terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cidadania de Onde Mesmo?




Devemos ser cidadãos de onde? Da Terra? Se sim, qual nação é mais próxima ao Reino de Deus? Do Céu? Se sim, como fazer isso se ainda estamos na Terra?




DANIEL 02
(Estudo 10 desta série)

Nabucodonosor estava de olhos estatelados para ouvir a revelação sobre seu sonho. E o mais fascinante era que Daniel não diria somente o significado do sonho, mas também revelaria ao rei o que ele havia sonhado e esquecido. Por isso, ele podia confiar.
Até no dia anterior, aquele monarca não sabia no que crer. A universidade de sua corte era uma conglomeração de todos os tipos de ciência e religião existentes no mundo de então. Crenças representadas por diferentes sacerdotes, magos, astrólogos, médiuns, feiticeiros, conselheiros, charlatões, oportunistas, escritos, livros, superstições, misticismos, ídolos, tradições, imagens, milagres, teorias, verdades e mentiras, faziam de Babilônia uma verdadeira confusão.
O estado de confusão daquele ecumenismo era sentido na incapacidade que a religião possuía de trazer ao homem segurança para seus questionamentos. Três vezes, os representantes espirituais assumiram sua incapacidade, em uma só audiência com o rei (Daniel 2:4, 7 e 10). Ele agora estava furioso. Por muito tempo mantivera a tolerância para com todas as diferentes formas de crer. Mas apesar de ter sido diplomático ao manter a “liberdade religiosa”, esta o havia decepcionado no momento em que ele mais precisara.
Nenhum dos sábios pudera dar a revelação. Somente Daniel poderia, mas ainda assim, não reivindicou para si intelecto superior de sabedoria. Ele claramente dá o crédito Àquele que lhe revelou o sonho: Deus. Por ser um homem de oração e jejum, estudioso da Bíblia, praticante de tudo o que dela aprendia, e não conformado com a mesmice da falsa religião dominante, Daniel alcançara o privilégio de trazer ao rei a verdade verdadeira.
O sonho de Nabucodonosor e a interpretação de Daniel focalizavam o “tempo do fim”. Apesar de estarem vivendo num período datado de seis séculos antes de Cristo, Deus revelava ali a história dos impérios mundiais do planeta Terra, predizendo seus eventos e o que há de ser deles até o encerramento deste mundo.
Daniel então passa a detalhar: Tu olhaste, ó rei, e diante de ti estava uma grande estátua: uma estátua enorme, impressionante, e sua aparência era terrível (Daniel 2:31). Não tinha como mentir, como enganar. Naquele momento, o próprio rei era uma testemunha do poder de Deus. Ficou espantado. Em cada pormenor que Daniel contava, ele lembrava exatamente do que havia sonhado: A cabeça da estátua era feita de ouro puro, o peito e o braço eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze, as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro (Daniel 2:32-33).
Nabucodonosor ficou sem fôlego, de boca aberta, curioso para saber o significado. Mas sem dar muita trégua, o homem de Deus foi logo dizendo: Foi esse o sonho, e nós o interpretaremos para o rei (Daniel 2:36). Finalmente o rei não consegue se conter e fica em pé para ouvir a interpretação. Só mesmo Deus poderia revelar ao rei aquilo que ele havia sonhado! Agora sim, o rei estava pronto para receber o significado do seu sonho. E você, quer aprender mais sobre Deus? Está pronto para saber a definição do sonho?
Tu, ó rei, és rei de reis. O Deus dos céus concedeu-te domínio, poder, força e glória; nas tuas mãos ele colocou a humanidade, os animais selvagens e as aves do céu. Onde quer que vivam, ele fez de ti o governante deles todos. Tu és a cabeça de ouro (Daniel 2:37-38). Babilônia hoje estaria a uns 100 km ao sul de Bagdá, no Iraque. Foi muito bem simbolizada pelo ouro. A principal divindade ali era Bel-Marduque. Sua imagem de ouro o representava sentado num trono de ouro, ao lado de um castiçal de ouro, frente a uma mesa de ouro, num templo com cúpula de ouro. Aquela cidade “áurea” tornara-se o centro da mais poderosa nação do Oriente Médio da época. Dali Nabucodonosor dominou o mundo de 605 a 539 a.C.
Mas Babilônia não duraria para sempre. Ela seria derrotada por outro poder, simbolizado pelo peito e braços de prata.
Depois de ti surgirá um outro reino, inferior ao teu... ...teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas (Daniel 2:39; 5:28). Como a prata é inferior ao ouro, o reino que seguiu Babilônia era inferior a ela em riqueza, luxo e magnificência. Mas como o peito e braços são maiores que a cabeça, este império que sucedeu o domínio mundial foi maior em extensão. Como havia 2 braços na estátua, ele foi um reino composto de dois aliados. Os medos e os persas conquistaram Babilônia em 539 a.C. Ciro, general que comandou os exércitos medo e persa, estava predito, pelo nome, 150 anos antes, em Isaías 44:28; 45:1. O império medo-persa governou o mundo até 331 a.C.
