sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ACLARANDO - Mateus 1-4

Você é da época da máquina de escrever? Se não, lembra das antigas máquinas de escrever? Faz tanto tempo, hein? Eu sou daquele tempo e aprendi a bater teclas através do famoso curso de datilografia, lembra? Havia um livro cheio de exercícios. E tudo começava bem fácil, aprendendo sobre a máquina, quais eram suas funções, depois fazendo o exercício do “a – s – d – f – g”. A partir daí, os exercícios ficavam mais complexos até que a pessoa se formava em datilografia. Era o máximo! O interessante é que as pessoas da época achavam que a máquina de escrever era poderosa, que era muita coisa.


Depois, na década de noventa, as máquinas de escrever foram ampliadas: os computadores foram instalados. Hoje, nem lembramos mais das antigas máquinas. Isso porque o computador é capaz de fazer tudo o que a máquina de escrever fazia, além de fazer muito mais coisas. Mas nem por isso o computador anula uma função sequer da máquina de escrever. Ele só ampliou todas as funções, mas continua com todas elas.

Sabe o que isso tem a ver com a nossa leitura bíblica? É que começamos a ler o Novo Testamento. Existem pessoas que acham que porque o Novo Testamento é dado, então as funções do Antigo não valem mais, os princípios são anulados, a lei abolida, e assim por diante. Mas não é assim que funciona. Comparar o Velho Testamento com o Novo é igual comparar a máquina de escrever com o computador. Tudo o que tinha no primeiro tem no segundo, mas agora, de forma ampliada.

Vou destacar dois exemplos: um deles é o da nossa leitura de hoje, quando fala sobre a conhecida história da encarnação, meninice e juventude de Jesus Cristo. Em Isaías 7:14, o profeta, escrevendo sobre a vida dele, seu casamento, sua esposa e fazendo uma aplicação para o povo de Israel daquela época, vários séculos antes de Cristo, escreveu: “A jovem ficará grávida e conceberá um filho.” Ao lermos Mateus 1:22, vemos o escritor aplicando essa passagem para a gravidez de Maria, esperando Jesus. Mas não está torcendo as Escrituras? Não! Isso é o que em teologia chamamos de “sensus plenior”. É quando um profeta posterior dá uma nova aplicação para o texto. E também aceitamos porque ele é inspirado por Deus, obviamente.

O segundo exemplo é sobre a Trindade. No Antigo Testamento, encontramos Jeová e um Messias prometido, que muitos achavam que seria um simples ser humano que tem o poder de Deus. Aí, em Mateus 3:16, vemos a Trindade plenamente revelada trabalhando juntos.

Então, quer aclarar ainda mais seus conhecimentos bíblicos? Amplie-os lendo o Novo Testamento.

Um abraço,

Pr. Valdeci Jr.
e
Fátima Silva

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