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quarta-feira, 18 de junho de 2014

De Moisés a Jesus

Continuando o que estamos estudando nesta semana, hoje vamos ver mais um período da história da igreja de Cristo, no tocante aos seus privilégios e responsabilidades.



Fonte: http://www.usb.org.br/acsr/

Um abraço,
Pr. Valdeci Jr.

terça-feira, 17 de junho de 2014

De Noé a Abraão

Na Igreja de Cristo, que existe desde que existe o ser humano, sempre houve a graça da salvação e o retorno da obediência. Inclusive, com os grandes personagens de sua história, filhos de Deus.



Fonte: http://www.usb.org.br/acsr/

Um abraço,
Pr. Valdeci Jr.

segunda-feira, 4 de março de 2013

EXERCÍCIO BÍBLICO - Deuteronômio 24-25


Hoje, quero propor um exercício bíblico para você. Você aceita? Então anote aí. A leitura bíblica, que você vai ler individualmente na sua Bíblia, com oração e coração aberto, é o relato de Deuteronômio 24-25.
Nesses capítulos há diversas leis. A princípio, é uma porção de regras para o povo nômade do deserto, lá do Israel Antigo, sobre como deviam se comportar. Parece que não tem muito a ver conosco. Mas é por isso que proponho esse exercício para você ver como esse texto ainda precisa ser lido por nós.
Então, faça o seguinte: pegue três canetas ou marcadores de texto, de três cores diferentes, para você sublinhar aí na sua Bíblia, três categorias diferentes de textos e classificar as regras. Na borda da folha da Bíblia, você fará uma legendinha para identificar o que vai significar cada cor. Por exemplo: você faz uma bolinha vermelha, e na frente escreve: “regras que ainda são válidas”. Depois, faz uma bolinha laranja e, na frente, escreve: “regras cujos princípios ainda são aplicáveis”. Com a caneta verde, você faz a bolinha e escreve: “regras cujos significados eu não entendi”. Se você não tiver três canetas de cores diferentes, pegue uma folha de papel, divida em três colunas e coloque essas legendas nas colunas: “regras que ainda são válidas”, “regras cujos princípios ainda são aplicáveis”, “regras cujos significados eu não entendi”.
Daí, você vai fazer sua leitura, procurando classificar cada regra que você encontrar, de acordo com esses critérios. Entendeu? Por exemplo, no capítulo 24:14, está escrito: “Não se aproveitem do pobre e necessitado.” Essa é uma regra que ainda é válida, concorda? Então você vai classificar desse modo. Mas, na mesma leitura de hoje, no mesmo capítulo 24:8, diz: “Nos casos de doenças de lepra, tenham todo o cuidado de seguir exatamente as instruções dos sacerdotes levitas.” Porém, nos dias atuais, não existem mais os sacerdotes levitas ao nosso acesso. Essa regra não tem mais como ser cumprida, concorda? Mas penso que poderia ser reescrita assim: “Em caso de doença de lepra, tenha todo o cuidado de seguir exatamente as instruções do médico e os conselhos de saúde da igreja.” Sendo assim, essa é uma regra cujo princípio ainda é aplicável. Está aí outra classificação.
Ainda terá aquelas que você não conseguirá encaixar como regra que ainda seja válida, nem como regra cujo princípio ainda seja válido, porque você não a entenderá. Não se preocupe, aí é que começa a oportunidade de pesquisa. Pesquise em diferentes versões bíblicas, em autores diferentes que comentem o assunto ou escreva para nós. Seja um pesquisador bíblico. Você ganhará muito com esse exercício, ok?


Valdeci Júnior
Fátima Silva


domingo, 20 de janeiro de 2013

LIBERTAÇÃO BÍBLICA - Êxodo 12-13


Um dos melhores filmes que já assisti na minha vida é bem antigo. Ele foi gravado há décadas, mas ainda não vi outro do gênero que o superasse. Aliás, é o meu DVD preferido dos filmes que tenho colecionados lá em casa. Já o assisti dezenas de vezes: em português, espanhol, inglês. Muitos dos trechos dele eu sei de cor. Sabe de que filme estou falando? Tente descobrir! Ele tem a capa do encarte vermelha e vem em DVD duplo, porque tem mais de três horas de duração. Refiro-me ao filme “Os Dez Mandamentos”. Ele, na realidade, é o enredo da história de Moisés. O ponto alto dele, na minha opinião, é o êxodo, a saída do povo de Israel, sendo libertos do Egito. Creio que isso é que faz com que esse seja um grande filme.
Esse tema é uma das histórias mais lindas da Bíblia. Até quem nunca leu o Livro Sagrado conhece essa história. Para quem não conhece essa história direito, ela parece lenda. Afinal, é uma história impossível de acontecer, pensando sob a lógica humana. Mas é ignorância o fato de não conseguir acreditar nessa história. E provo isso para você.
Prepare-se para o desafio. Abra sua Bíblia em Êxodo 12 e leia até o capitulo 13. Mas não se contente em apenas ler. Vá fundo e estude. Pesquise sobre o assunto, assista ao filme que estou lhe falando, leia comentários sobre o tema e vai acontecer algo fantástico. Você irá se apaixonar pela história e os detalhes dela pelas lições que ela traz. Não é somente uma história muito linda. É, também, uma história libertadora.
E por falar em libertação, não sei se você, neste momento, por acaso, precisa de uma libertação. Penso que sim, porque, na verdade, todos nós, em cada momento da vida, estamos sempre precisando de algum tipo de libertação. Uns precisam ser libertos do vício das drogas, outros de um mau hábito alimentar. Há pessoas que necessitam se libertar de um mau relacionamento, de más amizades, das dívidas, do desemprego, etc. Cada um tem suas necessidades de libertação. Você está preocupado com o quê? Do que está precisando se libertar? Reflita, mas saiba que não vim aqui trazer nada da teologia da libertação. Fique tranqüilo.
Por outro lado, a Bíblia fala da promessa de libertação que é prometida para o crente. Quer aprender sobre isso na sua Bíblia? Então anote: 2Pedro 2:9; Hebreus 2:15; 2Timóteo 4:18; 2Coríntios 1:10; 1Coríntios 10:13. Essas são algumas das muitas passagens que mostram para o cristão que Deus quer lhe dar libertação. Você pode encontrar a libertação que você precisa lendo a Bíblia.


