Embora haja uma variedade de dons, iremos nos
referir a três deles em particular: a)
o dom de cura; b) o dom de línguas; c)
o dom de profecia.
A) Dom de Cura: A Palavra de
Deus apresenta o dom da cura como sendo uma possibilidade de Deus e de Satanás.
Jesus realizou muitos milagres de cura. Pedro, após ter alcançado a cura do
coxo junto à porta chamada Formosa, afirmou claramente que aquele ato foi
realizado pelo poder de Cristo Jesus e não pela sua capacidade. (Veja Atos
3:12-16).
Assim, em toda a Escritura, a possibilidade de
cura é alcançada pelo poder de Deus. Os instrumentos usados para tal milagre
podem ser profetas, apóstolos ou alguém designado por Deus. A ciência e os
médicos também podem ser usados hoje como instrumentos nas mãos de Deus para a
operação de curas. As Escrituras não limitam a possibilidade de cura a uma
determinada época ou período. Os milagres dão evidência do poder de Deus, mas
não esqueçamos da contrafação satânica. Vejamos como isso sucede.
O apóstolo Paulo descreve a ação fraudulenta de
Satanás em II Cor 11:13-15. Ele se disfarça em anjo de luz e assim também os
seus apóstolos. O livro do Apocalipse apresenta os sinais e maravilhas da besta
que representa Satanás e o Anticristo (Apoc 13:13 e 14, 16:13 e 14). Em seu
sermão profético, Jesus evidencia a ação devastadora dos falsos Cristos e
falsos profetas enganando até os escolhidos (Mt 24:24).
Em Mateus 7:22,23 Jesus relata a decepção que
muitos supostos cristãos experimentarão, por ocasião da Sua volta. Segundo este
relato, alguns expulsaram demônios, outros profetizaram e outros fizeram muitos
“milagres”. Mas para o horror deles Jesus dirá: “Apartai-vos de Mim, não vos
conheço”.
Como saber se a cura foi efetuada por Deus ou
Satanás? O próprio Jesus responde (Mt 7:21-23). A cura dá evidências da ação de
um poder satânico ou divino. Ninguém deve acreditar num pregador ou apóstolo só
porque realiza milagres. Se a sua vida e os seus ensinos não estiverem de
acordo com a doutrina bíblica de nada servirão tais milagres (Is 8:19 e 20). A
cura não prova a verdade e sim a verdade (Bíblica) é que prova a cura.
Há inúmeras religiões que falam muito de fé, mas
se não houver cura, se não houver enriquecimento, não há motivação para seguir
a Cristo. Será isto fé ou barganha? Se não houver compensação não há
relacionamento? O apóstolo Paulo pediu para Deus cura-lo de sua enfermidade,
mas Deus não o curou. Quer dizer então que o apóstolo Paulo não tinha fé?
Cristo disse que seria melhor perder um olho, um braço ou a própria vida, do
que perder a vida eterna. Em Isaias 35:5,6 o profeta fala do tempo quando Deus
virá restaurar a Terra, então os cegos, coxos, mudos e surdos serão curados
pelo poder do Seu amor. Portanto, Deus nunca prometeu curar todos os que
acreditam nEle, mas prometeu leva-los para o Seu lar onde não haverá mais morte
nem dor (Apoc 21:1-4).
Nos primórdios da era cristã, Deus deu a igreja o
dom da cura e outros dons, para dar crédito a pregação das boas novas da
salvação provida por um Deus que foi morto por simples mortais. Isto naquela
época era loucura para os incrédulos. Os dons dados a Igreja era para ser uma
evidência do poder de Deus na vida de Seus humildes servos.
Note que a ênfase da pregação do evangelho que
revolucionou o mundo, não era baseado no dom da cura mas no amor de Jesus
demonstrado na cruz do calvário. Será que não havia doentes naquele tempo?
Muito mais do que hoje com certeza, mas os discípulos jamais usaram a cura como
um meio de propagar suas crenças. As pessoas não estavam interessadas na cura,
mas na nova vida oferecida por Cristo.
