Tenho dúvidas sobre Romanos 8:28: "Sabemos que todas as coisas obram para o bem dos que amam a Deus, dos que têm sido chamados segundo seu propósito." Como são possíveis tais coisas?
Como é bom ver que você se interessa em saber a correta interpretação das verdades contidas na Palavra de Deus. Este verso que você questiona deixa muitas pessoas a questionar o porquê do sofrimento, uma vez que Deus se diz ser bom e todo poderoso. Carece mesmo de uma interpretação equilibrada.
Na expressão “e sabemos”, vemos que Paulo acrescenta um outro motivo para olhar com confiança para o futuro. Sabemos que, de acordo com o propósito eterno de Deus, todas as coisas contribuem para o bem daqueles que O amam. Mesmo as dificultades e sofrimentos desta vida, longe de estorvar nossa salvação, podem cooperar com ela. O cristão pode estar, a cada passo, nas mãos de Deus e levar a cabo os propósitos divinos.
Quanto à frase, “As que amam a Deus”, a sintaxis do grego faz com que esta declaração seja enfática. As palavras descrevem como verdaderos seguidores de Deus, os que realmente têm fé e confiam em Sua condução. Seu amor por Deus é uma resposta ao amor de Deus para com eles e à obra que Ele faz em todas as coisas para sua salvação. O amor de Deus deve chegar primeiro ao homem e entrar em seu coração, antes mesmo de este amar Áquele (1 João 4: 19), e o Espírito Santo também deve iluminar primeiro a um homem para que este possa orar como deve fazê-lo (Rom. 8: 26).
Anteriormente Paulo se referira ao amor de Deus por nós (cap. 5: 5, 8), e o menciona outra vez neste capítulo (cap. 8: 39). Também se refere várias vezes ao nosso amor para com os nossos próximos (cap. 12: 9-10; 13: 8-9).
Mas esta é sua referência mais específica na epístola aos Romanos quanto ao nosso amor para com Deus. A fé se menciona com freqüência e a esperança tem sido o tema dos versículos precedentes deste capítulo (cap. 8: 24-25). Agora Paulo amplia a lista mencionando o amor a Deus. É claro, cada referência que se faz à fé nesta epístola implica também amor, pois a fé cristã se baseia no amor e na admiração pro Deus e por tudo o que Ele é. Deus sempre está empenhado no bem dos que experimentam tal amor (1 Cor. 2: 9, Efe. 6: 24; 2 Tim. 4: 8; Tia. 1: 12).
Ao escrever “todas as coisas” Paulo demonstra que tinha o propósito de que isto se estendesse ao seu sentido mais amplo, incluindo todo o mencionado nos versos 35 e 39-39. Mas também pode referir-se especialmente às “aflições do tempo presente” (vers. 18).
Embora a evidência textual se incline, por todo este texto, para o pensamento de que “tudo coopera para o bem”, a construção grega indica que deve haver um sujeito implícito, pessoal, isto é, não são somente as coisas que operam, mas é Deus quem aproveita-se das circunstâncias para operar para o bem daqueles que o amam.
Para o bem? Sim. Nada pode lesionar a um cristão, a menos que o permita, o nosso Senhor (ver João 1:12; 2:6). Tudo o que se permite ajuda para o bem dos que amam a Deus. Se Deus permite que nos sobrevenham sofrimentos e perplexidades, não é para nos destruir, mas para nos refinar e santificar (Rom. 8:17). As dificuldades e os desenganos desta vida fazem que percamos o apego a este mundo e nos impulsionam a olhar para o céu como nosso lar. Ensinam-nos a verdade quanto à nossa condição frágil e perecível e fazem com que dependamos de Deus para receber apoio e salvação. Também desenvolvem em nós um espírito mais humilde e submisso, uma disposição mais paciente e terna. Isto têm experimentado os filhos de Deus através da história, e al final de suas vidas têm podido dizer que foram afligidos para seu bem (Sal. 119: 67, 71; cf. Heb. 12: 11). Antes de morrer José disse a seus irmãos: "Intentais mal contra mim, mas Deus o encaminhou para bem" (Gên. 50: 20).
