Certa vez, um rapaz muito tímido
apaixonou-se por uma moça. Ele não tinha coragem, de jeito nenhum, de ir até
àquela moça, para declarar o seu amor por ela. Topânio era bem entendido nos
assuntos da colônia. Conhecia bem os produtos da roça, entendia de animais...
Mas lidar com “sentimentos”, para ele, era como ter que domar um “bicho de sete
cabeças”. Resumindo, o rapaz não sabia como “chegar na moça”.
Então Topânio foi aconselhar-se
com um caboclo mais velho que ele, a quem ele julgava ser uma pessoa de mais
larga experiência. Então aquele compadre disse-lhe:
- Olha, Topânio, você vai até a
moça, e fala coisas doces pra ela.
Então, todo animado, o
conquistador saiu em busca do troféu. Colocou-se em frente à donzela, e,
emudecido, não conseguia dizer uma única palavra. Assustada, a senhorita
perguntou-lhe:
- Que é?
Então ele respondeu:
- Mel, açúcar, rapadura, garapa,
melado...
E, enquanto ele falava, a moça
saiu em disparada.
O jovem, sem saber o que fizera
de errado, mas muito bravo, voltou ao seu conselheiro. Sua reclamação era a de
que a dica falhara. Então o companheiro perguntou-lhe:
- Mas o que você disse?
E Topânio respondeu:
- Falei sobre o que você mandou:
coisas doces. Mel, açúcar, rapadura, garapa, melado...
O compadre respirou fundo e
falou:
- Não, meu amigo, você tem que
falar sobre aquilo que existe dentro de você...
- Ah, entendi...
E, de volta ao seu alvo,
colocou-se, mais emudecido ainda, perante a jovem. Ela, agora mais assustada, voltou
a perguntar:
- Que é?
- E o Topânio respondeu:
- Bofe, Fígado, Coração,
Espinhela, Tripa, Guela...
E você já pode imaginar o resto
da história.
Se você procurar, na internet,
vai encontrar uma série de serviços de declaração de amor disponíveis. Trata-se
de fazer pelo apaixonado o que ele deveria fazer mas não consegue: cortejar a
conquistanda. Você acha que dá certo: amor por encomenda, enlatado,
pré-formatado, pré-cozido ou pré-moldado? É óbvio que não. Uma triste decepção,
seria receber, da pessoa amada, uma carta de amor, achar a carta linda e
maravilhosa, e depois ficar sabendo que essa pessoa pagou, a um desconhecido,
pela criação da carta, sobre a qual ela nem conhece o conteúdo. Não seria uma
grande decepção? Sim! Porque o amor tem que ser sincero e genuíno; precisa ser,
realmente, oriundo do mais profundo interior do ser, e além disso, ser
demonstrado com arte.
Deus faz muitas declarações de
amor por você. Ele É amor, e sabe demonstrar isso com divindade: “Com Amor
eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí”.
Quer mais? Na leitura de hoje.
Valdeci
Júnior
Fátima Silva
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