Glória, que com sua sombra cobriam a tampa da arca a. A respeito dessas coisas não cabe agora falar detalhadamente. Estando tudo assim preparado, os sacerdotes entravam regularmente no Lugar Santo do tabernáculo, para exercer o seu ministério. No entanto, somente o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos, apenas uma vez por ano, e nunca sem apresentar o sangue do sacrifício, que ele oferecia por si mesmo e pelos pecados que o povo havia cometido por ignorância (Hebreus 9:2-7).

O tabernáculo israelita saiu parecido com aquele que está nos céus (Hebreus 8:5), contemplado posteriormente pelo apóstolo João, em visão (Apocalipse 14:17; 15:5; 16:17). A tenda tinha aproximadamente 17 x 5,7 metros e ficava no meio do acampamento dos hebreus. Havia um pátio, de quarenta e cinco metros de comprimento e vinte e dois metros e meio de largura (Êxodo 27:9-19), que cercava esta tenda e que possuía dois objetos: uma pia de bronze e um altar para queimar as ofertas. Somente os ofertantes entravam neste pátio. Este pátio simbolizava o Planeta Terra, extensão do Santuário Celeste, palco da sacrifical história da redenção.
A parte interna da tenda era dividida em dois cômodos chamados de lugares Santo e Santíssimo. O lugar Santo tinha o dobro de tamanho do lugar Santíssimo e era freqüentado somente pelos sacerdotes. Tinha três móveis: uma mesa com pães, um altar para queimar incenso e um candeeiro que tinha, acesas, sete lâmpadas de fogo (Apocalipse 4:11). Já no lugar Santíssimo, somente o sumo sacerdote entrava, apenas uma vez por ano, e nunca sem apresentar o sangue do sacrifício, que ele oferecia por si mesmo e pelos pecados que o povo havia cometido por ignorância (Hebreus 9:7). Lá ficava a Arca da Aliança (Êxodo 25:10-16), como a que existe no santuário de Deus nos céus (Apocalipse 11:19), para guardar as tábuas dos Dez Mandamentos.
Este Santuário era todo desmontável, para que os levitas pudessem carregá-lo por onde quer que os hebreus fossem em seus 40 anos de vagueação desértica.
Centenas de ensinamentos sobre o evangelho eram simbolizadas por cada detalhe da construção e dos serviços do santuário. Abaixo, alguns exemplos.