Satanás tem deturpado habilmente tudo que Deus
criou para a felicidade eterna do homem: o sexo, a música, a dança, os
divertimentos, os alimentos, os dons espirituais etc... Tanto é que Cristo
advertiu-nos a respeito dos falsos cristos, falsos profetas, falsos milagres
etc...
Hoje há muita exploração comercial e espiritual em
volta das curas, onde se vê charlatanismo, truques baratos, auto-sugestão, e
manifestações demoníacas.
Graças a Deus que a nossa salvação não depende de
curas e milagres mas sim da pessoa de Jesus. Ele é o único nome para a nossa salvação (Atos 4:12). Cremos que Jesus
pode e realiza milagres e curas maravilhosas, mas não é por isso que cremos
nEle. Cremos nEle porque na cruz Ele demonstrou ser o nosso amorável Salvador!
Cremos que a atitude mais correta é seguir os
conselhos da Palavra de Deus, onde com segurança encontramos luz para o nosso
caminho, durante nossa jornada neste mundo coberto pelas trevas do egoísmo. A
Bíblia diz: “Examinai tudo e retende o que é bom; Nem todo o que diz Senhor
entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do Meu pai”.
B) Dom de Línguas: O dom de línguas é um dos dons conferidos pelo
Espírito Santo com a finalidade de instruir, edificar e aperfeiçoar a Igreja.
Alguns dos outros são: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres. I
Coríntios 12:28-31; Efésios 4:11-14.
Há duas principais opiniões quanto ao dom de
línguas, tal como se apresenta em I Cor. 14.
1º Que a manifestação deve ser explicada da mesma
forma que o fenômeno das línguas no dia do Pentecostes (Atos 2). O idioma (ou
idiomas) falado em Corinto sob a influência do Espírito Santo, era um idioma
estrangeiro que podia ser facilmente entendido por alguém que falasse esta
língua. Sendo assim, por falar na igreja em idioma estrangeiro sem haver
ninguém presente que o entendesse, os coríntios estariam pervertendo a função
desse dom, e foi essa perversão do dom que Paulo reprovou.
2º Que a manifestação em Corinto foi diferente
daquela do dia de Pentecostes; nesse caso ninguém poderia entender a menos que
estivesse presente um intérprete com o dom do Espírito para interpretar esse
idioma (I Cor 12:10). Segundo esta posição, a função do dom de línguas seria
confirmar a fé dos novos conversos (I Cor 14:22, Atos 10:44-43; 11:15), e
proporcionar edificação espiritual pessoal (I Cor 14:4), e o que Paulo reprovou
foi o uso desse dom em assembléias públicas, pois o propósito principal seria a
edificação pessoal, em particular.
Ao considerar estas duas posições, é útil enumerar
as características do dom de línguas tal como se manifestou em Atos 2 e em I
Cor 14. A primeira manifestação do dom de línguas na Igreja cristã foi no dia
de Pentecostes, ao estarem os 120 cristãos reunidos provavelmente no cenáculo
em que haviam tido a Santa Ceia com Jesus. Subitamente desceu sobre eles o
Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas. Essas línguas que lhes foi
dado falar, eram línguas faladas pelas nações vizinhas da Judéia. É evidente que
o dom consistia na capacidade para falar línguas estrangeiras, e seu propósito
foi facilitar a divulgação do Evangelho a milhares de estrangeiros presentes em
Jerusalém durante a festa (Veja Atos 2:5-11).
Um segundo propósito pode ser visto no episódio de
Pedro na casa de Cornélio, onde a manifestação do dom convenceu a Pedro e aos
incrédulos cristãos de origem judia que estavam com ele, que Deus aceitava os
gentios (Atos 10:46), e sem dúvida isto também
convenceu a Cornélio e aos que estavam com ele, que a obra de Pedro
levava o selo do céu.
Quanto ao dom em Corinto, se destacam as seguintes
características:
1º - O dom de línguas é inferior ao de profecia (I
Cor. 14:1).
2º - O que fala em línguas se dirige a Deus e não aos
homens (verso .
3º - Ninguém entende o que fala em línguas (verso 2).
4º - O que fala, o faz "pelo espírito", isto
é, está em êxtase (I Cor 14:2, 14).
5º - O que fala expressa mistérios (14:2).
