quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A Bíblia e As Mensagens Subliminares



O que a Bíblia diz Sobre Mensagens Subliminares?


Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
I Coríntios 3:16

Um dos melhores pesquisadores, que conheço atualmente, deste assunto é a ONG Mensagem Subliminar http://www.mensagemsubliminar.com.br. Entretanto esta organização não se preocupa em apresentar o que a Bíblia pensa sobre mensagens subliminares.
Realmente, o estudo sobre mensagens subliminares é moderno e não se presencia no contexto bíblico. Isto não quer dizer que nos tempos bíblicos não existissem mensagens subliminares. Claro que se fossemos realizar uma pesquisa sobre a existência de mensagens subliminares naqueles idos, a maior parte delas teria suas características diferentes das mensagens subliminares estudadas hoje.
Para dizermos que seja possível ter existido mensagens subliminares em tempos tão remotos, precisamos definir o que vem a ser mensagem subliminar. De acordo com os estudos do comportamento humano, subliminar é todo estímulo produzido sob o limiar do estado consciente, isto é, toda incitação ou excitação não captada conscientemente, por estarem fora dos limites dos sentidos receptores. As missivas transmitidas de forma que a consciência do receptor não as capte, mas somente seu subconsciente, podem ser veiculadas através da escrita, do áudio, do visual, de aromas, etc. Tal comunicação pode influenciar o indivíduo receptor da mensagem a ponto de determinar ações de seu comportamento, as quais podem construir até mesmo hábitos que formarão traços de caráter.
Que as mensagens subliminares existem é um fato, entretanto, delimitar o que vem a ser ou não ser mensagem subliminar é complexo e impossível, por ser de caráter interpretativo. Existem mensagens que são claramente aceitas, no comum acordo de todos que as analisam, como sendo subliminares. Outras levantam polêmicas que carregam vários e opostos tipos de opiniões. Por exemplo, quando vemos um determinado hábito de gesto, cacoete ou jargão sendo praticado por muitas pessoas de uma coletividade e descobrimos que sua origem vem das ações de um apontado ator da TV. Seria possível que tal profissional estivesse intencionado de que seus telespectadores (e se tiver uma audiência muito alta, poderíamos dizer, a sociedade) agissem ou pensassem daquela maneira? A resposta pode ser sim ou não. Podemos concluir que o estudo das mensagens subliminares pode trazer tanta subjetividade, relatividade e abstração a ponto de o mesmo passar a ter características de conteúdo subliminar.
Há ainda o extremo em ver o que não existe. Muitos “pesquisadores” de mensagens subliminares têm a mente muito fértil, criativa ou poluída. É possível eu conseguir ver uma segunda imagem em algo simplesmente porque eu quero ver. Isto se liga a referenciais que estão no acervo das memórias do indivíduo ou da sociedade. Por exemplo, um homem habituado à pornografia, consegue relacionar imagens não sensuais ao obsceno. É capaz de ver uma mulher segurando um lápis e fantasiá-la mentalmente segurando um pênis. Logo, muito do que se é apontado como sendo mensagem subliminar, acaba por não ter esta natureza.
Um outro lado é o imperceptível. Muitos conceitos, informações ou inferências são transmitidos de forma subjetiva, por modos inconscientes, talvez até para todos: receptor, emissor, espectador e outros, salvo para as consciências cósmicas, do bem ou do mal, existentes.
É neste ponto que a preocupação bíblica entra. Paulo advertiu seus leitores a terem “cuidado” para “que ninguém” viesse a enredá-los “com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”, porque ele sabia que surgiriam homens com as seguintes características: “egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (Cl 2:8 e II Tm 3:5).
Note quantas características negativas sendo encobertas por apenas um traço positivo, mas que camufla o suficiente para que tudo se torne aceitável. Este é o método pelo qual Satanás trabalha. Veja as meio verdades apresentadas por ele ao tentar Eva e Jesus (Gn 3 e Mt 4). O que ele disse a Eva? “É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:4 e 5). Sob a ótica de uma leitura simplória tudo isto era verdade. No dia em que comeu do fruto não morreu e passou a ser como Deus, no fato de ter conhecido, não apenas o bem que já conhecia, mas também o mal. Mas esta era uma “verdade” mentirosa. Eva naquele dia, além de já ter morrido espiritualmente passou a ter a sentença da morte física, eterna. Ao conhecer o mal, não passou a conhecê-lo como Deus o conhece, pois Deus, apesar de saber como é o mal, não o experimenta. A mensagem subliminar e satanás têm em sua dinâmica de trabalho uma característica comum, a camuflagem de um conceito que, para que possa ser veiculado, deve estar oculto ou disfarçado, porque explícita e conscientemente não seria aceito. Por este modo o Diabo começou a lançar a semente do mal no mundo, e assim continua até hoje. Até mesmo sob o disfarce das tantas religiões cristãs que existem. Não é este o comportamento do Anticristo? (II Ts 2:3 e 4). O engano e a tentação são assim. Invadem nosso coração sem pedir licença.
