Ao ler os capítulos
do livro de Jó, penso que quando ocorre esse tipo de coisas que não conseguimos
explicar, muitas vezes temos a tendência de colocar a culpa em alguém ou alguma
coisa ao invés de buscar entender o “X” da questão. Por vezes, buscamos o entendimento,
só que o problema é a fonte de informação à qual as pessoas procuram e que pode
ser duvidosa. Se acontece assim, as informações adquiridas prejudicam mais que
ajudam, justamente porque só serão verdadeiras até certo ponto. Portanto, na “hora
do aperto”, algo que precisamos fazer é checar direitinho para ver se estamos bem
conectados e sintonizados com a mente de Deus, de acordo com o que Ele já
revelou na Sua Santa Palavra, a Bíblia.
Na leitura de
hoje, há alguém que estava confundido pela tradição. Seu nome: Bildade. Ele
aparece no capítulo oito para participar dos debates. Na primeira rodada da
discussão de Jó com seus amigos, o primeiro a dar uma resposta para as
declarações de Jó tinha sido Elifaz. Ele disse besteira. Jó, no entanto, não
deixou por menos e logo em seguida deu-lhe uma resposta. Ou melhor, um discurso.
Um segundo discurso foi seguido pela entrada na discussão desse outro amigo que
estou comentando.
Mas quem era
esse amigo? Trazendo um pouco de curiosidade bíblica, para você entender de
onde ele veio, sugiro que leia Gênesis 25:1, onde mostra que Abraão, depois que
Sara morreu, casou-se com Quetura. Essa segunda mulher teve seis filhos com o
patriarca. Um deles se chamava Sua. Desse filhos, descenderam os suítas, de
onde saiu Bildade. Então, esse “amigo” de Jó também era descendente de Abraão,
mas não tinha nada a ver com o povo de Israel, que é o povo da Bíblia. Ele
fazia parte daquele povo, daqueles filhos que Abraão tinha mandado embora de
perto dele para a terra oriental.
Desde aquela
época, os suítas viveram perto do rio Eufrates. Deles, nasceu Bildade que, por
já estar longe do povo de Deus a um bom tempo, compartilhava daqueles conceitos
errados dos seus companheiros. Era por isso, também, que tinha dificuldade de
ser empático com Jó. Ele insistia numa teologia incompleta, que era mantida
pela tradição.
O resumo é que
tanto da parte de Jó, como dos seus amigos, percebemos a manifestação de uma
confusão na compreensão sobre como Deus lida com os seres humanos. Confusão
esta que não ajuda em nada na questão do sofrimento. Então, aprendemos que vale
muito mais uma pura amizade com Jesus, que esteja embasada num profundo
conhecimento bíblico, para nos ajudar a encontrar as respostas para os nossos anseios
do coração.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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