sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Jesus Que Eu Nunca Conheci






Qual é a melhor maneira de olharmos para Jesus?







Philip Yancey é, simplesmente, o melhor escritor cristão contemporâneo. Se você for a uma livraria e encontrar um livro com esse nome de autor, não precisa nem saber do que trata o livro, nem perguntar o preço: simplesmente, compre-o e leia-o.
Quando você lê um livro tipo O Desejado de Todas as Nações, de Ellen G. White, você vê Jesus da perspectiva de uma mulher, de uma mensageira do século dezenove... quando você lê um livro como Um Desconhecido Galileu, de Rodrigo Pereira Silva, você vê a Jesus da perspectiva de um pastor, de um teólogo contemporâneo... se você lê um livro como Ele Andou Entre Nós, de Josh McDowell, você vê a Jesus da perspectiva de um pesquisador do século vinte... Entretanto, todas essas perspectivas, apesar de apresentarem novidades, elas apenas ampliam nossa visão sobre Cristo, mas a mantém na mesma direção.
Mas imagine que você pediu para que um jornalista, respeitando toda a ética e filosofia da comunicação social, entrasse numa máquina do tempo e voltasse à Palestina de 2000 anos atrás. Sua pauta consiste em fazer um relatório de Jesus, o Cristo. E a matéria que ele irá escrever, apesar de ser imparcial, chegará à edição final numa modalidade jornalística diferente das atuais: nem esportiva, nem policial, nem de denúncia, mas, devocional. Depois da edição, sabe qual é o produto final? Você se encontra com um Jesus que você nunca conheceu, roteirizado de uma forma que você não esperava, mas não editado, pois é real.
A questão não é que Yancey recria um outro Jesus. O livro O Jesus Que Eu Nunca Conheci honra o seu título, mas ao mesmo tempo é honesto para respeitar os limites das limitações de pesquisa que o autor encontrou. Por isso, inspira confiança. A questão é que nós é que estamos viciados a olhar as coisas sempre por uma mesma ótica. Mas quando um bom escritor, com todas as habilidades que a vida lhe ofertou, troca as suas lentes, você vê o mesmo Jesus, como se você pela primeira vez.
Isso reflete diretamente na vida espiritual de quem se coloca em contato com o conteúdo dessa obra, pois traz o despertar de atenção que a novidade inspira. Encontrar-se com Jesus como se fosse pela primeira vez traz a curiosidade de saber quem é esse homem, afinal. Isso leva a pesquisar mais sobre ele, gastando mais tempo em devoção. E, como trata-se de um encontro, é também um aumento de relacionamento. Produto final: maior comunhão.
Não resisto, não dá para parar nas cem primeiras páginas. Então, professor, com licença, mas vou matar minha curiosidade, saciar minha sede. Permita-me ler até à última página, pois não quero ter a Jesus como alguém que nunca conheci.

Um abraço,




Ficha do Livro:
Yancey, Philip, O Jesus Que Eu Nunca Conheci: Traduzido por Yolanda Kriever (São Paulo: Editora Vida, 2004), 100 páginas, brochura.

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Sobre o relato “O Rico e Lázaro”, de Lucas 16:19-31, é evidente que é uma parábola, linguagem figurada. Mas, assim como não prova a imortalidade da alma, também não prova a mortalidade. Por que e para que então Jesus contou esta parábola? Para confundir a cabeça da gente?

3 comentários:

  1. O grande diferencial de Yancey é o fato de ele ser jornalista. tem uma visão investigativa e sem dogmas e paradigmas religiosos. esse é o melhor livro que li sobre a pessoa de Jesus até hoje. já sobre Yancey...é o tipo de escritor que vicia, não dá pra passar prto de uma livraria sem comprar um livro de Yancey. destaque também para "decepcionado com Deus", "a bíblia que Jesus lia", e "maravilhosa graça". um abraço

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  2. O "Jesus que eu nunca conheci mostra um personagen que nos faz reviver os bons tempos do Evangelho. Tempo de sede e de paixão que nos fazia caminhar cantando tal qual os primeiros discípulos. Mostra a graça no seu devido lugar, ou seja, bem perto Dele, para que jamais possamos dizer algo como "antes só te conhecia de ouvir falar" e que naquele dia Ele também não venha dizer "apartai-vos de mim". Este livro mostra um transparente e radiografado sentimento de esperança. Mostra Deus abandonando o trono e pensando em nós!

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  3. Impossível, para mim, ler 'O Jesus que eu nunca conheci' sem chorar, isso todas as vezes. Philip Yancey pode ter opiniões discordantes das nossas, sem dúvida, não concordaremos sempre com tudo o que ele diz, mas uma coisa é inegável - ele tem coragem e lucidez para dizer coisas que incomodam E MUITO a igreja moderna atual, narcisista, hedonista, imediatista, materialista e com síndrome de Aladim, que trata o Deus Criador como se fosse um 'gênio da lâmpada', pronto para atender a seus mais abjetos e mesquinhos desejos.
    Um escritor que bota literalmente ( nos dois sentidos ) o dedo na ferida e no nariz da prepotente igreja cristã moderna de um jeito que só ele sabe fazer: educada e lucidamente. Por isso incomoda tanto.
    Não, Yancey não será nunca dono da verdade, mas me fez abrir os olhos para coisas que eu nem cogitava, na minha cegueira denominacional presumidamente cristã - e ele não é meu "guru", apenas um irmão em Cristo que tem se esforçado para entender mais e mais a mensagem do Evangelho, e passá-la adiante.
    Se você, amigo visitante leitor, não leu este livro, eu sugiro que o faça. Você pode até odiar ( ou amar ) o estilo, idéias e postura do escritor, mas sinceramente eu creio que INDIFERENTE você não ficará.
    Não espere um livro de receitas religosas prontas ( tipo faça isso e Deus te dará aquilo, ore assim e assado que assim se fará imediatamente etc) mas espere um livro que vai te fazer refletir sobre como está seu relacionamento com o Criador. RELACIONAMENTO é a palavra-chave dos livros de Yancey.
    Obrigado ao autor do blog por compartilhar.
    Paz.

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