6º - O que fala se edifica a si mesmo, e não à igreja
(14:4).
7º - Paulo deseja que todos tenham o dom (14:5).
8º - O que fala deve orar para poder interpretar de
modo que a igreja seja edificada (14:12-13).
9º - O entendimento, ou seja, a mente, não recebe
proveito quando se ora em "línguas", o que indica que essa experiência
não corresponde a um estado consciente da mente (verso 14).
10º - O dom era um sinal para os incrédulos (verso 22).
11º - O dom deveria ser usado na igreja só quando um
intérprete estivesse presente (verso 27); do contrário, o que falava sozinho deveria
fazê-lo para si e para Deus (verso 28).
12º - Os coríntios foram advertidos para que não
proibissem o falar em línguas (verso 39).
Paulo não está se ocupando de um dom falsificado.
No cap. 12 ele fala sobre genuinidade desse dom (12:8-10), e em nenhuma parte
do cap. 14 insinua que o dom é falso. O propósito de Paulo aqui (no cap 14) é
mostrar o devido papel, o uso, e admoestar contra seu abuso.
É evidente que os coríntios abusavam desse dom.
Falavam em línguas na igreja quando não havia intérpretes. Vários falavam ao
mesmo tempo, enquanto outros profetizavam, ensinavam, etc. Isso produzia uma
confusão generalizada (versos 26-33,40).
Os comentaristas têm-se debatido sobre se o dom em
Corinto era um idioma conhecido ou não pelos homens. Não há consenso sobre
isso. O contexto de I Cor 14 nos fala sobre a problemática do culto na igreja.
Paulo está preocupado com a ordem na realização do mesmo. Coisas como a ceia (I
Cor 11), a participação da mulher no culto e o lugar dos dons dentro da igreja
(I Cor 12-14) - por isso Paulo não nos revela qual a língua falada na igreja de
Corinto. Sobre aquilo que a Palavra de Deus não nos revela é bom ficarmos
calados. Uma coisa é certa: a manifestação do dom no dia do Pentecostes, e os
propósitos para os quais foi dado (Atos 2), deferiam em muitos aspectos do dom
tal como se manifestou em Corinto.
Devido
a certos aspectos obscuros quanto à forma exata em que se manifestava o dom de
línguas, fora fácil para Satanás falsificá-lo. No culto pagão era bem conhecido
e os sonidos incoerentes abundavam. Em tempos posteriores, sob o disfarce de
Cristianismo, de vez em quando tem aparecido diversas manifestações de um
pretendido dom de línguas. Sem dúvida, quando essas manifestações se comparam
com as especificações bíblicas do dom de línguas, se vê que é diferente do
verdadeiro dom do Espírito Santo. Portanto, devemos rejeitá-las como falsas.
Mas a existência da falsificação não deve induzir-nos a pensar com desdém
acerca do dom genuíno. A manifestação correta do dom (I Cor. 14) cumpria uma
função útil. É certo que haviam abusos do dom, mas Paulo tratava de corrigir os
abusos e de dar à presença do dom o seu devido lugar.
As
promessas de Deus são condicionais, elas não são para todos em todas as épocas.
Por exemplo, quando os israelitas chegaram em Canaã, o maná deixou de brotar do
solo, pois agora eles tinham como plantar e colher; também não era mais preciso
tirar água da rocha, nem ter uma nuvem de dia e uma nuvem de fogo a noite.
Quando
a igreja estava se estabelecendo, ela era frágil, ilegal, e pregava sobre um
Deus aparentemente “fraco”, pois Ele fora morto por simples mortais tão
acostumados com a demonstração de poder. Por isso o evangelho era loucura para
os pagãos, cujos deuses se digladiavam por poder, se iravam, e tinham que serem
aplacados com sacrifícios de animais e seres humanos.
Naquela
época, um Deus manso, humilde e submisso como uma ovelha, era sinônimo de
fraqueza e vergonha. Por isto Deus concedeu dons especiais para Sua igreja, a
fim de dar crédito a mensagem que ela deveria propagar ao mundo.
