domingo, 22 de maio de 2011

Remendo Novo Em Pano Velho?

Gostaria de entender o texto de Marcos 2:21 e 22, que fala de remendo novo em pano velho.

Quanto à parábola de Marcos 2:21-22, que está também em Mateus 9:16-17, estes  inauguram a segunda parte da resposta de Cristo aos fariseus, atingindo o núcleo da questão levantada: o conflito entre o “novo” e o“velho” (http://www.advir.com.br/sermoes/teses_exegese5_jejum.htm).
O trecho do texto é Marcos 2:13-22. Leia todo esse trecho. Jesus convidara Levi Mateus para ser seu discípulo. Ninguém, dentre os fariseus, escribas, e discípulos de João, esperavam uma coisa dessas. Jesus rompera o convencional, pois chamara um “pecador” para ser um pregador. Como se não bastasse, foi à casa desse aspirante tomar uma refeição com um grande número de pessoas desprezadas (“de sua qualidade”). Enquanto eles comiam alegremente, os fariseus se assustavam com essa atitude de Jesus. E pra completar, os fariseus e os discípulos de João estavam jejuando. Eram muitos os contrastes.
Jesus então faz uso de duas parábolas.
As parábolas eram referentes a remendo novo costurado em vestes velhas e vinho novo posto em odres velhos (odre era a vasilha de couro que utilizavam para armazenar vinho).
A resposta de Jesus era oportuna, pois os discípulos de João observavam muitas das formas ritualísticas prescritas pelos rabis, e esperavam mesmo serem justificados por elas. Misturavam a mensagem de seu mestre Batista com o ritualismo dos fariseus.
Assim Jesus adverte também a Seus discípulos, para não mesclar a velha religião da salvação pelas obras pregada pelos fariseus, com o evangelho da salvação pela graça (que já era o real ensino bíblico da época, porém mal interpretado pelos rabis da época), que somente Ele pregava.
Há duas verdades importantes na experiência de Cristo, quando interrogado no banquete da casa de Levi, que servem para nós hoje. A primeira verdade é que, Deus considera importante o motivo que nos leva a jejuar. “O espírito do verdadeiro jejum e oração é o espírito que rende a Deus mente, coração e vontade”. “Jejuar e orar quando imbuídos de um espírito de justificação própria, é uma abominação aos olhos de Deus”.
O jejum deve ser praticado quando necessário, mas sempre deve ser motivado por um espírito de entrega e não de barganha com Deus. Ele é, na verdade, uma humilhação de nossa parte, através da qual sentimos mais nossa dependência de Deus, sentimo-nos mais próximos do Pai, percebemos a incapacidade humana e recorremos mais ao divino poder.
A segunda verdade é que Jesus, mesmo estando em um banquete, praticava em essência o verdadeiro jejum. Entendemos isso quando vemos a essência do jejum descrita em Isaías 58:6. O texto diz: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras das servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo.”
E Jesus estava entre pecadores pregando as boas novas de salvação.
 “Não em ociosas lamentações, em simples humilhação do corpo e multidão de sacrifícios, jaz o verdadeiro espírito de devoção, mas revela-se na entrega do próprio eu em voluntário serviço para Deus e o homem”.
Como podemos ver, o jejum é considerado autêntico, quando praticado em espírito de entrega. Assim fazendo, estaremos mais receptivos para receber as bênçãos gratuitas de Deus. Não devemos fazer do jejum um ato meritório, ou seja, para alcançar os favores de Deus, isso é mesclar as boas novas do evangelho com o formalismo do judaísmo antigo.

Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
A Bíblia nos diz que enquanto Jesus orava seu suor tornou-se em sangue, o que provocou isso?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Que a Igreja Pensa Sobre o Controle de Natalidade

O que a igreja aconselha sobre o controle de natalidade?

As tecnologias científicas de hoje permitem o maior controle da fertilidade e da reprodução humana do que no passado. Essas tecnologias tornam possível a relação sexual com uma expectativa muito reduzida de gravidez e de nascimentos. O casal cristão tem o potencial de controlar a fertilidade, o que tem levado a muitos questionamentos com uma ampla gama de implicações religiosas, médicas, sociais e políticas. As novas técnicas oferecem oportunidades e benefícios, mas também apresentam desafios e desvantagens. Varias questões morais devem ser consideradas. Os cristãos que têm a palavra em sua escolha pessoal, quanto a estas questões, devem ser instruídos a fim de que possam tomar decisões sólidas baseadas em princípios bíblicos.
Entre as questões a serem consideradas, está o debate quanto a se é ou não apropriada a intervenção humana no processo biológico natural de reprodução humana. Se qualquer intervenção for apropriada, então devem ser tratadas as questões adicionais quanto ao que, quando e como. Outras preocupações relacionadas incluem:
a)      A probabilidade do aumento da imoralidade sexual com a disponibilidade e o uso que os métodos contraceptivos podem promover.
b)      O domínio de um dos sexos quanto aos privilégios e prerrogativas sexuais tanto do homem quanto da mulher.
c)      O debate sobre o direito de uma sociedade militar a liberdade pessoal no interesse da coletividade, e a discussão sobre o apoio econômico e educacional para os que estão em desvantagens.
d)     Aspectos relacionados com o crescimento populacional e o uso dos recursos naturais.
Entendemos que uma declaração com considerações morais sobre o controle da natalidade deve ser vista dentro de um contexto mais amplo dos ensinamentos bíblicos sobre a sexualidade, o casamento, a paternidade e o valor dos filhos, e que deve haver uma compreensão da inter-relação dessas questões. Cientes da diversidade de opiniões na igreja, o seguintes princípios bíblicos são estabelecidos para instruir e pautar a tomada de decisões.

