segunda-feira, 7 de julho de 2014

Por que somos tão ingratos para com Deus?

Na maioria das vezes somos levados a nos distanciarmos de Deus pela nossa tendência pecaminosa.  Como conseqüência torna-se mais fácil ignorarmos Sua presença ao invés de nos achegarmos á Ele, quando deveria acontecer o contrário, pois tudo o que temos e somos devemos á Deus. É Ele que nos sustêm, que possibilita que continuemos vivendo apesar das dificuldades. É Ele que nos dá condições de a cada dia respirarmos, andarmos, sorrirmos ou chorarmos; enfim é Ele que nos mantêm.

“Muitas vezes o fazemos chorar, mas, é fundamental que aprendamos uma preciosa lição. Deus sofre em conseqüência do pecado. Ele chorou diante da tumba de Lázaro. Mas Ele chorou também diante de uma cidade empedernida, amante do pecado, que rejeitou a Sua graça.

O que Deus não deve sentir ao ver a dureza de um coração que não quer se arrepender, que não quer aceitar a única solução para o seu mais grave problema. Ele insta em Sua Palavra e por meio dela para que o homem abandone aquilo que resultará em sua ruína eterna, para que aceite as provisões de Sua graça, mas o homem continua teimando no pecado. Ele apela, apela, e apela: “Não tenho prazer na morte de ninguém. Portanto convertei-vos e vivei.” Ezeq. 18:32. Todavia, o pecador continua endurecido. Então lágrimas rolam na face do Salvador, vendo o desfecho final que aguarda pelo renitente neste drama de rebelião e pecado.

Dar-se-ia porventura o caso de que Jesus esteja insistindo para que O recebamos em nossos corações e todavia estejamos recalcitrando no erro? Devemos lembrar que quando Deus nos apela, Ele o faz porque nos ama e quer nosso bem, e também porque sofre por causa do pecado que amamos e praticamos. A Bíblia diz que o Espírito intercede com “gemidos inexprimíveis” (Rom. 8:26). Um gemido tem a ver com dor, sofrimento, tristeza. Ë certamente em razão do que aqui estamos abordando que a Bíblia diz que há alegria no Céu por um pecador que se arrepende. Cessam as dores e tristezas no que respeita àquela alma que abandonou o pecado.

Parece-nos, portanto, vital que a cada dia examinemos a nós mesmos a ver se de alguma forma temos entristecido o Espírito de Deus. Lembremo-nos, por exemplo, que ferimos o coração de Deus quando pronunciamos aquela palavra que jamais deveria sair de nossos lábios? Ou cometemos aquele ato que não condiz com a nossa fé? Ou freqüentamos aquele ambiente onde não deveríamos colocar os pés? Ou praticamos um pecado que julgamos ninguém esteja observando? Ou narramos aquela piada imoral só pelo prazer de ouvirmos as gargalhadas dos que ás ouvem? Ou mentimos e agimos dolosamente contra o semelhante por amor de um negócio mais lucrativo? Ou damos rédeas soltas à língua que deveria ser usada apenas para o louvor de Deus e o benefício do próximo? A lista poderia se prolongar indefinidamente. “Cada desvio do que é justo, cada ação de crueldade, cada fracasso da natureza humana pode atingir o seu ideal, traz-Lhe pesar”. –Educação, pág. 263.

Quando estivermos plenamente conscientes de quanto sofrimento o pecado tem trazido ao coração de Deus, sem dúvida odiaremos ainda mais esta coisa maldita. Mais do que nunca pediremos que Ele nos liberte e nos transforme à Sua semelhança. Oraremos mais intensamente: “Ora vem Senhor Jesus. Põe logo um fim ao pecado. Que o Teu reino venha!”

“Deus enxugará toda lágrima” equivale a “Deus extirpará para sempre o pecado”. Que glorioso o dia em que nos reunirmos com Jesus, contemplarmos Sua face, e Ele sorrir para nós! Nunca mais aqueles santos olhos derramarão lágrimas, e também nós jamais choraremos. “Vi um novo céu, e uma nova Terra. O primeiro céu e a primeira Terra passaram, e o que mar já não existe”. Apoc. 21:1. A única coisa que ainda restará deste velho mundo serão as cicatrizes nas mãos de Cristo, que para sempre testificarão do sangue e das lágrimas que Deus derramou por causa do pecado”[1].  



[1] Extraído de um artigo intitulado “As Lágrimas de Deus”.
Dr. José Carlos Ramos - Professor de Teologia Bíblica e Sistemática no ENA.
Revista Adventista, janeiro de 1987.

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