domingo, 30 de junho de 2013

JORNADA MISSIONAL

Uma Resenha da Leitura do Livro The Missional Journey.

Um livro capaz de mudar a vida de qualquer igreja, o ministério de qualquer pastor, o brilho de qualquer cristão. Isso tudo porque achamos o máximo sermos missionários, e daí, enquanto equivocados assim, perdemos a oportunidade de sermos o potencial cristão que poderíamos ser.

O livro tem dois autores.


Robert E. Logan, é um especialista em crescimento de igreja. Conhecido como Dr. Bob Logan, ele tem trabalhado no ministério em tempo integral por mais de 35 anos como plantador de igreja, pastor, líder de missões, consultor e coach (treinador facilitador) ministerial. Ele é reconhecido internacionalmente como uma autoridade em plantação de igrejas, crescimento da igreja e desenvolvimento de liderança. As áreas atuais de Bob são coaching ministerial, pregação e o desenvolvimento de líderes nos contextos missional e encarnacional.

Dr. Dave DeVries é um coach, treinador e estrategista do Missional Challenge - um ministério da OC International. Ele é apaixonado por treinamento e formação de plantadores de igrejas e líderes missionários. Suas habilidades de treinamento têm sido usadas para mobilizar plantadores de igrejas, pastores e líderes de ministérios em todo o país e ao redor do mundo.

Logo no início do livro, a plantação de igrejas torna-se uma escola onde os experientes passam a trabalhar com os aprendizes. Existem os mentores, o gerenciadores e os que estão aprendendo. Bob é o grande empreendedor deste movimento, tornando pessoas inexperientes em verdadeiros agentes no movimento de plantação de igrejas. Mas o destaque principal dele é que ele nunca deixa de ser um aprendiz, ou seja, está sempre buscando experiências novas. E a reflexão é sobre o quanto estamos distantes deste santo empreendedorismo.

O ministério encarnacional tem que ver com três especificidades: Como Jesus viveu, o que Ele nos chamou para fazer e “como faremos isso?”. Como o exemplo, Ele viveu através de alguns princípios: em conexão com o Pai, interagindo com a cultura, vivendo com propósito, engajando-se  autenticamente com as pessoas, convidando-as para segui-Lo, vivendo encarnacionalmente, sendo um coach, etc.. Para fazermos o mesmo, precisamos estar ligados ao Pai (João 15).

Como o cristão pode engajar na cultura sem perder sua identidade, princípios e valores? A maneira como nos relacionamos com os de dentro não será a mesma maneira como nos relacionamos com os de fora, mesmo que o problema a ser tratado seja o mesmo. Para que haja um engajamento cultural verdadeiro que transforma a comunidade, é preciso ter um serviço sacrifical, relacionamentos autênticos e transformação espiritual. Jesus se misturava intencionalmente com as pessoas não para ficar como elas, mas para, a partir de ser semelhante a elas, torná-las semelhantes a Ele.

Para isso, é preciso refletir sobre o que significa ser igreja. Equivocadamente, pensamos em igreja como uma denominação, ou como uma instituição ou como um edifício com auditório para serviços sacros. E igreja, literalmente, não é isso! Logo, para entender o que é igreja, primeiro é preciso entender o que é o reino de Deus, o que é um discípulo, o que é evangelho, o que é igreja, e o que significa o termo missional. Os autores desvendam este DNA eclesiástico levando o leitor a refletir no viver encarnacional de Cristo, na formação dos discípulos, e então no nascimento da igreja primitiva.

Para formar comunidades missionais, é preciso misturar-se com o povo, ser seu amigo e então fazê-los seguir. É preciso alcançar, na comunidade, a “pessoa da paz”, porque daí a comunidade também irá seguir a pessoa. Uma comunidade missional é um grupo de pessoas que, seguindo juntas a Jesus, tem encontro de louvor e adoração, ministério baseado nos dons e forma discípulos, instituindo ali novos líderes, inclusive com os que ainda estão se convertendo. E, por fim, é preciso multiplicar tal movimento em próximas etapas semelhantes.

O movimento só será sustentável, se for desenvolvida a liderança. Para desenvolver a liderança, é preciso basear-se nas pessoas, como John Wesley fez. As pessoas fazem parte do reino de Deus. E a comunidade desenvolvendo-se junto com a liderança traz força para o movimento.

Ao plantar igrejas, Paulo e sua equipe deixaram líderes enraizados onde estavam, mas formavam líderes que também iam para outros lugares. A provisão de líderes deve acontecer como dons espirituais. Com o envolvimento na cultura, a formação de cultura missional e a formação de liderança é o que faz a diferença entre o movimento ser informal para passar a ser intencional.

Para criar uma rede de líderes, é preciso escolher uma igreja específica, escolher as pessoas, treiná-las, treinar mentores entre eles, criar um processo que dê suporte ao projeto piloto e preparar-se para as mudanças que ocorrerão na comunidade.

Você pode ter os dados completos do livro, bem como sua aquisição, a partir de:  http://www.churchsmart.com/default.asp  : Logan, Robert E., & DeVries, Dave, The Missional Journey: Multiplying Disciples and Churches that Transform the World, Saint Charles: Church Smart Resources, 2013, 219 pages.

Um abraço,

Pr. Valdeci Jr.

A Missão Urbana de Deus

SERMÃO EXPOSITIVO


INTRODUÇÃO

1.   Saudações: Estou muito feliz em poder estar com vocês nesta ocasião, para juntos meditarmos na palavra de Deus. E é nesta alegria que lhes trago minha calorosa saudação.
2.   Frase alusiva: O titulo da pregação de hoje é: A MISSÃO URBANA DE DEUS. A cidade que você mora está na mira de Deus.
3.   Relato: Eu nasci na maior cidade do país. Depois disso, fui morar no que penso que seria praticamente a menor e mais distante cidade brasileira, na realidade, uma comunidade rural. Depois, em minha juventude, fiquei oito anos sem morar em nenhuma cidade. Mas já vivi em pelo menos mais de dez cidades brasileiras. E pude constatar que todas elas têm uma característica comum com uma cidade que Jesus frequentava.
4.    Texto: Esta cidade é mencionada em Lucas 13:34-35, que são os dois versos dos quais vamos tirar as lições desta nossa reflexão. Mas vamos ler todo o texto, que é Lucas 13:31-35.
5.   Contexto: De cidade em cidade, viajando e ensinando, Jesus estava na Peréia, a caminho de Jerusalém (vs 22). E Herodes, que tinha mandado matar o profeta João Batista na Peréia, mesmo sem fazer ameaça explícita, é apresentado como uma ameaça pelos fariseus que passam a interrogar a Jesus, também um profeta. Na realidade, eram os fariseus, inimigos de Jesus, que queriam que Jesus mudasse de rota e se deslocasse para um lugar mais vulnerável, onde eles mesmos pudessem aniquilá-Lo. Afinal, eles haviam acabado de ouvir o mais duro discurso que Jesus realizou, direcionado a eles (Mateus 23). Estavam indignadíssimos, e queriam ver o fim do Mestre. Mas Jesus deixa claro que, acima das ações dos poderes humanos, havia um designo divido que guiava sua vida, e que era orientado por tal designo que ele prosseguiria agindo. Ele tinha uma obra a cumprir e,

      apesar dos riscos, estava focado nela. O itinerário da viagem era Jerusalém e o comentário de Jesus para expor o que estava acontecendo também foi sobre aquela cidade. Afinal, trata-se de uma das capitais mais importantes da História mundial. Por pelo menos duas vezes, Jesus fez um pronunciamento sobre Jerusalém e chorou por causa dela. Seu choro não era preocupado consigo, mas pelo sentimento de compaixão em saber que, por não fazerem as melhores escolhas, os cidadãos nos quais estava pensando estavam condenados a um triste fim. Este conflito também estava sendo sentido por Jesus que, enquanto fazia sua declaração, vislumbrava, em sua mente, a morte que ele mesmo sofreria em tal cidade. Mesmo assim, ele tinha planos para Jerusalém.
 6.   Pergunta de Transição: Qual é a intenção de Deus para com a realidade urbana?
7.   Frase de Transição: Deus tem um plano específico para o contexto urbano do mundo em que vivemos.

I – DEUS CONHECE OS PROBLEMAS URBANOS.