Infelizmente
Satanás deturpa todos as bênçãos de Deus para confundir os homens. Note como os
“curandeiros” comercializam e exploram com o “dom da cura”. Claramente podemos
ver Satanás agindo através destas falsas curas. “Nem todo que diz Senhor,
Senhor entrará no reino...”, disse Cristo. E aqueles que confiam apenas nos
sentidos para ter certeza da salvação, ouvirão as mais duras palavras ditas a
um mortal: “não vos conheço”.
O
cristão não precisa ver uma cura nem receber um “choque celestial” para estar
certo da salvação, pois isto é salvação pelas obras. A única forma de se
apropriar da salvação é exclusivamente pela fé, não porque sinto mas porque
acredito.
C) Dom Profético: A
posição da Igreja Adventista quanto ao dom de profecia, é de cuidadosa
aceitação, pois devemos “provar os espíritos”, nos adverte a Palavra de Deus.
Uma pergunta que freqüentemente nos ocorre é esta: existe informação e apoio
bíblico para o dom profético em dias modernos?
Deus
se revela aos homens através de duas maneiras principais: através da natureza (revelação geral) e através
dos profetas (revelação especial). O
conteúdo básico dessa revelação especial é aquele das Escrituras Sagradas.
Ao
examinarmos as Escrituras descobrimos 5 pontos fundamentais:
a) Que vários profetas se levantaram
para comunicar as verdades divinas, e essas verdades não fazem parte da Bíblia.
Jamais eles foram considerados inferiores, muito pelo contrário: temos profetas
que não escreveram nenhuma página das Escrituras repreendendo outros profetas
(Natã a Davi, por exemplo).
b) Em parte alguma das Escrituras o dom
de profecia é limitado a alguma época ou geração.
c) As Escrituras nos apresentam
critérios para distinguir um profeta verdadeiro de um falso.
d) Que nos últimos dias haveria a
manifestação de um falso dom profético (Mt. 24:24).
e) Que nos últimos dias se manifestaria
o verdadeiro dom profético (Joel 2:28-32).
Os
judeus do tempo de Cristo ouviram a João Batista com sua pregação:
"Preparai o caminho do Senhor" e o Messias apareceu como ele havia
anunciado.
Não
deveria haver uma voz profética clara nos tempos modernos? O que impediria que
Deus falasse ao homem moderno pela voz de um Profeta?
A profecia de Joel - Se lermos
com atenção o cap. 2:28-31 iremos logo perceber que Deus prometeu este dom de
maneira especial.
De
acordo com o apóstolo Pedro, esta profecia encontrou seu cumprimento no dia do
Pentecostes (Atos 2;15-20). Mas uma leitura cuidadosa destes versos, nos faz
levantar mais uma pergunta: "Foi completo o cumprimento nessa oportunidade
ou há evidência de que se pode esperar um cumprimento maior no futuro?"
Quando
colocamos lado a lado Joel 2:28-31 e Apoc. 6:12-17 percebemos que os fenômenos
extraordinários da natureza (terremoto, escurecimento do sol e da lua) ocorrem
no último período da história desse mundo, exatamente antes do retorno de
Jesus. A próxima conclusão é de que o derramamento do Espírito Santo sobre toda
a carne e a manifestação do dom profético se cumpririam nesses últimos dias,
"antes que viesse o grande dia do Deus Todo-Poderoso".
Ao
buscar nas Escrituras do Velho e do Novo Testamentos encontraremos os
comentários de Paulo com respeito a igreja que esperava a "manifestação do
nosso Senhor Jesus Cristo" (I Cor. 1:7). A essa igreja não faltaria
"nenhum dom", senão que seria enriquecida em Cristo, "em toda
palavra e em toda a ciência" (I Cor. 1:5-7). Os dons do Espírito de Deus
apareceriam na última igreja e o testemunho de Cristo seria "confirmado"
nela (cap. 1;4-8). E qual testemunho de Cristo? A Voz do anjo declarou a João
que o testemunho de Jesus é o espírito de profecia (Apoc. 19:10); ou seja o dom
de profecia.