1)      Mordomia responsável. Deus criou os seres humanos à Sua própria imagem, homem e mulher com a faculdade de pensar e de tomar decisões (Isaías 1:18; Josué 24:15; Deuteronômio 30:15-20). Deus deu aos seres humanos o domínio sobre a Terra (Gênesis 1:26-20). Esse domínio requer a supervisão e o cuidado da natureza. A mordomia cristã também requer que se assuma a responsabilidade pela procriação humana. A sexualidade como um dos aspectos da natureza humana sobre o qual o indivíduo exerce mordomia, deve ser expressa em harmonia com a vontade de Deus (Êxodo 20:14; Gênesis 39:9; Levítico 20:10-21; 1Cotíntios 6:12-20).

2)      Propósito da Reprodução. A perpetuação da família humana é um dos propósitos de Deus para a sexualidade humana (Gênesis 1:28). Embora, de forma geral, possamos inferir que o casamento destina-se a produzir descendentes, a Escritura nunca apresenta a procriação como uma obrigação do casal, a fim de agradar a Deus. Contudo, a Revelação divina confere um elevado valor aos filhos e expressa a alegria encontrada na paternidade (Mateus 19:14; Salmo 127:3). Ter e educar filhos ajuda os pais a entenderem a Deus e a desenvolverem compaixão, solicitude, humildade e abnegação (Salmo 103:13; Lucas 11:13).

3)      Propósito unificador. A sexualidade tem um propósito unificador no casamento, ordenado por Deus, e de diferente do propósito reprodutivo (Gênesis 2:24). A sexualidade no casamento destina-se a incluir alegria, prazer e deleite (Eclesiastes 9:9; Provérbios 5:18-19; Cantares 4:16-5:1). É propósito de Deus que os casais mantenham comunhão sexual além da procriação (1Coríntios 7:3-5), uma comunhão que estabeleça laços fortes e que proteja os cônjuges de um relacionamento impróprio com outra pessoa (Provérbios 5:15-20; Cantares 8:6-7). No propósito de Deus, a intimidade sexual não se destina apenas à concepção. A Escritura não proíbe o casal de desfrutar das delícias da relação conjugal enquanto tomam medidas contraceptivas.

4)      Liberdade de Escolha. Na criação – e novamente pela redenção provida por Cristo – Deus deu ao ser humano a liberdade de escolha, e pede que empregue com responsabilidade (Gálatas 5:1 e 13). No plano divino marido e mulher constituem uma unidade familiar única, tendo ambos a liberdade e responsabilidade de tomarem decisões sobre a sua família (Gênesis 2:24). Os cônjuges devem levar um ao outro em conta ao tomarem decisões sobre o controle da natalidade, estando dispostos a considerar as necessidades do outro e também as suas próprias (Filipenses 2:4). Para o casal que decide ter filhos a escolha da procriação deve ter limites. Vários fatores devem nortear sua escolha, incluindo a capacidade de atender a necessidade dos filhos (1Timóteo 5:8); a saúde física emocional e espiritual da mãe (3João 2; 1Coríntios 6:19; Filipenses 2:4; Efésios 5:25); a circunstâncias sociais e políticas nas quais os filhos nascerão (Mateus 24:19); e a qualidade de vida e os recursos globais disponíveis. Somos mordomos da criação de Deus e, portanto, devemos ir além da nossa própria felicidade e desejos e considerar as necessidades dos outros (Filipenses 2:4).

5)      Métodos Contraceptivos Apropriados. A decisão moral sobre a escolha do uso dos diferentes métodos contraceptivos deve prover da compreensão de seus prováveis efeitos sobre a saúde física e emocional, a forma pela qual atual os gastos financeiros envolvidos. Há uma diversidade de métodos para o controle da natalidade – incluindo métodos de barreira, espermicidas e esterilização – que impedem a concepção e que são moralmente aceitáveis. Outros métodos contraceptivos (alguns exemplos atuais desses métodos incluem aparelhos intra-uterinos [DIU], pílulas de hormônio [incluindo a pílula do “dia seguinte”], injeções ou implantes; as perguntas sobre esses métodos devem ser encaminhadas a um médico) podem impedir a união do óvulo com o espermatozóide (fertilização) ou podem impedir a fixação do óvulo já fertilizado (implantação). Devido à incerteza sobre como eles funcionarão em uma determinada situação, podem ser moralmente questionáveis para aqueles que crêem que a proteção da vida humana inicia na fecundação. Contudo, considerando que a maioria dos óvulos fecundados não chega a se implantar ou se perde após a implantação, mesmo quando os métodos contraceptivos não são usados, os métodos hormonais de controle de natalidade e os DIUs que representam um processo similar, podem ser vistos como moralmente aceitos. O aborto, isto é, a interrupção proposital de uma gravidez estabelecida não é moralmente aceito no que diz respeito ao controle de natalidade.
6)      Mau Uso do Controle de Natalidade. Embora acrescente capacidade de lidar com a fertilidade e de se proteger de doenças sexualmente transmissíveis possa ser útil a muitos casais o controle de natalidade pode ser mal empregado. Por exemplo, por aqueles que se engajam em relações sexuais pré-nupciais ou extra-conjugais podem mais prontamente indulgentes com tais comportamentos devido à disponibilidade dos métodos contraceptivos. O uso desses métodos para proteger a relação sexual fora do casamento pode reduzir o risco de doenças sexualmente transmissíveis e/ou gravidez. No entanto, o sexo fora do casamento é prejudicial e imoral, quer o não esses riscos tenham sido diminuídos.

