As pessoas que
perguntam isso não devem conhecer um verso da na leitura de hoje: “Batam
palmas, vocês, todos os povos; aclamem a Deus com cantos de alegria” (Salmo
47:1).
No serviço de
louvor, existem aquelas palmas que acompanham o ritmo da música. Nas
Escrituras, até os elementos da Natureza são chamados a bater palmas (Isaías
55:12; Salmo 98:8 e 9). Com equilíbrio, é obvio que o louvor acompanhado das
palmas alcança melhor seu objetivo de envolver a todos. É só não deixar que o
ritmo seja mais enfatizado que a letra e a mensagem da música.
Os aplausos de
um público para uma pessoa também são bíblicos (2Reis 11:12). Ao usar as
palmas, porém, é preciso evitar o desequilíbrio do exagero, da falta de
etiqueta, na descompostura e exaltação do ser humano acima de Deus. Um público
cristão deve bater palmas para um cantor, um pastor ou qualquer outro ministro,
simplesmente “dizendo” com suas palmas: “Louvado seja Deus, irmão, pelo seu
talento!” Esse aplauso seria um tipo de um “grande ‘amém’”. O que não pode
acontecer é o uso das palmas para idolatrar o aplaudido. O povo precisa ser
educado quanto a isso, pois o diálogo é sempre melhor que a inibição.
Alguém poderia
alegar: a) que existem poucas passagens que falem sobre o “bater palmas”; b)
que provoca desordem no culto; e c) exaltação do ser humano acima de Deus.
Quanto ao
primeiro item, os críticos precisam levar em consideração que, embora haja
poucas passagens que falem sobre bater palmas, não existe uma passagem bíblica
sequer que condene essa prática. Isso deixa a crítica em pior situação que a
prática. Quanto aos dois últimos argumentos, podemos claramente perceber que
eles se referem muito mais ao desequilíbrio que a uma prática equilibrada e
sadia. Portanto, embora devamos respeitar a esses críticos como pessoas,
devemos dialogar e crescer no entendimento de um louvor mais amplo.
A recomendação
bíblica de Salmo 47:1 não é um mandamento obrigatório. Bater palmas na igreja é
uma questão cultural. Ela deve usar as melhores formas de expressão existentes
em sua cultura que levem a maioria a adorar. Se a maior parte dos membros
louva, adora, reconhece e interage melhor com as palmas, que as palmas sejam
usadas com equilíbrio, para a honra e glória de Deus. Em muitos lugares do
mundo, nossa igreja tem esse costume. Mas, por outro lado, se a maioria das
pessoas ainda não consegue se sentir bem com a presença das palmas no serviço
de adoração, não compensa usar um elemento que não edificará os crentes (1Coríntios
10:31).
De qualquer
forma, louve ao Senhor!
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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