O Jeremias foi parar no Egito.
Ele não queria ir para lá, de jeito nenhum. Ele falara para o povo que eles não
deveriam ir. E ele só foi para lá, por ter sido forçado pelas circunstâncias da
teimosia do povo. Mas, fazer o quê!
Você já passou por isso? Por uma circunstância
desagradável, pela qual você não gostaria de ter passado. A princípio você
evita, mas depois, a situação foge do seu controle, e, por causa dos outros,
você também acaba se lascando. Nestas horas, é difícil ficar de boca fechada.
Foi o que aconteceu com o
Jeremias que foi parar em Dafne, na fronteira nordeste do Egito. Dafne não
seria o ponto final da migração dos judeus que acompanhavam Joanã naquela fuga.
Dali eles se espalhariam. Mas, o fato é que, durante a pausa em Dafne, Jeremias
recebeu uma mensagem do Senhor. E deveria apresentá-la em forma dramatizada, como
as do cinto de linho e do vaso quebrado, que já apresentara anteriormente.
A obstinação do povo era tanta
que nada mais, nem a mensagem, as palavras ou as encenações de Jeremias, tinha
efeito. Quão fácil era-lhes torcer os fatos e interpretá-los segundo seus
preconceitos e preferência. Qual fácil é também que isso aconteça conosco hoje.
É um perigo. Quando o povo de Deus chega a esse ponto, o que mais um profeta de
Deus pode fazer?
Diante da inutilidade dos
argumentos, Jeremias apela para o futuro: a história diria quem tinha razão.
Que levassem sua maldade às últimas conseqüências. Veriam com seus próprios
olhos, e em sua própria carne, a palavra de quem subsistiria, a sua, ou a do
Senhor. Deus então declara que Seu nome não mais seria pronunciado em vão por
um só judeu vivendo no Egito. Seriam todos consumidos pela espada e pela fome.
Os que sobreviveriam e teriam ocasião de voltar à sua terra constituiriam um
número diminuto.
Um sinal finalmente lhes é dado
como prova de que a palavra do Senhor é que prevaleceria. Tinham se refugiado à
sombra de Faraó-Hofra (Apries - 589
a 570 d.C). Pois bem, Hofra seria entregue na mão de seus
inimigos, que o fariam perecer. E realmente, ele perdeu sua vida numa rebelião,
sendo sucedido por Amasis.
Os teimosos judeus ficaram
perdidos. O maior problema daquele povo foi confundir permissão divina com
vontade divina. Uma coisa é o que Deus quer, outra coisa é o que Deus, até
certo ponto, tolera. E cair na zona da tolerância é um perigo. Porque tudo fica
passível de ser confundido, e, na penumbra cinzenta, vem o pior: o sincretismo.
O melhor é procurar fazer a
vontade de Deus.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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