Um dos principais serviços no Santuário era a oferta pelo pecado individual (Levítico 5 e 6). Para ser perdoado, o pecador colocava as mãos sobre o animal e, na presença do sacerdote, confessava seus pecados a Deus. Em seguida, matava o animal (Levítico 1:5 e 11; 3:1-2, 7-8, 13; 5; 6) e o entregava ao sacerdote, seu intercessor.
Nos Templos, Glorificado
Quando o reino de Israel foi estabelecido, e não havia mais necessidade de desmontar a casa de Deus e carregá-la de um lado para o outro, Salomão disse: Pretendo, por isso, construir um templo em honra ao nome ao SENHOR (1Reis 5:5). A tenda foi então substituída por uma magnífica construção, de dimensões muito maiores, porém, proporcionais e correspondentes àquelas do Santuário. Isto foi em, aproximadamente, 950 a.C.. A atenção do povo seria chamada, de maneira muito mais impressionante, para o serviço ilustrativo da salvação.
O templo, ao longo dos séculos, foi destruído e substituído por duas outras versões (Esdras 2:68; Mateus 24:1; João 2:20), mas sempre conservando os mesmos compartimentos, utensílios e rituais.
Certa vez, na época do profeta Daniel (por volta de 550 a.C.), um anjo que sabia que é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados (Hebreus 10:4), e que era necessário que as cópias das coisas que estão nos céus fossem purificadas com esses sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios superiores (Hebreus 9:23), perguntou para outro anjo, até quando duraria o sentido do sacrifício diário, no santuário celestial. A resposta foi que seria até os tempos do fim. Ainda levaria duas mil e trezentas tardes e manhãs ou 2300 dias para que o santuário celeste começasse a ser purificado (Daniel 8:13-17 - RA). Assim como o serviço do santuário tinha a duração de um dia, para os serviços celestes também havia um tempo determinado.
Em profecia, um dia equivale a um ano (Números 14:34; Ezequiel 4:4-7). A contagem de que ainda restavam 2300 anospara começar a purificação do santuário no Céu tinha a ver com o santuário, ou melhor, com o templo na Terra. Ela começaria na data em que fosse dada a promulgação do decreto que manda restaurar e reconstruir Jerusalém (Daniel 9:25) e seu templo. Isto aconteceu no ano 457 a.C., no reinado de Artaxexes I (Esdras 7:1-26). Mas estes 2300 anos estariam divididos em vários períodos menores, nos quais alguns acontecimentos previstos se cumpririam.
No primeiro período, de 457 a.C. até 408 a.C., os judeus teriam 49 anos ou sete semanas proféticas para reconstruir Jerusalém com ruas e muros, e o templo, para dar continuidade aos serviços de sacrifícios (Daniel 9:25). Eles o fizeram.
As sessenta e duas semanas, ou seja, 434 anos seguintes – 408 a.C. a 27 d.C – ainda seriam um tempo dado aos judeus para acabar com a transgressão, dar fim ao pecado, expiar as culpas, trazer justiça eterna, cumprir a visão e a profeciaO marco final deste período seria o ato de ungir o santíssimo, ou seja, batizar Jesus (Daniel 9:26 e 24; Mateus 3:13-17). Ao levantar-se das águas Jesus recebeu o Espírito Santo e uma confirmação do Pai, de ser Ele o Messias, o Cristo[1]. Até aí já teriam se passado 7 + 62 = 69 semanas proféticas, ou seja, 483 anos.
A próxima semana profética, de 27 d.C. a 34 d.C., seria um período histórico especial. Cristo estava iniciando seu ministério na Terra e já estava profetizado: Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana (Daniel 9:27). Nesta época, milhares de animais eram sacrificados em oferta pelos pecados do povo no Templo de Herodes. Mas Jesus falou que Ele mesmo era maior do que o templo (Mateus 12:6).
No Calvário, Cordeiro
O Filho desceu até nós e se tornou o Deus conosco (João 1:1-14; Mateus 1:23). O céu baixou à Terra, através do Seu curto ministério, que durou três anos e meio, 27 d.C. a 31 d.C. ou meia semana profética (Daniel 9:26-27). Cristo estava passando pelo grande pátio de seu sacrifício terrestre, pois, na realidade, nem a soma de todos aqueles milhões de sacrifícios realizados na época do Israel Antigo, poderia salvar um único pecador sequer. Pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados (Hebreus 10:4). Todos hebreus eram santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas (Hebreus 10:10), mas que apenas ainda não estava revelado. Assim como nós somos salvos pela fé em um Cristo que já veio, eles eram salvos pela fé em um Cristo que ainda viria (Êxodo 15:2; Salmo 27:1; Isaías 12:2)Em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos (Atos 4:12)No caso de Abraão, a fé lhe foi creditada como justiça (Romanos 4:9). Portanto, a promessa vem pela fé, para que seja de acordo com a graça e seja assim garantida a toda a descendência de Abraão (Romanos 4:16). Todos os sacrifícios de animais serviam para dizer à humanidade que Alguém inocente viria morrer em seu lugar.
João, o primo de Jesus, era filho de um sacerdote chamado Zacarias. Ele já tinha visto muitos cordeirinhos morrerem no altar do templo para limpar seus próprios pecados (Lucas 1-3)Mas quando ele viu Jesus passando, disse: “Vejam! Este homem é a versão verdadeira do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29 e 36). Ali estava o único Homem do mundo que passaria por todo tipo de tentação, porém, sem pecado (Hebreus 4:15 – Grifo Acrescentado).
O ministério de Jesus só durou três anos e meio porque foi interrompido na metade da semana especial. Em 31 d.C., o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.  (João 1:10-11), como estava profetizado: o Ungido será morto, e já não haverá lugar para ele (Daniel 9:26). E no meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta (Daniel 9:26-27). O ritual das ofertas do santuário chegara ao fim. Ao Jesus morrer, houve um terremoto, e o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo, significando que os sacrifícios no templo não tinham mais valor (Mateus 27:51).
Mas, a semana especial, que havia começado no ano 27 d.C., ainda não estava terminada: Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana (Daniel 9:27). Portanto, a nação judaica ainda teria mais três anos e meio de chance. Desde 457 a.C., setenta semanas estavam decretadas para aquele povo e sua santa cidade a fim de acabar com a transgressão, dar fim ao pecado, expiar as culpas, trazer justiça eterna. Só então iria se cumprir a visão e a profecia (Daniel 9:24).
A semana especial acabou em 34 d.C..  O povo judaico não queria mesmo saber do evangelho. Naquele ano, eles apedrejaram um importante líder da igreja cristã chamado Estevãodiácono cheio de fé e do Espírito Santo. Depois deste primeiro martírio sofrido pelos cristãos, naquela ocasião desencadeou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém (Atos 6-8). Terminada a última das setenta semanas (457 a.C. a 34 d.C.) determinadas para o povo de Daniel, o evangelho agora seria comunicado ao mundo por meio da pregação (Atos 14:27). O apóstolo dos gentios, isto é, dos que não são judeus, foi chamado por Deus para trabalhar (Atos 22:20-21; Romanos 11:13; 1Timóteo 2:7). Os samaritanos e o eunuco etíope foram os primeiros frutos entre os não-judeus (Atos 8:1-5, 27-29).
Graças a Deus, somos gentios aceitos na família de Abraão, por meio deste evangelho. Viemos de longe, aproveitar da mesa que os filhos do rei desprezaram (Mateus 8:5-13). E Ele nos aceita, porque morreu em nosso lugar também. Por isso, hoje, quando pecamos, também carecemos do sacrifício de um Cordeiro que foi morto (Apocalipse 5:12) em nosso lugar. Somos redimidos da nossa maneira vazia de viver pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido (ou escolhido) antes da criação do mundo (1Pedro 1:18-20). Salvou-nos uma vez por todas!
“Está consumado!” (João 19:30).
No Lugar Santo do Santuário Celestial, Sacerdote
Ressuscitou! (Lucas 24:6).
Depois de ressuscitado, Jesus agora se apresenta à humanidade: “Sou Aquele que Vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do ‘sepulcro’ (Apocalipse 1:18)[2]”.
Os serviços do santuário que é cópia e sombra daquele que está nos céus (Hebreus 8:5), haviam chegado ao fim, mas o Sacrifício Real, Jesus, deveria ser apresentado no lugar santo do santuário celestial (Hebreus 6:19). Dos 2300 anos que estavam determinados para chegar até à purificação do santuário celestial, ainda restavam 1810 anos, de 34 d.C. em diante.
Na era dos sacerdotes, depois que o animalzinho era sacrificado, o sacerdote pegava o sangue e entrava no primeiro compartimento do santuário para ministrar. Ele apresentava o sangue diante do altar (Levítico 4:1, 6-7).
Partindo do pátio terrestre, após Sua ascensão, Cristo assumiu a função de um sacerdote..., o qual se assentou à direita do trono da Majestade nos céus e serve no santuário, no verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem (Hebreus 8:1-2). Durante este período da história, Ele passou a ministrar no lugar Santo do Santuário Celestial.

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou nos céus, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor. Portanto, ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles (Hebreus 7:25; 9:24; 1João 1:9).