Esta palavra que está traduzida por “propósito” no original grego é próthesis, que significa colocar algo ante a vista de outros. Neste sentido, se aplica ao pão que era colocado sobre a mesa da proposição (Mat. 12: 4; Mar. 2: 26; Luc. 6: 4). O verbo do qual se deriva esse termo, em Rm 3:25 é protíth'mi, que se usa para descrever o ato de Deus quando “colocou” a seu filho. Quando se aplica à mente significa um “plano” ou um “propósito”.
O eterno propósito de Deus (Efe. 3:110 é salvar aos pecadores por meio da graça (2 Tim. 1:9); e como este é o “propósito do que faz todas as coisas segundo o desígnio de sua vontade” (Ef. 1:11), se deduz então que “todas as coisa” devem ajudar “para o bem” dos “chamados” conforme este propósito.
Paulo reconhece plenamente a liberdade da vontade humana. Uma clara evidência disto é a grande importância que ele dá às exortações nas suas epístolas. Mas ele sempre vê por trás de tudo a soberania e o propósito de Deus. E não há contradição nisto, pois o propósito de Deus de salvar o homem se leva a cabo por meio do devido exercício da vontade dos seres humanos.
Vale ainda ressaltar o termo “são chamados”. O contexto implica que o convite tem sido aceito (ver Rom. 1: 6-7; 1 Cor. 1: 2, 24; Jud. 1; Apoc. 17: 14). Aos cristãos se denomina “chamados” porque Deus, mediante o Evangelho, os tem convidado a serem salvos. A salvação nunca se impõe ao pecador rebelde, mas o indivíduo a recebe ao aceitar o convite por livre exercício de sua vontade junto com a exortação que Deus faz chegar ao coração pela influência do Espírito Santo, para fazer efetivo o convite. Os que “amam a Deus” têm experimentado por si mesmos a evidência de que têm sido “chamados” “segundo o seu propósito”, pois seu convite tem produzido o propósito determinado (cf. Rom. 8: 16).
Portanto, faça uso destas explicações para aplicar lições práticas à sua vida.
Um abraço do seu amigo e irmão em Cristo,
Na expressão “e sabemos”, vemos que Paulo acrescenta um outro motivo para olhar com confiança para o futuro. Sabemos que, de acordo com o propósito eterno de Deus, todas as coisas contribuem para o bem daqueles que O amam. Mesmo as dificultades e sofrimentos desta vida, longe de estorvar nossa salvação, podem cooperar com ela. O cristão pode estar, a cada passo, nas mãos de Deus e levar a cabo os propósitos divinos.
Quanto à frase, “As que amam a Deus”, a sintaxis do grego faz com que esta declaração seja enfática. As palavras descrevem como verdaderos seguidores de Deus, os que realmente têm fé e confiam em Sua condução. Seu amor por Deus é uma resposta ao amor de Deus para com eles e à obra que Ele faz em todas as coisas para sua salvação. O amor de Deus deve chegar primeiro ao homem e entrar em seu coração, antes mesmo de este amar Áquele (1 João 4: 19), e o Espírito Santo também deve iluminar primeiro a um homem para que este possa orar como deve fazê-lo (Rom. 8: 26).
Anteriormente Paulo se referira ao amor de Deus por nós (cap. 5: 5, 8), e o menciona outra vez neste capítulo (cap. 8: 39). Também se refere várias vezes ao nosso amor para com os nossos próximos (cap. 12: 9-10; 13: 8-9).
Mas esta é sua referência mais específica na epístola aos Romanos quanto ao nosso amor para com Deus. A fé se menciona com freqüência e a esperança tem sido o tema dos versículos precedentes deste capítulo (cap. 8: 24-25). Agora Paulo amplia a lista mencionando o amor a Deus. É claro, cada referência que se faz à fé nesta epístola implica também amor, pois a fé cristã se baseia no amor e na admiração pro Deus e por tudo o que Ele é. Deus sempre está empenhado no bem dos que experimentam tal amor (1 Cor. 2: 9, Efe. 6: 24; 2 Tim. 4: 8; Tia. 1: 12).