Valdeci Júnior
Fátima Silva

domingo, 26 de fevereiro de 2012

MUITO IMPORTANTE - Deuteronômio 04-07

Estamos quase terminando o mês de fevereiro. Espero que você esteja gostando desse nosso plano de lermos a Bíblia toda em um ano, lendo-a diariamente, porque isso fortalece nossa fé.
Encontramos muitas coisas lindas nessas leituras. Hoje, por exemplo, há uns trechos que destaquei e sublinhei na minha Bíblia.
Para deixar você com água na boca, leia um verso do capítulo quatro, na versão Almeida, Revista e Atualizada. Veja que conselho bonito: “Tão somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos.” É maravilhoso ver a preocupação de Deus para que preservemos os valores e princípios da vida, tanto para nós, quanto para as pessoas que influenciamos. Isso acaba tornando-se um processo educacional.
E por falar em processo educacional, lendo os capítulos propostos para hoje, mais uma vez, chego à conclusão de que a educação precisa ser realmente como a educação que a Escola Adventista propõe: Educação Integral.
Olhe na sua Bíblia, a didática, o método de ensino, que Deus fala para os pais usarem para ensinar aos filhos, o maior de todos os mandamentos: “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões” (Deuteronômio 6:6-9).
É interessante que, integralmente, eles deveriam ficar repetindo e lembrando dessas palavras. Mas que palavras? Aquelas que estão no versículo cinco, do mesmo capítulo seis de Deuteronômio: “Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças.”
Esse mandamento era – e ainda é – muito importante. Tão importante que, 1500 anos depois, Jesus considerou esse mandamento como o primeiro e mais importante de todos, repetindo-o: “Ame o Senhor o seu Deus, de todo o seu coração, sentimento, de toda a sua alma, fé, e de todas as suas forças.” Isso é religião prática, pois esse mandamento resume tudo. Quem ama a Deus de verdade, guarda todos os outros mandamentos, concorda?
Então, que estas palavras estejam no seu coração hoje e em todos os dias da sua vida. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, andando pelo caminho, quando se deitar e levantar.

Twitter: @Valdeci_Junior
e
Fátima Silva

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PICO - Êxodo 18-20

A leitura bíblica de hoje se resume a três capítulos, mas tem uma infinidade eterna de ensinamentos. No primeiro destes capítulos (Êxodo 18), você vai ver o sogro de Moisés trazendo a mulher dele, de Moisés, e seus filhos, para se encontrarem com aquele pai de família. E ainda no mesmo capítulo, podemos ver a organização que Moisés fez entre o povo, nomeando os auxiliares dele, orientado ainda pelo sogrão querido: o senhor Jetro.
No capítulo seguinte (19) acontece um episódio do qual, há poucos dias, lembrei-me. Certo dia, minha esposa e eu fomos ao pico do Itapeva. O pico do Itapeva fica perto de Campos do Jordão, no município de Pindamonhangaba. Na realidade, a gente não foi até lá para fazer turismo. É que lá, no pontinho mais alto, está a torre de transmissão da rede Novo Tempo (onde trabalhávamos) que gera o sinal de televisão para todo o vale do Paraíba. Pode imaginar: é um lugar muito alto. São mais de dois mil metros acima do nível do mar. Enquanto lá embaixo, no vale, faz calor, ali, no pico do Itapeva, a gente treme de frio. Mas é muito emocionante, ficar na pontinha da montanha, acima de muitas nuvens, e olhando o mundo que está lá em baixo. Quando estávamos ali, lembrei-me de Moisés subindo o monte para encontrar-se com Deus. A sensação é a de que Deus está mais perto. Brinquei com minha esposa: “Meu amor, me dá um abraço aqui, porque, perto do Céu, o casamento vai ficar bem abençoado”. Moisés subia tão alto em sua escalada espiritual, a ponto de colocar-se diante da própria presença física da manifestação divina. E foi nesse pico de relacionamento, nesse ápice do encontro do divino com o humano (capítulo 20), que foi revelado para a humanidade, o código eterno do caráter de Deus: os Dez Mandamentos. Conhece?
Segundo Loron Wade, os Dez Mandamentos são os princípios divinos para melhorarmos os nossos relacionamentos. É de se pensar: o Decálogo não é um artefato de vitrine, mas sim, uma fonte de sabedoria prática. Esses princípios oferecem soluções para os problemas e as situações reais que enfrentamos no cotidiano. A prova disso é justamente essa aplicação, que pode ser feita racionalmente, na vida diária.
Pense bem: “o que aconteceria se todos nós levássemos em consideração toda a sabedoria e toda a prática dos Dez Mandamentos?”
Já pensou? Ainda não? Então vou dar-lhe a resposta. Se isso acontecesse, o Céu chegaria tão perto da Terra, que nós estaríamos prontos para a vida eterna. Chegaríamos ao pico da existência eterna. Foi para esse plano que Deus lhe criou. Você aceita?