Há um só mediador entre Deus e os homens: Cristo Jesus. Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade (1Timóteo 2:5; Hebreus 4:16).
No Lugar Santíssimo do Santuário Celestial
Sumo Sacerdote
No santuário israelita, a limpeza de todo aquele sangue acumulado ao longo do ano era feita no “Dia da Purificação do Santuário” também chamado de “Dia da Expiação” ou “Yom Kippur”, que era o décimo dia do mês Tishri (Levítico 16:29), no calendário judaico. Neste dia, era feita uma expiação pelos pecados de todo povo, através do sacrifício de um único animal (Levítico 16:9, 16 e 27), que tomava sobre si todas as iniqüidades, representando a Cristo (Hebreus 10:12). Depois de expiados, os pecados eram simbolicamente transferidos para outro animal: um bode. Ele representava Satanás e morria por conseqüência natural da situação envolvente do pecado, sem derramamento de sangue intercessor (Levítico 16:22).
O santuário celestial também necessita ser purificado. Portanto, era necessário que as cópias das coisas que estão nos céus fossem purificadas com esses sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios superiores (Hebreus 9:23).
A purificação do Santuário Celestial, ou seja, o grande Dia da Expiação da história humana, teve data marcada pela Bíblia. O anjo havia dito que, quando se passassem 2300 anos, começaria tal purificação. Ele me disse: “Isso tudo levará duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será reconsagrado” (Daniel 8:14). A palavra “reconsagrado” aqui significa “justificado”, o que indica um julgamento. O Yom Kippur era um dia considerado, pelos judeus, como um dia de julgamento final (anual), onde eles eram realmente justificados de seus pecados que haviam se acumulado no tabernáculo, porque tal tenda estava sendo purificada. O pecado seria, enfim, banido e esquecido do arraial (Levítico 16).
Se contarmos 2300 anos a partir de 457 a.C., ou 1810 anos a partir de 34 d.C., chegaremos a 1844 d.C. Deste ano em diante, o ministério de Cristo se ampliou, do Lugar Santo para o Lugar Santíssimo, no Santuário Celestial.
Juiz
Estamos vivendo no grande Yom Kippur do período de pecado neste planeta. É dia, ou melhor, tempo de juízo. Como previsto pela mensagem dos três anjos (Apocalipse 14:6-12), preparada para o tempo do fim (Daniel 8:17 - RA), do século 19 para cá, a salvação passou a ser compreendida e pregada como sendo um evangelho eterno: em todas as épocas da humanidade, todas as pessoas tiveram, têm e terão a oportunidade de serem salvas por um único meio, a saber, a graça redendora do sangue de Jesus. Na força desta alta voz,  estas boas novas estão sendo pregadas em todo o mundo como testemunho a todas as nações, para que então venha o fim (Mateus 24:14).
Nosso Grande Sumo Sacerdote é também agora o Juiz (João 5:22) do cristão, pois chegou a hora de começar o julgamento pela casa de Deus (1Pedro 4:17)Tronos foram colocados, e um ancião se assentou... o tribunal iniciou o julgamento, e os livros foram abertos (Daniel 7:9-10) para que o universo (1Coríntios 4:9) verifique o nosso nome (Apocalipse 20:15; 21:27) e os nossos atos (Malaquias 3:16).
Mas não tema este julgamento. As nossas testemunhas são os nossos anjos, que assistem junto ao trono de Deus (Apocalipse 5:11). Nosso advogado é o próprio Juiz (1João 1:21)! Ele há de julgar o mundo com justiça (Atos 17:31) porque não quer ver nenhuma possibilidade de um inocente ser executado com a morte eterna. Se você for amigo dEle, com certeza, quando seu nome for passado em revista, você será absolvido. Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos (Hebreus 8:14).
Para Sempre, Nosso Amigo
Após terminado este julgamento e ser emitido o seu decreto (Apocalipse 22:11), sabe o que vai acontecer? Jesus deixará o trono celeste para vir nos buscar (Apocalipse 22:12)! Vai ser uma alegria! Ele, por ter sido Fiel (Apocalipse 3:14) no pacto que fez conosco, vai poder lhe dizer: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’ (Mateus 25:21). Assim, estaremos, Salvador e salvos, livres da condenação da morte eterna. Esta é a boa notícia da salvação!! O evangelho é o próprio Jesus!
Tudo o que você precisa fazer é aceitar que este lindo Criador, Salvador Prometido, Arquiteto, Ungido, Cordeiro, Sacerdote, Sumo-Sacerdote, Juiz, Advogado, Testemunha Fiel, Rei, Evangelho e Amigo interceda por você. Ele espera manter o compromisso com você, guardando, na arca do seu coração, os seus mandamentos (Deuteronômino 10:12; Salmo 119:111-115; João 14:15). Firme esta aliança com Ele, em oração! Peça-Lhe fé para ser salvo por Sua graça e fiel para guardar os Seus mandamentos (Apocalipse 14:12). Goste ou não da pena de morte, não se esqueça do que Jesus diz: Sejam fiéis, mesmo que tenham de morrer temporariamente; e, como prêmio da vitória, eu lhes darei a vida eterna  (Apocalipse 10:12 - NTLH).

A chance é agora ou nunca!

Que este Jesus lhe abençoe!


[1]Personagem da história escrita por Charles Randolph, The Life of David Gale, que vive esse drama.
[2]Russel Norman Champlin, “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo” Volume 5,  p. 354.
[3]As palavras “Cristo”, “Messias” e “Ungido” são uma só, pertencendo respectivamente aos idiomas Grego, Hebraico (transliteradas) e Português.

[4]A palavra entre apóstrofos está adaptada a partir da nota explicativa da NVI.

sábado, 2 de agosto de 2014

O Evangelho no Santuário

Para entender a doutrina do santuário, é preciso entender como os ritos e os ministérios no santuário terrestre funcionavam. A função crucial do santuário era para ser a habitação de Deus (Êxodo 25:8). Por isso, Ele é arbitrário quanto à arquitetura de Sua própria casa. A construção do santuário contou com um modelo específico (pátio, lugares santo e santíssimo, móveis, coberturas) que comunicava a Israel, de formas não verbais, conceitos de Sua divindade. Por exemplo, o princípio da gradação da santidade expresso pelo valor de cada cortina do mais caro no exterior e do mais barato mais interior, mais próximo dEle; dos móveis mais baratos mais longe do santíssimo e dos mais caros mais perto do santíssimo; exaltando assim a santidade do Senhor. O que nos ensina sobre hoje preservamos o senso da santidade de Deus. Ou seja, ao dar instruções para a edificação do santuário terrestre, o Grande Mestre estabeleceu princípios que deviam ser um auxílio espiritual para Israel durante toda a sua experiência futura, afirmou E. G. White, em Exaltai-O, MM, 1992, p. 174.

