quinta-feira, 31 de março de 2011

Moisés Escreveu Antes ou Depois da Ivenção da Escrita?



Como posso acreditar que Gênesis foi escrito por Moisés, se ele viveu muito tempo antes do surgimento da escrita? Creio que a interpretação de Gênesis é, em grande parte, mitológica.


Sabe, realmente você precisa de uma boa literatura até conseguir chegar a compreender uma hermenêutica bíblica sadia. E alegre-se: estamos aqui para ajudá-lo. É claro que somos cientes de que “a interpretação moderna da cosmogonia bíblica revelada em Gênesis 1 tornou-se extremamente complexa, dividida entre interpretações literais e não-literais. As interpretações não-literais subdividem-se, conforme suas distintas abordagens, em correntes que consideram o texto bíblico como mitologia, poesia, teologia, ou simbolismo. As interpretações literais diferem também entre si, podendo-se destacar três diferentes pontos de vista, que resumidamente foram considerados por Richard M. Davidson em seu artigo "No Princípio: Como interpretar Gênesis 1", publicado no número 53 da Folha Criacionista”. (http://www.scb.org.br/htdocs/periodicos/licoes/RVC6399.html).

E o chamado a essa fidelidade exegética não agride o crescimento de acúmulo de informações que a humanidade tem atualmente, como por exemplo você imagina, nos questionamentos sobre a autoria mosaica do Pentateuco. Pois os historiadores crêem que os registros escritos mais antigos de qualquer civilização datam de cerca de 3.000 a.C. E tão antigo quanto o surgimento dos Sumérios e sua escrita – no começo da História entre 3000 e 3500 anos A.C., encontramos nos achados arqueológicos e históricos, escrita logográficas, ideográficas, silábicas e alfabéticas. Sem contar com os egípcios lidando com seus hieróglifos, na mesma época em que Moisés foi educado no palácio egípcio. É claro que até pouco tempo não se conhecia achados de datações tão antigas sobre a escrita, o que levou a muitos livros didáticos de história a datarem o surgimento da escrita para épocas bem mais recentes. E, infelizmente, quando a informação não coaduna com o tendencionalismo da escolástica predominante, demora algumas décadas para ser alterada.

Mas qualquer aluno de William Albright (pai da arqueologia moderna) sabe que as mais primitivas das antigas civilizações descobertas pelos arqueólogos dão evidência de um nível de desenvolvimento cultural e científico comparável a algumas tribos aborígines existentes no mundo atual. Além disso, muitas outras civilizações antigas (como a Suméria, o Egito e a China) mostram um elevado grau de desenvolvimento, incluindo a linguagem escrita, sistemas legais, habilidade em metalurgia, arquitetura, instrumentos musicais, arte, cerâmica, matemática, filosofia, astronomia, história, etc. Esses fatos tendem a questionar a noção de que a civilização humana requereu centenas de milhares, ou milhões de anos para tomar forma, e que as civilizações primitivas precederam em milhões de anos as que são muito mais avançadas.

É por essas razões, e não por um acaso, que Jesus dá a entender que Moisés escreveu o livro de Gênesis (Mat. 19:4 e 5; Mar. 10:2-9), e que a autoria mosaica de Gênesis foi repetidamente endossada pela maioria dos escritores no Novo Testamento (Rom. 4:17; Gál. 3:8; 4:30; Heb. 4:4; Tiago 2:23). Martinho Lutero, consistentemente, defendeu a interpretação literal do relato da criação: “Afirmamos que Moisés falou no sentido literal, e não alegórica ou figurativamente, isto é, que o mundo, com todas as suas criaturas, foi criado em seis dias, como se lê no texto”. Também os outros Reformadores entendiam os “dias” da criação da mesma forma.

Portanto, é por muitas indicações literárias, temos um relato histórico autêntico de como as coisas se originaram em Gênesis 1 e 2. Esses eventos são mencionados por escritores bíblicos subseqüentes (e por Jesus) como históricos, e os ensinos da fé cristã estão baseados na historicidade desse relato, isto é, o pecado, o sábado, a expiação, a profecia, o evangelho, etc.

