sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Divino e a Morte Juntos

O que as palavras do profeta em Isaías 65:20 querem dizer?


Para ilustrar, chamo sua atenção â foto ao lado. Este é um dos quadros mais irônicos que já presenciei em meu ministério. Atrás, a parte de um cenário que ainda não havia sido de todo retirado. Era a decoração que enfeitara a igreja para uma linda programação do dia das mães. E, envolta por este visual abençoado, uma apresentação fúnebre. A mesma mulher que, no dia anterior, fora homenageada por sua plenitude materna agora chorava por um pedaço seu que se fora. Esta cena deixou-me profuntamente reflexivo ao pensar: "como é possível que algo tão divino possa coexistir com tamanha desgraça?". Bom, isso é porque vivemos neste mundo provisório de pecado. Mas e no Céu, será assim também? É o que parece, em Isaías 65:20.
Muitos comentaristas bíblicos ficam perplexos com este versículo, pois parece que a morte e o pecado vão continuar quando já deveriam ter acabado. Consideram ser estranho que ainda subsistam a morte e o pecado. O problema se resolve ao considerar-se que Isaías descreve o Novo Céu e a Nova Terra como seria Canaã, caso o plano divino para com Israel tivesse se cumprido.
Nos versos 17-25, Isaías descreve o Novo Céu  e a Nova Terra que teriam existido se o povo de Israel tivesse feito caso às mensagens dos profetas e tivesse cumprido o propósito divino depois que voltou do cativeiro. Israel fracassou. Portanto, em sua aplicação secundária estes versículos descrevem o Novo Céu  e a Nova Terra que existirão depois do milênio. No entanto, deveria entender-se que a descrição se refere em primeiro termo à situação de Israel, e só pode fazer-se a aplicação secundária à luz do que escreveram quanto à vida futura os autores do Novo Testamento e os comentaristas bíblicos inspirados por Deus. Quando se segue este princípio de interpretação, a passagem não apresenta nenhum problema.
Por outra parte, se tenta-se aplicar todos os detalhes da passagem ao Novo Céu  e a Nova Terra do futuro, aparecem várias dificuldades. Segundo o que diz o verso 20, a menos do que se compreenda de que a linguagem é sumamente metafórica, a morte ainda existirá, enquanto João fala de um céu e de uma terra onde não terá mais morte (Ap. 21:4).
A ressurreição e a imortalidade teriam sido precedidas por um período durante o qual a observância das leis de Deus e a cooperação com o programa divino teriam eliminado em grande medida as doenças e a morte prematura. Neste versículo, Isaías faz ressaltar essas bênçãos que Israel teria de receber se cumprisse com o plano divino.

Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Parece que a NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje) está tomando uma circulação global? Se seu conteúdo foi drasticamente adulterado, é através de sua circulação que a Bíblia será tirada das nossas mãos?

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