quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Nossos olhos estão postos em Ti


O fenômeno da foto ao lado aconteceu hoje, antes das 6h da manhã. Não somente hoje, mas durante toda a semana, após um desafio lançado no último sábado, através da mensagem pregada por Fátima Silva. O sermão segue no texto abaixo. O milagre, atribuímos ao Espírito Santo. Deus seja louvado!

Nossa História

Aquele era mais um dia comum na vida e no reinado de Josafá, rei de Judá. Mas, de repente, seu coração estremeceu quando foi lhe comunicado que um exército enorme estava se dirigindo até o seu povo para destruí-lo (2Crônicas 20:1). “Alarmado” (vs.3), o rei decidiu consultar ao Senhor e proclamou um jejum em todo o reino de Judá. Então, Josafá levantou-se diante de todos e orou:

SENHOR, Deus dos nossos antepassados, não és tu o Deus que está nos céus? Tu dominas sobre todos os reinos do mundo. Força e poder estão em tuas mãos, e ninguém pode opor-se a ti. Não és tu o nosso Deus, que expulsaste os habitantes desta terra perante Israel, o teu povo, e a deste para sempre aos descendentes do teu amigo Abraão? Eles a têm habitado e nela construíram um santuário em honra ao teu nome, dizendo: ‘Se alguma desgraça nos atingir, seja o castigo da espada, seja a peste, seja a fome, nós nos colocaremos em tua presença diante deste templo, pois ele leva o teu nome, e clamaremos a ti em nossa angústia, e tu nos ouvirás e nos salvarás’. “Mas agora, aí estão amonitas, moabitas e habitantes dos montes de Seir, cujos territórios não permitiste que Israel invadisse quando vinha do Egito; por isso os israelitas se desviaram deles e não os destruíram. Vê agora como estão nos retribuindo, ao virem expulsar-nos da terra que nos deste por herança. Ó nosso Deus, não irás tu julgá-los? Pois não temos força para enfrentar esse exército imenso que vem nos atacar. Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti”. (2Crônicas 20:6-12).

Gosto de analisar a atitude de Josafá diante da má notícia que teve que enfrentar. Pode parecer comum o fato de ele buscar ao Senhor em um momento de provação, mas tal atitude implica em algo mais profundo. Podemos notar com que confiança Josafá pôde dizer ao Senhor: “Nossos olhos estão postos em Ti.” Durante anos, ele ensinou o povo a confiar em Deus. No momento de provação, ele não estava sozinho: “todo o Judá estava em pé perante o Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres, e os seus filhos” (vs. 13). Unidos jejuaram e oraram; unidos pleitearam com o Senhor para que pusesse seus inimigos em confusão, a fim de que o nome de Jeová fosse glorificado.

Seguindo através da narrativa bíblica, como em um filme, podemos vislumbrar através da imaginação, a estratégia de guerra daquele povo (vs. 21): Depois de consultar o povo, Josafá nomeou alguns homens para cantarem ao SENHOR e o louvarem pelo esplendor de sua santidade, indo à frente do exército, cantando: “Dêem graças ao SENHOR, pois o seu amor dura para sempre”. Imagine você o que parecia um bando de homens, em pleno deserto, à frente de um exército de guerra cantando: “Deem graças ao Senhor, pois o seu amor dura para sempre”? Nem nos filmes de Hollywood podemos ver tanta criatividade! Quanta ousadia, não é mesmo? Parecia até que já contavam com a vitória? O fato é que contavam com a vitória sim! Porque, com Deus, a vitória é garantida e não precisamos temer. Podemos desconfiar de nós mesmos, porque somos humanos e limitados, mas não devemos limitar o poder que vem do nosso Senhor!

Nossa Precariedade Devocional

Aqui entra o primeiro ponto da nossa reflexão. Como tem sido nossa prática de devoção a Deus? Quão profundo tem sido o nosso relacionamento com o Eterno? Quanto tempo temos gastado em oração, a ponto de fortalecer nossa confiança em Deus? Você percebe onde nossos olhos devem estar postos antes de chegar a crise? Se, durante a paz e a tranquilidade não voltarmos nossos olhos ao Senhor, como teremos forças para fazer isso em um momento de provação?

O que tem lhe tirado o sono? O que tem roubado sua paz? São problemas de saúde, dificuldades nos relacionamentos, problemas financeiros, algum hábito que precisa ser vencido? Qual é o grande exército que tem se levantado contra você?

Depois de refletir sobre sua situação, convido a você a tirar o foco de si, e então refletir sobre a atuação de Deus ao responder a oração de Josafá:

Então o Espírito do SENHOR veio sobre Jaaziel, filho de Zacarias, neto de Benaia, bisneto de Jeiel e trineto de Matanias, levita e descendente de Asafe, no meio da ssembleia... De madrugada partiram para o deserto de Tecoa. Quando estavam saindo, Josafá lhes disse: “Escutem-me, Judá e povo de Jerusalém! Tenham fé no SENHOR, o seu Deus, e vocês serão sustentados; tenham fé nos profetas do SENHOR, e terão a vitória”... Quando os homens de Judá foram para o lugar de onde se avista o deserto e olharam para o imenso exército, viram somente cadáveres no chão; ninguém havia escapado... Depois, sob a liderança de Josafá, todos os homens de Judá e de Jerusalém voltaram alegres para Jerusalém, pois o SENHOR os enchera de alegria, dando-lhes vitória sobre os seus inimigos... O temor de Deus veio sobre todas as nações, quando souberam como o SENHOR havia lutado contra os inimigos de Israel. (vs. 14-17; 22, 24, 27,29).

Que Deus tremendo! Quantas maravilhas Ele é capaz de realizar no meio do Seu povo! Como é bom saber que temos um Deus assim!

