O terceiro, que corre pelo lado leste da Assíria, é o Tigre. E o quarto rio é o Eufrates.
Você sabia que o rio Eufrates é o rio mais comprido, largo e importante, de todos os rios do oeste da Ásia? Eu gosto muito de rios bem grandes!
Na minha adolescência, eu morei na região do rio Tocantins, um dos maiores rios brasileiros. Da sala da minha casa dava pra ver as águas do Tocantins. A molecada se juntava em turmas, pra se divertir tomando banho de rio. O meu lazer era correr pra lá, pra poder brincar também. A gente inventava muita coisa pra fazer, como jogar bola, correr de bicicleta e saltar pra dentro do rio e organizar vários tipos de competição de mergulhos. Mas o nosso maior sonho era poder dominar aquela grandeza de rio. O moleque que tinha coragem de atravessar aquela correnteza de mais de um quilômetro de largura era considerado um destaque social entre a pivetada. Eu nunca tive esta coragem. Tinha medo de não conseguir voltar.
Mas eu gostava de ir até o meio do rio. Como naquela região, a corrente do rio é constante, estabilizada e rápida, nossa turma tinha uma estratégia. A gente fazia uma longa caminhada margem acima. Tínhamos que caminhar uma distância que fosse suficiente para que, ao nos largarmos na água, deixando a correnteza nos levar, houvesse tempo suficiente para irmos até o meio do rio e voltarmos para a margem antes que estivéssemos longe demais. Tínhamos que conseguir voltar pra margem antes que a correnteza nos levasse para qualquer ponto abaixo do ponto de partida da caminhada. Portanto, a parte da brincadeira que eu menos gostava era a da caminhada: seis quilômetros de pedra, areia e mato. Mas compensava. A volta era muito legal. Era só se jogar na água e flutuar por cinco, ou seis quilômetros. Resumindo, o percurso da brincadeira tinha duas etapas: a primeira era cansativa e sem graça; mas a volta pra casa era tão boa que fazia com que todas as dificuldades da ida ficassem no esquecimento.
Nos tempos antigos, no rio Eufrates, os mercadores asiáticos também faziam um caminho através do rio, cuja ida era bem diferente da volta. Só que lá era ao contrário. O rio Eufrates é uma rota de navegação que nasce na Armênia, e vai até as terras mediterrâneas. Os comerciantes mandavam fabricar grandes navios, e saiam comprando, vendendo e lucrando, rio abaixo, nas regiões ribeirinhas. Mas, naqueles tempos antigos, o grande problema em navegação de rio, era o retorno. Eles não conseguiam navegar rio acima. Então, os barcos que eram fabricados nas terras altas e serviam de navegação Eufrates abaixo, só faziam uma viagem, e ao chegarem na Babilônia, iam pro desmanche. Os pedaços dos barcos eram vendidos, e os seus proprietários faziam todo o caminho de volta, de centenas de quilômetros, a pé, levando de volta consigo, somente as coberturas de couro, que eram usadas nos navios. Já pensou o quanto esta volta pra casa era chata?
Mas no plano original de Deus, o rio Eufrates não deve significar uma volta chata pra casa. A palavra “Eufrates” significa “o bom rio da fartura”. Eufrates é o rio do Jardim do Éden que simboliza que naquela terra, Deus não deixa nada faltar. O caminho de volta ao Eufrates que Deus quer que façamos é bem legal. Ele quer nos tirar deste mundo sofrido, onde a vida é passageira, para nos levar à terra de origem da humanidade: o Jardim do Éden restaurado, que é o Reino dos Céus. Se você estiver andando com Deus nesta vida, estará fazendo um retorno muito bom.
Twitter: @Valdeci_Junior
Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Sempre sinto o desejo de morar em uma casa boa... sem precisar trabalhar... Isto está errado? Estou pecando em desejar viver assim?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Quer dizer o que pensa sobre o assunto?
Então, escreva aí. Fique à vontade.
Mas lembre-se: não aceitamos comentários anônimos.
Agora, se quiser fazer uma pergunta, escreva para nasaladopastor@hotmail.com