Se comparados com os cultos pagãos, os ritos que Deus deu para Israel eram extremamente complexos. Por exemplo, nos templos pagãos (divididos também em lugares santo e santíssimo) tinha sempre a estátua do deus. No santuário Israelita, no lugar que era para ter tal escultura, tinha a lei de Deus, representação de Seu próprio caráter e presença. O que se aplica para todos os tempos e épocas, em que o povo de Deus respeita Sua lei, e os demais povos não veem os significados espirituais da observação à lei.

No pátio, o altar de holocausto é o lugar do ofertante, do sacrifício e da substituição. A profunda compreensão disso leva ao maior senso para o quanto o pecado ofende profundamente a Deus.  Na pia, os sacerdotes deveriam lavar as mãos e os pés simbolizando que Deus exige pureza dos que ministram em Seu santuário.

No lugar santo, o candelabro, ao iluminar o santuário revelava a Cristo como a luz do mundo, a própria presença de Deus. A mesa com os pães da presença ensinava sobre alimento, provisão e sustento providos pelo supremo Deus para as necessidades do Seu povo, apontando para Cristo como o “Pão da Vida”, o provedor espiritual para os crentes. Ou seja, nada vinha de outros deuses. E no altar de incenso, a queima araônica constante apontava para a contínua intercessão de Cristo no santuário celestial.

No santíssimo a arca e o propiciatório ensinavam sobre o trono, a lei, a justiça e a graça de Deus. A presença de Deus naquela luz reivindicava que tudo estivesse certo, tanto quanto aos ritos, quanto às pessoas.

As vestes dos sacerdotes eram compostas de cinco peças que nos ensinam lições espirituais. O aspecto mais curioso é que eram tecidas e decoradas com os mesmos materiais da cortina interior do templo. Sacerdote e santuário estavam puramente conectados. E no sacerdócio, aprendemos mediação, substituição e intercessão, no que ele apontava para a obra de Cristo.

O entendimento sobre os ritos e os sacrifícios que aconteciam no santuário, nos ajuda a entendermos realidades práticas da nossa vida cristã hoje.

Os ritos revelam os valores mais profundos de uma sociedade (batismo, casamento, santa ceia, festa de debutantes, etc.), auto explicando-se não verbalmente. A interpretação dos ritos sacrificais do santuário aponta para a oposição entre a vida e a morte como sendo fundamental para todo o sistema ritual israelita. Deus é a fonte da vida. Portanto, tudo o que é oferecido a Deus deve ser fisicamente imaculado. Sobre as críticas quanto aos ritos serem arcaicos ou preconceituosos, é preciso observar os princípios da oposição entre a vida e a morte, uma vez que os israelitas estavam contagiados pela cultura egípcia que era fascinadíssima com a morte. E Deus precisava banir tais pressupostos da mente daquele povo.

Mas se Deus procurava banir a morte, porque exigia sacrifício? Aqui entra a explicação da graça substitutiva. O Senhor odeia extremamente a morte, mas ama tanto o pecador, que, para protegê-lo desta maldição, a atrai para Si mesmo. No sacrifício o adorador se identificava com o animal oferecido. Com aquele gesto, Deus estava ensinando o custo e a enormidade do pecado. A mesma mensagem era comunicada frequentemente de várias maneiras. Não é preciso encontrar um significado específico para cada oferta, sacrifício, detalhe, etc., porque muitas vezes era ali usado o princípio pedagógico da repetição para o aprendizado. É por isso que frase “para fazer expiação” aparece em conexão com a maioria dos sacrifícios.

Nas culturas dos povos pagãos a gordura era considerada a parte mais saborosa, seleta e simbolizadora da fartura da mesa dos reis. A melhor parte. Por isso, a gordura do sacrifício era “de Deus”. Ele era o rei dono de tudo. Logo, o sacerdote não comer a gordura era pra simbolizar isso: o melhor sempre vai para Deus. Evitar colesterol e colocar combustível no fogo eram consequências, e não o princípio.

O pronto crucial que precisamos entender é sobre como funcionavam os dois ministérios do tabernáculo. Entendemos os serviços do ministério como algo bifásico: diário e anual. O serviço diário contaminava constantemente o santuário. Logo, havia necessidade de purificação, que era o serviço anual, como relatado em Levítico 16. Este sistema ilustrava de forma muito clara o sistema da salvação, da cruz até a consumação escatológica. Isso nos faz entender o ministério do santuário celestial em duas fases: a investigação e a terminação da obra (até 1844 e de 1844 em diante), distinguindo a compreensão soteriológica entre o tipo e o antítipo das obras nos santuários terrestre e celestial. Deus mostrava para Israel que embora Ele assumisse os pecados do povo, Ele não é o autor do pecado, por isso o pecado era transferido para o bode Azazel. Na visão escatológica também. Cristo assumiu os pecados temporariamente, porque por final o pecado deve ser transferido para a responsabilidade de quem o desencadeou.

E assim, o pecado estará banido para sempre. Estas são as boas novas, Esta é a nossa esperança!

Este texto são as anotações que fiz da palestra dada pelo pastor Elias Brasil em Porto Alegre, no dia 02 de agosto de 2014.


