Deus nunca aprovou a prática
do divórcio, ou de uma pluralidade de esposas, “entretanto, não foi assim desde
o princípio”, afirma Jesus (Mat. 19:8).
Deus tolerou durante algum tempo, “por causa da dureza do vosso coração”, mas
deu instruções com o objetivo de salvaguardar os direitos das mulheres e
minorar o seu sofrimento resultante deste costume, como também proteger as
relações conjugais de abusos exacerbados (Ex. 21:7–11; Deut. 21:10–17). Se por
um lado, por exemplo, Deus não proibiu Abraão de possuir uma segunda esposa
(Hagar), por outro lado, não o protegeu dos males resultantes de tal
procedimento.
Deus deu à Moisés leis
designadas, se não diretamente para abolir a poligamia, mas pelo menos para
desencorajá-la (Lev. 18:18; Deut. 17:17). Também deu leis para restringir o
divórcio (Deut. 22:19, 29; 24:1) e para elevar o padrão do matrimônio (Ex.
20:14, 17; Lev. 20:10; Deut. 22:22). Cristo deixou bem claro que, a tolerância
registrada no Velho Testamento para uma pluralidade de esposas e para o
divórcio, não era o ideal, mas que Deus usou um expediente temporário “por
causa da dureza dos vossos corações” (Mat. 19:4–8). Cristo apontou o ideal de
Deus para os lares cristãos (Mat. 19:9), o qual sempre foi a monogamia (Mat.
19:4–6; 1 Tim. 3:2; Titus 1:6).
Não era permitido por Deus
que os homens tivessem mais de uma mulher. Desde o princípio, Deus já tinha
dito para “não adulterarmos” (Êxodo 20:14).
Se analisarmos com diligente
estudo a Palavra de Deus, vermos que o Senhor nunca aprovou a poligamia. Em Levítico 18:18 Deus diz: “E não tomarás com tua mulher outra, de
sorte que lhe seja rival, descobrindo a sua nudez”. Em Deuteronômio
continua: “Tampouco para si multiplicará
mulheres, para que o seu coração não se desvie...” (Deuteronômio 17:17-
leia também Deuteronômio 22:19 e 29)
A experiência de ter o
coração desviado de Deus por ter tido mais de uma mulher cumpriu-se na vida de
Salomão. Veja: “Ora, além da filha de
Faraó, amou Salomão muitas mulheres estrangeiras: moabitas, amonitas, edomitas,
sidônias e hetéias, mulheres das nações de que havia o Senhor dito aos filhos
de Israel: Não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam
o coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor.
Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres
lhe perverteram o coração. Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o
coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para
com o Senhor, seu Deus...”
Outros grandes homens da Bíblia
caíram por causa da prática da poligamia. São eles: Davi (2 Samuel capítulos 11
e 12). Sansão (Juizes capítulo 16).
Depois de analisar as
Escrituras com reverência e atenção, concluímos que o povo antigo praticava a
poligamia porque queria, e não por
ser a vontade de Deus. No Antigo Testamento vimos diversos textos que nos
mostram que desde aquela época o Senhor queria que o homem fosse esposo de uma
só mulher.
Estas experiências servem de
advertência para nós. Nunca devemos desobedecer a Deus, quando ele diz que
devemos ter uma esposa somente. Se
aqueles grandes homens da Bíblia caíram e tiveram de enfrentar graves
conseqüências, imagine o que pode acontecer conosco, se viermos a praticar tal
pecado!
Não há razão hoje, para
ficarmos em dúvida sobre estes assuntos, nem para usarmos as desculpas
limitadas dos homens dos tempos do VT. Tanto a poligamia quanto a escravidão,
não fazem sentido hoje em dia.
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