Na primeira
parte da leitura de hoje (capítulo 20), aparece o discurso de Zofar, num tom
sarcástico de acusação ao seu amigo Jó. Ele queria dar uma explicação para o
sofrimento de Jó, jogando toda a responsabilidade da situação nas costas dele.
Em grande
parte, esse discurso termina imitando o que os outros dois amigos, Bildade e
Elifaz, já destacaram na discussão deles. A diferença é que Zofar vai mais ao
ponto, inclusive, com mais hostilidade. Ele é muito sínico e insinua coisas
terríveis como: “Ele tem oprimido os pobres e os tem deixado desamparados;
apoderou-se de casas que não construiu” (verso 19). Zofar continua
discriminando os crimes específicos que fazem dos ímpios pessoas culpadas,
deixando a entender que Jó participava dessa “laia”.
E é com essa
ignorante “cara de pau” que os amigos de Jó continuam afirmando que ele é
merecedor de todas as desgraças que bateram à sua porta. Não se cansam de
pensar assim e ainda fazem um grande esforço para convencê-lo a pensar da mesma
forma. Ao levar Jó a reconhecer isso, quem sabe ele tomaria uma atitude que o
livrasse da culpa que supostamente tivesse perante o Senhor. Os amigos de Jó
acreditavam que ele só poderia achar o caminho de volta se reconhecesse o
pensamento deles e agisse como eles achavam que ele deveria agir.
É claro que esses
amigos não estavam fazendo nada mais que expressar o pensamento popular da
época. Se compararmos isso com João 9:1-3, concluímos que não podemos estabelecer
uma relação direta entre cada uma das ações humanas e todas as consequências de
cada uma delas. Corremos o risco de nos enganar com isso, principalmente se a
tentativa de relacionar os atos com as consequências estiver limitada a olhar
numa perspectiva que se limite somente a esta vida. A variação disso tudo pode
ser muito grande e muito além da nossa compreensão. Ou seja, se meter a querer
interpretar absolutamente todos os fatos como os amigos de Jó estavam tentando
fazer, é “dar murro em ponta de faca”.
Mas, apesar
desse escrúpulo dos amigos de Jó, Deus ainda era o centro da vida dele
(capítulo 21) e tinha participação em tudo o que ele já tinha feito. Jó tinha a
consciência tranquila. Embora fosse um pecador, não era um “pecadeiro”. Essa
integridade foi mantida no decorrer de toda a sua vida. E isso lhe ajudou a
ficar em paz, mesmo diante de tantas acusações.
Embora o ser
humano chegue ao fim dos seus recursos, sua saúde e até sua esperança, ainda
pode encontrar conforto buscando a presença de Deus em sua vida.
Busque a Deus
hoje!
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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