Uma Abordagem Redentora. A disponibilidade dos métodos de controle da natalidade torna a educação sobre a sexualidade e a moralidade ainda mais imperativa. Menos esforço deve ser gasto na condenação e mais na educação e nas abordagens redentoras que buscam permitir a cada individuo ser persuadido pelos apelos profundos do Espírito Santo.

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O conteúdo acima, na íntegra, foi extraído do livro “Declarações da Igreja”, da Casa Publicadora Brasileira.


Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:Gostaria de entender o texto de Marcos 2:21 e 22, que fala de remendo novo em pano velho.

Igreja Aceita Doações de Políticos?

O fato de uma igreja aceitar doações e ajudas de políticos pode passar uma idéia de comprometi-
mento perante o candidato ou perante a eleição? Ou isto é aceitável?


Quase todos os anos, entramos plena campanha eleitoral no Brasil, e isso suscita dúvidas, perguntas, questionamentos, abordagens. Este é um tempo muito bom porque estamos num estado de democracia; ao mesmo tempo é um tempo difícil porque as igrejas são confrontadas com essa realidade.
Em primeiro lugar, como cristãos, devemos incentivar o voto, o voto livre, o voto democrático das pessoas, a maneira delas escolherem seus representantes. Muitas vezes nós, brasileiros, erramos na escolha dos nossos representantes e isso nos acarreta, às vezes, anos de problemas e dificuldades. Portanto, devemos orar para escolhermos as melhores pessoas: aquelas pessoas temperantes, de preferência cristãs, aquelas pessoas honestas, o que, convenhamos, é uma situação bastante difícil de escolher, mas devemos fazer a nossa arte, seguindo o conselho bíblico de respeito às autoridades.
Quanto à Igreja em si, como organização, como instituição, não deve ser política, ela deve participar da política através dos seus membros, todavia, a Igreja não deve ser político-partidária, ou seja, fechar questão com candidato A ou B, ou com o partido A ou B. Ela deve manter-se neutra e deixar que seus membros decidam realmente em quem devem votar. Deve dar apenas as orientações gerais. E como Igreja, a questão de hoje é bastante interessante: deveria uma Igreja receber ajuda de um político ou não?
Em primeiro lugar, do ponto de vista da legislação, isso não é permitido. Um político chega hoje na Igreja, um candidato de qualquer partido e diz: eu vou doar a vocês material de construção, ou vou doar uma Igreja pronta, ou vou doar em dinheiro uma certa quantia. Como político dentro da campanha isso não é permitido pela legislação porque seria compra de votos. Segundo a legislação eleitoral, “ficam vedadas (proibidas) quaisquer doações em dinheiro, bem como de troféus, prêmios, ajudas de qualquer espécie feitas por candidato, entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas” – Lei n.º 11.300, artigo 23, parágrafo 5.
Agora, a Igreja não deve receber esse tipo de favor, pois o voto deve ser algo livre, algo democrático, e não uma troca de favores como muitas vezes se faz neste país. Então, a questão é legal, mas é também uma questão moral e espiritual. A Igreja não deve comprometer-se com coisas deste mundo. A nossa causa, a nossa campanha é a pregação do Evangelho em todo o mundo, e isso é sustentado pelos dízimos e pelas ofertas segundo o conselho da Palavra de Deus. Então, a Igreja não deve se envolver ou fechar questão com candidato A ou B. Se um candidato quiser visitar a Igreja, poderá visitar, todavia não deverá fazer do púlpito, não se deve fazer do púlpito uma ocasião para qualquer tipo de discurso político: de apoio ou de falta de apoio político. A verdade é que a Igreja não deve existir para apoiar candidato A ou B, como pessoas físicas, como indivíduos. Como membros da Igreja, devemos votar e participar do processo de forma correta, de forma legal, de forma organizada, como pessoas, e não como Igreja em si, como instituição.
Veja o que disse a advogada Patrícia H. Cerqueira Silva a respeito do assunto: “É declaradamente proibido que os candidatos no período que compreende o registro até o final da eleição, dêem auxílio financeiro ou de qualquer outra natureza que beneficie o eleitor, portanto o auxílio ou vantagem financeira não pode ser dado nem à pessoa física, nem jurídica, nem entidades, nem associações.
Tal atitude pode ser considerada como campanha desleal para angariar votos. De forma indireta, caracteriza compra de votos.
Desta forma, aquele que age de forma contrária ao disposto na lei, gasta, de forma ilícita, os recursos e pode ser responsabilizado juntamente com o partido pela prática ilegal, conforme se nota no que vem expresso na letra da lei”.
Portanto, a resposta é: não devemos entrar nesta situação de a Igreja receber o apoio de algum político que esteja em fase de candidatura; isso não é legal, segundo as leis do nosso país. E isso também não é bíblico. Jesus disse: "daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".
Caso queira saber mais sobre a legislação eleitoral, você pode encontrá-la na íntegra pelo endereço da Internet: http://www.dji.com.br/leis_ordinarias/1997-009504-le/le017a027

Texto redigido por Lígia Pacheco e Valdeci Jr, baseado na entrevista do Pr. Moisés Matos para a Rádio Novo Tempo, e na pesquisa da advogada Patrícia H. Cerqueira Silva, para a Novo Tempo.

