Nós cristãos ativos
freqüentadores de igreja cometemos um erro crasso: o ato da alienação
exclusivista. Ostentamos a bandeira da prática religiosa de uma forma tão
marcante que chegamos a dar a impressão de que não queremos mais ter contato
com a sociedade na qual vivemos. Um dos comportamentos que nos impõe esse fator
“cultural” é a maneira como nos vestimos para ir à igreja. Enquanto dizemos que
temos que ir a Cristo como estamos, por Ele nos aceitar como somos, damos a
impressão de que estamos buscando uma aceitação através da nossa apresentação
pessoal em nossas reuniões de culto. É claro que é importante dar o nosso
melhor para Deus, inclusive, no vestir-se. Mas, será que o nosso melhor é o
mais caro? O mais ostensivo? Ou, até mesmo, o mais esquisito?
Várias vezes, já ouvi moradores
comuns de um bairro referirem-se à igreja existente no bairro, à qual eles não
freqüentam, como “igreja dos ricos”. Porque vêem todos, sempre, chegando e
saindo vestidos de gala. Em plenos 35 graus, de terno e gravata! Isto é muito
diferente, para não dizer, ridículo. Coloque-se no lugar de um sem-igreja, que,
por iniciativa própria, resolve ir a uma igreja. Ele se arruma da melhor forma
possível: calça jeans, sport fino, etc. E quando chega no encontro dos crentes,
vê que está muito abaixo do nível. Deve pensar: “nossa, para que Cristo me
aceite, vou ter que gastar uma nota mudando meu guarda-roupas”.
A realidade é que muitos não vão
à igreja por comunhão, mas por ostentação. E são diferentes, os tipos de
ostentação. Nem todas as pessoas ostentam a mesma coisa. Uns ostentam a
tradição da família, que, sustentando um sobrenome que lhes dê orgulho,
acham-se os donos daquela comunidade de crentes. Outros ostentam o carro, e fazem
questão de chegar e sair do estacionamento do templo no momento em que tem mais
pessoas o possível espalhadas pelo pátio. Outros ostentam os filhos: que lindo
e maravilhoso, ser elogiado por uma família modelo! Ainda há aqueles que querem
ostentar idéias, e, depois de muito estudo, vão à reunião dos fiéis para fazer
uma exposição de sua intelectualidade. Tem também aqueles que ostentam “poder”
ou status, por uma função que exerce no serviço da igreja. Certos jovens
ostentam a namorada. Habilidosos ostentam o talento. E assim, podemos nos ver
na arquibancada, contemplando a passarela “da(os)tentação”.
Você é tentado a ostentar o quê? Pense.
Lembre-se do que Paulo disse: “Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser
na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado
para mim, e eu para o mundo”.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Quer dizer o que pensa sobre o assunto?
Então, escreva aí. Fique à vontade.
Mas lembre-se: não aceitamos comentários anônimos.
Agora, se quiser fazer uma pergunta, escreva para nasaladopastor@hotmail.com