Portanto, recomendo-lhe não somente a leitura de bons materiais em separado (http://www.scb.org.br/artigos/FC53_diasLiterais.asp; http://www.scb.org.br/artigos/DU-arqueoBiblia.asp; http://www.scb.org.br/Videos_Port_Resenha.htm), bem como um vasto estudo que navegue por tudo o que a Sociedade Criacionista Brasileira oferece (www.scb.org.br).

Da mesma forma que a linguagem bíblica como um todo não dá opções para se afirmar, por exemplo, que os dias da Criação não sejam literais, a linguagem do Gênesis sugere uma história autêntica, e é por isso que, historicamente, os cristãos têm entendido que os dias da Criação foram dias (de 24 horas) literais. Somente os modelos pós-modernistas ocidentais, como por exemplo a alta-crítica, têm se perdido com isso, mas são exatamente os contextos que têm se perdido em todos os domínios eclesiásticos, o que nos leva a pensar no conselho de Cristo de que pelos seus frutos os conhecereis. Porque, por um outro lado, crer na história autêntica de Gênesis é a base para se crer num Deus todo-poderoso.

Quando aceitamos a onipotência e a onisciência de Deus, crer na hermenêutica correta do texto de Gênesis, e nem mesmo numa semana literal de criação. O problema é a distância que nós mesmos nos colocamos do Criador. Nada está além do Seu poder. "Os céus por Sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de Sua boca, o exército deles" (Sal. 33:6). Ele poderia ter criado o mundo e tudo o que existe nele em menos de um dia, mas escolheu fazê-lo em sete.

O meu conselho é que, além de um estudo puramente racionalista, você busque a Deus da forma como é devida. Como? Deus é um Ser. E com um Ser, relaciona-se, e não “laboratoreia-se”. Gaste uma hora ou mais por dia num encontro pessoal com ele. Nesse seu culto individual, leia partes da Bíblia como “pão” espiritual, e não como um monte seco de informações. Converse com Ele, abrindo o coração a Ele como a um amigo, contando tudo de você para Ele. Cante louvores a Ele. Peça, diariamente, o perdão pelos seus pecados, pelo sacrifício de Jesus, e o batismo do Espírito Santo. Depois de cada uma dessas experiências diárias, aí sim, sintonizado com Ele, peça-lhe que lhe mostre sempre a verdade, colocando sempre em seu caminho a compreensão correta, a sabedoria, os bons conselhos, literaturas, etc.

Como experiência pessoal eu lhe digo, que se você fizer essa sua parte, Ele fará a dEle. E se você quiser seguindo com mais estudos interativos entre nós, com a docilidade de aprender, estamos à sua disposição, para ajudar-lhe.

Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
A que templo a visão do fim do livro de Ezequiel se refere?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Jesus era Judeu... e seus Seguidores não?

 
Se Jesus era judeu, porque não o somos?

Jesus era realmente um grande Judeu. Ele mesmo mencionou que, por Ele, a salvação vem dos Judeus (João 4:22). Paulo também era judeu (Atos 22:13). E praticamente todos os personagens bíblicos eram judeus: descendentes de Judá, filho de Jacó. Ser judeu não é só ter uma religião. É fazer parte do povo descendente de Judá.

Os judeus são gente boa, e não há problema nenhum em ser judeu e seguir os ensinos bíblicos. O problema é ser judeu e rejeitar parte dos ensinos bíblicos. Como por exemplo os judeus da época de Cristo, que não o receberam como Messias, como você mesma citou, que eles "não o receberam (João 1:11)".

O povo judeu teve o privilégio de serem os representantes da pregação de Deus na Terra até esta data (Daniel 9:24). Dali em diante, esse privilégio, de poder ser um portador da mensagem de Deus ao mundo, passou a todos quantos recebem a Jesus (João 1:12). Logo, hoje povo de Deus constitui um Israel espiritual (Gálatas 6:16). Todo aquele que aceita a fé cristã passa a ser um filho de Abraão (Romanos 9:11).
Aqui está a característica do ramanescente: os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus (Apocalipse 12:17 e 19:10).

Que você possa fazer parte dessa grande família de Deus.

Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Como posso acreditar que Gênesis foi escrito por Moisés, se ele viveu muito tempo antes do surgimento da escrita? Creio que a interpretação de Gênesis é, em grande parte, mitológica.

terça-feira, 29 de março de 2011

Os Que Se Consagram No Jardim...