Violência doméstica, atos terroristas, corrupções políticas, código penal ultrapassado, aumento do uso de drogas e suas consequências, violações dos direitos humanos, preconceito, congestionamento, assaltos, sequestros, hospitais lotados, filas imensas em qualquer parte... Problemas dos quais como sociedade urbana, não temos como escapar.Todos nós sofremos com os problemas urbanos. Até mesmo aqueles que vivem em comunidades rurais, indireta, mas muitas vezes, fortemente, são atingidos pelos males gerados nas grandes cidades. Mas os urbanos sentem isso na pele. Entretanto, pela Bíblia, Deus nos dá esperança.

a.  Lição: Existe um Deus de amor, poderoso, capaz de entender os temores que você enfrenta neste contexto urbano em que você vive.
b. Textos prova: Jerusalém, Jerusalém, você que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados. ...Eu quis reunir os seus filhos... mas vocês não quiseram! (Lucas 13:34).
c.  Ilustração: O Salmo 137 ilustra de uma forma bem clara, que os filhos de Deus estão sujeitos à possibilidade de viverem em contextos urbanos indesejáveis. Trata-se de um poema de lamentação que expressa o clamor dos judeus que estavam exilados em Babilônia, com saudade de Jerusalém. Babilônia era a cidade detestável. Jerusalém era a cidade desejável. Assim como Jesus chorou ao pensar numa cidade, aqui os israelitas também declaram que “junto aos rios de Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudade de Sião (vs. 1)”. Por ter feito mal aos filhos de Deus, a cidade de Babilônia também estava “destinada à destruição” (vs. 8). Mas Jesus não se intimidou em exclamar o que sentia. Ele aceita a lamentação dos seus filhos também, pois aceitou a inclusão do Salmo 137 na Bíblia.
d.  Aplicação: Deus conhece os problemas urbanos. Ele sabe dos problemas sociais de violência, injustiça e rejeição que temos. Veja em Lucas 13:33 e 35, Jesus sofreu isso em sua própria pele. Se você estiver sofrendo com os problemas da sociedade em que vive, não prive de clamar. Deus não vai incomodar-se com isso. Ao contrário, Ele entende você.

II – DEUS LUTA CONTRA OS PROBLEMAS URBANOS

a.  Lição: Aqui, vemos a graça de Deus estendida, mesmo para onde a corrupção se alastrou violentamente.
b.  Texto prova: Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas... (Lucas 13:34)
c.  Ilustração: Se uma galinha estiver em um mato em chamas com seus pintinhos, primeiro ela faz a tentativa de tirá-los daquele lugar. Mas se as chamas ocuparem todo o lugar e não eles não tiverem pra onde correr, automaticamente, ela decide protegê-los embaixo de suas asas. Isso já aconteceu muitas vezes. Inclusive, em situações assim, após o incêndio, já encontraram a galinha morta, porém, embaixo de si, com vários pintinhos vivos, sem queimaduras.
d.  Aplicação: Numa ordem lógica, os problemas devem ter uma origem e uma solução definitiva. Mas, entre esses dois extremos, está você, tendo que viver o seu dia a dia. A peleja de Deus para amenizar a dor dos cidadãos e da sociedade é insistente, mas também carinhosa. Ele se preocupa com nossos sentimentos. Ele tem paciência conosco. Ele espera por nós. “Quem dera que pudéssemos ver as necessidades destas grandes cidades como Deus as vê! (Evangelismo, 38)”.


III – DEUS PERMITE AS CONSEQUENCIAS DOS PROBLEMAS URBANOS

a.  Lição: Quando os seres humanos distanciam-se de Deus, rejeitando-O, a consequência é o caos coletivo.
b. Texto prova: Eis que a casa de vocês ficará deserta. Eu lhes digo que vocês não me verão mais... (Lucas 13:35).
c.  Ilustração: O pecado estabelece uma barreira de separação entre o homem e Deus (Isaías 59:2). As cidades de Sodoma e Gomorra são uma prova de que, sem Deus, a sociedade pode vir a destruir-se. Até mesmo o povo de Deus pode perecer por deixar de conhecê-Lo (Oséias 4:6). Por outro lado, o salmista explica que a nação que busca a Deus é feliz (Salmo 33:12). Ao olharmos para o mapa da história mundial a longo prazo, podemos ver a dívida que tantos países têm, pelo seu sucesso, para com a busca bíblica que fizeram no passado.

d.  Aplicação: O tempo em que a calamidade tomará conta das grandes cidades, por serem deixadas viver as consequências de suas escolhas impenitentes está próximo (Evangelismo, 28-30). A separação de Deus é uma escolha humana, e Ele respeita o livre arbítrio.

IV – DEUS NUNCA DESISTE DA CIDADE
 
a.  Lição: Em nossa geração, pode ser que a sociedade não aceite a Jesus, mas Ele voltará para um reino de paz.
b. Texto prova: ... até que digam: Bendito o que vem em nome do Senhor (Lucas 13:35).

c.  Ilustração: História da menina enterrada na terra (Folclore Brasileiro). A menina órfã encantou-se com uma senhora, e seu pai casou-se com ela. Quando o pai viajou, a madrasta maltratou a menina e enterrou-a, deixando a cabeça pra fora. O pai voltou e foi noticiado de que a menina fugira. Mas quando o quintal foi ser capinado, a menina gritou e foi socorrida. Quem teve que fugir foi a madrasta malvada.

d.  Aplicação: De acordo com Russell Norman Champlin, este texto é uma alusão “à segunda vinda de Cristo”. Por um tempo, o mal aparentemente prevalece. Mas um dia, quando Jesus voltar a este mundo, o mal será por fim banido. Ele vai voltar com bênçãos para buscar os bons (de verdade) cidadãos deste mundo, para morarem em sua eterna cidade (Apocalipse 21 e 22).

CONCLUSÃO

  1. Recapitulação: Nossa cidade está na mira de Deus, porque Ele tem um plano específico para o contexto urbano do mundo em que vivemos.
    1. Conhecendo os problemas urbanos, Deus hoje dirige-se às cidades, dando-lhes a oportunidade de encontrarem, na presente geração, um caminho feliz.
    2.  Mesmo que a atual sociedade não mude para melhor, Deus virá a este mundo estabelecer uma sociedade feliz.
  2. Aplicação:
    1. Vamos aceitar o convite de Jesus, individual e coletivamente, para que tenhamos uma sociedade mais feliz.
    2. Nossa busca a Deus neste mundo é o passaporte para um mundo onde o viver será realmente citadino.
  3. Apelo: Embora enfrentasse problemas sociais, Jesus tinha o seu foco muito bem definido. E esse foco era trabalhar para abençoar a vida das pessoas que Deus havia colocado sob sua área de influência (Lucas 13:31-33). Que você também possa determinar-se a ser uma bênção urbana, embora estejamos vivendo num contexto que conspira contra a ordem, a paz, a pureza e a verdade.

4.   Complementos:
      1. Tema: Missão Urbana
      2. Propósito Específico: Que os ouvintes sintam–se motivados a amar a cidade para redimi-la.
      3. Propósito Geral: Cidadania Cristã e Esperança.
      4. Palavra chave: Urbano
     

Por Valdeci Jr.

IDENTIFICAÇÕES COMUNS - SALMOS 86-89

Como intercessor cadastrado no www.bibliaonline.net, recebi, li e orei por uma mensagem que veio até a mim pela internet, um e-mail. Nesse site tem um lugar em que podemos nos cadastrar para receber pedidos de oração e orar por eles. Muitas outras pessoas entram em sites como www.lugardepaz.com.br, www.jesusvoltara.com.br, www.esperanca.com.br e fazem seus pedidos. Então, os milhares pedidos de oração que são feitos neles são distribuídos para os colaboradores do BibliaOnLine, a fim de que a intercessão seja feita. O colaborador intercessor pode receber um e-mail semanal com alguns desses pedidos. A pessoa pode receceber o e-mail com os pedidos, abrir, ler e orar pela necessidade de cada uma das pessoas. É um ministério de oração intercessória. Orar uns pelos outros nos faz muito bem.
É interessante ver como Deus guia as coisas. No dia em que escrevi este comentário que agora você lê, a atividade que fiz antes de dedicar o tempo de oração por esses amigos internautas foi justamente fazer a leitura bíblica do dia. Ao ler os versos, não conseguia me segurar sem orar. Incrível! Parecia que muitas das palavras dos salmistas eram palavras minhas. Enquanto ia lendo, meio que pensando, meio que dizendo assim: “É, Senhor, é isso mesmo que estou sentindo! Essa é minha necessidade. Sou eu falando Contigo. Meu Deus, é desse jeito que o vejo, é dessa forma que o louvo”, eu ia me identificando com os salmistas nas orações deles. Ao terminar a leitura, pensei que devem existir outras pessoas que também fazem isso.
Você já fez isso alguma vez? Ler um salmo, que é uma oração a Deus, e se identificar com ele? Dá impressão que as palavras dele servem como palavras suas para Deus. Sem perceber, ao invés de apenas ler, começa a orar ao mesmo tempo? Fiquei pensando que isso já deve ter acontecido com alguns, mas com muita gente não. Imagino a quantidade de pessoas que perdem a oportunidade de ter essa intimidade com Deus porque não leem a Bíblia. Ah, se as pessoas lessem a Bíblia! Não seria uma bênção se as pessoas ficassem mais “Por Dentro da Bíblia”?
Fico olhando para esses salmistas, os autores dos salmos, e fico olhando para esses internautas, que escrevem seus pedidos de oração. Como são parecidos! Como somos parecidos! Você, eles e eu. Somos filhos de Deus que sofrem, mas que, ao mesmo tempo, esperam uma resposta do Senhor. Embora cansados, seguimos lutando, olhando para esse Deus, na esperança de que o que ainda temos é Ele que tem sustentado.
E aí questiono: Até quando, Senhor? E eu mesmo respondo: Até o dia em que estivermos todos juntos, felizes, lá no Céu. Amém!

