“É um pecado!” Foi o que um
passageiro de um ônibus coletivo, suspirou, ao contemplar, pela janela, a
enorme foto de uma mulher bonita, em um outdoor. Eu não sei o que ele estava
realmente querendo dizer. Pensei em algumas suposições, de o que seria o
‘pecado’, na opinião daquele paulistano: a) O ato publicitário de postar uma
imagem tentadora; b) A mulher em si; c) Uma possível ação imaginária que tenha
rodado em sua mente, decorrente da contemplação que fizera àquela peça. Sobre
esta última hipótese, ainda há duas possibilidades da definição do seu conceito
de ‘pecado’. Se ele estava imaginando-se com aquela mulher, poderia estar
lamentando-se por “cair” naquela tentação, ou, poderia ainda, estar deliciando-se
com seus pensamentos de luxúria, julgando-os bons, dando assim, ao pecado, uma
conotação positiva. Que pecado!
Mas o que é, realmente, ‘pecado’?
Muitos crentes gostam de responder a esta pergunta com 1João 3:4, que diz que
“o pecado é a transgressão da Lei”. Sim, a Bíblia diz isto. Mas não diz que é
só isto. Logo, pode ser isto e algo mais, concorda? Indo mais a fundo, na outra
ponta da corda, chega-se quase à filosofia (mas ainda é teologia) da
consciência de que pecado é a situação humana de sua alienação de Deus. Este
conceito é muito bem defendido por Frank B. Holbrook em seu livro “O Sacerdócio
Expiatório de Jesus Cristo”.
E quando Jesus estava para
realizar o seu sacrifício por nós, a fim de quebrar esta alienação que existe
entre o homem e Deus (Isaías 59), Ele quis deixar bem claro, sob a faceta mais
prática possível, o que vem a ser realmente pecado, numa definição que já
esclarecesse também o que não é pecado e ainda como não estar em pecado. Jesus , além
de ter uma profundidade de conteúdo incomparável, tinha um poder de síntese
fantástico. Vemos tudo isto em apenas um verso, quando Ele disse: “Do pecado,
porque os homens não crêem em mim ” (João 16:9). Aqui, encontramos uma das
definições bíblicas para “pecado”: deixar de crer em Deus, deixar de ter fé. A
descrença desagrada tanto a Deus (Hebreus 4:17), ao ponto de, como
conseqüência, causar um impacto quase irreparável no relacionamento entre o
Criador e aqueles que Ele tanto ama.
É preciso crer em Deus, porque
“tudo que não provém da fé é pecado (Romanos 14:23)”. A dúvida foi o primeiro
grande mal, e é a origem de todos os males (leia Gênesis 3). É por isto que a
obra do Espírito Santo e a intercessão de Jesus (cf. João 16-18) são tão
importantes para nós. Peça-Lhe força para crer!
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Quer dizer o que pensa sobre o assunto?
Então, escreva aí. Fique à vontade.
Mas lembre-se: não aceitamos comentários anônimos.
Agora, se quiser fazer uma pergunta, escreva para nasaladopastor@hotmail.com