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Falando sobre o plano da salvação, vemos que no período que antecede o primeiro advento de Cristo aqui na terra, Deus instituiu o sistema sacrifical de animais como um tipo do grande sacrifício que posteriormente seria realizado: Cristo.
Esta instituição foi dada junto com a promessa de redenção ao casal caído em pecado no contexto da queda de Adão e Eva. “A Bíblia não registra os primeiros sacrifícios, mas começa comparando o sacrifício aceitável de Abel, sob a forma de um cordeiro, com a oferta sem sangue inaceitável apresentada pro Caim (Gen. 4:4 e 5)”.
Seguiu-se a religião patriarcal que “girava ao redor do altar de sacrifício”, tendo como principal sacrifício o “holocausto”.
“A religião nacional de Israel era o florescimento, uma elaboração da antiga religião dos patriarcas. Era o desenvolvimento natural (por desígnio divino) do primitivo sistema sacrifical”. Os elementos fundamentais de sacrifício e mediação vistos na era patriarcal sob a forma de vítima e sacerdote-pai foram agora ampliados em um novo contexto: o tabernáculo/templo, o e o sacerdócio credenciado. Todos os elementos significativos no ritual do santuário estavam presentes nos rituais de altares patriarcais, porém menos explícitos nestes do que naqueles, pois no santuário foram ampliados.
O ato sacrificar não era simplesmente, ou somente adoração. Em todo o ritual do santuário está figurada a complexa história da redenção. Incluída nestes tantos tipos (símbolos) está a intercessão. “No sistema do santuário, o abismo que separa Deus e o ser humano é simbolicamente transposto pelo sacerdócio, composto de pessoas credenciadas por Deus para mediar entre Ele e o povo... Pelos diversos ministérios do sacerdócio, Israel podia aproximar-se de um Deus santo em penitência, louvor e adoração, esperando com confiança ser plenamente aceito por Deus”. O sacerdócio era um tipo que prefigurava Jesus.
Para esta qualificação do sacerdócio havia exigências. Não podia ter defeito físico, que fosse capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, que pertencesse à linhagem sacerdotal da tribo de Levi, que se casasse com uma virgem, que se não lhe cortassem a barba ou o deixassem careca, não devia envolver-se com o cuidado de esquifes, etc. (Lev 21).
A questão não é: “porque as mulheres não ministravam o ritual do sacrifício”, mas sim, porque qualquer pessoa não poderia fazê-lo. Em resumo, Deus escolhera alguém para oficiar tal trabalho santo, representando-O no plano mais amplo e pleno de trabalhar em salvar o homem. É como se hoje perguntássemos: porque não são todas as pessoas, pastores? Paulo responde em I Coríntios 12 e Efésios 4. Porque Ele é quem escolhe. Não encontramos exemplos de sacerdócio feminino escolhido por Deus na Bíblia. Pelo contrário, nas qualificações, sempre fica entendido, pelo contexto, que o Senhor contava com alguém do sexo masculino; por exemplo, em Lev 21:21: “Nenhum homem da descendência de Arão..., ou nos versos em que fala do cônjuge do sacerdote, sempre se refere à esposa”.
Por que o sacerdote era sempre homem? Porque Deus escolheu assim. Assim como Ele escolheu que fosse sempre levita, descendente de Arão, etc. Discriminação? Não. Somos todos iguais perante Deus no valor que temos como pessoa, mas nas funções que desempenhamos temos nossas diferenças (ver I Cor 12-14; Ef, 4:11-15; Rm 12:3-8), não porque uma pessoa é mais importante que a outra, mas o dom que exerce pode ser mais ou menos importante que outro dom qualquer. Toda pessoa do Antigo Testamento era igual perante Deus no sentido de levar sua oferta e ser perdoada. Mas quem recebia esta oferta e a apresentava diante de Deus era qualificado e escolhido para isto: na época dos altares, o patriarca (chefe ou pai do clã), e no período do santuário, o sacerdote.
Com apreço,
Fonte: Frank B. Holbrook, O Sacerdócio Expiatório de Jesus Cristo, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2002).
Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Haveria alguma situação em que seria possível Deus não atender a oração do de alguém que está em pecado?
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