Esta é uma das preocupações da Associação Central Sul
Rio-Grandense (ASCR) das igrejas adventistas do sétimo dia da região central do
estado gaúcho: manter tais igrejas sadias. E este foi o tema do sermão do
pastor Evandro Fávero, na reunião de hoje, do concílio pastoral que está
acontecendo nesta semana, baseado em Atos 9:31:
A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria,
edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito
Santo, crescia em número.
Para uma rápida - porém relevante - análise de saúde
eclesiástica, Fávero destaca quatro palavras deste versículo bíblico, e sugere
algumas atividades que se possam ser realizadas com a congregação para que tal
situação seja alcançada.
O texto bíblico diz que a igreja tinha “paz”. Do termo grego
eirene, esta palavra traz o sentido
oposto de “guerra entre as nações”, e trata-se de paz entre indivíduos e de paz
que surge da reconciliação com Deus. Esta primeira palavra em destaque, estampa
qual era o estado da igreja primitiva. E as outras três palavras destacadas
abaixo, mostram o que acontecia para que a igreja alcançasse tal plenitude.
Como a igreja tinha paz? “Edificando-se”. A partir do
significado do termo original oikodoméu,
é possível compreender que a igreja estudava a Palavra de Deus e a colocava em
prática. Hoje, a igreja pode edificar-se através da leitura e do estudo da
Bíblia, através do projeto Reavivados Por
Sua Palavra (ver a hastag #rpsp no twitter), da lição da Escola Sabatina, da prática de motivar a
todos a lerem a Bíblia, e da aplicação em gastar mais tempo para tal leitura. Fávero
cita a autora E.G. White que afirma que a Bíblia é o livro mais eficiente, e
mais eficiente do que todos os livros juntos.
Outra razão pela qual a igreja tinha paz é que ela caminhava
no “temor”. Caminhava no fobus (gr.),
no respeito, na honra, na reverência, na dedicação, na consagração. A
igreja dedicava a vida ao Senhor através de uma prática intensa e contínua de
oração. Vários textos no livro de Atos evidenciam tal prática na igreja
apostólica. E hoje, é possível: a) erguer um altar de oração em cada igreja do
distrito, onde se possam colocar os nomes das pessoas que queremos que se
convertam; b) instituir o “minuto da oração” em que, em cada programação, a
igreja pare para orar pela conversão das pessoas; c) realizar vigílias pelas conversões;
d) organizar duplas de caminhada de oração; e) proclamar jejuns; f) estabelecer
pequenos grupos de oração pedindo a Deus que as pessoas decidam por Cristo; etc.
Quando você ora pedindo determinada bênção para alguém, você é o primeiro a
receber aquela mesma bênção, comentou o pregador.
O pastor Evandro continua explicando que a paz da igreja
também se dava pelo “conforto”, o parakles,
a consolação, a ajuda, o encorajamento. Pela ajuda e pelo encorajamento do Espírito
Santo, a igreja crescia em número. Mais uma vez, é sabido que há diversos
textos no livro de Atos que mostram o crescimento da igreja. A igreja tinha uma
missão, um objetivo, um resultado, um foco: crescer em número, não baseada
meramente em estratégias humanas, mas porque tinha o Espírito Santo. É por isso
que o grande derramamento do Espírito Santo não virá enquanto o Seu povo não
estiver disposto a ser um povo colaborador de Deus. Pois primeiro é preciso
dizer: “Eis-me aqui”.
Para que isto aconteça, não somente o pastor, mas todos os
membros que exercem alguma atividade na igreja, precisam mobilizar ações. Como? Nas palavras de Evandro Fávero, é preciso "multiplicar a liderança através de Pequenos Grupos
Protótipos porque mais grupos representam mais pessoas envolvidas na comunhão,
relacionamento e missão". Tendo foco nas pregações, falando da missão da igreja. Entregando o livro Serviço Cristão (www.cpb.org.br) nas mãos
de cada família da igreja, para que o leiam juntos. Tendo momentos de
testemunhos na igreja, falados pelas duplas missionárias. Realizando capacitações. Enviando cartas para
os novos convertidos. Organizando um
exercito de visitação recrutadora de missionárias. E, por fim, realizando
semanas de colheita. Uma vez que nos tornamos membros da igreja e fomos
capacitados para o trabalho missionário, devemos entender que Deus não nos
chamou para fazer o trabalho da igreja, mas para conduzir a igreja em sua
missão.
Deus quer agir
através de nós!
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