Você está
fugindo de alguma coisa? Quero convidá-lo a fugir. Vamos fugir? O quê? Precisamos
fugir da idolatria. Talvez você imagine que não precisa fugir da idolatria, por
não ter nenhum santuário cheio de imagens em casa. Mas cada um de nós
corre o risco de idolatrar alguma coisa até mesmo secular. Na leitura de hoje,
tem a história de pessoas que estavam muito apegadas a itens não-religiosos.
Muitos, ao ler
Gênesis 31, encabulam-se em pensar numa possível conivência da parte de Deus,
permitindo que seus patriarcas fossem religiosos idolátricos. E a pergunta é: “As
estatuetas que Raquel roubou denotam que Jacó era idólatra?”
As estatuetas
que as pessoas da família de Abraão usavam e que aparecesse na nossa Bíblia
traduzidas como ídolos ou deuses, na realidade, não eram adoradas por eles.
No original
hebraico, a palavra é “terafim”. Eram bonequinhos de barro usados como
documentação de propriedades. Quem os possuía era dono dos bens materiais a que
se referiam, como se fosse a escritura de uma fazenda.
Muitos anos
depois, as pessoas passaram a adorar essas estatuetas. Daí sim, elas passaram a
ocupar o contexto de idolatria. Por isso, vem a confusão ao se interpretar o
texto hebraico do Antigo Testamento em saber se o terafim era um objeto de
documentação ou de adoração.
No caso da
família de Abraão, se você analisar bem o contexto, verá que a importância que
as estátuas tinham para eles era de documentação e não de adoração porque:
a) Na fuga de
Jacó e Raquel, com a perseguição de Labão, a motivação de seus confrontos era a
preocupação com os bens materiais, a herança, o salário, etc.;
b) Eles não aparecem
orando ou preocupados com a veneração a esses objetos;
c) Nessa
história, eles sempre adoram ao Senhor;
d) Raquel
chega a sentar-se em cima das estatuetas - ela jamais faria isso com o que
considerasse santo.
A única
idolatria que poderia estar se passando por ali era a de colocar os bens
materiais na frente de Deus, nas prioridades do coração. Essa é a mesma
idolatria na qual corremos o risco de cair hoje, pois onde está o nosso
tesouro, também está o nosso coração (Mateus 6:21). Mas, nesse caso, o problema
não está com o objeto idolatrado e sim com a disposição mental da pessoa
relacionada ao objeto. O maior inimigo do homem é ele próprio. Nossa tendência
é amar tanto o nosso ego, ao ponto extremo de colocá-lo acima de Deus. A
egolatria também é pecado, porque nos aliena do Pai que está no Céu.
Lembre-se sempre
de dar toda a honra, glória e louvor somente a Deus.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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