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
O que a igreja aconselha sobre o controle de natalidade?

Leia também: "Política, Mensalão, Cristão, Eleições 2012... E a Vida Eterna?"

segunda-feira, 16 de maio de 2011

"Querido Jesus... Amém!"



Não devemos orar somente ao Pai? Por quê há pessoas que oram a Jesus?



A sua pergunta é muito interessante, pois há lugares na Bíblia em que somos instruídos a orar ao Pai, em nome de Jesus, como por exemplo em João 16:23, quando Jesus diz: "Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome".

Entretanto, devemos considerar que Jesus também faz parte da divindade, tendo consigo todos os atributos de Deus. Não poder orar ao Espírito Santo ou a Jesus, seria como que diminuir um dos membros da trindade a uma categoria inferior do que viria a ser Deus. E é por isso que a Bíblia não proíbe que oremos também ao Espírito Santo, ou a Jesus, e, pelo contrário, incentiva a isto, como por exemplo em João 14:14, quando Jesus diz: "Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei".

Que este amado Jesus possa abençoá-lo ricamente,


Um abraço,


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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
O fato de uma igreja aceitar doações e ajudas de políticos pode passar uma idéia de comprometimento perante o candidato ou perante a eleição? Ou isto é aceitável?

quinta-feira, 12 de maio de 2011

"E Era Grande Aquele Sábado..."



O que quer dizer a expressão “e era grande aquele sábado”, mencionada em João 19:31?


            Esta expressão não se refere ao tamanho cronométrico do dia.

            No ano (31 d.C.), no contexto de João 19:31, coincidiram o sábado semanal e o sábado da festa dos pães asmos. Quando um sábado cerimonial coincidia com um sábado semanal, dizia-se que “era grande aquele dia de sábado”.

            Tal esclarecimento obtemos a partir de um conhecimento da cultura judaica, somado a um estudo aprofundado de Levíticos 23 e dos ensinamentos bíblicos sobre as festas (sábados) cerimoniais.

            Portanto, essa expressão “e era grande aquele dia de sábado” é a tradução, para o português de uma expressão idiomática hebraica que queria dizer que aquele dia tinha um significado sabático religioso duplo, pois nele estavam coincidindo duas observâncias.


            Que Deus lhe abençoe,


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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Não devemos orar somente ao Pai? Por quê há pessoas que oram a Jesus?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Moisés Escreveu Jó?

Quem escreveu o livro de Jó?

A antiga tradição judaica atribui o livro a Moisés. O Talmud babilônico afirma: "Moisés escreveu seu próprio livro, e as passagens referentes a Balaão e Jó" (Baba Bathra, 14b, 15a). Esta afirmação é recusada pela maioria dos eruditos modernos como também o foi por muitos anteriores. Alguns sugerem a Eliú, Salomão e Esdras como possíveis autores. Outros crêem que o livro é obra de um autor desconhecido, talvez do tempo de Salomão, ou do tempo de Davi, ou do período do cativeiro. Todas estas afirmações que receberam o amplo apoio de diversos autores, são tão só conjecturas, carentes de suficiente comprovação, tanto interna  quanto externa, para que se as aceite sem dar lugar a dúvidas.
O comentário bíblico SDABC concorda que a tradição que atribui o livro a Moisés seja muito plausível. Moisés passou 40 anos em Midiã, o que lhe daria amplos antecedentes que explicam o forte sabor arábico evidente em todo o livro. A formação egípcia de Moisés também explica as alusões à vida e práticas egípcias. O quadro de Deus como criador e sustentador corresponde bem com a narração da criação conservada em outro livro escrito por Moisés.
O grande e respeitado teólogo Mathew Henry, em seu comentário bíblico, faz a seguinte declaração: “Este livro [Jó] recebe este nome por causa de Jó, cuja prosperidade, aflição e restauração estão aqui registradas. Ele viveu pouco depois de Abraão, ou, quem sabe, antes deste patriarca. É o livro mais antigo que existe”. Thompson concorda com esta última frase, comentando que o livro de Jó é “considerado por muitos estudiosos o livro mais antigo da Bíblia”. O comentário de Dwight Moody ainda contribui explicando que “o nome do livro e do seu herói, 'iyyôb, aparece em textos extra-bíblicos que datam desde 2000 A.C.”. Isto chega perto do comentário que E.White fez de que quem escreveu o livro de Jó foi “o pastor de Midiã”.
Alguns eruditos não aceitam a Moisés como autor porque encontram disparidade de estilo entre Jó e outros livros atribuídos a Moisés. O argumento que se baseia no estilo é débil. Afirmar que Moisés é o autor do livro de Jó não exclui a possibilidade de que uma boa parte do material tivesse podido estar já em forma escrita -redigido, talvez pelo mesmo Jó. O tema de Jó é completamente diferente dos temas dos outros livros de Moisés e portanto requer outro enfoque.
Por outra parte se pode demonstrar que há semelhanças notáveis de estilo. Por exemplo, certas palavras usadas no livro de Jó aparecem também no Pentateuco, mas não em outro lugar do AT; muitas outras palavras comuns a Jó e ao Pentateuco raras vezes são usadas por outros escritores bíblicos. O título "El-Shaddai”, "o Todo-poderoso", é usado 31 vezes no livro de Jó e 6 vezes no livro do Gênesis, mas não aparece nesta forma particular em nenhum outro lugar da Bíblia..