Valdeci Júnior

Fátima Silva

sábado, 29 de junho de 2013

FAZENDO COMENTÁRIO BÍBLICO - SALMOS 81-85

Hoje, temos cinco salmos propostos para nossa leitura diária: Salmos 81-85. Quero apresentar a você uma breve introdução a cada um deles, feita pelo comentário bíblico Moody.
Um hino de louvor introduz o Salmo 81, e um pronunciamento profético o conclui. A mudança abrupta no fim do versículo 5 tem sugerido a muitos comentaristas que fragmentos de dois salmos foram reunidos aqui. Contudo, esse ponto de vista não é imperativo, pois um festival solene seria a ocasião para tal recital do relacionamento de Deus com Israel. O termo especial para o festival, o tocar da trombeta, as referências à lua nova e à lua cheia provavelmente fornecem uma dupla referência do poema à Festa das Trombetas e à Festa dos Tabernáculos.
Uma cena do julgamento da injustiça foi apresentada no didático poema que constitui o salmo 81. Sua devida interpretação repousa sobre a identidade do segundo “Elohim” que aparece no versículo um. Alguns comentaristas o traduzem literalmente como deuses e o relacionam a um conceito de deuses subordinados em um conselho celestial. Outros o traduzem como anjos e o ligam a um conceito menos politeísta. Outros intérpretes ainda traduzem-no como juízes e o fazem referir-se aos homens injustos com autoridade. Esta última interpretação parece a preferível.
O Salmo 83 é uma lamentação nacional típica em tempo de grande perigo. Considerando que os inimigos de Israel eram automaticamente os inimigos de Deus, o nome de Deus (Yahweh) está em jogo. A ocasião não pode ser identificada com certeza; ainda desconhecemos um período da história de Israel onde tenha existido tal confederação de nações. O salmo talvez se refira a um acontecimento não registrado em outro lugar qualquer da história de Israel ou, talvez, se refira a grupos tribais que simplesmente deram apoio moral em um período de crise.
Salmo 84: Esse é o cântico de um peregrino cujo alvo é quase atingido. Através de tudo, ele tem um sentimento de paz e comunhão que transcende o ritual e outros aspectos externos do culto. Embora o poema reflita os sentimentos dos peregrinos de qualquer período, parece que vem do período da monarquia em uma ocasião quando o templo ainda estava de pé.
Já o salmo 85, embora seja basicamente um lamento nacional, tem um forte elemento profético também. Apesar de que em sua primeira parte (versos 1-3) pareça referir-se a um retorno à liberdade, esses versículos são idealizados além da situação conhecida naqueles dias. O salmista usa essa figura ideal para mostrar o forte contraste entre o presente e a certeza do futuro.
Esses comentários foram gerais. Agora, faça você, leitor, um comentário verso por verso desses salmos.


Valdeci Júnior
Fátima Silva


sexta-feira, 28 de junho de 2013

SUAS LIÇÕES - SALMOS 78-80

De todos os hinos nacionais de Israel, o Salmo 78 é o mais extenso. Nele, é repassada a história do povo de Israel, desde o Egito até o estabelecimento do reino no tempo de Davi. Então, ao escrevê-lo, o salmista recordou o passado, com as repetidas conquistas, rebeliões e os merecidos sofrimento e castigo que, infelizmente tinham acontecido, com a finalidade de dar uma admoestação ao povo para que fossem fiéis a Deus, tanto na época quanto no futuro.
Portanto, em essência, é um salmo didático. Ele tem o objetivo de ensinar a viver uma vida justa. É por isso que ele não traz a cronologia histórica, com muita preocupação de ser exato em todas as datas, sequência e detalhes. O autor apenas coloca os assuntos históricos como melhor convém ao seu propósito: mostrar a bondade de Deus, apesar do fato do povo de Israel ser tão rebelde.
Já o Salmo 79 é um poema dedicado à desolação de Jerusalém, devido ao cativeiro babilônico, como já pudemos ver, também, no Salmo 74. Na realidade, o Salmo 79 começa com uma descrição gráfica de Jerusalém em ruínas, com seus habitantes mortos à espada. Aí, em seguida, vem uma súplica por liberdade e para que os invasores recebam o que merecem. No fim desse salmo, encontramos um cântico de louvor e uma aliança eterna de gratidão. Um fato curioso é que, por causa da fluidez de pensamento dele, era o salmo preferido tanto dos huguenotes franceses quanto dos puritanos ingleses.
O último salmo da nossa leitura de hoje é o 80. Ele foi composto em um tempo de angústia, uma crise nacional muito grande. Então, é obvio que existe um rogatório para que Deus renove a misericórdia dEle para com Seu povo. Embora sendo um salmo simples, ao mesmo tempo é muito bonito. Nele, o salmista compara o reino de Israel com um videira que havia sido plantada no Egito, foi muito bem cuidada no passado, mas que agora estava correndo o risco de ser extinta. Isso também pode acontecer conosco, se deixarmos Deus de lado e quisermos nos meter a ser donos do próprio nariz. Corremos o risco de não nos comportarmos como criaturas e não deixarmos Deus agir como Criador.
Leia esses três salmos no seu momento devocional. Enriqueça sua vida espiritual, fortaleça sua fé, construa seu caráter e prepare sua vida para a eternidade. Essas são as lições que eu trouxe para você sobre eles. Agora, quais são as lições que você mesmo pode tirar deles? Essa é uma pergunta que só você mesmo pode responder depois que tiver feito sua leitura.
Tenha um dia abençoado!

Valdeci Júnior

Fátima Silva

quinta-feira, 27 de junho de 2013

INDISPENSABILIDADE - SALMOS 72-77

Ao iniciar o comentário de hoje, quero parabenizar você por ser uma pessoa que se interessa em estar sempre por dentro da Bíblia. Quero lembrar-lhe que quem procura estar em comunhão com o Senhor Deus através da Sua Palavra só tem a ganhar. Em nosso programa anual de leitura diária da Bíblia, você tem a oportunidade de fazer isso de uma forma bem interessante: lendo a Bíblia, um pouquinho a cada dia, e tendo o privilégio de chegar ao fim do ano e dizer: “Eu li a Bíblia inteirinha neste ano!” Amém!? Oh, glória!
Então, vamos começar nossa reflexão sobre a leitura bíblica de hoje com o Salmo 72, que é um salmo de Salomão. Além de Davi, muitos outros escreveram salmos, inclusive, seu filho. Como diz o ditado: “Filho de peixe, peixinho é.” Confira aí na sua Bíblia as palavras lindas do sábio.
 A seguir, no Salmo 73, entramos no terceiro livro da subdivisão do livro dos Salmos. É um cântico dos filhos da família de Asafe, um músico do povo de Deus. Todos os outros salmos da leitura de hoje também foram criados por eles. E sabe por que eles conseguiam produzir tanta coisa boa e útil assim? Porque estavam sintonizados com a Palavra de Deus, que eles tinham na época. Ou seja, se fosse em nossos dias, poderíamos dizer que eles estavam sempre “Por Dentro da Bíblia”. E aplicando ainda mais para a nossa realidade, lembrei de uma história que ilustra muito bem o que estou querendo lhe dizer.
Certa vez, um jovem crente se preparava para uma viagem. Quando seu amigo veio buscá-lo, perguntou-lhe:
- Já arrumou suas coisas? Vamos? Está tudo pronto?
- Quase - respondeu ele - só falta pôr mais umas coisinhas na mala, e começou a ler uma lista: um mapa, uma lâmpada, uma bússola, um espelho, alguns livros de poesia, algumas biografias, uma coletânea de cartas antigas, um livro de cânticos, um livro de histórias, um prumo, um martelo, uma espada, um capacete...
A essas alturas, o amigo já estava apavorado:
- Mas, cara, o carro já está cheio, não vai dar para você levar tudo isso!
- Acalme-se, está tudo aqui - e mostrou-lhe sua Bíblia.
Você entendeu a moral da história? A Bíblia é simplesmente indispensável para a sobrevivência da nossa vida espiritual cristã. Sua leitura é básica. Não tem como adiar, nem como deixar de lado. Por isso, não perca mais tempo. Vá para seu cantinho especial, pegue sua Bíblia e leia o salmo de Salomão e os cinco salmos da família do grande músico Asafe.
Aproveite todas as oportunidades para ficar sempre ligado a Deus!

