A leitura de hoje é toda recheada
de louvores cantados a Deus, pelos seres humanos, mas, no Céu. Por enquanto,
costumamos louvar a Deus, mas não ainda num contexto celeste. A música de
adoração usada na igreja é uma questão de gosto, cultura e legenda. E a música
do Céu.
Quando perguntam-me: “qual é a
melhor música para ser cantada na igreja?” costumo responder que a música na
igreja deve louvar e adorar, pois a casa de Deus é lugar para adorá-Lo. “Tal
cântico serve de instrumento de prestação de culto, de adoração?”. Se a música
não puder conduzir os adoradores à veneração ao sagrado, não é apropriada para a
igreja. Mas isto não quer dizer que, se não serve para ser usada na igreja,
então é pecaminosa. Porque em toda adoração deve haver louvor, mas nem sempre
há adoração em todo louvor. Diante de tanta diferença de gostos e formações
culturais geradas pela tranculturação interna dentro da nossa sociedade
brasileira, nossos músicos precisam ter uma flexibilidade e bom senso muito
grandes para produzir musicas que se adéqüem a diferentes contextos de
adoração. Como este leque é bem extenso, poderá haver músicas que sirvam para
adoração em um contexto, e em outro não. Precisamos musicar seguindo o conselho
de Paulo em 1Tessalonicenses 5:51, analisando o contexto e as pessoas que
participarão. Se a música levar a maior parte das pessoas a Jesus, num espírito
de adoração e louvor, sem ruído de comunicação, ela é adequada; caso contrário,
deve ser substituída (mas tal substituição não quer dizer que em outro contexto
a música não seja adequada), a despeito dos gostos particulares.
Quase tudo que cantamos aqui, não
servirá para ser cantado na eternidade. Mas até onde vai o equilíbrio de sermos
cultos cidadãos da Terra e do Céu ao mesmo tempo? Se quisermos esquecer-nos das
coisas que para trás ficam e prosseguir para o alvo, devemos estabelecer como
padrão, o alvo. Deus aprova nossos costumes uma vez que sigamos o conselho dado
através de Paulo em Filipenses 4:8. Uma vez que observarmos os diferentes
aspectos das canções que usamos, como ritmo, harmonia, melodia, instrumentos,
maneira de interpretação, acordes, etc., e deixarmos que suas influências
seculares sejam moldadas e substituídas pelas celestes, estaremos em
conformidade com o padrão de 1Coríntios 10:31.
Se a música espelha o padrão cultural,
nossa expressão do Reino dos Céus através do canto se dará à proporção da
adoção dos fatores culturais do Céu em nossa vida. Se não os temos, sejamos
receptores da transculturação entre a nossa cultura e a do Céu ao selecionarmos
músicas que consigam inserir em nós os seus atributos culturais.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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