Que Deus o abençoe,

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Pergunta Que Será Respondia Amanhã:
O que quer dizer a expressão “e era grande aquele sábado”, mencionada em João 19:31?

sábado, 7 de maio de 2011

Contradição Bíblica Entre 2Samuel:24:13 e 1Crônicas 21:12?



Como harmonizar o texto de II Samuel 24:13 com o de I Crônicas 21:12?









“Veio, pois, Gade a Davi e lho fez saber, dizendo: Queres que sete anos de fome te venham à tua terra? Ou que, por três meses, fujas diante de teus inimigos, e eles te persigam? Ou que, por três dias, haja peste na tua terra? Delibera, agora, e vê que resposta hei de dar ao que me enviou.”
2Samuel 24:13.  

“Veio, pois, Gade a Davi e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Escolhe o que queres:  ou três anos de fome, ou que por três meses sejas consumido diante dos teus adversários, e a espada de teus inimigos te alcance, ou que por três dias a espada do SENHOR”.
1Crônicas 21:12.

Realmente, nós temos aí dois textos que contam a mesma história e variam em um dado de informação. O livro de Samuel conta sobre uma proposta de sete anos de fome, enquanto o livro de Crônicas conta sobre a proposta de três anos de fome. E então, nos vem a pergunta: “foram três ou sete, os anos de fome?”. E a resposta é: “nenhum dos dois”. Não houve nem três e nem sete anos de fome naquele contexto histórico. O que houve foi apenas uma proposta de escolha de castigo para Davi. Portanto, essa informação não corresponde à informação de um ocorrido histórico, o que ameniza a importância de sua exatidão. Tal importância também não é tão relevante, pelo fato de que esta diferença de informação não traz nenhum conflito dos princípios do plano da salvação, apresentados pela Bíblia.
O Comentário Bíblico Moody nos explica que, seja muito mais provável que o texto de Crônicas esteja correto. Essa preferência ao texto de Crônicas se dá pela combinação com os outros itens da lista proposta. Veja que os demais itens são dados no número de três: três dias de peste por espada, três meses de fuga dos inimigos e... quantos anos de fome? Obviamente, três.
O comentário bíblico Novo Comentário da Bíblia também diz que “deve-se preferir a versão de Crônicas, com a qual concorda a tradução da Septuaginta de 2Samuel”.
É que se você pesquisar até no texto grego, da Bíblia Septuaginta (LXX), você vai encontrar, tanto no texto de Crônicas quanto em Samuel, a referência a três anos de fome. O que indica que as traduções para o português, a partir da LXX, foram influenciadas por outras fontes. Que fontes? O texto hebraico. É no texto hebraico que aparece o número sete no livro de Samuel. Portanto, temos duas bases-fonte de tradução, cada uma apoiando uma idéia. Vale lembrar que o texto grego da LXX é uma fonte que tem um grau de seguridade bem elevado.
Como não existe mais o manuscrito original do texto bíblico, fica pra nós, deduzirmos, qual texto estaria certo: o grego, da LXX, ou o hebraico, dos manuscritos-cópias. Temos pelo menos três fortes razões para preferirmos o texto da LXX: a)É um texto confiável e sério, que já serviu de base para tradução do texto bíblico para dezenas de versões bíblicas ocidentais em diferentes línguas, trazendo harmonia de comparação entre as mesmas e não apresentando maiores problemas; b)Concorda a informação de Samuel com a de Crônicas, o que se harmoniza com o caráter geral bíblico de veracidade; c)Apresenta uma concordância maior com os outros itens da proposta de castigo, que todos se apresentam em número de três.
Portanto, provavelmente, foi proposto para Davi: “Escolha o que você quer: três anos de fome, três meses de perseguição ou três dias de peste”.


Pergunta Que Será Respondida Amanhã:

Quem escreveu o Livro de Jó?


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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Tipo ou Sombra

Biblicamente falando, o que é um tipo, ou uma sombra?

Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança - Rom 15:4.
A tipologia é um método de interpretação bíblica muito importante, mas muitas vezes mal entendido. O termo é derivado da palavra grega 'typos' que significa 'modelo' ou ' figura'. Os tipos são um conjunto de quadros, diretamente da mão de Deus pelo qual Ele ensinaria para o Seu povo coisas incompreensíveis. Se nós sabemos a realidade, nós podemos compreender a representação, e quanto mais conhecemos a realidade, maior será a habilidade para entender o quadro.
Por exemplo: No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir. Rom 5:14. Note: o texto diz que o Adão era uma "figura"(um tipo) d'Aquele que havia de vir. Um 'tipo' ou uma ‘sombra’ pode ser definido como:  'um evento, pessoa ou objeto que por sua natureza e significado prefigura ou prenuncia algum evento posterior, pessoa ou objeto'.
Os Tipos sempre se originam na realidade e histórico, e eles são proféticos em natureza e apontam adiante a alguma pessoa ou evento que hão de vir. Muitos são dirigidos para o "Mashiach " (Heb. para Messias). Os judeus sabiam que o seu Messias era o "Haba" ou "O que vem" e todos os seus profetas falaram d'Ele. Mas pensando bem, agora nós podemos ver mais claramente como cada dos tipos figurativos e sombras apontavam ao Messias.
O significado de qualquer tipo no Antigo Testamento poderia não ser aparente até que o 'antitipo' ou a realização tivessem vindo. No Antigo Testamento estão os tipos do quais algo no Novo Testamento é o antitipo. Um exemplo disto é a experiência de Jonas com a qual Cristo usou um 'tipo' da sua própria ressurreição, em Mateus 12:40:  "Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra."
Um outro exemplo de tipo, ou sombra, é visto no estudo do Tabernáculo. Ele era uma representação e uma cópia do verdadeiro Tabernáculo no Céu e um tipo de Cristo. O livro de Hebreus no Novo Testamento torna isto muito claro quando trata do assunto do sacrifício. "Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas." Heb 8:4-6. Eles servem em um santuário que é uma cópia (exemplo) e sombra do que está no céu. Note a expressão, 'um exemplo e uma sombra. ' Estas palavras falam sobre um tipo da realidade final. O escritor discute as ações do Sumo Sacerdote no dia da expiação, que tinha que ser repetido ano após ano no tabernáculo, em Hebreus 9:9: "Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço; "
Assim nós temos autoridade bíblica para uma interpretação tipológica deste assunto que fala de numerosas 'cópias, sombras e ilustrações do que há vir.'

Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Como harmonizar o texto de II Samuel 24:13 com o de I Crônicas 21:12?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Apaixonado Por Jesus

Levando-se em consideração que a paixão é cega, egoista, volúvel etc... pode alguém dizer que está apaixonado por Jesus?

O que precisamos rever é o conceito da palavra paixão. Do termo latino passio,onis, a palavra paixão significa "sofrimento passivo". Ou seja, um amor, ou uma afetividade tão grande que, embora sofra, se submeta. Um amor assim é muito parecido com o amor dom de Deus, bíblico, descrito em 1 Coríntios 13. É por isso que Jesus se apaixonou por nós. Já ouviu falar da paixão de Cristo? Os melhores dicionários da LP definem isto como sendo "o sofrimento de Jesus Cristo na cruz", que Ele o fez por tanto nos amar. O amor não é um sentimento; é um princípio que adotamos pela razão, através da decisão consciente. Há raros momentos que o amor é somente isto, e quando precisa ser assim, ele até parece muito gélido. O que dá o colorido diferente ao amor são os sentimentos que o acompanham. E a paixão é o lado sentimental intenso do amor. Neste mundo de pecado, tudo pode ser deturpado, corrompido e confundido. E tanto o amor, quanto a paixão, não estão livres disto. Logo, podemos corrigir dizendo que a paixão "pode" ser cega, egoísta e volúvel, se ela estiver corrompida pelas consequencias desatrosas da situação de pecado presente neste mundo. Mas também, ela pode ser pura, edificadora e benéfica, se ela não tiver sido corrompida.
Bom, falando-se de significados e Lingua Portuguesa, este é o sentido da palavra. Agora, se alguém quer usá-la e interpretá-la de outra forma, aí não podemos fazer nada. Mas uma vez que o nosso vocabulário nos dá esta direção, apaixonemo-nos por Jesus, porque Ele é muito apaixonado por nós.

Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Biblicamente falando, o que é um tipo, ou uma sombra?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Rins ou Coração? O Que Deus Sonda?

No Salmo 7:9, em algumas traduções diz que Deus sonda o coração e em outras diz que Ele sonda os rins. O que está correto?


Em primeiro lugar quero lembrar que é impossível ter uma boa tradução, se ela for ao pé da letra, porque as diferenças culturais exigem que se interprete o texto ao traduzí-lo, para que ele fique entendível para a lingua que foi traduzido. As linguas se estruturam conforme a sua cultura, portanto, de forma diferente umas das outras. Por exemplo, se fóssemos traduzir, do inglês para o português, ao pé da letra, a expressão “good morning”, ela ficaria “boa manhã”. Mas a gente sabe que isso não faz sentido. Ninguém chega para o outro e o cumprimenta dizendo “boa manhã”. Então, ao traduzirmos, adaptamos para “bom dia”.
É isso que acontece neste texto. Se ele fosse traduzido ao pé da letra, não faria muito sentido para o leitor, na língua portuguesa. Ele ficaria mais ou menos assim: “provar os corações e as entranhas (que subtendia os rins)”. Por isto, para que o entendimento do leitor chegue o mais perto possível ao pensamento do autor, é precíso traduzir e interpretar este texto.
Para traduzir bem este texto, em primeiro lugar é preciso saber o que o hebreu entendia por coração e por rim. O povo do Antigo Testamento sabia que o coração é o órgão que bombeia o sangue (Êx 28.29), mas em sentido figurado, o coração era, para eles, a sede e faculdade do intelecto (Gn 6.5) e dos pensamento, da reflexão, da lembrança e do entendimento humanos (1Rs 10.2; Jr 51.50). Para nós hoje, o coração também tem dois sentidos: literal como órgão que bombeia o sangue, e figurado como símbolo da sede das emoções. Já para o hebreu, o símbolo de sede das emoções eram os rins. Os antigos usavam esta figura para representar o centro das emoções, dos sentimentos mais íntimos, e os propósitos e motivações da alma.
Logo, uma numa tradução que realmente trasmita bem o pensamento do autor, a interpretação precisa dizer que Deus esquadrinha o homem em sua intelectualidade e em suas emoções. Abaixo, apresento o mesmo verso em diferentes versões, para que você possa ver as diferentes formas que os tradutores usaram para tentar comunicar a verdadeira expressão do texto do verso 9 do salmo 7.
9 (RA)  Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; pois sondas a mente e o coração, ó justo Deus.
9 (AV)  Oh let the wickedness of the wicked come to an end; but establish the just: for the righteous God trieth the hearts and reins.
9 (NKJV)  Oh, let the wickedness of the wicked come to an end, But establish the just; For the righteous God tests the hearts and minds.
9 (NTLH)  Eu te peço que acabes com a maldade dos maus e que recompenses os que são direitos. Pois tu és Deus justo e julgas os nossos pensamentos e desejos.
9 (RC)  Tenha já fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas o coração e a mente.
9 (RVR95)  Termine ahora la maldad de los malvados, mas establece tú al justo, porque el Dios justo prueba la mente y el corazón.
9 (rv)  Consúmase ahora la malicia de los inicuos, y establece al justo; Pues el Dios justo prueba los corazones y los riñones.
9 (RWEBSTR)  O let the wickedness of the wicked come to an end; but establish the just: for the righteous God trieth the hearts and reins.
9 (TB)  Cesse a maldade dos iníquos, Mas estabelece tu o justo, Pois o justo Deus sonda os corações e os rins.
9 (YLT)  Let, I pray Thee be ended the evil of the wicked, And establish Thou the righteous, And a trier of hearts and reins is the righteous God.
9 (NVI) Deus justo, que sondas as mentes e os corações, dá fim à maldade dos ímpios e ao justo dá segurança.