Valdeci Júnior

Fátima Silva

quarta-feira, 26 de junho de 2013

OS NOSSOS SALMOS - SALMOS 68-71

Hoje, temos mais alguns salmos inspiradores para ler.
Para Matthew Henry, o Salmo 68 provavelmente tenha sido composto por Davi na ocasião em que a arca do Senhor foi trazida de Obede-Edom para o tarbernáculo que ele tinha preparado em Sião. O salmista começa com uma oração contra os inimigos de Deus a favor do seu povo, depois passa a louvar a Deus, o que vai até quase no final do salmo. Por fim, Davi conclui o salmo com um humilde reconhecimento da glória e graça de Deus.
Se dividirmos o Salmo 69 em três partes, veremos que, primeiramente, até no verso 21, o salmista queixa-se de um grande aperto pelo qual ele está passando e daí roga a Deus insistentemente para que lhe alivie e socorra dessa situação. Depois vem a parte imprecatória. Do verso 22 até o 29, o texto visa os juízos de Deus contra os perseguidores do autor do salmo. Por fim, do verso 30 em diante, o salmista conclui com vozes de júbilo e de louvor, na segurança de que Deus vai ajudar e socorrer, tanto o próprio salmista quanto o povo, em geral.
O Salmo 70 é bem interessante. Ele é uma cópia, quase que “ipsis litteris”, do trecho final do Salmo 40. Mas como esse salmo também é de Davi, não podemos dizer que foi um plágio, pois é o autor copiando dele mesmo. Então, o que encontramos é Davi orando para Deus enviar socorro para ele mesmo, para Deus enviar confusão aos seus próprios inimigos e conceder alegria para seus amigos.
A seguir, nos deparamos com um salmo diferente, o 71. Ele não tem título, mas tem um bonito conteúdo. A impressão é que esse salmo foi escrito por um ancião que tinha sofrido muitas provas e passado por muitas dificuldades. Então, no começo, ele faz uma oração a Deus para que não o deixe, mas que o salve, confundindo os inimigos. A conclusão, no entanto, mostra muita fé, no estado que experimenta uma esperança como nunca antes. É um verdadeiro êxtase de louvor e alegria.
São apenas quatro salmos, mas é uma leitura compensadora. Muitas vezes, nos deparamos com situações em que não sabemos o que orar ou como orar. Nessas horas, lembramos das orações que lemos. Agora, se eu puder lhe dar uma dica, tente decorar os salmos. Decorá-los também é muito compensador! Sei alguns salmos de cor. E muitas vezes, nas minhas lutas espirituais, quando eu não sabia mais o que falar, o que manteve meu relacionamento com Deus foi a lembrança das palavras inseridas neles. E isso é bom!
Faça desses salmos, seus salmos.



Valdeci Júnior

Fátima Silva

terça-feira, 25 de junho de 2013

SÓ EM TI - SALMOS 62-67

Estou simplesmente MA-RA-VI-LHA-DO e quero repartir essa graça com você. O Senhor me deu o privilégio de ouvir uma música muito linda. Você sabia que pode ter essa música também? É sério! Leia o Salmo 63. Ele é lindo!
Daí, alguém pode questionar: “Como assim, pastor? Você escreveu outro dia que as melodias desses salmos não são mais conhecidas, pois já se perderam ao longo da história.” Bem, isso é verdade. A melodia ORIGINAL ninguém sabe mais como é, mas como música é uma questão de gosto, cultura e legenda, não nos interessa mais saber como era a estrutura musical daquela cultura, nem seus gostos ou legenda. E é exatamente por isso que Deus permitiu que ficasse só a letra e a melodia se perdesse, porque o importante de um hino é a letra e o espírito de adoração. O resto é só uma estética que visa produzir em nós o prazer. Foi exatamente o que senti: prazer ao ouvir essa música, que é praticamente o Salmo 63.
Você está curioso para saber que música é essa? Ela é uma composição de Ricardo Martins. O Ricardo foi muito feliz em praticamente não escrever a letra da música, mas em musicar a letra do Salmo 63, numa melodia contemporânea, gospel, atual, que toca o coração de acordo com a realidade em que vivemos. Essa é a grande lição que devemos tirar da nossa leitura bíblica: aproveitá-la para nossa realidade atual.
As palavras dessa belíssima música são:


Porque Teu amor é melhor do que a vida
Os meu lábios te louvarão enquanto eu viver
Em Teu nome levantarei as minhas mãos
A minh'alma se fartará só em Ti

Só em Ti,
A minh'alma se fartará
Só em Ti
Só em Ti, meu Jesus
Só em Ti
A minh'alma se fartará
Só em Ti,
Só em Ti, meu Jesus



Aleluia! Ela não é realmente linda? Glória a Deus! Essa é a letra, mas se você quiser ouvir sua melodia, ligue para o telefone 0300 7891111 e peça o CD “Toque minhas mãos” do “Ministério de Louvor Está Escrito”, da Gravadora Novo Tempo. Simplesmente, ele é o melhor CD de louvor da atualidade.
Quando você tiver o CD, depois que tiver feito sua leitura bíblica do dia, ligue o som, coloque essa música, levante as mãos em louvor ao seu Deus, e extravase suas emoções, na racionalidade de que é só em Deus que você pode fartar sua alma. Lave sua alma perante o Senhor. Dê glórias a Ele. Não tenha medo de louvar, cantar e bendizer o nome de Jesus. Sua leitura bíblica diária terá muito mais sentido. Experimente!


Valdeci Júnior

Fátima Silva 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

ORAÇÃO DO CRISTÃO - SALMOS 56-61

Posso compartilhar um salmo com você? Espero que você goste!



Senhor, eu sei que muitos me olham como um cristão
Mas não imaginam a luta que se trava em mim
Existem tendências velhas e más no meu coração
Mas também eu desejo o bem, ao olhar para Ti

Me ajude a buscar-Te, no começo do dia
Então, em mim, os outros verão a Tua presença
E eu acredito que esta nossa parceria
Para o mundo fará, uma grande diferença

Oh meu Deus, como é bom trabalhar em Teu serviço
São tantas as pessoas que precisam de atenção
Mas minha maior tentação é que, ao fazer isso
Eu termine esquecendo-me da nossa comunhão

Me ajude a buscar-Te, no começo do dia
Então, em mim, os outros verão a Tua presença
E eu acredito que esta nossa parceria
Para o mundo fará, uma grande diferença

Eu não posso perder de vista o Senhor da obra
Enquanto faço a própria obra deste meu Senhor
Porque lá no Céu, o que vai realmente perdurar
Será a Sua eterna companhia de amor.

Me ajude a buscar-Te, no começo do dia
Então, em mim, os outros verão a Tua presença
E eu acredito que esta nossa parceria
Para o mundo fará, uma grande diferença


Você sabe onde está escrito esse salmo? Se é um bom conhecedor do conteúdo bíblico, deve estar pensando: “Não sei, mas na Bíblia é que não é.” Pode ser que alguém pense que vou dizer: Está na leitura de hoje, só porque digo isso de vez em quando. Mas ele não está na Bíblia.
A palavra salmo significa “hino sacro”. Então, se compomos ou escrevemos um poema sacro no qual pode ser colocada uma melodia, podemos chamar isso de salmo. Portanto, o texto acima é extra-bíblico. Os salmos bíblicos são inspirados. Esse salmo aí é apenas sacro, mas não é um texto sagrado como o das Escrituras. É apenas um bom texto.
Os salmos da nossa leitura bíblica de hoje são letras de seis canções ou poemas para você meditar e se enriquecer espiritualmente. Ao lê-los, verá que são verdadeiras orações de filhos de Deus. São pessoas sofredoras, atingidas pelas consequências da existência do pecado no mundo, mas que lutam para servir ao Senhor. Resolvem, então, escrever suas orações em forma de poema, que podem ser cantados.
E você, como filho de Deus, tem sido atingido pelas consequências do pecado existentes no mundo, mas, ao mesmo tempo, luta para servir a Deus? Apegue-se a esses salmos, a ponto de trazê-los e aplicá-los na sua vida. Inspire-se neles para escrever, também, sua oração!
Deus está pronto a lhe ouvir!


