No domingo 18/09/2016, eu estava de mochila nas costas, camiseta, calça jeans e tênis realizando uma atividade pastoral que aparentemente seria comum, mas que me fez escrever este texto. Caminhando atrás de alguns meninos e meninas de dez e onze anos de idade, de um clube de desbravadores, fui levado por minha memória ao milênio passado. E olha que, uma das minhas limitações é o quanto me esqueço das coisas, fatos, fisionomias, lugares, acontecimentos e até mesmo de nomes de colegas, amigos e parentes. Mas um cenário cheio de vida sempre se conservou bem fresquinho em minha mente, de muita pureza.
Eu era um juvenil, desbravador, e também estava fazendo um excursionismo pedestre, todavia na década de 1980. Por uma estreita trilha que se entortava em meio a um campo coberto de capim rasteiro, um pouco afastado dos demais participantes e com a mente totalmente desligada de tudo que acontecia ao redor, eu estava conversando com outra pessoa. Mas com quem? Pois é. Esta foi a mesma pergunta que me assaltou: “Com quem estou falando?” Aquela era a primeira vez na vida em que eu estava tendo uma conversa autêntica e espontânea com Deus, sem formalidade ou obrigação. Uma experiência tão forte, da qual eu me lembraria para sempre.
Décadas depois, falando a esses pré-adolescentes sobre como vencer a tentação, revivi. Muita coisa mudou entre nossas gerações, mas nem tudo. A maldade continua tentando invadir a mente humana. E já que sabemos que a consequência do pecado é a morte, temos a deixa de como reconquistar vida. A garotada é muito esperta. Assim que perguntei ao grupo sobre como eu poderia tirar todo o ar de um copo vazio que estava segurando, eles logo me responderam que eu poderia enchê-lo com água. Isso! Essa é a sacada de Filipenses 4:8: “Meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente.”
“Em nenhuma parte da Bíblia há a orientação para ‘resistir a tentação’… Somos aconselhados a redirecionar nossa atenção.”[1]. Portanto, “precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas.”[2] Seja decidir pensar em outra coisa, trocar de canal, abandonar um ambiente, mudar de conversa, etc., de qualquer forma, fugir da tentação é permitir ao coração aquela pureza original que faz os olhos brilharem como os de uma criança cheia de vida. É reviver!
Estude as seguintes passagens bíblicas: Jó 31:1 NLT; Salmos 119:37 a versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje; Romanos 12:21; Hebreus 3:1 versão Nova Versão Internacional; 2Timóteo 2:8 versão God’s World Translation; Filipenses 4:8 NTLH; Provérbios 4:23 NTLH; 2 Coríntios 10:5 New Century Version. Coloque-as em prática! Em meio a tantas perturbações que podem ir sufocando a essência do ser, pôr a palavra e as ações ensinadas pelas Escrituras em prática traz a paz da própria companhia de Jesus para a árdua caminhada da vida (Filipenses 4:9). Revitalize e viva o plano que Deus tem para você! “Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. 2Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele (Romanos 12:1).”
Um abraço,
Pr. Valdeci Jr.
[1] Warren, Rick. Uma Vida Com Propósitos. São Paulo: Editora Vida, 2007, p. 182.
[2] White, Ellen. Reavivamento Verdadeiro. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2011, página 17.
Fonte: http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/valdeci-junior/repensar-e-reviver/
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