Que Deus lhe abençoe,


Pr. Valdeci Jr.

domingo, 27 de janeiro de 2013

O EVANGELHO EM SÍMBOLOS - Êxodo 30-31


Jeová chamou Moisés, mostrou-lhe a maquete de um santuário que havia construído nos céus (Hebreus 8:1-2) e disse-lhe: “E farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio de vocês. Tenha o cuidado de fazer tudo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte” (Êxodo 25:8-9 e 40; Hebreus 8:5; 9:24). Essa seria uma parábola para a época presente (Hebreus 9:9-10 - RA), para que as boas novas da salvação fossem pregadas ao povo do Israel antigo (Hebreus 4:2).
Leia Hebreus 9:2-7. O tabernáculo israelita saiu parecido com aquele que está nos céus (Hebreus 8:5), que João viu em visão (Apocalipse 14:17; 15:5; 16:17). Ficava no meio do acampamento e tinha um pátio, onde somente os ofertantes entravam. Esse pátio simbolizava o planeta Terra, extensão do Santuário Celeste, palco da sacrifical história da redenção.
A parte interna da tenda tinha dois cômodos: Santo e Santíssimo. O lugar Santo era freqüentado somente pelos sacerdotes. Tinha três móveis: uma mesa com pães, um altar para queimar incenso e um candeeiro (Apocalipse 4:11). Já no lugar Santíssimo, somente o sumo sacerdote entrava, apenas uma vez por ano (Hebreus 9:7). Lá ficava a Arca da Aliança (Êxodo 25:10-16), como a que existe no santuário de Deus nos Céus (Apocalipse 11:19) para guardar as tábuas dos Dez Mandamentos.
Esse Santuário era todo desmontável para que os levitas pudessem carregá-lo por onde quer que os hebreus fossem em seus 40 anos de vagueação desértica.
Centenas de ensinamentos sobre o evangelho eram simbolizadas por cada detalhe da construção e dos serviços do santuário. Abaixo, alguns exemplos.

No Santuário
Em Êxodo
Nossa Salvação
Obra de Cristo
Referências
Altar no Pátio
40:29
Temos um Sacrifício por nós
Entregou-se como Sacrifício
Mateus 27:33-35; João 1:29
Bacia
30:18
Temos a Água da Vida
Foi Batizado
1João 1:7; Mateus 3:13-17
Candeeiro
27:20
Temos a Luz do Mundo
Deu o Espírito Santo
João 1:9; 14:15-31
Mesa dos Pães
25:30-35
Temos o Pão que desceu do Céu
Deu a Sua Palavra e Sua Companhia
João 6:48; Mateus 28:20; 4:4
Altar de Incenso
30:1-6
Temos a Intercessão de Jesus
Mediador
Apocalipse 8:1-5; 1Timóteo 2:5
Arca com a Lei
25:10-16
Temos Compromisso com Jesus
Comprometido Conosco
João 14:15; 13:1

Um dos principais serviços no Santuário era a oferta pelo pecado individual (Levítico 5 e 6). Para ser perdoado, o pecador colocava as mãos sobre o animal. Na presença do sacerdote, confessava seus pecados a Deus. Em seguida, matava o animal (Levítico 1:5 e 11; 3:1-2, 7-8, 13; 5; 6) e o entregava ao sacerdote, seu intercessor.
Hoje, o nosso intercessor é Jesus. O meio de acesso é a oração.


Valdeci Júnior
Fátima Silva

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

PROPÓSITO ETERNO - Êxodo 24-27

Você sabia, que no Céu há um santuário? Verdade! Existe um templo celeste, que é a habitação de Deus. Quer saber como é o santuário celeste? Faça a leitura bíblica de hoje (Êxodo 24-27). Se olharmos para aquele santuário do Israel antigo, lá no deserto, saberemos como é o santuário existente no Céu, pois os dois são semelhantes.
As leituras bíblicas de ontem e de anteontem falaram das regras que Deus tinha dado (Êxodo 18-23). Mas tal dádiva havia sido apenas o começo. O Senhor ficou olhando para aquele povo no deserto: sem livros para ler e aprender as coisas boas, sem muitos instrutores aptos para ensinar o que é correto, sem referencial... Eles precisavam de algo mais. Aquelas pessoas haviam saído da escravidão, recentemente, e elas estavam com a mente limitada a entender apenas o que fosse concreto. E as regras que Deus tinha passado eram abstratas, para a compreensão deles. Como eles iriam ter o senso da existência de um Deus real, se esse Deus era invisível? Como iriam parar de pecar, se o pecado e as conseqüências do pecado podem ser tão abstratos?
Mas as idéias de Deus são fantásticas. Se onde Ele habitava, lá no reino do Céu, tinha um santuário, que tal se tivesse um santuário daquele, também, no deserto? Ali não era o lugar onde Ele queria habitar, entre o Seu povo? Isso mesmo! Deus chamou Moisés, e lhe disse: “Moisés, ajunte os seus trabalhadores, porque vocês vão fazer uma obra muito importante...” “E farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio deles” (Êxodo 25:8). Moisés deve ter se perguntado sobre como deveria ser esse santuário. Será que deveria ser como os templos do Egito? Não! Deus não gostava dos templos do Egito! Então, como deveria ser? Antes que o mestre de obras pensasse muito, o Engenheiro respondeu: “Façam tudo como eu lhe mostrar, conforme o modelo do tabernáculo e de cada utensílio” (verso 9). Entendeu? Deus chamou Moisés ao monte, e mostrou-lhe uma planta - uma maquete - do santuário que já existia no Céu. Moisés olhou e eles fizeram um parecido, aqui na Terra.
Uma vez que Moisés hoje está ressuscitado, fico pensando como deve ser para ele, poder ir até o santuário celestial e ver a versão original da réplica que ele construiu para ser usada lá no deserto. Valeu ou não valeu a pena?
Amigo, Deus tem uma missão de vida para você, que não termina aqui na Terra. O sonho do Senhor é que o Seu propósito, para a sua vida, dure eternamente. Se você aceitar este divino e eterno propósito, será muito feliz!

Twitter: @Valdeci_Junior
e
Fátima Silva

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Santuário Purificado ou Reconsagrado

O Santuário foi "reconsagrado" ou "purificado" em 1844 (cf. Daniel 8:14)?