Em Isaías 66:17, quem são os que se consagram: o jardim, o sacerdote ou a deusa? Gostaria de entender melhor o contexto


Do verso quinze ao verso dezessete, o profeta declara que os incrédulos idólatras serão destinados ao fogo do inferno (o que é reafirmado em 2 Tessalonicenses 1:7-9). Isaías 66:17 refere-se a eles como pessoas que estão se santificando ou consagrando. Tais apóstatas mesclavam os ritos pagãos com o culto a Jeová, assumindo uma atitude santarrona em relação aos seus irmãos. Esse tipo de culto aconteceu bastante nos reinados de Acaz e de Manassés (2 Reis 16:10-16; 21:2-7). Provavelmente, as purificações eram os ritos de iniciação para os mistérios pagãos que se seguiriam.

Esses idólatras iam para os jardins, e o ato de sacrificar em jardins fazia parte da adoração que era realizada à sombra das árvores. Esta prática era inspirada na religião cananita, que implicava no desprezo pela adoração no templo. Muitas vezes, esses jardins e pequenos bosques eram cenários de cerimônias religiosas cruéis e imorais. O problema era que, com frequência, os hebreus tendiam a imitar aos costumes pagãos de adorar em tais lugares (Isaías 1:29; 65:3-4; 1 Reis 14:23; 15:13; 2 Reis 16:3-4; 17:9-11; 18:4), mesmo Deus tendo ordenado a eles que destruíssem esses jardins (Êxodo 34:13; Deuteronômio 7:5).

Os pagãos tinham um líder. Em algumas Bíblias aparece a expressão “indo atrás do sacerdote que está no meio”, “após a deusa que está no meio” ou “uns após outros”. A tradução literal dos textos dos copistas seria “atrás de um no meio”. Mas em vários manuscritos, dentre eles os rolos do Mar Morto, a expressão aparece na forma “atrás de uma no meio”. Apesar de não ser possível conhecer a identidade de quem seria este “um”, é possível saber que tal expressão se refere à pessoa que dirigia o culto. Era um sacerdote ou uma sacerdotisa que dirigia tais cerimônias idólatras.

Resumindo, “os que se santificavam” eram os membros do culto pagão, e o “sacerdote” ou a “deusa” era quem liderava esse culto.

A lição que tiramos desse verso é que, para sermos felizes, precisamos adorar da forma correta, com os líderes corretos e ao Deus verdadeiro. A Ele seja toda a honra e a glória!


Um abraço,

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Fontes: Fontes: SDABC; Comentário Bíblico Moody; Novo Comentário da Bíblia;

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Se Jesus era judeu, porque não o somos?

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ossos de Eliseu - Onde Está a Nossa Esperança?

Como se explica o relato do homem que tocou os ossos de Eliseu e reviveu (2 Reis 13:21)? Essa é uma evidência de que os “santos” adorados pela igreja realmente fazem milagres divinos?

O homem morto foi restaurado à vida porque o Senhor operou um milagre, confirmando Sua promessa de livramento a Jeoás. Analise o contexto. Não era um contexto de igreja e de pessoas buscando milagres. Mas uma situação de guerra, na qual o povo poderia pensar que Deus os havia abandonado. O milagre que é descrito destinava-se a mostrar que até ao derradeiro momento em que, humanamente falando, a esperança desaparece, os homens podem contar com o poder Divino. Deus deixou claro o recado de que, mesmo não tendo mais o profeta a quem eles amavam e mesmo sendo invadidos, o Senhor ainda operava no meio deles. Mesmo nas piores estampas da desgraça que o olho humano consiga enxergar, Deus pinta quadros de esperança.

O que isso pode nos ensinar? Podemos aprender que, mesmo quando todos os recursos humanos se vão, Deus ainda pode operar entre nós. Essa referência bíblica lembra-nos de Cristo (e não dos “santos”), por cuja morte e sepultura, a tumba é transformada em uma passagem segura e feliz de vida a todos os que creem.

No texto, a metáfora utilizada limita-se ao campo da comparação e não toma o corpo de uma profecia ou regra. Note que o texto não diz que foi Eliseu quem realizou o milagre, pois isso iria de encontro ao ensinamento bíblico sobre os mortos que nada sabem e não têm participação alguma naquilo que acontece debaixo do Sol (Eclesiastes 9). O texto também não mostra ninguém adorando a nada e, muito menos, a Eliseu, um pobre mortal. A Bíblia, em nenhum lugar posterior, venera Eliseu por isso. Ela continua exaltando a Deus, tão somente.