Em seguida surgirá um terceiro reino, reino de bronze, que governará toda a terra (Daniel 2:39). A próxima parte da estátua, o ventre, era de um metal ainda inferior: o bronze. O domínio da Grécia, usando armamentos de bronze, entrou em cena. Alexandre o Grande, rei da Grécia (Daniel 8:21), aos 33 anos de idade, liderou os gregos para conquistar os Medo-Persas na Batalha de Arbela em 331 a.C. Mas, em menos de dois séculos...
Finalmente, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro despedaça tudo, também ele destruirá e quebrará todos os outros (Daniel 2:39). O reino que seguiu a Grécia foi o poderio de ferro de Roma, o qual dominou o mundo desde 168 a.C. Durante o tempo em que Jesus viveu aqui na Terra, o império romano dirigia as nações. Estava previsto na descrição deste quarto poder que ele se levantaria contra Cristo, o Príncipe dos príncipes (Daniel 8:25). Eles dominaram até o quinto século da nossa era, quando as tribos bárbaras provenientes do norte invadiram a Europa.
Como viste, os pés e os dedos eram em parte de barro e em parte de ferro. Isso quer dizer que esse será um reino dividido, mas ainda assim terá um pouco da força do ferro, embora tenhas visto ferro misturado com barro. Assim como os dedos eram em parte de ferro e em parte de barro, também esse reino será em parte forte e em parte frágil (Daniel 2:41-42). Embora Roma não devesse durar para sempre, seu poderio não seria sucedido por outro império mundial, mas sim fragmentado em pequenos reinos. Roma não conseguiu deter o ingresso das diversas tribos bárbaras em seu território e, por fim, caiu em seu poder.
A divisão do império ocorreu desde 351 até 476 d.C., quando Rômulo Augusto, o último imperador romano, foi deposto pelos hérulos. Findava assim, a férrea monarquia. Nenhum quinto império venceu os romanos. Roma foi dividida pelos bárbaros exatamente como o profeta predissera, em dez estados separados, distintos. A exata quantia dos dedos dos pés da estátua. Não é incrível?
Essas divisões foram: os francos, que vieram a ser a França; os anglo-saxões, que vieram a ser a Inglaterra e depois EUA; os germanos, que se tornaram a Alemanha; os suevos, mais tarde Portugal, do qual derivamos; os visigodos, que formaram a Espanha; os burgundos, que se tornaram a Suíça; os lombardos, que são do norte da Itália; e os vândalos, hérulos e ostrogodos, que mais tarde, conforme a predição profética de Daniel 7:8 e 24, foram totalmente destruídos.
As nações da Europa de hoje: França, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália, etc., foram preditas neste sonho espantoso. Desde então, nunca mais se levantou outro duradouro império universal.
O senhor, ó rei, viu que o ferro estava misturado com barro, e isso quer dizer que os reis procurarão unir os seus reinos por meio de casamentos. Mas como o ferro e o barro não se unem, assim também esses reinos não ficarão unidos (Daniel 2:43 – BLH Grifo acrescentado). A história mostra os casamentos entre famílias reais. Na 1ª guerra mundial, quase todos os reis da Europa eram parentes. A rainha Vitória da Inglaterra era chamada a “avó da Europa”. Os reis da Espanha e da Inglaterra, o czar da Rússia e o kaiser da Alemanha eram todos parentes. Nesta guerra, sobrinhos, tios e avós brigaram entre si. Caíram os reinos e a monarquia deu lugar à república.
Profecia cumprida! Nesta passagem, a Palavra de Deus é clara. Aquelas sete palavras grifadas: assim também esses reinos não ficarão unidos têm detido cada pretendente a conquistador da Europa no decorrer dos séculos. Alguns governantes tentaram unir politicamente as nações da Europa: Carlos Magno, Luís XIV e Napoleão Bonaparte da França; Carlos V da Espanha; Guilherme II e Adolfo Hitler da Alemanha e outros. Mas não conseguiram, pois a sentença da profecia era clara e exata. O destino da história está sob o controle de Deus.
Entretanto, a história ainda não terminou. Seis povos já tiveram a supremacia política mundial. Antes de Nabucodonosor, só houve outros dois domínios mundiais: Egito e Assíria. Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma foram quatro poderes que dominaram o mundo, cada um em sua época, preditos por Daniel. Apesar do fato de que as divisões de Roma não se tornariam unidas politicamente, formando um novo império, note algo mais que foi visto no sonho:

Enquanto estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou. Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados, viraram pó, como o pó da debulha do trigo na eira durante o verão. O vento os levou sem deixar vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda (Daniel 2:34-35).

Haverá um sétimo império mundial. Nós estamos vivendo justamente na época em que será estabelecida esta conquista. Ao explicar o sonho, Daniel disse que seria na época desses reis, os governantes da divisão Européia, que um reino que nunca será dominado por nenhum outro povo, destruirá todos os reinos daqueles reis e os exterminará (Daniel 2:44). Sobre este sétimo domínio mundial, estudaremos no próximo estudo.
Observe o resumo do sonho profético e seu cumprimento histórico:




Você precisa ter cidadania neste próximo país supremo. É possível viver sem temor de ficar do lado de fora. No capítulo dois de Daniel, o Senhor se apresenta como o único que verdadeiramente sabe o futuro. Nítida e antecipadamente, Ele descreve dois milênios e meio de História. Prevê precisamente o aparecimento e queda de impérios. É espantoso observarmos como Deus guia o futuro dos povos.
Agora, se Ele é sábio o bastante para prenunciar o amanhã e satisfatoriamente poderoso para reger o surgimento e o fim dos impérios, com certeza, Ele também é capaz, de dirigir e proteger a sua vida pessoal. Você pode confiar em Deus e em Sua palavra.
O Deus de Daniel e o que Esta Escrito de Sua revelação não se compara a qualquer outro ensino. Até mesmo o pagão Nabucodonosor reconheceu isso. O rei disse a Daniel: “Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis e aquele que revela os mistérios, pois você conseguiu revelar esse mistério” (Daniel 2:47).
De vencidos e prisioneiros em Babilônia, Daniel e seus companheiros passaram a governadores de Nabucodonosor, por terem sido fiéis ao Senhor. Assim o rei colocou Daniel num alto cargo e o cobriu de presentes. Ele o designou governante de toda a província da Babilônia e o encarregou de todos os sábios da província (Daniel 2:47).
Ore a Deus, e diga a Ele que você quer colocar o controle da sua vida em Suas mãos. Peça-lhe que dirija os seus planos, pois você reconhece que Ele governa tudo.

Um abraço,


Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Surpresa!

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