As traduções King James Version (KJV) e New King James Version (NKJV) traduzem o termo hebraico nitsdaq como “será limpado”. A New American Bible o traduz como “será purificado”. O termo “limpado” encontra-se também nas traduções inglesas mais antigas, tais como a Bishop’s Bible (1566 d.C.), a Genova Bible (1560 d.C.), Taverner Bible (1551 d.C.), Great Bible (1539 d.C.), Matthew Bible (1537 d.C.), Coverdale Bible (1537 d.C.) e Wycliffe (1382 d.C.). Essas traduções provém da Vulgata Latina, que apresenta o termo mundabitur, “limpado”, e encontra suas raízes nas primeiras versões gregas do Antigo Testamento – a Septuaginta e a versão de Teodósio, onde se lê Katharisthesetai, “será limpado”.
A maior parte das versões modernas não reflete essa tradução. Uma vez que nitsdaq deriva da raiz verbal tsadaq, que cobre ampla gama de significados, inclusive “justificar”, “ser justo”, “justo” e “vindicado”, essas traduções apresentam tsadaq como “restaurado a seu estado justo” (Revised Standard Version), “adequadamente restaurado” (New American Standard Bible), “reconsagrado” (Nova Versão Internacional) e “restaurado” (Today’s English Version). Os paralelismos poéticos do Antigo Testamento provêm evidências de que tsadaq pode ser sinônimo de taher, “ser limpo, puro” (Jó 4:17; 17:9 NVI), de zakah, “ser puro, limpo” (Jó 15:14; 25:4), e bor, “limpeza” (Sal. 18:20). Portanto, nitsdaq “inclui em seu espectro semântico significados tais como ‘limpeza, vindicação, justificação, estabelecimento do que é correto, restauração’. Qualquer que seja o termo que se prefira utilizar para traduzir em linguagem moderna o hebraico, deve a ‘limpeza’ do santuário incluir limpeza efetiva e também atividades de vindicação, justificação e restauração.
Amigo, escolha fontes salutares para beber. Continue com sua devoção, lendo diariamente a bíblia e testemunhando para outros, sobre o que Jesus fez por você e por eles.

Que o Deus dos Céus continue abençoando muito a você.

Um abraço do seu amigo e irmão em Cristo,

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Em Eclesiastes 12:13 está escrito para temer a Deus e guardar os Seus mandamentos, porque este é o dever de todo homem. Mas em Êxodo 31:16 e 17 está escrito que o sábado deveria ser guardado pelos filhos de Israel e que seria um sinal perpétuo entre Deus e os filhos de Israel. Como devo entender? Em uma passagem está escrito “para todo homem” e na outra “para os filhos de Israel”... Estou confusa...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ACERTO JUDICIAL - Milênio, Juízo, Fim do Pecado e Nova Terra

Quando Jesus voltar e definitivamente separar os bons dos maus (Mateus 25:31-46), como poderemos confiar que Ele realmente estará sendo justo? Como poderei ter certeza de que Deus não estará sendo um tirano, que vai fazer as coisas segundo o que Ele acha certo? Será que não correremos o risco de ficar insatisfeitos com Sua arbitragem?

Aparício Lamounier Vilela, de Campo Belo, Minas Gerais, foi condenado e preso em 1927, acusado de ter matado seu próprio tio. Ele protestava, dizendo que era inocente, mas não era isto o que a Justiça apontava. Quatro anos depois, os bens de Aparício, em sacrifício financeiro de sua própria família, foram leiloados pela justiça para indenizar a família do assassinado. Como o acusado continuava alegando sua inocência, e sua família o apoiasse, o sistema judiciário continuou sendo procurado para rever o caso, por muitos anos. Mais de duas décadas se passaram e a promotoria mantinha sua posição. Mas, em 1952, o fazendeiro Saturnino Vilela Filho resolve confessar sua responsabilidade pelo assassinato. A Justiça foi obrigada a reconhecer que estava errada[1].

Mas se era “justiça”, como poderia ser errada? Um sistema que fez com que um homem inocente perdesse metade de sua vida no isolamento, separação, humilhação e vergonha, poderia ser chamado de “justiça”? Como reparar um erro tão grande?

Depois que o Estado de Minas Gerais passou a ter a responsabilidade de rever o erro judiciário, a postergação dessa revisão também já virou história. Agora, uma indenização de R$ 65 milhões deve ser paga para que a “justiça” seja feita. Mas Aparício faleceu em 1991 sem ver a justiça aparecer. Mais de dez anos depois da morte deste injustiçado, as oito décadas do caso continuam a trazer à família Vilela sua única alternativa: esperar que a “justiça” seja feita.

Você já se sentiu injustiçado? Há alguns dias, dirigindo uma semana de oração, um pastor amigo meu foi abordado por um dos membros daquela igreja. O rapaz de 18 anos lhe contou que não consegue gostar de ninguém. Ele tem uma imensa dificuldade de relacionar-se com o sexo oposto, por carregar consigo um trauma que traz da infância: era violentado sexualmente por seu tio, desde os oito anos de idade. O que você faria se soubesse que seu filho, na fase infanto-juvenil, está sendo estuprado, há dois ou três anos, pelo seu próprio irmão? Não é injusto que um adulto estrague uma criança indefesa desta forma? O que você faria numa questão de injustiça?

Costumamos dizer que a justiça pertence a Deus; que Ele é justo; que Ele vai fazer justiça. Como “errar é humano”, não podemos confiar na justiça humana. Por isto esperamos a justiça de um Ser que seja, no mínimo, perfeito. Quando Jesus voltar e definitivamente separar os bons dos maus (Mateus 25:31-46), como poderemos confiar que Ele realmente estará sendo justo? Como poderei ter certeza de que Deus não estará sendo um tirano, que vai fazer as coisas segundo o que Ele acha certo? Será que não correremos o risco de ficar insatisfeitos com Sua arbitragem?

Quem Prevalecerá Neste Mundo?

Quando João teve uma visão sobre como será a volta de Jesus, ele viu que os mortos justos ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos. Esta é a primeira ressurreição (Apocalipse 20:4-5), também chamada de ressurreição da vida (João 5:29). Paulo fala que neste evento nós, os crentes que ainda não tivermos morrido, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares (1Tessalonicenses 4:17).

Neste período, nenhuma pessoa salva em Jesus permanecerá no Planeta Terra. Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição (Apocalipse 20:6)!

As pessoas que não forem salvas também deixarão de ser personagens deste mundo.

Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Pois nos dias anteriores ao Dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem.
Aconteceu a mesma coisa nos dias de Ló. O povo estava comendo e bebendo, comprando e vendendo, plantando e construindo. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu e os destruiu a todos. Acontecerá exatamente assim no dia em que o Filho do homem for revelado (Mateus 24:37-39; Lucas 17:28-30).