Twitter: @Valdeci_Junior
e
Fátima Silva

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Deus Critica a Guarda do Sábado


Existe algum texto bíblico no qual Deus reprova a guarda do Sábado? Se “sim”, por que você ainda guarda o sábado!

Sim! E eu ainda guardo o sábado! Os textos bíblicos nos quais Deus reprova o seu povo pela guarda do Sábado são mal compreendidos. Isaías 1:13-18 é um exemplo claro. O verso 13 fala das luas novas e dos sábados.             Pode vezes Deus se aborrece até mesmo dos sacrifícios e das reuniões de culto (ajuntamentos solenes). Mas por quê? Não foi Ele próprio quem os instituiu? O que isso quer dizer então?
Era parte essencial da religião hebraica, observar os dias sagrados. Eles foram designados pelo Senhor (Êxodo 23:12-17; Levítico 23; Números 28 e 29; Deuteronômio 16:1-17). Mas não bastava a observância externa dessas formas religiosas. Deus disse claramente que a observância formal dos dias sagrados, ordenada por Ele mesmo, Lhe era ofensiva se faltasse a obediência, a submissão e a entrega do coração.
Isaías declara que os serviços religiosos solenes, acompanhados de uma vida iníqua, são uma ofensa ao Senhor. O povo participava das cerimônias religiosas porque cria que essa era a maneira de ganhar o favor de Deus. E isso é a Justificação pelas obras. Uma hipocrisia! Veja Amós 5:21-25.
Isso tudo pode ser resumido em dois versos bíblicos:
“Ficaria o SENHOR satisfeito com milhares de carneiros, com dez mil ribeiros de azeite? Devo oferecer o meu filho mais velho por causa da minha transgressão, o fruto do meu corpo por causa do pecado que eu cometi? Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o SENHOR exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus (Miquéias 6:7-8)”.
Deus quer de nossa parte uma entrega total, de coração, na qual, por amor, nós guardemos todos os dez mandamentos (Mateus 19:16-30; João 14:15; Tiago 2:10).


Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Quais são os nomes das três esposas de Esaú? Em cada lugar, em que são citados, aparecem nomes diferentes. Pode ter havido algum erro de tradução, ou Esaú tinha mais que três esposas?

domingo, 10 de julho de 2011

Antigo Concerto Abolido... Lei Também?

A Bíblia diz que o antigo concerto foi abolido. Isto significa que os dez mandamentos também o foram, certo?