O capítulo 11 de Hebreus ensina que os profetas morreram, mas ainda não alcançaram a concretização da esperança de vida eterna, pois morreram aguardando a ressurreição (e não uma emanação qualquer, fora do corpo), que ainda não aconteceu.

Nossa única esperança, de todos os seres humanos, está em Deus.

Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Em Isaías 66:17, quem são os que se consagram: o jardim, o sacerdote ou a deusa? Gostaria de entender melhor o contexto

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domingo, 27 de março de 2011

Vestes Sujas de Josué



Zacarias 3 fala a respeito das vestes sujas de Josué e de como ele se encontrava diante de Deus. O que ele fez para estar assim?


Nessa passagem bíblica, a sujeira da roupa representa a vileza do pecado (Isaías 64:6). No livro “O Comentário Bíblico” de Matthew Henry, o autor chama a atenção para o fato de que o anjo mostra, em uma visão, o sumo sacerdote Josué a Zacarias. A culpa e a corrupção são grandes desalentos quando estamos diante de Deus. Pela culpa dos pecados cometidos por nós, estamos expostos à justiça de Deus; pelo poder do pecado que habita em nós, somos aborrecíveis para a santidade de Deus. Até o “Israel de Deus” corre perigo nesse aspecto; porém, tem o socorro de Jesus Cristo que é feito por Deus, a nossa justiça e santificação.

O sumo sacerdote Josué é acusado como infrator, mas é justificado. Quando estamos diante de Deus para ministrar ou quando defendemos a Deus, devemos esperar toda a resistência que a sutileza e a malícia de Satanás podem trazer. Contudo, o inimigo de Deus está controlado por Um que o venceu e muitas vezes o fez calar. Aqueles que pertencem a Cristo encontrarão seu Senhor para comparecer por eles quando Satanás se manifestar mais fortemente. Uma alma convertida é um tição tirado do fogo por um milagre da graça; portanto, não será deixada como presa de Satanás. Josué é mostrado como alguém contaminado, mas que foi purificado. Ele representa o “Israel de Deus” formado por pessoas que estão imundas até que sejam lavadas e santificadas em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus. Agora Israel estava livre da idolatria, mas ainda havia muitas coisas más neles. Havia inimigos espirituais fazendo guerra contra eles, e esses eram mais perigosos que quaisquer nações vizinhas.

Cristo se aborreceu com a imundícia das roupas de Josué, mas não o rejeitou. É dessa maneira que Deus age através da Sua graça com aqueles a quem escolheu para serem Seus sacerdotes. A culpa do pecado é tirada pela misericórdia que perdoa, e o seu poder é quebrado pela graça que renova. Assim, Cristo lava os pecados, em Seu sangue, daqueles que Ele torna reis e sacerdotes para o nosso Deus.

Aqueles a quem Cristo faz sacerdotes espirituais, Ele os veste com a túnica imaculada da Sua justiça. Vestidos dela comparecem diante de Deus com as graças de Seu Espírito que são os seus adornos. A justiça dos santos, imputada e implantada, é o linho fino, limpo e branco, com o qual se atavia a desposada, a esposa do Cordeiro (Apocalipse 19.8). Josué é restaurado às honras e aos encargos anteriores. Nele é colocada a coroa do sacerdócio. Quando o Senhor determina restaurar e reavivar a religião, Ele estimula os profetas e o povo para que orem por ela.



Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Como se explica o relato do homem que tocou os ossos de Eliseu e reviveu (2 Reis 13:21)? Essa é uma evidência de que os “santos” adorados pela igreja realmente fazem milagres divinos?

sábado, 26 de março de 2011

Salvação, Obras e Graça

Se em Efésios 2:8-9 está escrito que a salvação ocorre por um único elemento que é a fé, isso não contradiz Hebreus 12:14 que parece estabelecer o esforço humano como requisito para a salvação?

