O trecho
bíblico proposto para hoje é uma boa leitura não só por se tratar de um texto
de entendimento simples, mas, também, porque dessa leitura é fácil percebermos boas
lições espirituais.
Como exceção,
encontramos dois versículos difíceis de ser entendidos: “Então, os servos de
Saul lhe disseram: Eis que, agora, um espírito maligno, enviado de Deus, te
atormenta... E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha
sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se
achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele” (16:15 e 23 - RA).
Para explicá-los,
apresento abaixo uma pequena resenha de Leandro Quadros, usando a versão
bíblica Revista e Almeida.
No pensamento
hebraico, Deus é apresentado com sendo o autor de tudo aquilo que Ele permite
que aconteça. Sua soberania é muito exaltada. Vejamos um exemplo. 1Crônicas 10:14
afirma que foi Deus quem matou Saul. Já no verso 4, a palavra de Deus relata
que foi Saul quem se matou. Nosso Deus não tinha nada a ver com isso.
Simplesmente esse é um modo hebraico de dizer que Deus permitiu que Saul
morresse, pois foi isso que aquele rei de Israel escolheu.
A Bíblia
apresenta uma grande quantidade de figuras de linguagem, expressões, etc. A
expressão de Samuel quer dizer que Deus “permitiu” que o espírito atormentasse
a Saul por causa da grande maldade e rebeldia dele.
Note que no
verso diz que foram os “servos de Saul” que disseram isso e não Deus. Eles apenas
“suporam” que tivesse sido Deus, devido às influências que a cultura hebraica
(soberania de Deus em todos os acontecimentos) exercia sobre a mente deles.
Deus é amor (1João
4:8) e jamais iria mandar um espírito imundo atormentar alguém. Ele é tão bondoso
que não tem prazer na morte do mais perverso de todos; Ele quer que todos se
convertam e vivam (Ezequiel 18:23 e 32; Lucas 6:35). Não existe a menor
possibilidade de Deus fazer o mal: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado
por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém
tenta” (Tiago 1:13).
“Ora, a
mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é
luz, e não há nele treva nenhuma” (1João 1:5).
A certeza que
temos é que quando rejeitamos Seu amor, quando rejeitamos Seu perdão, Ele terá que
permitir que as consequências nos sobrevenham, pois nos dá a liberdade de
escolha. Confiemos no Senhor, pois “Ele é bom e a sua misericórdia dura para
sempre” (Salmo 100:5).
Que Deus lhe
abençoe ricamente hoje.
Valdeci
Júnior
Fátima
Silva
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