Conheço sim, vários. Ron Gladen, por exemplo, escreveu Plant The Future. Já leu? Esse foi o livro que li que mais tem a ver com a realidade desta atual área de divulgação do evangelho que estamos, agora, usando. Gosto de “pregar” pela internet. É um meio de pregação muito forte que opera direta e exclusivamente com o público externo à igreja, atraindo-o. Mas a realidade é que, em escala considerável, a igreja não está preparada para colher os frutos daquilo que semeia. E precisamos parar pra pensar, em que pontos não estamos preparados para receber os que nos procuram, e nos readaptar-nos para as novas realidades nas quais a nossa cultura contemporânea tem se inserido.
Isso é tão necessário, a ponto de ser vital. Para isso, precisamos ter um foco definido, e mantê-lo em mente, a cada vez que usamos novos métodos. Aliás, precisamos ter um foco tão definido para sermos versáteis o suficiente para resistirmos à tentação de usar métodos revolucionários que nos atraiam, quando esses não forem oportunos. Para isso, é preciso conhecimento de causa.
Conhecimento de causa? Sim, tipo a Coca-Cola Company teve, para tornar-se o que se tornou. O capítulo mais interessante e aplicável à prática, que vem de encontro com nossas necessidades funcionais, de Plant The Future, é um capítulo que faz uma análise da história de ascendência da Coca-Cola. O que o capítulo diz? Sai do óbvio de apenas teorizar e mostra como aconteceu, na prática, a aplicação de foco definido, versatilidade, resitência à tentação de usar o que não é oportuno, conhecimento de causa, abertura para novos paradigmas, preparo para mudanças, e, acima de tudo, onde encontrar o ponto de equilíbrio entre o que deve mudar e o que não se pode mudar.
A carência desses atributos mencionados acima tem nos feito andar a passo de tartaruga. Já usei esse capítulo (da Coca-Cola) deste livro para palestrar, porque ele é um verdadeiro ombudsman da nossa realidade. E precisamos ser honestos. Muitas vezes, ao servirmos à igreja, nossas prioridades tem sido nós mesmos, e não os perdidos. Mas o maior problema é ver o quanto isso tem fincado-nos no passado, o que se manifesta na linguagem com que nos expressamos (se é que expressamos).
Um outro princípio grandioso que aprendi com Ron Gladden é sobre o ciclo de vida de uma igreja. Percebi que muitas vezes já joguei energia fora tentando buscar crescimento de igreja onde não havia mais o que crescer, e, com isso, perdendo a oportunidade de fazer com que a igreja, muito mais que crescesse, se reproduzisse.
O que eu não entendo não é Ron Gladden nem seus ensinamentos. O que eu não entendo é a nossa igreja, o nosso sistema organizacional, a nossa liderança e os nossos servidores. Se os conceitos estão já estudados e definidos de forma tão clara, e se o que queremos é crescer, por que não aplica-los e continuar vivendo na lamúria. Isso é confuso e paradoxal.
Com isso percebi que muitas vezes a resistência e o apego ao inútil é tão grande, que a reforma é impossível. Quando a reforma é impossível, a troca é oportuna. Passei então a orar para que Deus faça substituições. E por incrível que parece, Deus atende as orações. Quando não podemos mudar alguma coisa na igreja, podemos orar por isso, e, se for válido o pedido, Deus opera a mudança.
Que Deus abençoe a sua (a nossa) igreja!
Ficha do Livro:
Gladden, Ron, Plant The Future: So Many Churches! Why Plant More? (Nampa, ID, U.S.A.: Pacific Press Publishing Association, 2000), 80 pages, brochure.
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