A aparente contradição entre Efésios 2:8-9 e Hebreus 12:14 surge quando temos uma visão apenas parcial da graça. De fato, somos salvos unicamente pela graça, que é um presente de Deus e que não leva em conta qualquer esforço nosso, além da aceitação. Entretanto, Deus não é um Deus de libertinagem, e sim da liberdade. E como toda liberdade tem seus limites, o limite está no respeito que Deus tem por nosso livre arbítrio. Portanto, para manifestar o livro arbítrio é preciso praticar a aceitação. Entretanto, além de aceitar, depois de salvo, o cristão, inevitável e naturalmente, mostra os frutos, o resultado, da salvação que recebeu (Gálatas 5:22). Crer que Deus salvaria alguém do pecado e o deixaria continuar vivendo no pecado seria uma grande incoerência. Há cristãos que, por saberem que a salvação é de graça, pensam que podem continuar vivendo em pecado, que mesmo assim serão salvos. Isso é o engano da “graça barata”, como concordam a maioria dos teólogos, Martin L. Jones, Dr. Russell Shedd e Richard Foster, por exemplo.

Na prática, o que acontece é que existem dois extremismos, ambos, enganos. Um deles é pensar que para sermos salvos precisamos ou podemos fazer alguma coisa. O outro é pensar que porque fomos salvos não precisamos ou não podemos fazer mais nada. O equilíbrio é entender que uma vez salvos pela graça, fazemos boas obras, não para sermos salvos, mas porque fomos salvos. E nada melhor para explicar isso, do que o texto de Hebreus mencionado. Esse texto só é mal entendido quando lido somente um versículo, levando-o a uma interpretação, fora do seu contexto, errada. É preciso ler o texto todo para entender o que ele diz, e não correr o risco de distorcer a mensagem por usar somente palavras isoladas de sua parte.

Entendido como um todo, o texto de Hebreus é uma ampliação do texto de Efésios mencionado acima. Em Efésios, Paulo diz que fomos salvos mediante a graça, pela fé. Ou seja, a fé antecede a graça. Nesse texto de Hebreus, Paulo começa justamente falando sobre a fé, no capítulo onze verso um, que é onde começa o texto. Observando os versos oito, nove e dez do capítulo doze, nós vemos que o texto de Paulo já está chegando a uma culminação da mostragem de que o cristão já está salvo. E daí vem o resultado, que é andar, viver, em santificação, ou seja, num comportamento que foi gerado, motivado, pela salvação que já ocorreu (Efésios 2:10; João 14:15). Nesse entendimento, percebemos então que o verso quatorze fala do esforço como resultado, não como requisito, da salvação. Note as partes do verso. Em sua primeira parte vemos que viver em paz é um requisito para santificação - mas não para salvação, pois apesar de relacionarem-se, santificação e salvação não são a mesma coisa. Em sua segunda parte vemos que tudo isso é um resultado que gera outro resultado, que tem a ver com Deus, que, também, tem tudo a ver com salvação, mas não é a mesma coisa que salvação, pois só vê a Deus quem já foi salvo.



Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Zacarias 3 fala a respeito das vestes sujas de Josué e de como ele se encontrava diante de Deus. O que ele fez para estar assim?

sexta-feira, 25 de março de 2011

Dilúvio X Plano da Redenção

Se desde a fundação do mundo Deus tinha em mente todo esse plano de redenção, por que Ele executou o Dilúvio, parecendo um juízo fora de tempo? A Bíblia fala do arrependimento de Deus: Ele foi inconstante?

Deus criou o homem livre para escolher estar ao lado dEle, ou não. Escolher não estar do Seu lado é o que chamamos de pecado. Mas, a princípio, essa escolha poderia ser julgada como não sendo má ou não tão má. Logo, Deus escolhe deixar o pecado ir até às suas últimas consequências e se destruir praticamente por si mesmo, a fim de que o Universo se convença do que realmente considera como sendo mal.
Para esse período, de cerca de seis mil anos, Deus traçou o que deve acontecer paralelamente ao plano da redenção. Nesse ínterim, entra o Dilúvio que, conforme a sua dúvida, parece realmente controverso.
Entendemos que o Dilúvio veio por dois motivos: o primeiro é mais didático. Mostra que Deus é, ou seria, capaz de “fazer justiça”, uma vez por todas, como bem quisesse. Isso faz com que a longanimidade durante a história da redenção não traga a interpretação de que Deus a pratica por incapacidade para resolver o problema - o que termina nos mostrando o quanto Ele é misericordioso.
Mas o objetivo maior mostra que mesmo havendo um plano piloto, em casos extremos, Deus intervém; assim como no caso de cidades que receberam castigo (Sodoma e Gomorra, por exemplo). Tudo bem que Deus está sendo longânimo durante esses milênios com os objetivos que citei acima (e outros), mas há um limite para com a tolerância do pecado. E o limite, nós percebemos, é quando a humanidade depois de ter recebido todas as oportunidades possíveis de arrependimento, peca tanto a ponto de praticamente se destruir, eliminar todos os justos e chegar a um ponto em que não há mais esperança de recuperação. Lendo a história da destruição de Sodoma e Gomorra em Gênesis 18 e 19, você pode perceber isso.
Por fim, sabemos que Deus é longânimo porque não quer que ninguém pereça, como diz 2 Pedro 3:9: “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.”

