No dia 07 de abril não comemoro somente a saúde, mas a minha própria
vida! Sim, foi nessa data que vim à luz! Portanto, perdoe-me, mas, para mim, é
impossível pensar no “Dia Mundial da Saúde” e falar sobre ele nesta coluna de
Reavivamento e Reforma sem refletir sobre mim mesmo e minha própria saúde. São “4.1”
rodados, cheios de alegrias, tristezas, desafios, vitórias... como todos os
seres humanos. “Segundo a Organização Mundial da Saúde, saúde pode ser definida
como 'um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste
apenas na ausência de doença ou de enfermidade.' Isso quer dizer que uma pessoa
saudável não é apenas aquela que não apresenta doença, mas, sim, aquela que
está bem consigo mesma e também apresenta uma boa relação com a sociedade”.[1]
E, como pastor, termino relacionando uma definição assim com a realidade
vivenciada pelos cristãos que frequentam uma igreja. Somos uma igreja com
cristãos saudáveis ou doentes? Se, com a mensagem linda e maravilhosa que temos
dos oito remédios naturais[2]
deixados por Deus e dos princípios encontrados em Sua Palavra[3],
orientando-nos em como devemos viver com Deus e com os nossos semelhantes[4],
estivermos sendo “uma igreja doente”, o que estará faltando? Há um texto na
Bíblia que mexe muito comigo. Quando Jesus está a sós com seus discípulos e
eles perguntam sobre os sinais que antecederão à Sua vinda, uma das coisas
abordadas por Cristo é: "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de
muitos esfriará” (Mateus 24:12).
Talvez você pense: "Pastor, o que isso tem a ver com saúde?"
Nisso temos algo tão simples que, como criaturas que complicam tudo,
talvez deixemos de perceber a essência de muitas coisas. Por exemplo, Salomão
fala que "a alma deprimida consome até dos ossos do corpo todo o
vigor" (Provérbios 17:22). E o que mais faz a alma ficar deprimida? A
falta de aceitação, de ser reconhecida, valorizada, aceita... Resumindo: falta
amor! “O deprimido sofre pela ausência de amor.”[5]
E eu não paro de encontrar pessoas com a saúde detonada porque seus
relacionamentos não estão bons. A dificuldade do convívio entre cônjuges, pais
e filhos e irmãos na fé aumentou, e muito! Sabe aquelas coisas pequenas,
medíocres, com as quais as pessoas se apegam? Como algo do tipo: "se eu
não receber tal cargo, viro a cara, fico bravo com todo o mundo, chuto o
balde..." Sentimentos negativos sendo somatizados causam doenças! Tais
doenças que começam na mente e afetam nosso físico[6]
vão fazendo secar nossos ossos.[7]
Não foi por acaso que Jesus enfatizou, em seu discurso de despedida, as
seguintes palavras: "Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos
outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros"
(João 13:34). Jesus sabia o que estava dizendo, porque o amor cura.[8]
O amor motiva. O amor é o maior e melhor ingrediente para promover as doenças e
restaurá-las.[9] É
claro que existem exceções, mas na essência, o que você e eu mais precisamos
para ter uma boa saúde, é aproveitar o curto tempo de vida que temos nesta vida
para abençoar as pessoas através do nosso abraço, do nosso sorriso, da nossa
aceitação e da valorização do ser humano, seja quem for. Foi isso que Cristo
fez.
Creio que, se buscarmos ler mais sobre o Senhor, ficar mais perto dEle e
aprendermos a amar e ser amados, teremos a essência do caráter dEle que é o
amor! “Quanto mais nos tornamos semelhantes a Jesus, tanto mais queremos gastar
nossas vidas em amor e serviço aos outros”.[10]
O amor cristão fortalece os crentes e a igreja.[11]
Pense nisso! Ame a todos e procure sentir o amor de Deus através das coisas
maravilhosas que Ele coloca em nosso caminho. Perceba-as e tenha uma boa saúde.
Mens sana in corpore sano, “meu
querido amigo, tenho pedido a Deus que você vá bem em tudo e que esteja com boa
saúde, assim como está bem espiritualmente” (3João 1:2).
Grande Abraço,
Pr. Valdeci Jr.
[1] Santos, Vanessa Sardinha. Mundo Educação. 07
de abril - Dia Mundial da Saúde. Disponível em:
.
Acesso em: 01 abr. 2017.
[2] “Quais são os 8 remédios naturais e para que
servem?”Disponível em: .
Acesso em: 04 abr. 2017.
[3] Leia também “A Saúde no Tempo do Fim”.
Disponível em: .
Acesso em: 04 abr. 2017.
[4] Venden, Morris L. Como Jesus Tratava as
Pessoas. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2006.
[5] Gomes, Antonio Maspoli de Araujo. Um olhar
sobre depressão e religião numa perspectiva compreensiva. Revista Estudos de
Religião. Universidade Metodista de São Paulo, v. 25, n. 40, 81-109, jan./jun.
2011, p. 87.
[6] White, Ellen. Mente Caráter e Personalidade,
v. 2. 4ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2015, p. 59, 60, 62, 396.
[7] Com referência a Provérbios 17:22.
[8] Teodoro, Wagner Luiz Garcia. Depressão:
corpo, mente e alma. Uberlândia, MG: 2010, p. 202-206.
[9] Boccalandro, Marina Pereira Rojas. O amor na
relação terapêutica e no processo de cura. Revista Psic. v. 4, n. 1, jun. São
Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2003.
[10] Marshall, Colin; Payne Tony. A Treliça e a
Videira: a mentalidade de discipulado que muda tudo. São José dos Campos, SP:
Editora Fiel, 2015, p. 189.
[11] Xavier, Erico Tadeu. Crescimento Numérico
Adventista: estudo comparativo dos fatores de crescimento nos estados de SP, SC
e BA. Blumenau, SC: Nova Letra Editora, 2016, p. 189.
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