Uma Resenha da Leitura do Livro The
Missional Journey.
Um livro capaz de mudar a vida de qualquer igreja, o
ministério de qualquer pastor, o brilho de qualquer cristão. Isso tudo porque
achamos o máximo sermos missionários, e daí, enquanto equivocados assim,
perdemos a oportunidade de sermos o potencial cristão que poderíamos ser.
O livro tem dois autores.
Robert E. Logan, é um especialista em crescimento de igreja.
Conhecido como Dr. Bob Logan, ele tem trabalhado no ministério em tempo integral
por mais de 35 anos como plantador de igreja, pastor, líder de missões,
consultor e coach (treinador facilitador) ministerial. Ele é reconhecido
internacionalmente como uma autoridade em plantação de igrejas, crescimento da
igreja e desenvolvimento de liderança. As áreas atuais de Bob são coaching ministerial, pregação e o
desenvolvimento de líderes nos contextos missional e encarnacional.
Dr. Dave DeVries é um coach,
treinador e estrategista do Missional
Challenge - um ministério da OC
International. Ele é apaixonado por treinamento e formação de plantadores
de igrejas e líderes missionários. Suas habilidades de treinamento têm sido
usadas para mobilizar plantadores de igrejas, pastores e líderes de ministérios
em todo o país e ao redor do mundo.
Logo no início do livro, a plantação de igrejas torna-se uma
escola onde os experientes passam a trabalhar com os aprendizes. Existem os
mentores, o gerenciadores e os que estão aprendendo. Bob é o grande
empreendedor deste movimento, tornando pessoas inexperientes em verdadeiros
agentes no movimento de plantação de igrejas. Mas o destaque principal dele é
que ele nunca deixa de ser um aprendiz, ou seja, está sempre buscando
experiências novas. E a reflexão é sobre o quanto estamos distantes deste santo
empreendedorismo.
O ministério encarnacional tem que ver com três especificidades:
Como Jesus viveu, o que Ele nos chamou para fazer e “como faremos isso?”. Como
o exemplo, Ele viveu através de alguns princípios: em conexão com o Pai,
interagindo com a cultura, vivendo com propósito, engajando-se autenticamente com as pessoas, convidando-as
para segui-Lo, vivendo encarnacionalmente, sendo um coach, etc.. Para fazermos
o mesmo, precisamos estar ligados ao Pai (João 15).
Como o cristão pode engajar na cultura sem perder sua
identidade, princípios e valores? A maneira como nos relacionamos com os de
dentro não será a mesma maneira como nos relacionamos com os de fora, mesmo que
o problema a ser tratado seja o mesmo. Para que haja um engajamento cultural verdadeiro
que transforma a comunidade, é preciso ter um serviço sacrifical,
relacionamentos autênticos e transformação espiritual. Jesus se misturava
intencionalmente com as pessoas não para ficar como elas, mas para, a partir de
ser semelhante a elas, torná-las semelhantes a Ele.
Para isso, é preciso refletir sobre o que significa ser
igreja. Equivocadamente, pensamos em igreja como uma denominação, ou como uma
instituição ou como um edifício com auditório para serviços sacros. E igreja,
literalmente, não é isso! Logo, para entender o que é igreja, primeiro é
preciso entender o que é o reino de Deus, o que é um discípulo, o que é
evangelho, o que é igreja, e o que significa o termo missional. Os autores
desvendam este DNA eclesiástico levando o leitor a refletir no viver
encarnacional de Cristo, na formação dos discípulos, e então no nascimento da
igreja primitiva.
Para formar comunidades missionais, é preciso misturar-se
com o povo, ser seu amigo e então fazê-los seguir. É preciso alcançar, na
comunidade, a “pessoa da paz”, porque daí a comunidade também irá seguir a
pessoa. Uma comunidade missional é um grupo de pessoas que, seguindo juntas a
Jesus, tem encontro de louvor e adoração, ministério baseado nos dons e forma
discípulos, instituindo ali novos líderes, inclusive com os que ainda estão se
convertendo. E, por fim, é preciso multiplicar tal movimento em próximas etapas
semelhantes.
O movimento só será sustentável, se for desenvolvida a
liderança. Para desenvolver a liderança, é preciso basear-se nas pessoas, como
John Wesley fez. As pessoas fazem parte do reino de Deus. E a comunidade
desenvolvendo-se junto com a liderança traz força para o movimento.
Ao plantar igrejas, Paulo e sua equipe deixaram líderes
enraizados onde estavam, mas formavam líderes que também iam para outros
lugares. A provisão de líderes deve acontecer como dons espirituais. Com o
envolvimento na cultura, a formação de cultura missional e a formação de
liderança é o que faz a diferença entre o movimento ser informal para passar a
ser intencional.
Para criar uma rede de líderes, é preciso escolher uma
igreja específica, escolher as pessoas, treiná-las, treinar mentores entre
eles, criar um processo que dê suporte ao projeto piloto e preparar-se para as
mudanças que ocorrerão na comunidade.
Você pode ter os dados completos do livro, bem como sua
aquisição, a partir de: http://www.churchsmart.com/default.asp : Logan, Robert E., & DeVries, Dave, The Missional Journey: Multiplying Disciples
and Churches that Transform the World, Saint Charles: Church Smart
Resources, 2013, 219 pages.
Um abraço,
Pr. Valdeci Jr.