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Se em Efésios 2:8-9 está escrito que a salvação ocorre por um único elemento que é a fé, isso não contradiz Hebreus 12:14 que parece estabelecer o esforço humano como requisito para a salvação?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Namorar Mulheres Mais Velhas... Pecado?

É pecado namorar mulheres mais velhas?

            Você pergunta sobre "pecado". Há muitas coisas nesta vida que, apesar de não ser pecado, não são aconselháveis, por ser caminhos que nos conduzem à infelicidade ou ao próprio pecado. Se você quer adotar um princípio para a sua vida, de felicidade e vida longa, considere o fato de namorar seriamente com a intenção de casar. Para tanto, o bom namoro acontece depois que gastamos um bom tempo em uma amizade sadia e longa com a outra pessoa. De tal amizade já surge um namoro que terá rumo. Por isso, é mais óbvio que, daí, surgirá o casamento. Mas é claro que o namoro pode acabar. Um jovem cristão bem intencionado pode até não dar sorte com a primeira ou segunda namorada, e pode ser que venha a namorar outras. No entanto, se ele conseguir, é muito bom que se case com a primeira, desde que não o faça precipitadamente. Quem consegue isso tem mais chance de seguir acertando no resto da vida, no relacionamento.
Quanto à namorada ser mais velha, não se esqueça do conselho bíblico do "jugo desigual"   (2 Coríntios 6:14). Jugo desigual é todo o conjunto de diferenças tão marcantes entre o casal que chegam a impedir que o relacionamento aconteça de forma sadia. Por um lado, não existe a incompatibilidade de gênio, mas a falta de habilidade ou de disposição em se relacionar. Mas, por outro lado, duas pessoas podem, antes de começar um relacionamento sério, perceber que, entre si, há tantas diferenças e tão grandes, que eles seguiriam mais sofrendo com essas diferenças que sendo felizes apesar delas. Diferenças como: ideal de vida, idade, raça, nível social, nível de instrução, nível de maturidade, crenças religiosas, entre outras. Essas podem ser apenas diferenças adaptáveis, quanto podem chegar ao que a Bíblia chama de "jugo desigual". O ajuste das diferenças é a tentativa de se aproximar o máximo possível para ser bem parecidos, quase iguais, ser "um". E isso é inegociável dentro de um casamento, em relação à maturidade.
Os parceiros precisam ter o mesmo nível de maturidade. Caso contrário, o relacionamento entra em colapso. Geralmente, a mulher é dois a cinco anos mais madura que o homem. Isso faz com que, por exemplo, muitas vezes, um casal, cuja mulher tenha 25 anos e o homem tenha 29, cheguem ao mesmo nível de maturidade. Isso geralmente acontece, mas pode variar muito, a ponto de haver a exceção de uma mulher mais velha ter o mesmo nível de maturidade de um homem mais novo. Como descobrir isso? Com uma longa amizade, um longo namoro, muito diálogo, convivência, mente aberta para leituras adequadas, ouvidos abertos para os conselhos das outras pessoas e coração aberto para Deus.
Todo relacionamento é um risco. Um namoro entre duas pessoas com diferença muito grande de idade é uma exceção à regra, e neste caso, o risco é incomparavelmente maior. Ore bastante.

Um abraço,

Twitter: @Valdeci_Junior

Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Se desde a fundação do mundo Deus tinha em mente todo esse plano de redenção, por que Ele executou o Dilúvio, parecendo um juízo fora tempo? A Bíblia fala do arrependimento de Deus, ele foi inconstante?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Se a Terra é Redonda, Como "Todo Olho o Verá"?