Que Este Deus Eterno e Onisciente possa cuidar do seu intelecto e das suas emoçòes com carinho, e dar a você uma justa segurança.

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Levando-se em consideração que a paixão é cega, egoista, volúvel etc... pode alguém dizer que está apaixonado por Jesus?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Jovens, Idosos e Viúvas

Por favor, gostaria de saber o significado do texto de I Timóteo 5:1-16.

Este trecho da Bíblia para o qual você pede uma explicação, ensina como tratar a cada pessoa. Primeiro, como tratar com os jovens e com os idosos. Depois sobre as viúvas.
Aos jovens e aos idosos (versos 1 e 2).
O jovem Timóteo precisava manter o relacionamento certo com cada membro da igreja. Ele não foi deixado em Éfeso para dominá-los, mas para exortá-los em amor (veja 1:3-5). Os membros da “casa de Deus” (veja 3:15) devem ser tratados como “pais”, “mães”, “irmãos” e “irmãs” no Senhor. Os idosos merecem respeito, e a conduta do evangelista entre os da mesma idade deve ser temperada com amor e cautela (5:1-2).
A Bíblia não é apenas um livro de doutrinas, mas está cheia da mais prática instrução. Seria uma maldade pensar em fingir sermos sãos em doutrina e descuidados em nosso comportamento. Timóteo era um jovem, e devia se lembrar disso em suas atitudes para com os outros (1 Tm 5:1). Aqueles que são jovens devem agradecer ao Senhor pelos crentes mais velhos. E aqueles que são mais velhos devem se lembrar de que os jovens serão encorajados se puderem ver um exemplo piedoso na vida das pessoas mais velhas.
Os obreiros do evangelho são respeitados e amados pelos crentes por serem servos do Senhor. Assim, é fácil caírem no orgulho e tratarem as pessoas arbitrariamente. Eles, porém, devem tratar e servir qualquer pessoa com coração humilde. Não devem repreender o idoso, antes, exortá-lo como se fosse o seu próprio pai; e aos moços, como a irmãos, com amor. E às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza.
Às viúvas (versos 3 a 16).
Em 1 Timóteo 5, Paulo define a responsabilidade da igreja em cuidar das cristãs viúvas. Vemos, claramente, em 1 Tm 5:3-16, a responsabilidade da assembléia para com as viúvas. Algumas delas estavam em necessidade, e deviam ser auxiliadas financeiramente pela assembléia. Algumas, depois de perderem o marido, não reconheciam que Deus tinha algo para ensinar-lhes. Se agissem como no versículo 13, seria uma triste evidência de que lhes faltava dependência no Senhor.
Paulo deixa absolutamente clara a distinção entre o papel dos cristãos, individualmente, e o da igreja, coletivamente: "Mas, se alguma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiro a exercer piedade para com a própria casa e a recompensar a seus progenitores; pois isto é aceitável diante de Deus.... Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente.... Se alguma crente tem viúvas em sua família, socorra-as, e não fique sobrecarregada a igreja, para que esta possa socorrer as que são verdadeiramente viúvas" (1 Timóteo 5:4,8,16). Devemos prestar atenção nesta leitura. As pessoas que ensinam a falsa noção de que a igreja pode fazer coletivamente tudo o que o indivíduo faz em termos de beneficência estão se colocando numa posição perigosíssima. Além de sobrecarregar a igreja, podem estar negando a fé! W.E. Vine, no seu dicionário de palavras do Novo Testamento, comenta sobre este trecho: "Há uma sugestão da tendência de abandonar responsabilidade individual à custa da igreja."
Neste capítulo, aprendendo como lidar com vários tipos de irmãos, percebemos que as viúvas entre os irmãos devem ser “honradas” (5:3). A palavra aqui traz o duplo sentido de “respeito” e “recompensa” financeira (veja 5:4; compare Atos 6:1-2). Enquanto todas as viúvas devem receber “respeito” dos membros como “mães”, nem todas elas se qualificam para receber sustento financeiro da igreja. As seguintes regras determinam as “viúvas verdadeiras” que podem receber essa ajuda:
1) Não há filhos ou netos para cuidar dela (5:4, 8, 16). É necessário que os filhos tenham cuidado dos pais idosos porque isto é a vontade de Deus e evita que a igreja seja “sobrecarregada”.
2) Mente espiritual (5:5-6). A viúva verdadeira pensa nas coisas espirituais. O dinheiro da igreja não deve ser usado para sustentar quem vai se entregar aos prazeres da carne.
3) Idade suficiente (5:9, 11-15). A verdadeira viúva tem pelo menos 60 anos de idade. As mais novas devem casar e ter famílias para não cair nas tentações que vêm com uma vida sem direção.
4) Caráter provado (5:9-10). O caráter da viúva é provado pela sua fidelidade ao marido e pelas suas boas obras já reconhecidas entre os irmãos.
Nós temos a responsabilidade de cuidar das viúvas necessitadas. Como na época do Antigo Testamento, as primeiras igrejas também ajudavam as viúvas com muito interesse. Mas, se alguma viúva tem filhos e netos, então eles devem servir. E, se algum crente tem viúvas em sua família, este deve servi-las para que a igreja não fique sobrecarregada. Porém, devem honrar as verdadeiras viúvas. A verdadeira viúva é aquela que não tem amparo, espera em Deus, persevera em súplicas e orações, noite e dia e são recomendadas pelo testemunho de boas obras. Por outro lado, é melhor que as viúvas novas se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa e não dêem ao adversário ocasião favorável de maledicência. Assim, o ministro do evangelho precisa da sabedoria e da experiência para ajudar a cada pessoa.
A religião genuína alcança os necessitados. A Bíblia diz em Tiago 1:27 “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo.”
Que o Senhor possa nos dar humildade, coração abrangente e sabedoria para servir as várias classes de pessoas!
Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
No Salmo 7:9, em algumas traduções diz que Deus sonda o coração e em outras diz que Ele sonda os rins. O que está correto?