Valdeci Júnior

Fátima Silva 

BOA IDEIA - SALMOS 51-55

Você acha que Deus ouve a oração de uma pessoa quem tem bastantes pecados? Se Deus não ouvisse e não desse atenção à oração de uma pessoa muito pecadora, não sei o que o Salmo 51 estaria fazendo na nossa Bíblia. Já leu esse salmo? Ele é o desabafo de um grande pecador que tinha acabado de mentir, cobiçar as coisas alheias, desonrar os pais, roubar, trair o melhor amigo, dormir com a esposa do melhor amigo, engravidá-la, assassinar o melhor amigo, tomar o nome de Deus em vão e outras coisas como deus de seu coração, acima do Senhor Deus dos Céus. Quebrou praticamente todos os mandamentos.
E agora? O que fazer? Pra onde correr? É como criança que faz arte. E por fazer algo errado, sairá da casa do Pai? Onde viver? Deus é o que mais entende isso. Então, haveria alguma situação em que seria possível Deus não atender a oração de alguém que está em pecado? Para isso, precisamos entender o que é estar em pecado.
De acordo com 1João 3:4, pecado é a transgressão da lei. E o que desvia o ouvido de ouvir a lei (transgredindo-a), até sua oração será abominável (Provérbios 28:9). Porque o pecado é alienação - faz uma separação entre o homem e Deus (Isaías 59:2). Se ficarmos abraçados com ele, acariciando-o, será essa barreira que bloqueia nossa oração. Mas, se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de TODA injustiça (1João 1:9). Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna (Hebreus 4:16).
E se uma pessoa era muito pecadora, se converte, pediu perdão e foi perdoada, o que acontece? A Bíblia é clara em afirmar que Deus não leva em conta o tempo da ignorância, quando alguém pecou sem ter o claro esclarecimento do mal que estava fazendo (1Timóteo 1:13; Atos 17:30). Quando alguém se converte, as coisas passadas são esquecidas. Numa novidade de vida, a pessoa é uma nova criatura (2 Coríntios 5:17). Depois dessa conversão, não voltemos às práticas anteriores (1Pedro 1:14), porque a um pecador arrependido, nem o próprio Jesus, que nunca pecou (Hebreus 4:15), condena (João 8). “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 2:1; 1:9).
Independentemente de qualquer pecado, se nos entregamos a Deus, somos redimidos e aceitos por nosso Senhor.



Valdeci Júnior

Fátima Silva

SERIA ERRADO BATER PALMAS NA IGREJA? - SALMOS 46-50

As pessoas que perguntam isso não devem conhecer um verso da na leitura de hoje: “Batam palmas, vocês, todos os povos; aclamem a Deus com cantos de alegria” (Salmo 47:1).
No serviço de louvor, existem aquelas palmas que acompanham o ritmo da música. Nas Escrituras, até os elementos da Natureza são chamados a bater palmas (Isaías 55:12; Salmo 98:8 e 9). Com equilíbrio, é obvio que o louvor acompanhado das palmas alcança melhor seu objetivo de envolver a todos. É só não deixar que o ritmo seja mais enfatizado que a letra e a mensagem da música.
Os aplausos de um público para uma pessoa também são bíblicos (2Reis 11:12). Ao usar as palmas, porém, é preciso evitar o desequilíbrio do exagero, da falta de etiqueta, na descompostura e exaltação do ser humano acima de Deus. Um público cristão deve bater palmas para um cantor, um pastor ou qualquer outro ministro, simplesmente “dizendo” com suas palmas: “Louvado seja Deus, irmão, pelo seu talento!” Esse aplauso seria um tipo de um “grande ‘amém’”. O que não pode acontecer é o uso das palmas para idolatrar o aplaudido. O povo precisa ser educado quanto a isso, pois o diálogo é sempre melhor que a inibição.
Alguém poderia alegar: a) que existem poucas passagens que falem sobre o “bater palmas”; b) que provoca desordem no culto; e c) exaltação do ser humano acima de Deus.
Quanto ao primeiro item, os críticos precisam levar em consideração que, embora haja poucas passagens que falem sobre bater palmas, não existe uma passagem bíblica sequer que condene essa prática. Isso deixa a crítica em pior situação que a prática. Quanto aos dois últimos argumentos, podemos claramente perceber que eles se referem muito mais ao desequilíbrio que a uma prática equilibrada e sadia. Portanto, embora devamos respeitar a esses críticos como pessoas, devemos dialogar e crescer no entendimento de um louvor mais amplo.
A recomendação bíblica de Salmo 47:1 não é um mandamento obrigatório. Bater palmas na igreja é uma questão cultural. Ela deve usar as melhores formas de expressão existentes em sua cultura que levem a maioria a adorar. Se a maior parte dos membros louva, adora, reconhece e interage melhor com as palmas, que as palmas sejam usadas com equilíbrio, para a honra e glória de Deus. Em muitos lugares do mundo, nossa igreja tem esse costume. Mas, por outro lado, se a maioria das pessoas ainda não consegue se sentir bem com a presença das palmas no serviço de adoração, não compensa usar um elemento que não edificará os crentes (1Coríntios 10:31).
De qualquer forma, louve ao Senhor!

  
Valdeci Júnior

Fátima Silva

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Manifestações Populares e a Igreja

O Brasil vive momentos delicados e complexos com a onda de manifestações que percorrem todo o país. As manchetes da manhã desta sexta-feira dizem que mais de 1 milhão de pessoas participaram de protestos em várias cidades do Brasil na quinta-feira, dia 20. 

Entre muitos atos pacíficos, houve registro de violência em confrontos entre manifestantes e policiais e atos de vandalismo em várias cidades. No interior de SP, um participante de protesto morreu atropelado. O crescimento da onda de manifestações levou a presidente Dilma Rousseff a convocar uma reunião para as 9h30 desta sexta-feira, dia 21.

Diante desse quadro complexo, a pergunta que tenho mais escutado nestes últimos dias é: devem os cristãos envolverem-se nessas manifestações? Devem os pastores adventistas saírem as ruas e fazerem eco aos protestos “pacíficos”?

Mais do que multiplicar palavras humanas ou raciocínios, quero deixar uma citação inspirada que esclarece alguns pontos:

“O governo sob que Jesus viveu era corrupto e opressivo; clamavam de todo lado os abusos — extorsões, intolerância e abusiva crueldade. Não obstante, o Salvador não tentou nenhuma reforma civil. Não atacou nenhum abuso nacional, nem condenou os inimigos da nação. Não interferiu com a autoridade nem com a administração dos que se achavam no poder. Aquele que foi o nosso exemplo, conservou-Se afastado dos governos terrestres. Não porque fosse indiferente às misérias do homem, mas porque o remédio não residia em medidas meramente humanas e externas. Para ser eficiente, a cura deve atingir o próprio homem, individualmente, e regenerar o coração”. (O Desejado de Todas as Nações, 358).

Como igreja respeitamos as reivindicações porque nós temos saído às ruas para defender ideias, como o projeto Quebrando o Silêncio, contra o cigarro, fumo e as drogas. Saímos com os jovens na Missão Calebe e para doar sangue chamando a atenção da sociedade para o bem. Não é errado defender suas ideias e ideais, mas o problema é que nessas manifestações existem pessoas com intenções equivocadas que não combinam com os nossos pensamentos e princípios cristãos. Muito mais do que reivindicar, nossa missão é proclamar.

Nas manifestações têm muita gente que realmente se manifesta de modo pacífico; porém, em certo momento, as manifestações acabam utilizando métodos violentos para sofrer uma resposta das ordens de segurança e se apresentam-se como vítimas do Estado repressor. O objetivo é desestabilizar os governos por meio da manipulação popular. Depois das manifestações, passam a ideia de que a violência não era intencional, mas que foram pessoas “infiltradas” que a promoveram. Eu me pergunto: é esse o nosso foco como cristãos? É esse um lugar seguro para estarmos?

Como cristãos, fomos chamados para influenciar o mundo e devemos continuar fazendo através do amor, doando-se e desgastando-se pelo bem da comunidade.