Ao escrever “todas as coisas” Paulo demonstra que tinha o propósito de que isto se estendesse ao seu sentido mais amplo, incluindo todo o mencionado nos versos 35 e 39-39. Mas também pode referir-se especialmente às “aflições do tempo presente” (vers. 18).
Embora a evidência textual se incline, por todo este texto, para o pensamento de que “tudo coopera para o bem”, a construção grega indica que deve haver um sujeito implícito, pessoal, isto é, não são somente as coisas que operam, mas é Deus quem aproveita-se das circunstâncias para operar para o bem daqueles que o amam.
Para o bem? Sim. Nada pode lesionar a um cristão, a menos que o permita, o nosso Senhor (ver João 1:12; 2:6). Tudo o que se permite ajuda para o bem dos que amam a Deus. Se Deus permite que nos sobrevenham sofrimentos e perplexidades, não é para nos destruir, mas para nos refinar e santificar (Rom. 8:17). As dificuldades e os desenganos desta vida fazem que percamos o apego a este mundo e nos impulsionam a olhar para o céu como nosso lar. Ensinam-nos a verdade quanto à nossa condição frágil e perecível e fazem com que dependamos de Deus para receber apoio e salvação. Também desenvolvem em nós um espírito mais humilde e submisso, uma disposição mais paciente e terna. Isto têm experimentado os filhos de Deus através da história, e al final de suas vidas têm podido dizer que foram afligidos para seu bem (Sal. 119: 67, 71; cf. Heb. 12: 11). Antes de morrer José disse a seus irmãos: "Intentais mal contra mim, mas Deus o encaminhou para bem" (Gên. 50: 20).
Esta palavra que está traduzida por “propósito” no original grego é próthesis, que significa colocar algo ante a vista de outros. Neste sentido, se aplica ao pão que era colocado sobre a mesa da proposição (Mat. 12: 4; Mar. 2: 26; Luc. 6: 4). O verbo do qual se deriva esse termo, em Rm 3:25 é protíth'mi, que se usa para descrever o ato de Deus quando “colocou” a seu filho. Quando se aplica à mente significa um “plano” ou um “propósito”.
O eterno propósito de Deus (Efe. 3:110 é salvar aos pecadores por meio da graça (2 Tim. 1:9); e como este é o “propósito do que faz todas as coisas segundo o desígnio de sua vontade” (Ef. 1:11), se deduz então que “todas as coisa” devem ajudar “para o bem” dos “chamados” conforme este propósito.
Paulo reconhece plenamente a liberdade da vontade humana. Uma clara evidência disto é a grande importância que ele dá às exortações nas suas epístolas. Mas ele sempre vê por trás de tudo a soberania e o propósito de Deus. E não há contradição nisto, pois o propósito de Deus de salvar o homem se leva a cabo por meio do devido exercício da vontade dos seres humanos.
Vale ainda ressaltar o termo “são chamados”. O contexto implica que o convite tem sido aceito (ver Rom. 1: 6-7; 1 Cor. 1: 2, 24; Jud. 1; Apoc. 17: 14). Aos cristãos se denomina “chamados” porque Deus, mediante o Evangelho, os tem convidado a serem salvos. A salvação nunca se impõe ao pecador rebelde, mas o indivíduo a recebe ao aceitar o convite por livre exercício de sua vontade junto com a exortação que Deus faz chegar ao coração pela influência do Espírito Santo, para fazer efetivo o convite. Os que “amam a Deus” têm experimentado por si mesmos a evidência de que têm sido “chamados” “segundo o seu propósito”, pois seu convite tem produzido o propósito determinado (cf. Rom. 8: 16).
Portanto, faça uso destas explicações para aplicar lições práticas à sua vida.
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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Como será o milênio?
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