domingo, 1 de maio de 2011

Os Dois Ungidos de Zacarias 4:14

Quem são os dois ungidos de Zacarias 4:14? Está relacionado com as Escrituras?
 
Sobre os dois ungidos de Zacarias 4:14, o comentário bíblico SDABC explica que devemos observar o fato da descrição, que os descreve como estando “diante do Senhor”, “junto ao Senhor”. No simbolismo, as oliveiras proporcionavam azeite para as lâmpadas (verso 12). O azeite simboliza o Espírito Santo; portanto, os ungidos representam os instrumentos celestiais, por meio dos quais o Espírito Santo é concedido aos seres humanos que estão plenamente consagrados ao Seu serviço. A missão dos ungidos é comunicar luz e poder ao povo de Deus. Espera-se que os que recebem esse dom celestial comuniquem essas bênçãos aos outros.
Sabemos que João, o revelador, também menciona duas oliveiras e estabelece um paralelo delas com “os dois candeeiros que estão em pé diante do Deus da Terra.” Apocalipse 11:4. Por meio desses símbolos, ele identifica as duas testemunhas, que representam as escrituras do Antigo e Novo testamentos. Portanto, mesmo que os dois profetas vissem imagens parecidas, o que elas significam é diferente.
Os ungidos de Zacarias são todos os instrumentos celestiais que servem de meios para que o Espírito Santo se aproxime dos seres humanos.
 
Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Por favor, gostaria de saber o significado do texto de I Timóteo 5:1-16

Possível Contradição Bíblica a Partir de Jeremias 7:22

Se Jeremias 7:22 não contradiz Levítico 7, o que significam as suas palavras?


Essa é uma das passagens bíblicas difíceis de interpretar, pois o significado literal e superficial parece contradizer outras claras afirmações da Bíblia. Jeremias parece negar que no Sinai Deus houvesse dado instruções referentes às oferendas e aos sacrifícios. Mas sua linguagem não deve, necessariamente, ser entendida dessa forma. Em outras afirmações do mesmo profeta pode se ver, claramente, que ele não nega a validade do sistema de sacrifícios (17:16; 31:14; 33:11, 17-24). Como, então, essa declaração pode ser entendida? Evidentemente, Jeremias está utilizando uma figura retórica, o paradoxo. Ele compara duas idéias para dar ênfase em uma, negando a outra. Esse estilo de figura retórica (arte das palavras) é empregado em outros lugares da Bíblia também:
a) Gênesis 45:8: José disse aos seus irmãos que não foram eles que o enviaram ao Egito, mas Deus, embora, evidentemente, os irmãos foram responsáveis pelo ocorrido;
b) Êxodo 16:8: Moisés disse à multidão rebelde que não estavam murmurando contra ele, mas contra Deus, ainda que, evidentemente, suas queixas fossem dirigidas, claramente, contra Moisés;
c) Lucas 14:26: Jesus empregou um recurso parecido. Se essas palavras fossem tomadas em sentido literal, deveria ficar entendido que Jesus mandou os homens odiarem os seus parentes. Mas Ele só estava procurando destacar que o amor a Deus deve sobrepujar o amor aos homens. Nesse caso, “odiar” quer dizer “amar menos”.
Essa passagem de Jeremias dá preeminência à obediência à lei moral sobre a obediência ao sistema cerimonial (1 Samuel 15:22; Salmo 51:16 e 17). Os ritos visíveis tinham o propósito de ajudar a manter a obediência sincera (Deuteronômio 6:1-3), mas nunca deveriam substituir a santidade do coração. Deus nunca havia falado no Sinai sobre o tipo de adoração que os contemporâneos de Jeremias estavam rendendo a Ele.


Um abraço,


Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Quem são os dois ungidos de Zacarias 4:14? Está relacionado com as Escrituras?