Esta pergunta é muito oportuna diante do mundo complexo que vivemos entre o chamado ao cristianismo correto e as pressões sociais distorcidas. Vamos tratar deste assunto aplicando os princípios à vida de um cristão.
Estes princípios podem aplicar-se a diferentes casos como: alguém que, por principio religioso, não bebe, mas vende ou serve bebida alcoólica; alguém que, por valores cristãos, não fuma, mas vende ou compra cigarros para outra pessoa; alguém que não come os tipos de alimentos que são proibidos pela Bíblia, mas trabalha para que outros consumam estes alimentos maléficos... Enfim, alguém que, por principio, não usa determinada coisa, mas promove o seu uso.
Para entendermos qual é o princípio geral que pode ser aplicado a esta variação de casos, podemos usar um exemplo específico da Bíblia. Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas! (Habacuque 2:15). Veja que a Bíblia é bem clara em mostrar o desagrado de Deus em relação àquele que, apesar de não beber, serve bebida alcoólica a seu semelhante.
Assim, podemos chegar à conclusão que Habacuque 2:15 é aplicável à censura de um cristão em ser dono de qualquer estabelecimento que forneça bebidas alcoólicas, ou de alguém que serve bebidas alcoólicas. Em princípio, quando falamos de outras coisas que um conhecedor da Bíblia não admite para si, como o cigarro, as jóias, as carnes proibidas que fazem mal, as drogas, mas questionamos se tal individuo crente poderia ou não servi-las, não estaríamos falando da mesma coisa? O principio é o mesmo.
Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas. (Mateus 7:2). Ora, se você ama a Deus, penso que não vai querer destruir as obras de Deus. Não seria então uma incoerência, ajudar seu semelhante, que é criatura de Deus, a manter-se em autodestruição? Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado. Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo. (I Cor 3:16 e 17 e 6:20). Poder servir somente aquilo que edifica o nosso semelhante é uma oportunidade de glorificar a Deus! Você não pode perder esta oportunidade, sabe por quê? Porque aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando. (Tiago 4:17). Sabe meu amigo, baseados na passagem de Habacuque, podemos dizer que iremos pagar pelo mal que causamos à saúde, à moral, à salvação, enfim, a qualquer área da vida dos outros. Podemos concluir que a venda, o fornecimento, a produção ou a promoção, conscientes, de qualquer coisa que seja nociva a alguém, é um ato condenado por Deus.
O que fazer então? Bem, se você é um empregado, em primeiro lugar você pode tentar fazer um acordo com seu patrão. Ver se é possível fazer um arranjo no trabalho para que você possa trabalhar somente com aquilo que não entre em choque com os valores que você vive e prega. Se não for possível, o ideal é que se troque de trabalho. Se você é um investidor em algo ilícito, para manter sua fidelidade a Deus precisará investir seu capital em outra fonte de renda. Leia Isaías 55:2; Ezequiel 18:8; Salmo 15:5; e Lucas 19:23 e você vai ver que Deus quer que sejamos sábios, quanto á aplicação dos nossos recursos.
Exerça sua fé em Deus, crendo que Ele, sendo dono de todas as coisas, inclusive da prata e do ouro (Ageu 2:8), poderá ajudá-lo a providenciar seu sustento. Ser justo é realmente um jeito diferente, mais nobre e mais sublime de viver. O apóstolo Paulo escreveu que o justo viverá pela fé. O rei Davi disse: Fui moço e agora sou velho, porém, nunca vi um justo desamparado, nem a sua família mendigar o pão (Salmo 37:5).
Como é que você vai ensinar alguém a não beber, a não comer, a não ver ou não usar, aquilo que você está promovendo? É um mal testemunho pior do que se você se você estivesse usando aquela coisa ilícita, pois você está sendo um promotor do uso daquilo que é ilícito.
O que é mais importante, a sabedoria em Deus, a consciência dos deveres das práticas de fé e do testemunho, ou o nosso bolso? “A sabedoria protege como protege o dinheiro; mas o proveito da sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor” (Eclesiastes 7:12). Logo, “de que serviria o dinheiro na mão do insensato para comprar a sabedoria, visto que não tem entendimento?” (Provérbios 17:16). Há outras fontes de renda para os nossos recursos. Há mais oportunidades de trabalhos lícitos do que ilícitos.
Leia Tiago 1:5. Tenho a certeza de que se você pedir a Deus que lhe mostre como Ele quer que você invista seus recursos, ou onde ele quer que você trabalhe, ele vai lhe mostrar um caminho melhor. Portanto, quer comais, bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para a honra e gloria, de Deus (1Coríntios 10:31).
Que Deus o abençoe,
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