“Na Bíblia aparecem dois pactos: um ‘antigo’ e outro ‘novo’. Na realidade, não há mais que um pacto: existe apenas um plano de salvação, que é um ‘pacto eterno’ por meio de Jesus (Apocalipse 13:8). O que se fala de um ‘pacto antigo’ – o que foi confirmado no Sinai – e um ‘pacto novo’ – o que foi confirmado no calvário – pode contribuir para uma confusão. O pacto eterno é simplesmente o que Deus tem disposto para a salvação da raça humana. Em sua essência, o ‘pacto eterno’ é um sinônimo do ‘plano de redenção’. Este pacto foi feito com Adão no Éden (ver Gênesis 3:15) e mais tarde foi renovado com Abraão, um plano mediante o qual o homem poderia ser restabelecido à posição que havia perdido. O homem necessitava receber o perdão de suas transgressões. Este perdão só foi possível por meio da obra que o Filho de Deus haveria de realizar em Sua encarnação, vida e morte. O caráter do homem necessitava ser posto novamente em harmonia com a imagem divina. Prometeu-se ao homem o poder divino, o qual, uma vez aceito pelo ser humano, expulsaria da vida o pecado e incorporaria no ser os traços da piedade.
“Este pacto ou convênio para a salvação foi feito com Adão, porém se aplica igualmente aos homens de todas as idades. No Novo Testamento, este mesmo pacto se denominou ‘novo pacto’, simplesmente porque sua validação mediante o sacrifício de Cristo ocorreu depois da validação do antigo pacto, realizado no Sinai.
“O antigo pacto foi feito no Sinai. Já que existia uma disposição adequada para a salvação dos homens, por que foi necessário que se fizesse este outro pacto? O pacto antigo nunca teve o propósito de ocupar o lugar do pacto eterno. Tampouco devia servir como outra maneira para alcançar a salvação. Se for estudado o marco histórico, se compreenderá com maior clareza seu propósito. Enquanto haviam sido escravos no Egito, os israelitas haviam perdido o conhecimento de Deus e dos requerimentos divinos. Necessitar-se-ia algum tempo para voltar a compreendê-los.
A verdade espiritual só pode compreender-se na forma gradual. Só quando se tem aprendido uma verdade, pode-se entender bem outra. Deus começou Sua instrução no Sinai dizendo ao povo que o propósito de Seu plano era o de harmonizar a vida deles com o caráter divino. Todavia, este propósito foi expresso em forma objetiva” ‘Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa’ (Êxodo 19:5, 6). Nesse momento os israelitas pouco entendiam o que isto implicava. Concordaram com a ampla declaração de propósitos e responderam: ‘Tudo o que Jeová disse, faremos’ (Êxodo 19:8). Deus tinha um plano de prosseguir a partir deste ponto, e instruir o povo de modo a conseguir esses objetivos. De forma gradual, à medida que pudessem compreender, Deus se proporia ensinar-lhes todos os detalhes do pacto eterno...
“Desgraçadamente, o povo nunca pôde prosseguir mais além da primeira lição em sua instrução espiritual. Captou a idéia de que era necessário obedecer. Esta filosofia havia aprendido no Egito. Portanto, procurou o favor de Deus esforçando-se em render uma obediência externa aos requerimentos divinos. Foram repelidos todos os intentos divinos de mostrar que era necessário ter um coração novo, e que era indispensável a graça divina para que tal obediência fosse possível. Salvo poucas exceções individuais, esta atitude continuou durante todo o período do Antigo Testamento, apesar de os profetas repetidas vezes instarem ao povo para que aceitassem essa relação mais excelsa...”[1]
“Os israelitas não haviam cumprido com os requerimentos divinos porque haviam procurado ser justos por meio de seus próprios esforços inúteis. O Senhor conhece esta tendência inerente no homem, e lhe prometeu "um novo pacto" (ou concerto), e por meio desse pacto o homem chega a ser santo pela fé no Redentor e Santificador (Gálatas 3; Hebreus 8:8-10;...). Deus desejava que os repatriados experimentassem de todo coração e com toda a alma a realidade de novo pacto. Porém, a nação não alcançou este ideal...”[2]
“O pacto que Deus fez com Israel no Sinai geralmente é chamado de ‘velho’ pacto (Hebreus 8:13). Devido ao fracasso do povo em avaliar plenamente o propósito de Deus, e por não haver entrado no verdadeiro espírito do pacto, o velho pacto ressaltou-se em contraste com o novo, o Evangelho, da seguinte maneira: (1) Era mais elementar (Gálatas 4:1-5). (2) Estava mais estritamente relacionado com ritos externos e cerimônias (Hebreus 9:1). (3) Seus motivos consistiam principalmente em castigos e recompensas, pois sendo “filhos”, estes eram os únicos incentivos que os israelitas estavam preparados para compreender (Gálatas 4:3; Patriarcas e Profetas, p.387). (4) Suas bênçãos eram temporais. (5) Dependia das relações humanas e de boas obras mais do que da graça divina e de um Salvador do pecado... A bênção extraordinária do novo pacto é que pela fé em Cristo se é dado poder ao crente para cumprir “a justiça da lei” (Romanos 8:1-4; conferir Atos 13:37-39).
Deus permitiu que Israel se ocupasse em guardar a lei para que pudesse dar-se conta de sua incapacidade de o fazer, o que, erroneamente, se sentiu capaz de realizar. Assim, iam ser apartados da confiança própria para confiar em Deus; da confiança em seus esforços próprios para a fé na realização divina. Assim, a lei chegaria a converter-se no meio de conduzir-lhes a Cristo como seu único Salvador do pecado (Gálatas 3:23-26). Dessa maneira se preparou o caminho para a relação do novo pacto, o Evangelho da graça divina, a lei guardada em Cristo mediante Ele (Jeremias 31:33-34; Romanos 3:21-31; 8:1-4; Hebreus 8:7-11). Como Paulo declara, esta relação do novo pacto não invalida a lei ‘pela fé’ (Romanos 3:31). A lei permanece como a norma do dever, a norma de uma prática santa. O novo pacto estabelece a lei como o código eterno de justiça, sem o qual não pode haver nenhuma conduta santa”[3]

Hebreus 9:19 está dizendo que os Dez Mandamentos foram abolidos?
            Leiamos o verso: “porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei a todo o povo, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo e aspergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo,” Hebreus 9:19.
            Depois de uma leitura atenta perceba que de maneira alguma o texto está tratando do assunto dos mandamentos.
O sangue dos animais sacrificados nos dias do Antigo Testamento simbolizava o sangue de Cristo (João 1:29) que seria derramado em nosso favor. Sendo que aquele sangue simbolizava o sangue de Jesus que viria morrer pelo pecador, Moisés iniciou o antigo pacto aspergindo sangue sobre o povo e a lei. 
Os Dez mandamentos eram a base do velho concerto, como igualmente o são do novo; mas não eram o velho concerto em si[4].
O concerto (o mesmo que “acordo”) dependia do decálogo, mas o decálogo não dependia do concerto .
No velho concerto a aliança foi feita pelo sangue de animais (símbolo do sangue de Jesus); no novo, é feito pelo sangue do próprio Cristo (leia Lucas 22:20). Mas isto não anula a lei de Deus. Veja:
“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. Jeremias 31:33.
“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. Hebreus 8:10.
“Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei”. Hebreus 10:16.

