sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Questões Sobre Doutrina

Pastor, já ouviu falar sobre o livro Questions On Doctrine? O que você acha dele? É um livro controvertido?
O livro Questões sobre Doutrina foi publicado para aliviar a tensão existente entre o adventismo e o protestantismo conservador entre as décadas de 1950 e início de 1960. Os argumentos expostos pelos representantes do adventismo, representado por LeRoy E. Froom, pelo menos a princípio, foram convincentes aos líderes do protestantismo americano representados por Barnhouse e Martin. Mas ao se tentar resolver conflitos exteriores surgiram violentas turbulências dentro do adventismo lideradas por M. L. Andreasen, o teólogo mais influente das décadas de 1930 e 1940.
Dentre os assuntos que os líderes adventistas de então supunham ser problemáticos, estavam (1) uma expiação completa na cruz e (2) a natureza humana de Cristo. Eles encontraram a solução para esses problemas na necessidade de usar um vocabulário que fosse compreendido pelos evangélicos. Isso deu certo, visto que Barnhouse publicou um artigo na revista Eternity de 1956 considerando os Adventistas como irmãos redimidos e membros do corpo de Cristo (pg. 191).
A maior controvérsia, por volta de 1956, foi levantada por M. L. Andreasen. Talvez movido por um sentimento de rejeição, visto que ele foi excluído tanto do processo de formulação das respostas quanto da crítica delas. O descontentamento de Andreasen foi em relação à expiação. Froom mostrava a abrangência da expiação como indo além da cruz. Para ele, a morte de Cristo na cruz foi um sacrifício completo de expiação, mas não uma completa expiação. Andreasen não compreendeu as declarações de Froom dessa forma, a como uma expiação completa, perfeita e final pelos pecados do homem.
Ainda dentro dessa tensão, Andreasen em sua teologia divide a expiação em três fases: (1) Cristo vivendo neste mundo perfeitamente sem pecado, (2) a morte de Cristo na Cruz e (3) teologia da última geração.Como conseqüência do ponto (3) ao publicar o Livro O Ritual do Santuário, afirma que a derrota de satanás não se deu na Cruz com a morte de cristo, mas sim pela demonstração de uma vida impecavelmente perfeita por parte da última geração de seres humanos (perfeccionismo).
Andreasen, na verdade, foi o precursor de uma escola. Embora nos seus últimos dias dia de vida ele tenha reconhecido os seus erros e se reconciliado com a igreja, ele deixou discípulos que continuaram defendendo suas idéias.
De acordo com o teólogo Alberto Timm, este livro foi controvertido, por causa dos seguintes pontos:
1)O conceito da natureza humana de Cristo, onde o livro deixa bem claro (incluindo um apêndice de citações de EGW) a negação da natureza humana moral e espiritualmente caída, como advogada pelos movimentos perfeccionistas da época. 2)O conceito de expiação como ocorrido na cruz e aplicado no Santuário Celestial contradizendo a teoria adventista predominante de que na cruz não houve expiação. 3)A minimização do conceito de “babilônia” (Gerard Damnstg) e de remanescente. Crucial em todo esse processo foi a postura belicosa de M.L.Andreasen.
Mas a controvérsia está na falta de compreensão. Quer comprovar isso? Compre o livro na http://www.cpb.com.br/ e leia-o, você mesmo.
Esse livro é uma bênção.
Boa leitura!
 
Twitter: @Valdeci_Junior

3 comentários:

  1. O ideal do caráter cristão, é a semelhança com Cristo. Como o Filho do homem foi perfeito em Sua vida, assim devem Seus seguidores ser perfeitos na sua.DTN, p 311.

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  2. Cumpre-nos lembrar a maneira em que Cristo trabalhava. Ele fez o mundo. Fez o homem. Depois, veio em pessoa ao mundo a fim de mostrar a seus habitantes como viver vida sem pecado. {Ev 385.4}

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