domingo, 3 de agosto de 2014

PERANTE O TRONO DE DEUS

Hinos ao Pai e ao Filho

Apocalipse 4 e 5

João, na ilha de Patmos, provavelmente, estava entre prisioneiros, com a cabeça cheia de dúvidas, por assuntos familiares, políticos, de sobrevivência, etc. Mas enquanto ele estava naquelas circunstâncias difíceis, Deus lhe deu uma visão que nos serve de exemplo para, em nossas dificuldades, olharmos para a Terra sob a perspectiva do Céu. Nestes dois capítulos, isso acontece em cinco hinos.

No primeiro hino (Ap. 4:8) os quatro seres viventes estão perante o trono clamando “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus Altíssimo, que foi, que é, e que há de vir”. No segundo hino, aparecem os 24 anciãos (Ap. 4:11). No capítulo cinco, estes dois grupos se juntam (vs. 9 e 10) – terceiro hino. O quarto hino é cantado com os anjos (5:12) e quinto (5:13b) por toda a Criação.


Temos apenas as letras dos hinos, lindas! Ah, se pudéssemos saber a música! É bom que não tenhamos a melodia, para que assim cada um possa cantar tais hinos segundo seus fatores culturais contextualizados musicalmente, pois o que importa é realmente a letra. Mas na execução, o interessante é que aqui temos o Crescendo. Note a ordem pela qual o show musical vai acontecendo: primeiro, canta o Quarteto do Céu, depois entra um Conjunto, em seguida o Coral, depois uma grande congregação se junta, para, por fim, se ver a Criação inteira reunida na música. Há uma ampliação de poucos para muitos cantando.

Há similaridades nas letras dos hinos, bem como diferenças. Para quem são os hinos? O primeiro e o segundo são para o Pai. Já o terceiro e o quarto são para o Filho. E por fim, o quinto hino é tanto para o Pai quanto para o Filho.  O segundo e o terceiro começam com a expressão “Digno és Tu”, um para o Filho, outro para o Pai.

No primeiro hino, a palavra Santo se repete três vezes, o que coincide com três nomes que aparecem para Deus: O Senhor Deus, o Altíssimo e Aquele que era, que é e que há de vir. É um desenrolar trino de santidade.

No segundo hino a expressão “Tu és digno, nosso Senhor e Deus, de receber...” descreve o que Ele faz. Ele recebe glória, honra e poder porque criou todas as coisas, por sua própria vontade. Este segundo hino, ao mostrar o Deus criador, mostra que a nossa vida não é um acidente, não veio do nada. Aquele que nos criou é capaz de nos recriar. Nossa vida tem um significado. Podemos viver em comunhão com o Criador, num relacionamento de Pai e filhos. E assim, as perguntas importantes da vida (De onde viemos? Para onde vamos? Por que estamos aqui?) são respondidas.

No terceiro hino, temos a referência a Jesus como nosso Salvador. Por isso é um Cântico Novo! O cordeiro é nosso evento. Estamos livres, não sendo mais escravos do nosso próprio eu, da culpa, da morte ou do pecado. Tudo que precisava já foi feito por nós. Então, porque não cantar, e louvar Seu nome?

O quarto hino traz sete elementos de louvor: poder, riqueza, sabedoria, força, glória, honra e louvor. Há um desdobramento coincidente de louvor. O tema da salvação é novamente enfatizado, mas com mais elementos, ampliando, mas continuando a correspondê-los. O Filho e o Pai são inseparáveis em suas personalidades de uma só divindade. Jesus é adorado como Deus, na adoração central do Apocalipse. No Centro da adoração do capítulo quatro, Deus é adorado como Criador; e no centro da adoração do capítulo cinco, Jesus é adorado como Salvador. Sem Criação não há Salvação.

O quinto hino, que envolve toda a Criação, descreve Deus como o Senhor que imana. Ele veio para o mais perto possível da humanidade. E no tempo oportuno, Ele se tornou um de nós, limitado, dependente dos outros e vulnerável. De novo, Ele recebe, de todos, o louvor. Sua condescendia é enigmática para nós. Mas os seres humanos podem aprender de sua grandeza e de sua proximidade. Deus é tanto transcendente quanto imamente, de perto e de longe, o soberano governador e o amigo chegado. Se faltar um desses aspectos, Deus não será suficiente na vida da pessoa. Deus nos Criou, e não quer nos perder. Ele quer nos salvar. Ele nos ama!

Este texto são anotações que fiz da palestra do Dr. Ekkehardt Mueller realizada em Porto Alegre em 02 de Agosto de 2014.

Leia Também: Música Adventista.

Que Deus lhe abençoe,

Pr. Valdeci Jr.

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