Percebeu qual é a diferença entre o velho e novo concerto?
1)      No velho concerto a lei era guardada pelo povo somente pela letra (porque escolheram assim) e não com o coração;
2)      No novo concerto Deus mudou isso: imprimiu a lei na mente e no coração dos crentes, ensinando assim que só podemos ser obedientes pela graça de Cristo.
Se Deus no novo concerto imprime Suas leis em nossa mente e coração, é lógico que esta lei não foi abolida!
“É oportuno lembrar que o insucesso do velho concerto não estava na lei de Deus, mas no povo. Em Hebreus 8:9 se diz que Deus os repreendeu, porque eram repreensíveis. A tradução inglesa diz: ‘Porque sendo eles (o povo) achado em falta...’. ”[5]
“O velho concerto era um pacto de obras, feito sobre promessas humanas, e o seu fracasso demonstrou falibilidade do homem em pretender, por esforço próprio, guardar os mandamentos de Deus, ou pôr-se em harmonia com a lei do céu. Quão significativas as palavras de Paulo, ao dizer que “a inclinação da carne” – a mente carnal que caracterizou o Israel rebelde – “não é sujeita á lei de Deus, nem em verdade o poder ser”. (Romanos 8:7).
“Isto significa que, quando pelo evangelho somos transformados do carnal para o espiritual, então a lei de Deus pode ser escrita em nossos corações, e o novo concerto – ratificado com o precioso sangue de Cristo – é efetivado em nossa vida. Quem não tem um novo coração e não se põe em harmonia com a lei do céu, nunca nasceu de novo, pois quem vive transgredindo a lei de Deus continuamente está em pecado, porque “o pecado é a transgressão da lei”, segundo a melhor tradução de 1 João 3:4 e o mais autorizado conceito teológico”[6].
Devemos ter claro em nossa mente que não existe um plano de salvação para as pessoas que viveram na época do antigo testamento e outro para os que vivem no novo testamento. Há um meio de salvação - pela graça - para toda a humanidade:
Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens”. Tito 2:11.
“Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam”. 1 Pedro 1:10-11.
“Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação.  Só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei muito abalado”. Salmo 62:1-2.
A Salvação pela graça não é privilégio apenas do povo que vive sob o novo concerto. Já pensou um dia, ao você chegar ao céu e encontrar Abraão e dizer a ele: “Abraão, eu fui salvo pela graça”. Abraão poderia argumentar: “eu fui salvo pela lei...? Que história é essa? Uns são devem guardar a Lei e outros não? Como isso?” O Céu seria uma verdadeira confusão, pois a salvação seria mais fácil para os que vivem na época do novo concerto (Deus estaria fazendo acepção de pessoas!).
Abraão também foi salvo pela graça e assim como ele foi obediente a Deus (Gênesis 26:5), pela atuação do Espírito Santo em nós (Filipenses 2:13) precisamos ser transformados para nos tornarmos fiéis aos mandamentos do nosso Criador, pois somos descendentes espirituais de Abraão, o “Israel espiritual”! (Gálatas 6:16).

A graça não anula a lei. Ela nos capacita a obedecer e viver em conformidade com os ensinamentos de Deus; não foi dada para nos dar permissão para pecarmos, como lemos em Romanos 6:6-8. Paulo mesmo afirma: Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei”. Romanos 3:31.
Portanto, as expressões “velho concerto” e “novo concerto” não se referem a períodos diferentes em que num deles a lei tinha válida e noutro, não. O termo “velho concerto” também é com base no “sangue” e é chamado de “velho” porque foi dado no Sinai. Já o “novo” é chamado de “novo concerto” não porque não existia (Apocalipse 13:8), mas porque foi validade pelo sangue de Cristo na cruz. Deus tem um plano de salvação estabelecido na eternidade (1 Pe 1:18-20).
A lei nunca foi o meio de salvação e nem o será; é apenas a base para o concerto. O cristão deve guardá-la como demonstração de fé e de que teve seu caráter realmente convertido. A obediência é uma prova de amor a Jesus (João 14:15).
Eis alguns versos para nosso estudo e reflexão:

“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos”? Romanos 6:1-2.

“E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum! Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?” Romanos 6:15-16.

“Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados;  pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.  Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés.  De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?  Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.  Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo”. Hebreus 10:26-31.

“Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos” 1 João 5:3.

“Quanto às tuas prescrições, a muito sei que as estabeleceste para sempre.” Salmo 119: 152.

“Aquele que diz: eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade”. 1 João 2:4.

“Porque povo rebelde é este, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do Senhor”. Isaías 30:9.

Assim, a graça e a lei se harmonizam perfeitamente e estão de mãos dadas!


Um abraço,


Twitter: @Valdeci_Junior

[1] Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 4 – explicação de Ezequiel 16:60.
[2] Idem – explicação do texto de Jeremias 33:31
[3] Ibidem, vol. 1 – explicação de Êxodo 19:5.
[4] Se quiser um estudo complementar acerca deste assunto, temos uma carta que poderá solicitar: a de número 6227, intitulada “A Lei em Romanos 3:31”.
[5] Arnaldo B. Christianini, Sutilizas do Erro, pág. 65.
[6] Ibidem, págs. 65, 66.


Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Como posso acreditar que Gênesis foi escrito por Moisés, se ele viveu muito tempo antes do surgimento da escrita? Creio que a interpretação de Gênesis é, em grande parte, mitológica.

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sábado, 9 de julho de 2011

Seguir a Jesus e Guardar os Mandamentos Inclui o Sábado?

Em Mateus 19:17 Jesus cita 6 mandamentos e não fala do sábado, isso indica que tal mandamento foi anulado?


Você se lembra de que em Marcos 12:30-31, Jesus ensinou também que a Lei se resume em dois grandes mandamentos? “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.”. Vale notar que estes dois grandes mandamentos são o “resumo”, e não a “substituição” dos dez mandamentos. Ou seja, “amar a Deus acima de todas as coisas” é obedecer aos quatro primeiros mandamentos do Decálogo, e “amar ao próximo como a si mesmo” é cumprir os seis últimos mandamentos do Decálogo.
Verifique quais foram os mandamentos que Jesus citou para o Jovem rico. Se você observar, vai ver que Jesus citou apenas os mandamentos da segunda parte da Lei. Por quê? Foi porque a necessidade do Jovem Rico era: deixar de ser um egoísta e um religioso de fachada. Tanto é que, o melhor remédio para ele, seria vender tudo e dar os bens aos pobres. Deus não pediu isto para outros ricos, mas esta era uma necessidade daquele jovem - aprender a amar o próximo - expressa nos seis mandamentos da segunda tábua do Decálogo.
Quanto à necessidade de observar o que pede a primeira parte dos dez mandamentos, Jesus fez a proposta ao jovem logo em seguida, dizendo a ele que deixasse tudo e o seguisse. Se o jovem deixasse tudo e seguisse a Jesus, estaria amando a própria segunda pessoa da Trindade, acima de todas as coisas.
Mas há um outro lado. Se o argumento – “se Jesus não citou determinado mandamento para o Jovem Rico, então este está anulado” - for o parâmetro correto para determinar que mandamentos devam ou não ser guardados, então estou liberado para adorar outros deuses, fazer imagens de escultura, tomar o nome de Deus em vão, não observar o sábado e cobiçar, certo? A linha de raciocínio da respostas à pergunta em questão começa por aí. Porque, na realidade, o argumento em questão está: colocando na boca de Jesus o que Ele não disse, indo além do texto e fazendo suas próprias interpretações. Ora, só porque eu não menciono a existência de “algo”, este “algo” não existe? Jesus não disse: “guarde SÓ estes mandamentos”. Ele citou alguns mandamentos só para esclarecimento. Estava dando apenas alguns exemplos, para que o Jovem Rico soubesse que os mandamentos dos quis Ele estava falando não eram quaisquer mandamentos, dos muitos que existem no Universo, mas sim, os mandamentos do Decálogo que havia sido entregue para Moisés.
Eu sei que uma a réplica a esta resposta pode ser um pensamento mais ou menos assim: “Ah, mas os outros mandamentos, que Jesus não citou aqui, diferentemente do sábado, estão citados em outros lugares do Novo Testamento”. Mas aí, é preciso verificar que o sábado também está citado no Novo Testamento, em vários lugares, como por exemplo:

“Orai para que a vossa fuga não se dê no inverso, nem no sábado”. “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é senhor também do sábado”. “Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera”. “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das Suas”. “Pois nEle, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra”. - Mateus 24:20; Marcos 2:27-28; Hebreus 4:4, 9-10; Colossenses 1:16.

Mas é bom que lembremos do velho conselho de Phillip Yancey: “O Velho Testamento era a Bíblia que Jesus lia”, “pois tudo quanto, outrora [antes de Cristo], foi escrito para o nosso ensino foi escrito (Romanos 15:4)”. Porque “toda a Escritura [Antigo Testamento] é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Timóteo 3:16-17). Logo, se nós estivermos lendo somente uma parte da Bíblia, devemos levar em consideração que, o “não citar” não é igual a uma declaração do tipo: “não faça, está anulado, não precisa mais, etc.”. Portanto, mesmo que o sábado, simplesmente, não estivesse citado em nenhum lugar do Novo Testamento, isso não seria argumento para não observar o sétimo dia.

Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
A Bíblia diz que o antigo concerto foi abolido. Isto significa que os dez mandamentos também o foram...

domingo, 6 de março de 2011

Trabalhar Dia e Noite Pra Não Ser Pesado Ao Irmão

Como posso deixar de trabalhar no sábado, diante do que Paulo disse em II Tessalonicenses 3:8 e 11?