Na continuação, Ellen White diz: “Não pelas decisões dos tribunais e conselhos, nem pelas assembleias legislativas, nem pelo patrocínio dos grandes do mundo, há de estabelecer-se o reino de Cristo, mas pela implantação de Sua natureza na humanidade, mediante o operar do Espírito Santo. “A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade do varão, mas de Deus”. João 1:12, 13. Aí está o único poder capaz de erguer a humanidade. E o instrumento humano para a realização dessa obra é o ensino e a observância da Palavra de Deus”. (O Desejado de Todas as Nações, 358)

Precisamos cuidar para não perder o nosso foco. Estamos neste mundo com uma mensagem especial que é preparar um povo para o encontro com o Senhor! A nossa força não deve estar nas manifestações por justiça de um grupo que está tentando encontrar suas causas, mas em anunciar a volta do Senhor Jesus, a verdadeira causa!

A Bíblia é a nossa guia segura sempre. Veja o que está escrito no livro de Hebreus 11:16: “Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade.”

O sonho dos sul americanos, o sonho dos brasileiros, o sonho dos europeus... Todos querem uma pátria melhor. E ela existe. A cidade de Deus, a pátria celestial. Enquanto não estamos nela, seguindo Romanos 13, dedique tempo para orar pelas autoridades e para que o evangelho continue sendo anunciado a toda força.

Lembre-se sempre: “Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros”. (2Cr. 20:20).

Rafael Rossi 
Associação Ministerial da
Divisão Sul Americana da
Igreja Adventista do Sétimo Dia

CORAÍTAS - SALMOS 40-45

Deus é muito misericordioso. Jacó teve um filho chamado Levi. Toda a sua geração - netos, bisnetos, tataranetos... - eram chamados de levitas ou o povo da tribo de Levi. Todo esse povo era separado para trabalhar nos serviços sagrados de Deus. Era tanto um mandato do Senhor, como uma tradição muito forte entre eles. Nessa família, havia um homem chamado Corá. Ele viveu várias gerações depois. Também era levita, separado para o serviço santo. Hoje, é como se fosse um bispo, pastor, padre, etc. E o que esperamos desse tipo de pessoas? Boa conduta, caráter, exemplo espiritual, não é verdade?
Corá, durante aquela caminhada que os israelitas fizeram pelo deserto, participou e liderou uma rebelião contra os profetas, os representantes de Deus, Moisés e Arão. Isso aconteceu por pura inveja. Ele estava incomodado porque seu cargo era inferior ao cargo do seu parente Arão, que tinha sido designado como o sacerdote maior. Então, movido por essa inveja besta, recebeu o apoio de outros três revoltados, Datã, Abirão e On, que também queriam ter cargos importantes. No caso deles, foi só porque perceberam que eram rubenitas, da tribo do primogênito de Jacó, Rúben. Juntos, fizeram uma confusão entre o povo de Deus, e Corá foi castigado. Ele morreu em um terremoto.
O tempo passou, e anos depois (1Crônicas 6) Davi estava organizando quem iria fazer isso ou aquilo nos trabalhos do ministério de Deus. E chegou a hora de encontrar alguém para cuidar de um dos ministérios mais importantes na adoração: o ministério da música. O rei estava olhando, procurando... Quem poderia executar um ministério tão santo, tão sério? Deus deu uma dica para Davi. O Senhor sugeriu os coraítas! Imagine, os descendentes daquele camarada que tinha sido morto como símbolo da apostasia de rebelião!
Como Deus é misericordioso e justo! Ele julga individualmente. Não é porque o pai é um criminoso que Deus vai discriminar o filho. Cada um é cada um. Aliás, dos descendentes de Corá, tem outros grandes homens de Deus, como o profeta Samuel. Era um coreíta. Hemã, um cantor muito famoso no povo de Israel também era da família de Corá. Davi organizou os coraítas descendentes de Hemã como as pessoas responsáveis pela música do templo. Eles formavam um grande e bonito coral. E dentre as várias produções musicais dos coraítas, encontramos onze salmos que, inclusive, alguns deles estão na nossa leitura de hoje. A indicação deles está nos títulos ou no começo do Salmo.
Sabe o que isso indica? Não importa o quanto nos sintamos indignos ou pecadores. Cantemos esses salmos como louvor ao Senhor e sejamos “coraítas” restaurados por Jesus Cristo!



Valdeci Júnior

Fátima Silva

quinta-feira, 20 de junho de 2013

RASGUE O VERBO - SALMOS 36-39

Não sei se você está passando ou já passou por momentos de tristeza, de dificuldades, de solidão ou de desânimo. Mas se você quiser sentir isso tudo na pele, mergulhe a fundo na meditação da leitura dos salmos de hoje. Tristeza, dificuldade, solidão, desânimo e outros sentimentos deprimíveis, você pode encontrar nos Salmos 36-39.
Também não sei se você está passando ou já passou por momentos de admiração, de segurança e confiança, momentos em que se sentiu muito amado, de profunda satisfação, de alegria e, também, de muita fé. Já passou por isso? Está passando por isso agora? Bem, se também quiser sentir tudo isso na pele, mergulhe a fundo na meditação da leitura dos salmos de hoje. Admiração, segurança, confiança, amor, satisfação, alegria, fé e outras boas situações você pode encontrar nos Salmos 36-39.
Nestes textos, existe, realmente, um misto de sentimentos, ansiedades, emoções e ponderações da alma humana. Os salmos são assim. Nem todos, mas alguns retratam uma verdadeira radiografia do que se passa do lado de dentro do peito do ser humano. Se você quiser se identificar com uma escrita totalmente humana, que faça seu retrato nas suas fraquezas, mas também na sua vontade de buscar a Deus, é só você olhar para esses salmos e observar que, provavelmente, neles esteja um reflexo seu, seu retrato ou, talvez, até sua história de vida pessoal. É impressionante.
Um diferencial interessante desse livro é que a direção da locução deles é ao contrário. Se você observar, nas outras partes da Bíblia onde existe um diálogo entre o ser humano e Deus, geralmente o que acontece é encontrarmos Deus falando ao ser humano. Não é assim? O Senhor dá seu recado. Tanto é que chamamos a Bíblia de Palavra de Deus. No entanto, nos Salmos é diferente. Existe uma interlocução entre o humano e o divino, mas é o ser humano falando para Deus.
Sabe o que tudo isso nos diz? Que Deus nos entende. Nas Escrituras Sagradas, está a descrição exata do que se passa dentro de nós, dos nossos anseios, das nossas alegrias, da intimidade do nosso coração. Mas tem mais... Deus nos ouve. Veja na sua Bíblia: seres humanos mortais, comuns, sofredores, pecadores, falhos, doloridos, ansiosos, depressivos, doentes, medrosos, alegres, rejubilantes, confiantes, de todo tipo, chegando a Deus e rasgando o verbo, abrindo o coração. Deus é amigo!
Então, se você está com medo, feliz, triste, sofrendo ou tem uma bênção para contar, vá até Deus e fale com Ele. Não importa como você esteja. Rasgue o verbo. Ele está acostumado com isso, lhe entende. A disposição dEle em lhe ouvir é constante!


Valdeci Júnior

Fátima Silva

quarta-feira, 19 de junho de 2013

ESCOLHAS MUSICAIS - SALMOS 31-35

De que tipo de música você gosta? Já parou para pensar nos diferentes tipos de músicas que existem? Deus é riquíssimo em diversidade. Ele cria Seus seres nas mais distintas formas. E é interessante que as expressões desses seres também têm uma variedade enorme, inclusive as expressões dos mais profundos anseios da alma que são feitas através dos sons musicais alongados, constantes e intercalados.
Ao ler as músicas do livro de Salmos - que não são mais músicas, mas poemas - fico pensando sobre como deveria ser a melodia, a musicalidade dessas palavras. No Salmo 31, quando o salmista está angustiado, mas está buscando a Deus porque encontra segurança nEle, imagino uma melodia que transmita paz, mas, ao mesmo tempo, uma musicalidade forte, que traga segurança. Já no Salmo 32, penso que uma melodia bem legal seria aquele tipo de peça musical de vitória, como no final de um filme, uma trilha de conquista, algo do tipo, entende? Agora, o Salmo 33 é uma pra cima, “up”, alegre, louvorzão animado mesmo. “Cantem de alegria”; “A minha esperança está no Senhor”. Muito júbilo! Os Salmos 34 e 35 são mais complexos. São dramas que, viajando com suas letras, passam por diferentes situações de tensão, estresse, vitória, batalha, exultação, alegria e tantas outras coisas. É aquele tipo de música que traz um misto de sentimentos, faz chorar, fechar os olhos e depois sorrir, dá um suspense e termina bem. Tem que ser artista para fazer isso. E Davi era!
Nos dias atuais, a variação musical é maior ainda. Diante de tanta diferença de gostos e formações culturais geradas pela transculturação interna dentro da nossa sociedade brasileira e aldeia global, nossos músicos precisam ter flexibilidade e bom senso muito grandes para produzir músicas. A necessidade de variação, de músicas que se adéquem aos mais diferentes contextos de adoração que existem é muito grande. Como esse leque é bem extenso, poderá até existir pontos incompatíveis, como músicas que sirvam para adoração em um contexto e em outro não.
Mais que nunca, necessitamos de sabedoria para escolher a melhor música para nosso contexto, nosso culto, nossa adoração, nossa realidade. Os músicos fazem canções de muitos tipos para servir a todos os contextos. Compor, segundo Paulo, é uma forma de profetizar. Então, ao selecionar as músicas que forem se encaixar melhor para sua realidade, siga o conselho do apóstolo em relação à profecias, aplicando-os à musicalidade da sua comunidade cristã e experiência pessoal. Como ensina 1Tessalonicenses 5:51, julgue todas as coisas e retenha o que for aproveitável para você.
Não esqueça de que a melhor música é aquela que lhe aproxima de Jesus!