Na
epístola de Paulo aos Coríntios o apóstolo explica porque foram outorgados à
igreja dons tais como o de "profetas,.... evangelistas,...
pastores e mestres" (Ef. 4:8-11). Foram outorgados, diz Paulo, "a fim
de aperfeiçoar aos santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo
de Cristo; ... para que já não sejamos meninos inconstantes, levados ao redor
por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam
fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo
naquele que é a cabeça, Cristo (Versos 12-15).
A
obra do Espírito por meio dos dons outorgados durante a Era Cristã não
substituiria a Bíblia, senão que manteria a igreja leal aos ensinamentos
bíblicos e iria corrigir aqueles que se desviassem da verdade bíblica.
A
Bíblia projeta a aparição do dom profético. E se temos que aceitar plenamente a
Bíblia devemos aceitar as manifestações genuínas do dom profético. " A
Bíblia e só a Bíblia como regra de fé e prática", este princípio exclui a
tradição e qualquer ensino que não se harmonize com a Palavra de Deus.
Que
é o testemunho de Jesus?
A
frase "o testemunho de Jesus" aparece não só em Coríntios, mas também
no livro do Apocalipse, onde é empregada seis vezes, uma vez no cap. 12, duas
no primeiro capítulo, duas no cap. 19 e uma vez no cap. 20. Se não fosse pela
maneira em que esta expressão é interpreta pelo anjo de Deus em Apoc. 19:10, e
pelo fato de que em Apoc. 12:17 se estabelece que a igreja remanescente tem o
testemunho de Jesus, poderia ser
interpretada como um genitivo e traduzida como "o testemunho acerca de
Jesus", em todos os casos.
Pelo
fato de que uma das características da igreja remanescente , de acordo com
Apoc. 12:17, é que ela tem o testemunho de Jesus", é claro que essa igreja
deve ter em seu meio "o espírito de profecia" e, portanto se reclama
(se exige) a presença de um profeta (ou profetas) por meio do qual Jesus
apresente seu testemunho (leia-se cuidadosamente Apoc. 12:17 19:10; 22:9).
Provando
o dom profético
Dois
extremos são perigosos. O primeiro é aceitar de qualquer jeito qualquer
profeta e o outro é ter preconceito
quanto ao dom profético. Poderia ser mais fácil para nós dizer que depois dos
apóstolos ninguém mais se levantaria como profeta. Nos livraríamos de muitos
problemas, mas não é isso que Deus nos apresenta. Deus promete o dom e nos dá
os critérios (os instrumentos) para que possamos avaliar o dom. Paulo desafia a
igreja a provar a obra do Espírito (I Tes. 5:19-21). As Escrituras nos oferecem
quatro critérios principais:
1) À Lei e ao Testemunho (Is.
8:19 e 20) - Essa é a norma básica para avaliar o profeta. Se ele não
magnificar as Escrituras, levar o povo (a igreja) a corrigir seus caminhos, não
reprovar os pecados, não instruir pelas Escrituras não é verdadeiro.
2) Cumprimento de Profecia (Jer.
28:9; 18:7-10) - Geralmente a obra do profeta se divide entre porções que
ensinam e porções que predizem. As predições devem ser conferidas em seu
cumprimento. Verdade é que devemos tomar em conta o fenômeno da profecia
condicional (ver o livro de Jonas como prova de profecia condicional).
3) Vida e obras (Mt. 7:15-20) - Jesus nos apresenta esse critério em tom de
advertência contra os falsos profetas. Precisamos examinar as pretensões de
piedade do profeta e reconhecê-los pelos seus frutos. Isto significa seu
caráter e seus ensinos. Se a vida não está de acordo com os seus ensinos e com
os ensinos das Escrituras Ele deve ser rejeitado.
4) Exaltação de Cristo (I João
4:1-3) - Um profeta moderno necessitará exaltar a Cristo como o Filho de Deus e
como Senhor e Salvador totalmente capaz. Se o enfoque for outro que não Jesus
deverá ser rejeitado.
Concluindo,
diríamos que Deus promete prosperidade para aqueles que crêem em Seus profetas
(II Crôn. 20:20). Qualquer pessoa que recebe alguma mensagem tem que analisar
sua vida e sua mensagem de acordo com todos os requisitos bíblicos listados
acima.
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