Os seres humanos vivos serão realmente aniquilados da face da Terra. Na mesma visão, João viu que, ao acontecer o arrebatamento glorioso dos salvos,

os demais (os perdidos) foram mortos com a espada que saía da boca daquele (Cristo) que está montado no cavalo. E todas as aves se fartaram com a carne deles. Pois a terra não esconderá mais os que foram mortos (Apocalipse 19:11-21 - NVI; Isaías 26:21 - NTLH).

Uma vez que os que aceitaram a Jesus terão ido embora com Ele, e todas as outras pessoas terão morrido, a Terra permanecerá por algum tempo sem habitantes humanos. Os que tiverem morrido sem Jesus não participarão da primeira ressurreição. Sua vez estará 1000 anos adiante em uma outra ressurreição. A estrutura física do planeta também estará bastante destroçada, por conseqüência das sete catástrofes naturais que acontecerão um pouco antes da volta de Jesus (Apocalipse 16:18-20).

O Abismo


No antigo Oriente Médio, cada “nação civilizada” considerava seu reino – a esfera abaixo da proteção de suas divindades – como o lugar no qual existia a ordem. Todas as demais regiões eram encaradas como se estivessem num estado caótico, ou seja, num “abismo”, semelhante às águas revoltas do mar durante uma tempestade ou às correntes de um rio durante uma grande enchente – Kenneth Strand, Andrews University, Michigan, EUA.

É por isto que o profeta Jeremias, visionando o quadro caótico do planeta pós-humanidade, descreveu-o usando as mesmas palavras que Moisés usara para descrevê-lo em seu período antes da Criação: Olhei para a terra,e ela era sem forma e vazia; para os céus, e a sua luz tinha desaparecido... os montes tremiam; todas as colinas oscilavam... não havia mais gente; todas as aves do céu tinham fugido em revoada (Jeremias 4:23-25 – Grifo acrescentado, em comparação com Gênesis 1:2).

A caricatura abismal nada mais é do que uma tentativa dos autores bíblicos de descrever os efeitos ruinosos do governo do príncipe deste mundo (João 16:11). É a melhor expressão encontrada para apresentar o quadro de desolação da Terra no final do reino satânico. Como Satanás é o autor do caos e pertence ao caos, ele terá a Terra transformada em abismo para lhe servir de exílio, para um tempo de reflexão.

Vi descer dos céus um anjo que trazia na mão a chave do Abismo e uma grande corrente. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo, Satanás, e o acorrentou por mil anos; lançou-o no Abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as nações, até que terminassem os mil anos (Apocalipse 20:1-3).

Depois de ter se acostumado a trabalhar, por cerca de 6000 anos, com a mente de milhões de pessoas, Satanás se sentirá muito só, na terra solitária (Levítico 16:22 – RA). Ele não terá mais nada para fazer. Haverá tempo suficiente para o grande Azazel contemplar o estrago que fez. Sua liberdade de enganar os humanos lhe será tirada e ele estará retido de suas atividades.


 

Enquanto Isso, na Sala de Justiça...

Um Grande Congresso

Enquanto isso, os holofotes do Universo se voltarão do planeta Terra para uma outra direção. Os que forem levados para o Céu com Jesus serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos (Apocalipse 6:6). Será uma continuação maximizada da experiência que os seguidores do Senhor já experimentam hoje (Efésios 2:6). A geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo, para servir a Deus (1Pedro 2:9; Apocalipse 1:6), estará num relacionamento próximo dEle, com desafios criativos, realizações, recompensas e felicidade, por um tempinho básico: 1000 anos!

Gosto muito de ir aos eventos realizados pela igreja: congressos de jovens, assembléias de pastores, encontros de casais, acampamentos, retiros, excursões, etc. Quanto maior o evento, mais o aprecio, por ter um número maior de pessoas. Quando vem gente de todas as partes, fico muito alegre em rever amigos que tenho espalhados por este Brasil afora e também por outros países, pra matar a saudade, colocar os assuntos em dia e sorrir bastante. Acho muito bom também ter contato com pessoas de diferentes costumes e culturas. Seu jeito diferente de ser me faz compreender mais os planos do Deus todo abrangente que temos. Antes de fixarmos nosso habitat definitivo onde passaremos a eternidade, Deus vai fazer um grande congresso conosco. Estamos muito enraizados neste nosso mundo tão mau. Precisaremos de um tempo para esquecer tudo de ruim que vemos na situação atual do nosso planeta e aprendermos a “cultura” do Céu. Vamos ficar num ambiente ideal para que os crentes das mais variadas culturas se familiarizem uns com os outros.

Não sei exatamente quem estará lá, mas já pensou você se encontrando e partilhando experiências com Isaac Newton? Como será quando Dwight Mood se encontrar com o evangelista João Batista? Imagine: Adão se encontrando com São Francisco de Assis; Martin Luther King Junior com Martinho Lutero; o profeta Isaías com o rei Manassés... Epa! Péraí! Aí não! Manasses não mandou serrar Isaías ao meio? Sim, o profeta morreu sem saber que depois o rei se arrependeu e se converteu. Teremos tantas surpresas estranhas!

De repente, eu vou chegar ao Céu e talvez encontrar alguém lá, sobre quem vou dizer assim: “Meu Deus, essa pessoa nunca poderia estar aqui! Ela foi uma pessoa má! Prejudicou-me lá na Terra, e agora está aqui?” Ou pode ser que eu chegue ao Céu e não encontre pessoas que eu gostaria de encontrar... Será que, quando isto acontecer, não vou ter de novo uma sensação de estar presenciando um erro judicial? Não terei a decepção de ter vivido uma vida inteira confiando na justiça de Deus, pra depois ver-Lhe agindo arbitrariamente, tomando as decisões que bem quer, a Seus próprios caprichos?

É aí que vem a grande resposta. Justamente na fase de erradicação do mal, Deus não vai deixar oportunidade para que as dúvidas sobre Sua justiça se repitam, porque foram elas que deram início ao pecado. Deus é diferente de tudo e de todos. Ele preparou um tempo especial para prestar contas de cada detalhe da Sua justiça e do Seu juízo, para cada ser humano que estiver salvo.