Valdeci Júnior

Fátima Silva

terça-feira, 18 de junho de 2013

CANTO DA IGREJA - SALMOS 23-30

Penso que você conhece as palavras: “O Senhor é o meu pastor, e nada me faltará.” Essa é a letra de uma canção que está na abertura da leitura de hoje: o Salmo 23, escrito pelo rei Davi. Apesar de não recitarmos essas palavras em forma de melodia muitas vezes, essa era uma canção.
Davi escreveu muitas outras canções. Apesar de que nem todos os Salmos tenham sido escritos por ele, ao ler os capítulos para este dia, vemos que todos os salmos são “davídicos”. Embora não sendo redundantes, eles são bem parecidos. Ao dizer “parecidos”, refiro-me ao estilo. Será que isso acontece só porque foram escritos pelo mesmo compositor? Pode ser, mas não é só isso. Todos se aplicam a um mesmo contexto social, que é meio comunitário em que os israelitas viviam na Palestina, há uns três mil anos. Mas é interessante que quando chegamos no Salmo 30, quebra essa uniformidade de estilo porque esse salmo é uma música que Davi fez especialmente para a dedicação do tempo. E música para ser cantada na igreja precisa ser especial.
Ela deve louvar e adorar, pois a casa de Deus é lugar para adorá-Lo. Em Isaías 56:7 aprendemos sobre isso. Ao submetermos um cântico dentro do recinto sagrado, devemos analisar se ele serve de instrumento de prestação de adoração. Se a música não puder conduzir os adoradores à veneração ao sagrado, provavelmente não será apropriada para usá-la nos átrios do Senhor. Mas isso não quer dizer que se a música não serve para ser usada na igreja, então ela é pecaminosa. Afinal, existem músicas que embora sejam de louvor, não adoram. Em toda adoração deve existir louvor, mas nem sempre há adoração em todo louvor. A música na igreja deve ser “o preguinho na parede que segura o quadro Jesus”.
Portanto, quando o líder da igreja seleciona as músicas para ser usadas na igreja, ele precisa analisar o contexto e as pessoas que participarão, executando-as e ouvindo-as. Se a música levar a maior parte das pessoas a Jesus, num espírito de adoração e louvor, sem ruído de comunicação, é adequada; caso contrário, deve ser substituída (mas tal substituição não quer dizer que em outro contexto a música não seja adequada), a despeito dos gostos particulares. Cabe, também, aos que lidam com a música na igreja ter humildade suficiente que um mensageiro de Deus precisa ter, de submeter a escolha de cada música para contexto não segundo seus caprichos, mas segundo o que for melhor para a membresia presente no tempo e local de cada contexto.
Além de ler a Bíblia, cante em casa e na igreja!


Valdeci Júnior

Fátima Silva

segunda-feira, 17 de junho de 2013

ABSOLUTA VERDADE? - SALMOS 18-22

E aí? Vamos seguir falando daquilo que comecei a abordar no comentário bíblico de ontem, a verdade absoluta? Se você está lendo este comentário pela primeira vez, talvez questione: “Como assim, existe verdade absoluta? Tudo não é relativo?”
Bem, é o seguinte: na visão bíblica existe uma verdade e apesar de que o livro dos salmos não se entenda como se lê, pelo menos parcialmente, por existir uma linguagem figurada dele, existe um jeito certo de se interpretá-los, que é sob o prisma da verdade da Bíblia.
Portanto, para entender e explicar essa questão da existência de uma verdade absoluta, gosto de usar uma ilustração visual. Tente imaginar uma grande bola, tipo um globo, constituído por centenas de hexágonos. Você olha a figura como um todo e vê o globo, mas ao olhar mais atentivamente, vê, na superfície da bola, muitos hexágonos, que somando-se compõem o globo. O globo é “a verdade”, mas os hexágonos também são “verdades”.
Eu creio que existe uma verdade absoluta, mas olho com consideração para aqueles que dizem que a verdade é relativa, e/ou que existem muitas verdades. Penso que quando ficam debatendo ou defendendo isso, é porque estão conseguindo ver apenas um, ou alguns hexágonos do globo, desconhecendo assim a existência dele.
É claro que nunca conseguiremos ver o globo completo, pois não temos uma visão 4D. Mas é bom saber que ele existe e como é. Diante disso, penso que podem haver duas verdades que façam parte da mesma GRANDE VERDADE, desde que sejam paralelas e não contraditórias. Se forem contraditórias, provavelmente uma delas (ou até as duas), sejam hexágonos que não pertençam ao globo, ou seja, na realidade não seria(m) verdade(s), mas mentira(s). Logo, é como se não existisse dentro do prisma da visão deste globo.
Diante disso, lembre-se de que ao interpretar os Salmos, você precisa cuidar para que a interpretação seja verdadeira. Ontem dei uma dica de interpretação e prometi que daria outra hoje. E a dica de hoje é: digamos que você tenha lido uma metáfora em um determinado salmo. E aí você pensa: “Bem, a aplicação dessa figura deve ser a ‘aplicação X’.” Aí, sabe o que você faz? Verifique se o resto da Bíblia concorda com aquele conceito que você está estabelecendo na interpretação. Se estiver em harmonia com o restante da Palavra de Deus, então a interpretação é verdadeira. Se estiver contradizendo, ore. Deus vai lhe mostrar a verdade. Mas não caia na mediocridade de sair por aí falando coisas que não façam parte do “globo”.
Busque o conhecimento bíblico, rogando a Deus em oração para que Ele lhe revele a “Verdade Absoluta”.


Valdeci Júnior

Fátima Silva

domingo, 16 de junho de 2013

VERDADE ABSOLUTA? - SALMOS 10-17

Existe uma verdade absoluta? Quero lhe avisar de um risco que corremos para não cairmos nele. Iniciamos a leitura de Salmos ontem e iremos até o dia 9 de julho lendo-o. E, ao lermos, se corre o risco de fazer aplicações erradas para nossa vida porque o leitor pensa mais ou menos assim: “Bom, se os salmos são escritos em linguagem poética, são metáforas, figuras de linguagem, que geralmente não se entende como se lê.”
Até aí tudo bem. Mas o problema é que o raciocínio pode continuar: “Então, para aplicar os escritos dos salmos na minha vida, faço uma analogia ou tiro a melhor aplicação que for mais conveniente para mim ou a que achar mais legal e aplico.” Aí vem o grande erro. O problema é que nossa mente afetada pelos males do pós-modernismo nos tenta a isso porque somos bombardeados com a ideia absurda de que tudo é tão relativo ao ponto de não existir uma verdade absoluta, o que é um engano.
Se você acessar o blog do jornalista Leandro Quadros (www.novotempo.org.br/namiradaverdade), verá que ele defende, de maneira muito convincente, que existe uma verdade absoluta. Acesse esse blog e veja que mesmo com uma mente moderna, é possível entender sua existência. Segundo Quadros, “existe uma Verdade Absoluta com base no pressuposto que se encontra em 2Coríntios 13:8: ‘Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.’ A afirmação de que existe uma verdade absoluta se baseia tanto da Bíblia, que diz que a verdade é uma pessoa, que é Jesus, quanto na “Filosofia que diz categoricamente: ‘duas coisas contraditórias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo’. Portanto, não há duas verdades!”
Amanhã, voltarei a mencionar sobre verdade absoluta, mas fica aqui o aviso do dia: “não vamos sair interpretando o livro dos Salmos do jeito que bem entendemos”. Existem os modos corretos de interpretar a Bíblia.
Uma das dicas para você entender os Salmos é: ao ler um salmo, ore primeiro. Depois, procure ler também a história do contexto em que ele foi escrito. Não dá para fazer isso com todos, mas muitos salmos já trazem no título, introdução ou rodapé alguma indicação de quem escreveu e quando. Se você tem pelo menos o autor, como Davi, por exemplo, estude tudo na Bíblia sobre sua vida e o que ele passou. Então, mais sintonizado com as mentes autoras do dito salmo, você chegará mais perto da interpretação verdadeira.
Quero lhe dar mais dicas sobre como devemos interpretar os salmos, mas, para hoje, o meu desejo é que você fique bem sintonizado com a “Verdade”, que é Jesus! Nele, podemos confiar!