Agora, se temos um Deus poderoso, pronto a nos auxiliar sempre, por que nos debatemos sozinhos, tentando resolver nossos problemas por nós mesmos? Por que não intensificamos nossa devoção, nossos momentos a sós com Deus e não desenvolvemos um relacionamento profundo e pessoal com o nosso Salvador? O que há de errado conosco? A resposta é obvia e simples: precisamos orar mais!

Ah, oração! De novo! Falamos tanto disso! Temos tanta literatura e sermões que abordam sobre esse assunto... Por que falar de um tema tão simplório como a oração?

Para começar, precisamos ter em mente que

“Satanás está sempre pronto para insinuar que a oração não passa de mera forma e não nos traz benefício algum. Ele não suporta as súplicas dirigidas ao seu poderoso rival. Ao som da fervorosa oração, as hostes das trevas tremem. Se em sua agonia e desamparo, o pecador olha para Jesus, roga pelos méritos do Seu sangue, o compassivo Redentor ouve a perseverante e sincera oração da fé e envia em seu resgate um reforço de anjos que excedem em poder” (White, Ellen G. Meditações diárias: perto do Céu. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 20).

É triste ter que admitir, mas a realidade é que estamos deixando de lado aquilo que é mais importante. Nós corremos pra cima e pra baixo, temos uma agenda apertada (e, a propósito, nos orgulhamos disso), trabalhamos para a igreja, dando o nosso melhor... Mas corremos o risco de sermos cristãos apenas de fachada. Cristãos “meia-boca”. “Péra aí”, você pode dizer, “Mas nós oramos!” Sim, oramos apressadamente pela manhã, antes de sair correndo para o trabalho ou para os estudos; oramos antes das refeições; oramos antes de dormir já com a cabeça no travesseiro, com o “tico e o teco em off”... E assim nossa vida passa, sem muito significado profundo, sem um relacionamento genuíno e pessoal com Deus. É uma vida cristã sem poder.

Nossa Necessidade

Precisamos de poder para vencer. E o poder não está no conhecimento, não está em uma boa conta bancária, em um carro do ano, em status, em pertencer a uma determinada raça, não está na beleza... O poder está à sua disposição quando você se coloca de joelhos. Quando, humildemente, você busca em Deus forças para vencer as batalhas da vida para o dia que tem diante de si. Jesus, sendo o próprio Deus, fazia isso: “Os períodos noturnos de oração que o Salvador passava na montanha ou no deserto eram necessários para prepará-Lo para as provas que Ele deveria enfrentar nos dias seguintes” (White, Ellen G. Meditações diárias: perto do Céu. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 22). Como você tem se preparado para enfrentar as provas da vida?

Jesus Cristo está voltando a este mundo. Qual deve ser, então, nossa atitude? “O fim de todas as coisas está próximo. Portanto, sejam criteriosos e estejam alertas; dediquem-se à oração.” (1Pedro 4:7)

O que mais precisamos como igreja? Pregar o evangelho para apressar a volta de Jesus? E desde quando um mero mortal como o ser humano é capaz de alterar um dia sequer na agenda de Deus pelas coisas que faz? O que mais precisamos é orar, buscando o batismo do Espírito Santo em nossa vida diariamente. Isso porque, quando oramos, o Espírito Santo é derramado.

A grande necessidade da igreja nesta geração é a manifestação da glória de Deus. Precisamos de homens e mulheres com a marca da glória de Deus em suas vidas, que sejam parecidos com Jesus porque estiveram sentados aos pés de Jesus.

Em nossa vida e nas nossas igrejas podemos fazer escolhas: por que usar um lápis, se podemos ter acesso a um computador? Por que andar se podemos voar? Por que tropeçar sem poder quando o potencial é tão grande? A maior deficiência de uma igreja não está em programas, estratégias, materiais ou ideias, mas na oração. Não é irônico, termos grandes programas para ganhar o mundo, mas pouco poder?

Nosso Sistema de Aquecimento

Cinco recém-graduados estudantes de teologia visitavam Londres, emocionados com a oportunidade de ouvir um destacado pregador antes da sua ordenação para o ministério. O Sol forte de verão os castigava enquanto aguardavam que as portas do tabernáculo de Spurgeon fossem abertas, a mesma igreja do mais famoso pregador daquele tempo. Um estrangeiro se aproximou deles e disse: “Enquanto vocês estão esperando, não gostariam de ver o sistema de aquecimento da igreja?”

Ver o sistema de aquecimento em um dia abrasador de julho era a última coisa que eles tinham em mente, mas consentiram. Foram conduzidos alguns degraus abaixo para uma porta no subsolo. O guia abriu a porta e sussurrou em tom baixo: “Este é o sistema de aquecimento de nossa igreja”.

Surpresos, os jovens pastores viram diante deles 700 pessoas ajoelhadas em oração suplicando as bênçãos de Deus para a reunião evangelística que seria conduzida no salão superior. O guia desco­nhecido se apresentou como o próprio Charles Spurgeon. Ele foi, em seus dias, o maior pregador do mundo. O ministério dele foi poderoso por causa da oração. Certa vez, Spurgeon disse: “Quando Deus deseja fazer uma grande obra, Ele primeiro coloca seu povo para orar.”

Gosto de um pensamento de Max Lucado: “Quando nós trabalhamos, apenas trabalhamos. Mas quando nós oramos Deus trabalha!

Deixemos de focalizar nossas dificuldades, temores, dúvidas, etc. e “confiemos em Deus para cura, amor e poder” (White, Ellen G. Review and Herald, 1907). É disso o que mais precisamos: cura, amor e poder!

“E que o Espírito Santo seja derramado em nós, Senhor Jesus, a fim de que sejamos cristãos genuínos, segundo o Teu coração!”

Fátima Silva

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