Olá amigo! Fico muito feliz em poder corresponder com você, em comentários de assuntos tão preciosos, vindos da palavra de Deus.
            Aparentemente você está vendo na Bíblia, uma contradição: a mesma Bíblia que proíbe trabalhar (no sábado), ensina trabalhar (dia e noite). Entretanto, quero convidar-lhe a ver somente o que o texto Bíblico quer dizer. Procure entender o contexto e o que Paulo estava ensinando no texto que você citou. Compare com o que é o assunto do sábado. Será que ambos são o mesmo assunto? Será que Paulo aqui estava dizendo que para não sermos desordenados ou mexericos, devemos trabalhar no sábado?
            Em II Tessalonicenses 3:6-16, o apóstolo está exortando à prática de deveres cristãos pessoais, sociais e coletivos. Ele começa fazendo um apelo a andar segundo a tradição, não vivendo às custas dos outros, mas trabalhando, para “pagar o feijão que se come”. Paulo chama esta forma parasita de viver de desordem. O que realmente não está em conformidade com a ordem social, onde se espera que as pessoas trabalhem, recebam, e assim se sustentem. Esta tradição se iniciou com o primeiro casal humano, quando Deus lhes ensinou que, “do suor de seu rosto comerás o teu pão” (Gn 3:19). Um outro problema social que existia entre os Tessalonicenses, e foi repreendido pelo escritor da carta, era o fato de deixar de trabalhar para ficar falando da vida alheia (verso 11).
            Quando cita a necessidade de trabalhar, Paulo comenta uma possível necessidade que talvez possa até ser a realidade de muitos de nós hoje. A necessidade de não trabalhar somente as seis ou oito horas normais de uma jornada diária, mas de se fazer serões e horas extras, entrando noite a dentro em trabalho. Quantas vezes já fiz isto em minha vida! E creio que ainda o farei muitas vezes: trabalhar noite e dia.
Enfim, é melhor ser um trabalhador que vai alem da mediocridade, fazendo mais que sua mera obrigação, do que ser alguém que, ociosamente, vive às custas dos outros, ou que ocupa o tempo de trabalho em mexericos.
Agora, onde é mesmo que no texto está tratando do sábado? Amigo, não procure enxergar no texto o que não existe. O que não existe no texto é: “trabalhar TODOS os dias”.
“Seis dias trabalharás, e farás TODA a tua obra” (Ex 20:9). Deus lhe deu estes seis dias para que você trabalhe. E se precisar, trabalhe bastante! Se, somente com o turno diurno, não estiver conseguindo realizar TODA a sua obra, faça como o apóstolo Paulo, faça umas horinhas noturnas extras. Mas lembre-se de que para tudo existe o tempo certo (Ec 3:1-8). Paulo fazia isto, nos dias que Deus lhe dera para seu trabalho particular, mas não no sábado (cf Ex 20:10). Você quer saber o que Paulo fazia no sábado?  Leia Atos 13:14 e 42-44; 16:12 e 13; 17:1 e 2; 18:1-4 e 11. Ele fazia o mesmo que Jesus fizera: ia à igreja, adorar o Senhor (Marcos 3:1; Mateus 12:1; Lucas 6:6). O mesmo que Deus espera que você faça! Você pode trabalhar dia e noite do primeiro ao sexto dia da semana.
Se você quer saber e seguir o que Paulo estava querendo aconselhar aqui, não viva às custas de outras pessoas, trabalhe sem reservas pelo seu sustento, e não fale da vida alheia. Você pode ser um guardador do sábado e ainda assim seguir estes conselhos. É possível conciliar, pois conheço muitos guardadores do Sábado que não são mexericos e sustentam-se com seu árduo trabalho.
Mas lembre-se de que, “trabalhar dia e noite” não é igual a “trabalhar no sábado”.
Pensando neste texto, fique com sua bênção:
Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias. O Senhor esteja com todos vós. II Ts 3:16.

Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Comparando Gênesis 10:4 com 1Crônicas 1:7. Quem foi o quarto filho de Javã, Dodanim ou Rodanim? Quem foi esta pessoa?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"Nem teu Servo..." Trocas de Escalas do Sábado

Minha igreja tem me rejeitado, porque, no meu trabalho, ou eu troco a escala para não trabalhar no sábado, ou tenho que trabalhar, para salvar vidas. O que eu faço? Posso trabalhar no sábado e recompensar isso entregando o dinheiro do ganho referente na igreja? Como se aplica hoje o termo “nem o teu servo” do quarto mandamento? Será que estou correndo o risco de perder a minha salvação, ao trocar a escala?

