Cuidado! - Gen. 2:16

Na Criação perfeita de Deus, antes do pecado, havia riscos? No Céu há riscos?

E o SENHOR Deus ordenou ao homem: “Coma livremente de qualquer árvore do jardim...”

Na ordem que Deus havia dado para Adão, de guardar o jardim, em Gênesis 2:14, estava velada a insinuação que, mesmo num mundo perfeito, o Jardim do Éden tinha riscos. Algum tipo de perigo o ameaçava se Adão não tomasse cuidado. O próprio verbo “guardar”, em hebraico “shamar”, significa “custodiar”, “vigiar”, “preservar”, “observar”, “proteger com firmeza”.

Proteger e guardar do quê? Muitos querem dizer que Adão deveria guardar o jardim dos ataques de animais ferozes. Nada a ver. Como é que Deus iria pedir pra Adão proteger o jardim de animais ferozes, se na Terra, antes do pecado, não existia inimizade entre os animais, nem hostilidade entre o ser humano e a natureza? O temor e a inimizade não são resultados diretos do pecado? E então? O perigo que era real, e ameaçava o pedaço, era a presença de Satanás, que poderia tirar a alegria do homem, de estar vivendo no lindo jardim e governando a Terra. Deus havia criado Adão livre para escolher servi-Lo ou não. E até aí, tudo bem. Mas acontece que o diabo, como nos conta Apocalipse 12, tinha sido expulso do céu, e estaria por aqui, tentando forçar a Adão e Eva, a usarem este poder de escolha da maneira errada.

Mas por outro lado, mesmo hoje, vivendo num mundo cheio de pecado, nós temos a segurança de que Deus não faz nada, nem permite que nada aconteça, que venha afetar o homem, sem primeiro avisar, o homem, do que vai acontecer. Deus compartilha com os seres humanos, as intenções divinas. Podemos ver isso em Amós 3:7. Portanto, se Deus, que só faz o que é bom pra nós, procura sempre nos deixar informados sobre os Seus atos, é muito certo que Ele deve ter mantido Adão informado do perigo que o ameaçava.

Podemos perceber o aviso de Deus para Adão, quanto ao risco que ele corria, na maneira que Deus explica para Adão, sobre as árvores do Jardim. O Jardim do Éden tinha duas árvores que eram por si mesmas diferentes de qualquer outra árvore. A primeira era a árvore da vida, no meio do Jardim. Dela, o homem poderia comer e viver. Segundo o que está em Apocalipse 2:7 e 22:2, hoje, Cristo é pra nós a árvore da vida, e o pão da vida, como escrito em João 6:48-51. E a outra árvore do Jardim do Éden era a árvore do conhecimento do bem e do mal. Ela tinha este nome, pra poder revelar algo positivo, sobre a vontade de Deus. Apenas por tomar conhecimento da existência da árvore do conhecimento do bem e do mal, Adão já estava instruído, de que o que ele tinha e conhecia, e onde ele estava, era bom. E que tentar outra coisa, poderia estragar tudo. Sim, apenas por conhecer a existência daquela árvore, o homem saberia o que era bom e o que não seria bom, ou melhor, o que seria mal. O que seria bom? Seria bom, não comer do fruto daquela árvore. E o que seria mal? Mal, seria comer do fruto daquela árvore. Era tão simples, não era?

Mas era o símbolo de algo muito profundo. Naquelas duas árvores, Deus colocou diante de Adão o bem e o mal, a benção e a maldição, pra ele escolher. Elas eram o símbolo através do qual o comportamento de Adão demonstraria se ele estava com Deus ou não. Se ele se importava, ou se ele não estava nem aí pra Deus. Deus quer saber, de que lado você está. As suas ações que o digam.

Pr. Valdeci Júnior

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Se Deus disse que no dia em que Adão comesse do fruto, ele morreria, por que é que ele não morreu? Se Deus não quis que Adão e Eva comessem o fruto da árvore do bem e do mal, porque então Ele a colocou no jardim?