segunda-feira, 11 de julho de 2011

Interpretação Literal do Gênesis e o Surgimento da Escrita

Como posso acreditar que Gênesis foi escrito por Moisés, se ele viveu muito tempo antes do surgimento da escrita? Creio que a interpretação de Gênesis é, em grande parte, mitológica.

A foto ao lado é micológica. Nossa atual cultura é um mico. Hoje, vivemos num processo de deterioração cultural. Um exemplo disso pode ser visto na foto ao lado. Veja a cultura que o Lula, a Dilma, o PT, nossos políticos, conseguem produzir. Mas nem sempre a humanidade foi representada por tamanha fraqueza. Moisés, de maneira incomparável, influenciou a cultura da humanidade, positivamente.
E indo direto à gema da sua pergunta, com com todo carinho, preciso lhe dizer algo. Sabe, realmente você precisa de uma boa literatura até conseguir chegar a compreender uma hermenêutica bíblica sadia. E alegre-se: estamos aqui para ajudá-lo. É claro que somos cientes de que “a interpretação moderna da cosmogonia bíblica revelada em Gênesis 1 tornou-se extremamente complexa, dividida entre interpretações literais e não-literais. As interpretações não-literais subdividem-se, conforme suas distintas abordagens, em correntes que consideram o texto bíblico como mitologia, poesia, teologia, ou simbolismo. As interpretações literais diferem também entre si, podendo-se destacar três diferentes pontos de vista, que resumidamente foram considerados por Richard M. Davidson em seu artigo "No Princípio: Como interpretar Gênesis 1", publicado no número 53 da Folha Criacionista”. (http://www.scb.org.br/htdocs/periodicos/licoes/RVC6399.html).
E o chamado a essa fidelidade exegética não agride o crescimento de acúmulo de informações que a humanidade tem atualmente, como por exemplo você imagina, nos questionamentos sobre a autoria mosaica do Pentateuco. Pois os historiadores crêem que os registros escritos mais antigos de qualquer civilização datam de cerca de 3.000 a.C.  E tão antigo quanto o surgimento dos Sumérios e sua escrita – no começo da História entre 3000 e 3500 anos A.C., encontramos nos achados arqueológicos e históricos, escrita logográficas, ideográficas, silábicas e alfabéticas. Sem contar com os egípcios lidando com seus hieróglifos, na mesma época em que Moisés foi educado no palácio egípcio. É claro que até pouco tempo não se conhecia achados de datações tão antigas sobre a escrita, o que levou a muitos livros didáticos de história a datarem o surgimento da escrita para épocas bem mais recentes. E, infelizmente, quando a informação não coaduna com o tendencionalismo da escolástica predominante, demora algumas décadas para ser alterada.
Mas qualquer aluno de William Albright (pai da arqueologia moderna) sabe que as mais primitivas das antigas civilizações descobertas pelos arqueólogos dão evidência de um nível de desenvolvimento cultural e científico comparável a algumas tribos aborígines existentes no mundo atual. Além disso, muitas outras civilizações antigas (como a Suméria, o Egito e a China) mostram um elevado grau de desenvolvimento, incluindo a linguagem escrita, sistemas legais, habilidade em metalurgia, arquitetura, instrumentos musicais, arte, cerâmica, matemática, filosofia, astronomia, história, etc. Esses fatos tendem a questionar a noção de que a civilização humana requereu centenas de milhares, ou milhões de anos para tomar forma, e que as civilizações primitivas precederam em milhões de anos as que são muito mais avançadas.
É por essas razões, e não por um acaso, que Jesus dá a entender que Moisés escreveu o livro de Gênesis (Mat. 19:4 e 5; Mar. 10:2-9), e que a autoria mosaica de Gênesis foi repetidamente endossada pela maioria dos escritores no Novo Testamento (Rom. 4:17; Gál. 3:8; 4:30; Heb. 4:4; Tiago 2:23). Martinho Lutero, consistentemente, defendeu a interpretação literal do relato da criação: “Afirmamos que Moisés falou no sentido literal, e não alegórica ou figurativamente, isto é, que o mundo, com todas as suas criaturas, foi criado em seis dias, como se lê no texto”. Também os outros Reformadores entendiam os “dias” da criação da mesma forma.
Portanto, é por muitas indicações literárias, temos um relato histórico autêntico de como as coisas se originaram em Gênesis 1 e 2. Esses eventos são mencionados por escritores bíblicos subseqüentes (e por Jesus) como históricos, e os ensinos da fé cristã estão baseados na historicidade desse relato, isto é, o pecado, o sábado, a expiação, a profecia, o evangelho, etc.
Portanto, recomendo-lhe não somente a leitura de bons materiais em separado (http://www.scb.org.br/artigos/FC53_diasLiterais.asp; http://www.scb.org.br/artigos/DU-arqueoBiblia.asp; http://www.scb.org.br/Videos_Port_Resenha.htm), bem como um vasto estudo que navegue por tudo o que a Sociedade Criacionista Brasileira oferece (www.scb.org.br).
Da mesma forma que a linguagem bíblica como um todo não dá opções para se afirmar, por exemplo, que os dias da Criação não sejam literais, a linguagem do Gênesis sugere uma história autêntica, e é por isso que, historicamente, os cristãos têm entendido que os dias da Criação foram dias (de 24 horas) literais. Somente os modelos pós-modernistas ocidentais, como por exemplo a alta-crítica, têm se perdido com isso, mas são exatamente os contextos que têm se perdido em todos os domínios eclesiásticos, o que nos leva a pensar no conselho de Cristo de que pelos seus frutos os conhecereis. Porque, por um outro lado, crer na história autêntica de Gênesis é a base para se crer num Deus todo-poderoso.
Quando aceitamos a onipotência e a onisciência de Deus, crer na hermenêutica correta do texto de Gênesis, e nem mesmo numa semana literal de criação. O problema é a distância que nós mesmos nos colocamos do Criador. Nada está além do Seu poder. "Os céus por Sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de Sua boca, o exército deles" (Sal. 33:6). Ele poderia ter criado o mundo e tudo o que existe nele em menos de um dia, mas escolheu fazê-lo em sete.
O meu conselho é que, além de um estudo puramente racionalista, você busque a Deus da forma como é devida. Como? Deus é um Ser. E com um Ser, relaciona-se, e não “laboratoreia-se”. Gaste uma hora ou mais por dia num encontro pessoal com ele. Nesse seu culto individual, leia partes da Bíblia como “pão” espiritual, e não como um monte seco de informações. Converse com Ele, abrindo o coração a Ele como a um amigo, contando tudo de você para Ele. Cante louvores a Ele. Peça, diariamente, o perdão pelos seus pecados, pelo sacrifício de Jesus, e o batismo do Espírito Santo. Depois de cada uma dessas experiências diárias, aí sim, sintonizado com Ele, peça-lhe que lhe mostre sempre a verdade, colocando sempre em seu caminho a compreensão correta, a sabedoria, os bons conselhos, literaturas, etc.
Como experiência pessoal eu lhe digo, que se você fizer essa sua parte, Ele fará a dEle. E se você quiser seguindo com mais estudos interativos entre nós, com a docilidade de aprender, estamos à sua disposição, para ajudar-lhe.

Um abraço,


Twitter: @Valdeci_Junior


Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Por que não foi o próprio Jesus quem escreveu a Bíblia?

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