O que vou dizer aqui vai precisar ser adaptado para a sua realidade, pois não conheço todo o contexto em que você está inserido. Mas me parece que o maior problema que você tem não é o emprego, mas o cheiro farisaico de legalismo da realidade local de sua igreja (não me refiro ao que a igreja ensina, mas ao que ela vive). Desculpe-me, mas esse é um problema que não tenho como fazer outra coisa a não ser orar por ele. E lhe aconselho que também ore por isso, e não tente fazer justiça com as próprias mãos. Lembre-se que "bem-aventurados sois vós, quando vos perseguirem...".
Apesar de que você pareça ter ouvido sobre entregar o dinheiro do trabalho no sábado como dízimo, em um programa da TV, se foi dito isso ou não, isso é errado. Não tem nada a ver, por várias razões. 1)Dízimo é 10%, e se você der esse dinheiro como dízimo não corresponderá a esta porcentagem, em relação à sua renda; 2)Dízimo é adoração, e o ato de ir trabalhar e não ir para a igreja não é adoração; 3)Somos salvos pela graça, e não por obras, por isso, não existe barganha - se existisse, então todos poderiam trabalhar, em qualquer trabalho, no sábado, e dar o dinheiro na igreja. Mas salvação não acontece por procuração. Ou "pode", ou "não pode", se existisse um "não pode" que pudesse ser substituído por dinheiro, isso seria indulgência. Deus nos livre disso.
Também não é errado você colocar um colega de trabalho no seu lugar no sábado, desde que você não deixe de testemunhar sobre o sábado pra ele. Essa troca de escala não se aplica ao "nem teu servo" do mandamento. O contexto em que vivemos é outro. Esse "nem teu servo" do mandamento, era num contexto em que o servo era obrigado a fazer o que o patrão quisesse, tanto nos assuntos trabalhistas quanto religiosos, e ponto final. Hoje em dia não: somos livres. Se o seu colega quiser guardar o sábado, você não vai obrigá-lo a cumprir sua escala. Ele não é seu escravo. Mas uma vez que ele não quer saber de guardar o sábado, não vai fazer diferença onde ele vai trabalhar. De qualquer forma, nesta sociedade secularizada, totalmente diferente da sociedade teocrática israelita do mundo antigo, sempre haverá clientes exigindo serem servidos no sábado e servidores querendo servir no sábado. Portanto, deixe que os não-guardadores do sábado se entendam.
É difícil eu analisar contigo, todos os detalhes do seu caso, e definir exatamente o que você deve fazer. Você precisa analisar os princípios com oração, e aplicá-los à realidade que você vive e conhece.
Lembre-se que ninguém será salvo por guardar o sábado, e que não é a placa de uma igreja, ou estar dentro de um templo que nos servirá de conduto para o Céu. Somos salvos pela graça, mediante a fé. Isso não vem de nós. É um presente de Deus. Portanto, não se esqueça de que você é um filho de Jesus, muito amado por ele. E tenha certeza de que Deus está contigo, pois você está procurando dar o seu melhor pra Ele.
Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior


Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Através do estudo da Palavra de Deus, aprendemos que não podemos ter nenhum tipo de adoração, se esta não for dirigida diretamente ao nosso grandioso Deus, Criador dos Céus, da Terra, do mar e das fontes das águas. Por que, em algumas traduções da Bíblia, se teima em colocar como “santos”, os discípulos e apóstolos de Jesus, como por exemplo, S. Mateus, S. João, S.Paulo, etc.? Isto está correto?

domingo, 2 de janeiro de 2011

Dividido Entre Dois Mundos



O cristão que cumpre dos Dez Mandamentos, mas não vai a uma igreja, está desobedecendo à Palavra de Deus?


           



É muito importante que o cristão obedeça a Deus. A obediência mostra que a nossa conversão foi genuína (Tiago 2:17) e prova para todos que amamos a Deus, de verdade (João 14:15). Todavia, é muito importante que o cristão freqüente a igreja. A igreja é a Casa de Deus. Nosso Pai Celeste quer ter um encontro conosco através desta instituição. Além disso, a igreja dá ao ser humano a oportunidade de poder se relacionar com as pessoas para que sua fé seja fortalecida (ver Atos 2). Deus escolheu a igreja para preparar-nos para a eternidade. Podemos dizer que a igreja é a escola de Cristo.
            Sobre a importância de o cristão ir a igreja diz a Bíblia:
            Em todas as minhas orações, suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de visitar-vos. Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom espiritual, para que sejais confirmados...” Romanos 1:10 e 11.
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”. Hebreus 10:25.
Entretanto, o fato de precisarmos seguir a Deus em uma igreja não significa que possamos “escolher qualquer religião”. O ditado popular de que “todos os caminhos conduzem a Deus” é muito perigoso. No terreno espiritual, as coisas não são assim. Jesus disse que há apenas dois caminhos: a porta estreita e a porta larga. Veja:
“Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela”. Mateus 7:13-14.
Com isto Jesus quer dizer que devemos escolher corretamente a igreja que vamos freqüentar. É claro que não existem “super-humanos” nas religiões. Todos são pecadores e precisam da graça de Deus. Uma igreja não deve ser escolhida por conveniências (vou a esta igreja porque nela posso fazer isto ou aquilo) ou levando-se em conta a perfeição humana (que não existe). A Bíblia nos apresenta outros critérios, bem mais seguros, para a escolha de uma igreja. Há pelo menos três que devem estar presentes na igreja que segue totalmente a Bíblia (que é a única regra de fé e prática da verdadeira igreja!):
1)      Nesta igreja as pessoas se amam – João 13:35;
2)      Esta igreja ensina as pessoas a guardarem os Dez Mandamentos, inclusive o 4º que ordena a observância religiosa do sábado como dia de repouso e adoração – Apocalipse 14:12 (conferir também Êxodo 20:8-11);
3)      Esta igreja possui o “testemunho de Jesus”, o “espírito da profecia”, ou seja, o dom profético – Apocalipse 14:12 e 19:10.
O inimigo de Deus está perseguindo especialmente a verdadeira igreja de Deus, mencionada em Apocalipse 12. A maravilha do evangelho é que esta igreja de Deus vai triunfar! Aqueles que servirem a Deus até o fim serão recompensados:
“As vossas palavras foram duras para mim, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por felizes os soberbos; também os que cometem impiedade prosperam, sim, eles tentam ao SENHOR e escapam. Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; o SENHOR atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome. Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve.  Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve”. Malaquias 3:13-18.

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Quem é o Bom Samaritano da Parábola contada em Lucas 10:25-37? Eu, os outros ou Deus?