Alberto Ronald
Timm, Ph.D, em seu artigo na Revista “Sinais dos Tempos” de julho de 1999, nos
explica que determinar a natureza específica de cada sonho de uma pessoa é um
assunto muito complexo e subjetivo. Além dos “sonhos mentirosos” e não
autênticos (Jeremias 23:32; 29:8 e 9), existem dois grandes grupos de sonhos
reais. O primeiro e mais comum deles é o formado pelos sonhos naturais, que
fazem parte do processo normal de descanso durante o sono e cujo conteúdo pode
apresentar-se de forma organizada ou desorganizada. Uma vez que “das muitas
ocupações brotam sonhos” (Eclesiastes 5:3), é provável que pessoas envolvidas
em assuntos religiosos acabem sonhando com eles, sem que tais sonhos sejam de
origem sobrenatural.
Já o segundo
grupo básico de sonhos é formado pelos sonhos sobrenaturais, que podem ser de
origem divina ou satânica. Os sonhos de origem divina têm, normalmente, um propósito
salvífico bem definido e podem ser concedidos tanto aos profetas verdadeiros
(Números 12:6) quanto a pessoas comuns (Joel 2:28; Gênesis 451; Daniel 2). Os
de origem satânica são quase sempre fascinantes e podem conter meias-verdades
para confundir. Suas predições podem até se cumprir, mas eles tendem a afastar
a pessoa de Deus e de Sua vontade (Jeremias 29:8; Mateus 24:24; 1Pedro 5:8).
Tanto os
sonhos naturais como os sobrenaturais podem ter um conteúdo religioso. O
simples fato de Deus conceder um sonho sobrenatural a alguém não transforma
essa pessoa automaticamente num profeta (Gênesis 41; Daniel 2). O chamado para
o ministério profético é algo diferente e bem mais abrangente. A atitude de
atribuir a Deus a origem de todos os sonhos de cunho religioso e de buscar
sempre um significado especial para o seu conteúdo é perigosa.
Somos
advertidos por Deus de que os sonhos devem permanecer subordinados às
Escrituras. “O profeta que tem um sonho, conte o sonho, e o que tem a minha
palavra, fale a minha palavra com fidelidade. Pois o que tem a palha a ver com
o trigo?, pergunta o SENHOR. À lei e aos mandamentos! Se eles não falarem
conforme esta palavra, vocês jamais verão a luz!” (Jeremias 23:28; Isaías 8:20;
Mateus 7:21-23; Gálatas 1:8-9, 1João 2:4; 4:1).
Sonhos jamais
são usados por Deus como um fim em si mesmos, mas apenas como um meio de nos
aproximar mais dEle e de Sua Palavra (ver João 20:29). Nossa fé não deve ser
dependente de tais meios, possíveis de serem usados também por Satanás. Se você
tiver um sonho que julga ser divino, mas não tem certeza, antes de ter completo
esclarecimento, tente apenas extrair dele uma lição positiva para a vida.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
muito bom texto, parabéns
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