Valdeci Júnior

Fátima Silva

sábado, 15 de junho de 2013

SÓ ALEGRIA! - SALMOS 01-09

Eu estou muito, mas muito feliz. Sinto-me como se estivesse saindo de um grande sofrimento, a dor amenizada, os problemas resolvidos e, agora, sentindo um alívio, uma vitória e um senso de missão cumprida, entrando para um lugar de muita alegria. Sabe quando você acabou de concluir uma meta, um desafio, uma jornada anual de trabalho e está saindo de férias, indo para a praia, numa boa? Sabe quando terminou a semana e está indo para o interior esfriar a cabeça ou quando entra na piscina e esquece o mundo? É desse jeito que estou me sentindo ao terminar de ler o livro de Jó, uma biografia de uma vida sofrida, e entrar para ler o livro dos Salmos, uma coletânea de músicas alegres. É como se as luzes se acendessem.
Saindo da “deprê” e entrando no salão de festas, convido-lhe a começar uma jornada pelos salmos. Você topa? É uma leitura bem gostosa. Os salmos são poemas e canções. Alguns são conselhos, advertências, outros são louvores a Deus, outros ainda são o mais profundo expressar dos anseios da alma humana, desabafos, testemunhos, histórias, todos, artisticamente compostos. São como as músicas de hoje, músicas boas de Jesus, é claro.
Você gosta de música ou de conversar sobre ela? Durante os dias em que estivermos lendo o livro dos Salmos, conversaremos algumas coisas sobre o assunto, principalmente a música gospel. Afinal, existe muita musicalidade nesse livro, e precisamos saber aplicá-la em nossos dias.
A música, apesar de estar relacionada a praticamente qualquer tipo de momento da nossa vida, é, também, uma lembrança da alegria ou, pelo menos, da esperança. Dos nove salmos propostos para lermos hoje, temos certeza de que pelo menos seis são realmente letras de canções, que foram cantadas naquela época do Israel antigo. Um conselho bem claro ao entrarmos para esse salão musical, o livro dos Salmos é uma advertência (capítulo 1): Veja bem como vai andar, proceder, se comportar, se envolver e se relacionar, senhor participante. Aplicando aos nossos dias, apesar de estarmos felizes, entrando para esse mundo artístico, devemos ter a consciência de que não é qualquer arte ou música que devemos aceitar. Precisamos selecionar o que colocamos na mente.
Observe na leitura: Salmo 2 traz esperança. Se você está se sentindo acuado, perseguido, leia o Salmo 3. Quer sentir paz no coração? Salmo 4. Quer que Deus lhe ouça? Salmo 5. Está triste? Salmo 6. Quer que a justiça seja feita? Salmo 7. Quer saber qual é seu valor? Salmo 8. Se quiser aumentar sua fé, Salmo 9. É só alegria!
Se a vida é uma festa, só nos resta festejar.
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Valdeci Júnior

Fátima Silva

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Pra quem é SOUL Jovem... INDISPENSÁVEL!


É EMOCIONANTE, NÃO ACHA? - JÓ 38-42

É com muita alegria que escrevo o último comentário sobre o livro de Jó deste ano. O interessante disso é que neste final, vamos falar de começo, de princípio, de origem. Jó e seus amigos estavam questionando sobre a existência, mas haviam esquecido de algo básico. Quando Deus entra na discussão, Ele chama a atenção para isso.
Você quer saber qual é o sentido da sua existência? Então precisa saber de onde veio e para onde vai. Alexander Vom Stein escreveu um livro científico alemão, que aborda o criacionismo bíblico. Logo na introdução, o autor já começa discutindo essa questão. Segundo ele, todo ser pensante, um dia, já fez para si as seguintes perguntas: “De onde venho?”, “Pra onde vou?” e “Para que vivo?”. Essas, na realidade, são perguntas sobre a origem, o futuro e o destino da vida. Então, Stein comenta que “Se a origem e o desenvolvimento de todas as coisas é um processo aleatório, então a pergunta sobre o futuro de todas as coisas não pode ser respondida. E em processos aleatórios tampouco se pode encontrar sentido e objetivo. Por isso, a resposta a essa pergunta [De onde venho] é importante para todo ser humano – pois disso depende a procura por um sentido em nossa vida” (Criação, pág. 7).
Essa é uma grande realidade: precisamos saber de onde viemos. A pouco tempo, uma amiga apareceu no MSN para falar comigo. Ela pediu para eu assistir a um vídeo na internet. Perguntei sobre o que se tratava. Era sobre o parto do nascimento da sua filhinha. Logo disse não, pois não aguento assistir a essas coisas. Mas ela insistiu dizendo que não tinha sangue e que estava bem editado. Resolvi arriscar e assisti ao vídeo. Foi a coisa mais linda ver os médicos dando bom dia para aquele serzinho com cinco segundos de existência, entregar o ser humano que tinha um minuto de existência nas mãos do pai, e o pai mostrando para a mãe ver a filha antes que ela tivesse três minutos de vida.
Fiquei emocionado. É lindo, místico, fora da possibilidade de qualquer explicação a magia que esse momento envolve: ver o surgimento da vida. E por mais que os cientistas queiram parecer os sabichões, os semideuses, os sobre-humanos, qualquer um se sente pequeno diante da origem da vida. Todos se admiram do fato de que existem coisas que não dá para se explicar nem no laboratório mais avançado do mundo. Ironicamente, é a coisa mais simples do mundo. Nenhum cientista, de forma artificial, jamais conseguiu reproduzir esse fenômeno da Natureza porque nele está o toque de Deus.
É emocionante!


Valdeci Júnior

Fátima Silva

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O SOFRIMENTO PODE SER UMA DISCIPLINA - JÓ 35-37

Você está lendo direitinho o livro de Jó? Tem sido perseverante em ler os discursos dos quatro amigos e, principalmente ontem e hoje, o discurso do “amigo” Eliú? Porque se não formos perseverantes para, pelo menos, ler a história, é uma vergonha, não é mesmo? Pense na perseverança que Jó teve, ao suportar o sofrimento dele. Ele foi o homem que mais sofreu no mundo, mas que também se tornou símbolo da paciência, pela perseverança que teve em suportar tudo.
Os amigos dele, apesar de ficarem falando muita besteira, também foram perseverantes, coitados! Eles não merecem só a nossa critica, mas merecem também a nossa atenção, porque, apesar dos pesares, eles estavam tentando acertar. Pelo menos, eles estavam ao redor do sorumbático sofredor. Isso já foi uma virtude: aguentar ficar ao lado de Jó.
E nós estamos lendo, especificamente, sobre a última fala de Eliú, que foi o último dos quatro a falar, antes de Deus chegar e se pronunciar naquela discussão. E como as leituras de ontem e de hoje são um discurso só, quero retomar um trecho, que está em Jó 33:14-19, para contextualizar o que quero dizer aqui sobre a leitura de hoje. Assim, faríamos um fechamento sobre essa discussão do sofrimento de Jó.
“Pois a verdade é que Deus fala, ora de um modo, ora de outro, mesmo que o homem não o perceba. Em sonho ou em visão durante a noite, quando o sono profundo cai sobre os homens e eles dormem em suas camas, ele pode falar aos ouvidos deles e aterrorizá-los com advertências, para prevenir o homem das suas más ações e livrá-lo do orgulho, para preservar da cova a sua alma, e a sua vida da espada. Ou o homem pode ser castigado no leito de dor, com os seus ossos em constante agonia.”
Comentando sobre isso, veja o que encontrei no periódico “Jó, sofrimento e restauração”, 3º trimestre de 1980, pág. 75: “Eliú era um jovem insatisfeito tanto com os discursos de Jó como os de seus três amigos. Talvez a maior contribuição de Eliú ao debate é a nova ênfase à ideia de que o sofrimento pode ser disciplina, em vez de punição... O conceito de Eliú sobre o sofrimento considerando-o como disciplina não é novo na história de Jó. É a ênfase que ele dá ao conceito que é nova... [Jó] ...deixou que Eliú realçasse a ideia de que o sofrimento pode ser uma disciplina, antes que uma punição”.
Essa é a grande lição. O sofrimento que nos assola não é de todo mal. O lado bom é que ele nos disciplina.


Valdeci Júnior

Fátima Silva