Checando Pela Última Vez

Durante mil anos, no intervalo entre a volta de Jesus e a vida na Nova Terra, os santos estarão com Cristo no Céu, com acesso ao “grande processo judiciário”. Os que tiverem morrido fiéis ao testemunho de Jesus e à palavra de Deus, e que não tiverem adorado a besta nem a sua imagem, nem recebido a sua marca, se assentarão em tronos e lhes será dada autoridade para julgar (Apocalipse 20:4 - Adaptado).

Haveremos de julgar o mundo, os anjos e as coisas desta vida. E, quanto aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade, mas abandonaram sua própria morada, Ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia. Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no tártaro (em trevas morais), prendendo-os em abismos tenebrosos (cadeias de escuridão) a fim de serem reservados para o juízo (1Coríntios 6:2-3; Judas 6; 2Pedro 2:4 - Adaptados).

Nessa época, teremos acesso ao banco de dados de Deus. Poderemos rever os registros e checar se os nomes dos que estarão no Céu, constam no livro memorial (Malaquias 3:16) do Senhor. Saberemos por que todos os seres humanos e anjos que se descadastraram estão perdidos. Mas veja bem: se Deus é Deus, se Ele é perfeito e justo, não teria nenhuma necessidade de prestar relatórios para nós, pobres mortais. Mas Ele nos respeita tanto, que haverá um milênio, onde o enfoque vai ser a demonstração do Seu amor no fato de que Ele presta contas da Sua própria Justiça. Por isto Ele consegue ser, ao mesmo tempo, Amor e Justiça. Resumindo os dois grandes fatores: Deus não somente é Justo, mas também presta conta disso para nós, por nos amar.

Será “Por Amor”


Este amor de Deus por Suas criaturas é tão grande, que Ele vai querer que o mal seja enfim completamente erradicado de todo o Universo, sem resquícios de dúvida sobre tal aniquilação, para que nunca mais, ninguém corra o risco de ser contaminado pelo pecado.

Portanto, depois de terminadas as fases de investigação do juízo e de instauração do inquérito, infeliz ou felizmente a hora da execução da sentença vai chegar. Jesus descerá novamente à Terra com os salvos e a Nova Jerusalém.

Quando terminarem os mil anos, acontecerá a ressurreição da condenação e todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz. Nesta segunda ressurreição, quando o restante dos mortos sair das sepulturas, Satanás será solto da sua prisão de atividades, porque agora terá novamente a quem tentar. Ele sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a areia do mar. As nações marcharão por toda a superfície da terra e cercarão o acampamento dos santos, a cidade amada, na intenção de tomá-la à força. O Senhor estará assentado em seu grande trono branco de julgamento quando a sua glória encherá a terra inteira e o céu. Porque o SENHOR Deus virá da sua morada, no céu, a fim de castigar os moradores da terra por causa dos seus pecados. Então, cada um dos condenados será executado de acordo com o que tiver feito, segundo o que estiver registrado nos livros. Um fogo descerá do céu e devorará aqueles cujos nomes não forem encontrados no livro da vida. O Diabo, que os enganava, será lançado no lago de fogo – que é a segunta morte que arde com enxofre; eles sofrerão a morte eterna, e estarão destruídos para sempre (Isaías 6:1-3; Apocalipse 20:5-15 – NVI; Isaías 26:21 – NTLH; João 5:29 – ECA).

A Bíblia não ensina que há um inferno onde os maus ficam queimando e sendo atormentados por demônios pela eternidade. Você acha que um Deus de amor iria ser justo em fazer com que a pessoa pagasse 30 ou 80 anos de pecado nesta vida, com uma eternidade de sofrimento extremo, sem esperança de salvação? Que tipo de deus seria esse que teria prazer em um inferno infinito? Credo! Este questionamento é levantado pelo teólogo Clark Pinnock: “Será que Aquele que disse para amar os nossos inimigos pretende cultivar a vingança sobre Seus próprios inimigos por toda a eternidade?[2]”. Apresento como resposta as palavras de um outro teólogo, Oscar Cullmann, que disse que esta idéia de almas imortais “é um dos maiores equívocos do cristianismo” apostatado[3].
Deus é um Deus de amor!

Justiça, Afinal


A glória de Deus limpa o mal que está naquilo que é bom. O SENHOR cuida de todos os que o amam, mas a todos os ímpios destruirá (Salmo145:20). O mesmo fogo que consumirá de vez o pecado e todos os seus resquícios, purificará a Terra dos mesmos. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será queimada (2Pedro 3:10). Aquele que estará assentado no trono dirá: “Estou fazendo novas todas as coisas!” Então veremos novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra já terão passado; e o mar deixará de existir. Logo em seguida, vamos ver a Cidade Santa, a nova Jerusalém, descendo dos céus, da parte de Deus. Ouviremos uma forte voz que virá do trono e dirá: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Apocalipse 21:1-5).

Então, pela eternidade, nesse Planeta Terra recriado, jamais haverá algo impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso, nenhuma pontinha de pecado, mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro (Apocalipse 21:27). Ali sim, para sempre haverá justiça...
Entretanto, a justiça deve começar aqui:

Portanto, amados, enquanto esperam estas coisas, empenhem-se para serem encontrados por ele em paz, imaculados e inculpáveis. Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação. Guardem-se para que não sejam levados pelo erro dos que não têm princípios morais, nem percam a sua firmeza e caiam. Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém (2Pedro 3:11-14).

Cantem com George Frederick Haendel: “Aleluia! Pois o Senhor Onipotente reina”!

Um abraço,
Pr. Valdeci Jr.
Twitter: @valdeci_junior


[1]Extraído de http://www.espacovital.com.br/asmaisnovas22032005a.htm
[2]Clark H. Pinnock, “ The Destruction of the Finally Impenitent”, Crisswell Theological Review 4 (1990): 247.
[3]Oscar Cullmann, Immortality of the Soul or Resurrection of the Dead? The Witness do the NT (Londres: Epworth, 1964), 15.

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
O que posso fazer, hoje, para livrar-me da condenação do juízo de Deus?