segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

“MERECE CONFIANÇA O NOVO TESTAMENTO?” - Revisão do Novo Testamento

O título acima é da obra de Frederick Fyvie Bruce. Todavia, é realmente necessária, a investigação da validade histórica do Novo Testamento? A ética e a mensagem positivas do Sermão do Monte e dos evangelhos não são suficientes? Bruce responde a essas objeções dizendo que isso pode valer para qualquer religião ou sistema filosófico, mas, o cristianismo tem sua validade profundamente arraigada na história, porque é mais do que os ensinamentos de Cristo, é a história da Salvação que começou na Queda e culmina em um fato histórico: a ressurreição do Filho de Deus.
As bases para a fidedignidade do Novo Testamento são muito superiores, quando comparadas às bases para a fidedignidade de textos clássicos da antiquidade. A Íliada de Homero que tem 643 manuscritos antigos e 500 anos separam o original da primeira cópia. O Novo Testamento tem mais de 5600 manuscritos e 50 anos entre os originais e a primeira cópia. Se o crítico quiser rejeitar os textos do Novo Testamento como lendários ou não confiáveis terá que emitir o mesmo julgamento em relação a praticamente todos os textos antigos Mas o que acontece na realidade é um julgamento bastante injusto. De dois pesos e duas medidas. O que se exige do Novo Testamento não se exige de nenhum outro texto antigo
E tudo isso é baseado num pressuposto naturalista não justificado. Se relata milagres, logo, é falso, pressupõe arbitrariamente os críticos. E contra isso não há evidência textual e histórica que possa vencer. Mas raiz do problema não está na História, e sim em pressupostos filosóficos injustos e arbitrariamente aplicados à teologia. É claro, não podemos ser ingênuos a ponto de acreditar que cada vírgula do Novo Testamento pode ser comprovada histórica e textualmente.
Mas o que importa na avaliação de um texto histórico são os pontos centrais, e nesses pontos o Novo Testamento passa por qualquer prova. A partir desses particulares, inferimos quanto ao universal. Para aqueles que têm fé há base segura para crer. Se confiamos em um historiador qualquer por observarmos que suas conclusões são coerentes com a realidade, podemos igualmente confiar nos autores do Novo Testamento, pois estes são igualmente - senão mais - coerentes com os fatos históricos.
Certa vez, Hegel estava dando uma aula de filosofia da história e um aluno lhe replicou “Mas, Professor, os fatos lhe são contrários”. A resposta de Hegel? “Tanto pior para os fatos!” !?!?! Assim procedem os que criticam a Bíblia: nada de racional. Se um cético analisar imparcialmente a história dos textos neo-testamentários terá duas opções: admitir a confiabilidade destes, ou negar a sua própria racionalidade.


Valdeci Júnior

Fátima Silva

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