terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sobre a Onisciência de Deus

Se Deus criou-nos livres para agir, isso quer dizer que Ele prevê o futuro apenas parcialmente? Então ele não é totalmente onisciente? Logo, seria um Deus limitado?


A esta idéia o teólogo Richard Rice (Andrews University) deu o nome de teoria da "onisciência aberta" de Deus. Aprendi que tal modo de pensar é um jeito de tentar explicar algo difícil, mas que traz mais dificuldades ainda, por abrir maiores dúvidas teológicas. E esta é a problemática da teoria da onisciência aberta, que, de acordo com o teólogo Alberto R. Timm, 1) Possui uma visão limitada de Deus; 2) Distorce os ensinamentos bíblicos sobre o conhecimento de Deus; 3) Fragiliza o elemento profético das Escrituras, especialmente as profecias sobre a atuação do mal na História e 4) Torna sem sentido as visões proféticas onde o profeta antevê grupos de seres humanos livres no futuro e suas atuações.

A teoria da onisciência aberta defende a ideia de que Deus prevê o futuro apenas parcialmente – pelas consequências naturais de fatores presentes e passados, pelas Suas próprias ações (o que ele pode fazer), e pelo fato de conhecer todas as opções disponíveis aos seres humanos; porém não as próprias ações livres.

Além das problemáticas ressaltadas acma (e incluindo-as) as debilidades da teoria da onisciência aberta são:
a) Torna Deus dependente do ser humano.
b) Admite a possibilidade de surgir uma nova rebelião após a final erradicação do pecado.
c) Causa uma tensão e contradiz diretamente às profecias bíblicas, que são evidências claras da presciência absoluta de Deus.
d) Causa tensões teológicas maiores do que aquelas que ela se propõe a resolver.
e) Confunde o interesse divino no futuro com a ignorância divina em relação ao futuro, podendo ser tal visão considerada como um antropomorfismo.
f) Cria também um problema existencial, nos levando a desconfiar de Deus, uma vez que Ele não teria nem mesmo a condição de prever um acidente e me livrar do mesmo.
g) Supervaloriza o livre arbítrio humano em detrimento da presciência divina.
h) Contradiz o testemunho das Escrituras, as quais deixam claro seu argumento em favor da presciência divina (Isaías 41:21-22).

Portanto, prefiro manter minha fé pela fé, crendo no que Deus disse a respeito de Israel:  "Porquanto conheço a sua boa imaginação, o que ele faz hoje, antes que o introduza na terra que tenho jurado" ( Deuteronômio 31:21).

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
É verdade que a Igreja Adventista do Sétimo Dia teria se afastado da Bíblia e dos escritos de seus pioneiros para então aceitar a doutrina da Trindade?

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