Por  outro lado, Deus é ético e respeita nossa vontade. Ele bate à porta do nosso coração e então, se abrirmos a porta, Ele entra (Ap 3:20).
Percebemos então, que o perigo do “subliminar” tem uma dimensão muito maior do que conseguimos imaginar. Frequentemente sua influência é maléfica. Todos nós estamos no grupo de risco de sermos vítimas deste assalto ao arbítrio.
O que fazer então? Como escapar das “mensagens subliminares”?
Tecnicamente falando, quando somos expostos ao veículo que está conduzindo a mensagem subliminar é praticamente impossível que não a absorvamos. Também nos é difícil evitarmos sermos expostos a tais camuflagens, pois não sabemos como surgirão. Sistematizar um estudo com finalidade de conhecer o mal que seria ensinado para dele escapar, é já estar sentando-se na cadeira de seu aprendizado. O conceito de que posso ouvir e ver qualquer coisa, e de que aquela coisa apenas me influenciará se eu o permitir, é falso. Nossa mente é como um estômago. Permitir que uma mensagem passe pelo ouvido ou pela visão e dizer que não terá o consciente ou o inconsciente afetados é como engolir um alimento e tentar contrair a cárdia, segurando o bolo alimentar no esôfago, impedindo-o de chegar ao estômago.
É pela contemplação que somos transformados (II Co 3:18). Para aquilo que nos demoramos expondo os nossos sentidos sensoriais é que seremos estimulados. Há muita coisa que podemos evitar. Salomão, em Provérbios 4:23 nos aconselha a guardarmos o nosso coração (coração em Provérbios quer dizer entendimento). Devemos proteger as entradas da nossa alma. Existem fontes que podemos evitar, por sabermos serem elas muito abundantes em jorrar mensagens subliminares. Por outro lado, ainda comparando a um aparelho digestório o nosso cérebro, devemos nos conscientizar de que ele não pode ficar vazio. É como um copo. Se não houver nada nele, haverá ar, e não um vácuo. É por isto que dizem que mente desocupada é oficina de Satanás. Ao mesmo tempo que evitamos os mananciais que muito nos oferecem o mal subjetivo, devemos buscar as fontes do bem. Uma escritora norte-americana, Ellen G. White, no seu livro O Lar Adventista (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira), escreveu uma seção intitulada “A Guarda das Entradas da Alma”, que muito nos ensina sobre este cuidado que devemos ter com o que colocamos em nossa mente.
A Bíblia também nos ensina que quando a sabedoria – o temor do Senhor – entra no nosso coração – entendimento – e o conhecimento sobre Deus se nos torna agradável, o próprio raciocínio nos guardará e o discernimento nos protegerá para livrar-nos do mal (Pv 2:10, 11 e 12). Porque se nos sujeitamos a Deus, o Diabo foge de nós (Tg 4:7). I Tessalonicenses 5:23 e 24 nos deixa claro que Deus é fiel em conservar íntegra a nossa vida, se nos santificamos a Ele, porque Ele, além de não permitir que sejamos atacados pelo mal, acima de nossas forças, também, quando o ataque nos vem, já providencia o livramento (Co 10:13).
Se nos apresentarmos a Deus em culto racional, nossa mente será renovada e transformada (Ro 12:1 e 2). Esta, creio eu, é a maior vacina contra os bombardeios de informações indesejadas a que nosso consciente e nosso inconsciente estão sujeitos. “Acheguemos-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16).

Que Deus livre a você das influências do mal!


Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
“Quero parar de masturbar-me. O que devo fazer?”

4 comentários:

  1. Oi pastor vc teria um vídeo bom para passa para jovens sobre o alerta das mensagens subliminar? Sou prof. dos jovens e gostaria de dar esse estudo, mais gostaria de me aprofundar o assunto.

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  2. ei pastor nao entendi isso voce esta disendo que as mensagens subliminares nao tem nada a ver ou que elas tem tudo a ver

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  3. Eu queria saber um pouco mais a respeito da televisão. Sobre mensagens subliminares que dizem que a TV tem, que programas e filmes tem. Eu apenas consigo ver o ponto em que certos programas e filmes podem influenciar no caráter da pessoa, e claro, tomar o tempo que poderia ser dedicado á Deus.

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