Minha dúvida é sobre Apocalipse 1:7 “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!”. Como será esta aparição a todos, se a Terra é Redonda...?????!!!! Como me explicam este Mistério???!!!?


Esse é um mistério diante do qual ficamos boqueabertamente encabulados quando raciocinamos a partir da nossa inteligência humana.
Ao mesmo tempo, essa é uma pergunta insignificante quando pensamos a partir do ponto de vista de quem é Deus. Pense: 1) Ele não é onipresente (Sal. 139:7-12)? Como funciona essa Sua onipresença? A única coisa que sabemos sobre ela é que é algo miraculoso, correto? 2) Ele não é onipotente (Atos 1:8; Atos 2:1-4 e Romanos 8:11)? O que isso significa? Significa que Ele tem um poder miraculoso, ou seja, ações que para Ele são possíveis mas para nós, incompreensíveis, certo? 3) A relatividade do tempo, para Deus ou até mesmo para seres que vivam fora do domínio do planeta Terra, não é diferente? E de acordo com o girar dos corpos no espaço e as diferenças de fuso não é possível que, de qualquer ponto do planeta seja possível ver um corpo distanciado no espaço? Creio que isso combina com o ensinamento bíblico de que Jesus, em sua segunda vinda, não tocará os pés neste mundo. 4) Ele não é onisciente (1Cor. 2:10 e 11) ?Até a tecnologia humana, que é um verdadeiro "nada" diante de Deus, conseguiria fazer a aparição de um ser no céu de maneiras diferentes que todo ser humano conseguisse enxergá-la: a) Colocando no espaço um equipamento que, em órbita, circulasse por toda a superfície do globo; b) Usando uma transmissão global de televisão; c) Usando a internet; etc. Se até o ser humano conseguiria fazer um ofuscado prodígio desse, quanto mais Deus, com todo o seu poder?
Mas, creio que é muito mais fácil responder à sua pergunta usando as suas próprias palavras. Se você disse que é "mistério", como espera que seja explicado, se mistério é justamente algo que não é explicável?
Na realidade, a maior preocupação de Deus não é nos dar explicação para todas as perguntas que temos. A maior preocupação de Deus é nos dizer tudo o que é essencial para que sejamos salvos. E isso o sabemos. "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus (Efésios 2:8)";  "Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo (Tito 2:11-13)".

Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
É pecado namorar mulheres mais velhas?

terça-feira, 22 de março de 2011

"Transportado" ou "Levado em Espírito" - O que Significa?


Se não existe uma alma fora do corpo, então como entender a expressão usada pelos escritores da Bíblia quando dizem:  “E fui levado em espírito a um certo lugar”?

Imagine alguém usando um recuso áudio visual de última geração. Um fone super possante ligado aos dois ouvidos, não permitindo-lhe ouvir mais nada ao seu redor, mas somente o áudio da transmissão do aparelho. Um par de lentes transmissoras colocado nos olhos, fazendo com que a pessoa veja somente o vídeo que está sendo transmitido pelo aparelho, e mais nada. Não foi isso que os profetas usaram, mas essa é a comparação da sensação corporal e mental do que eles passaram quando disseram que estavam transportados em espírito.
A expressão “em espírito” quer dizer “em transe”, “em visão”. Versículos como por exemplo Ezequiel 8:3 e Daniel 8:2, poderiam muito bem serem traduzidos assim: “Fui levado em visões...”.
Mas o interessante é notar que no original grego do texto apocalíptico (e em quase todas as outras ocorrências bíblicas dessa expressão também acontece algo similar), João não usa artigo definido. Ou seja, a melhor tradução das expressões desses textos joaninos é “em espírito” e não “no espírito”. E essa ausência do artigo definido é um reforço para entendermos a qualidade, ou a natureza, desta expressão, que não está se referindo a uma entidade específica, como seria, supostamente, “no meu espírito”, mas sim a apenas a um estado mental. Isso é usado para outras circunstâncias do uso da língua, como por exemplo: “em espírito de oração” (em clima de oração), “com espírito de vingança” (com sentimentos vingativos), “espírito de porco” (sem caráter), “com espírito aventureiro” (com comportamento de desbravador), etc.
Quando João escreve a expressão “em espírito”, as vezes ele usa o termo grego “em pnéumati” que pode significar, literalmente, “em estado de êxtase”. É como se ele se abstraísse das coisas terrenas, ao seu redor, e ficasse consciente somente das impressões que estavam chegando-lhe diretas do Espírito Santo. É como se a percepção natural dos sentidos fosse substituída completamente por uma percepção espiritual. E é ai que entram expressões como “me levou”, “fui levado”, etc. É a sensação de movimento, que na verdade tinha o propósito de ajudar o profeta a fazer a transição mental do seu tempo para o “tempo” que estava visionando e do seu lugar para o “lugar” sobre o qual estava recebendo a mensagem. Isso é o que acontece em Ezequiel 3:12-14; 40:2-3; Apocalipse 21:10; etc.
Não há razão para dizer que profetas, como por exemplo Ezequiel em sua visão, tenham sido transportados literalmente. O contexto não implica necessariamente a presença corporal ou em alguma outra dimensão real do ser, até porque a “viagem” é também no tempo, e não somente no espaço. O profeta via em visão sem estar presente diante dos acontecimentos. Cientificamente sabemos que a imagem não se forma no globo ocular, e sim na mente. Então, esse translado em espírito é apenas o modo de dizer que Deus tomou o controle da mente e dos sentidos do profeta para comunicar-lhe algo.

Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Minha dúvida é sobre Apocalipse 1:7 “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!”. Como será esta aparição a todos, se a Terra é Redonda...?????!!!! Como me explicam este Mistério???!!!?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Jesus Dava Testemunho de Si Mesmo?



Os versículos João 5:31 e João 8:14, parecem ser contraditórios entre si, pois em um Jesus diz que dá testemunho de si e no outro não




Se testifico acerca de mim mesmo, o meu testemunho não é válido
 (João 5:31)

Ainda que eu mesmo testemunhe em meu favor, o meu testemunho é válido, pois sei de onde vim e para onde vou. Mas vocês não sabem de onde vim nem para onde vou
 (João 8:14)
Estes dois versos, que aparentemente se contradizem, na verdade, complementam-se. Para compreendê-los, é imprescindível conhecer uma informação peculiar sobre algo que acontecia naquele contexto cultural: “os judeus exigiam mais de um testemunho para condenar ou justificar uma declaração (nota de rodapé da Bíblia Nova Versão Internacional)”.

No evangelho de João há uma preocupação em mostrar as duas naturezas reais e presentes em Jesus: sua humanidade e sua divindade. Portanto, neste enfoque de apresentar que Cristo era totalmente humano e totalmente divino ao mesmo tempo, o evangelista seleciona fatos da vida do Mestre que reforcem essa defesa. E é esta a pauta em destaque.

A discussão era sobre o fato de que Jesus não era simplesmente um ser humano. Era o Verbo, Deus, em carne e osso humanos. Para aqueles judeus que conviviam com Ele, vendo-o como um cidadão comum, era muito difícil acreditar nisso. Na formação desse debate, quem estaria certo? Um dos meios para chegar à resolução desta pergunta era a quantidade e a qualidade das pessoas que pudessem dar seu testemunho sobre um dos posicionamentos. Quem testemunharia a respeito de Cristo?

Então, em João 5:31 Jesus está querendo dizer mais ou menos assim: “Sobre minha declaração, de que o próprio Deus seja o meu Pai, para vocês, na tradição de vocês, minhas palavras não valem nada, pois vocês exigem mais de um testemunho para justificar ou condenar uma declaração; sendo assim, tenho consciência de que se apenas eu estou testificando acerca de mim mesmo, pra vocês, o meu testemunho não tem valor”.

Observe que Jesus segue colocando isto em cheque, ao longo do texto do evangelho de João, e principalmente no capítulo cinco: quem é que tem moral pra testemunhar a respeito dEle, sobre sua paternidade divina? Nos versos 33 e 34 Ele diz que até que poderiam existir testemunhas humanas ao Seu favor, mas que Ele não está preocupado com estas exigências da tradição. E nos versos seguintes ele mostra que existem outras “testemunhas” além das pessoas: a)Suas obras são suas testemunhas; b)O Pai é sua testemunha; c)As Escrituras são suas tesmunhas; d)Moisés é sua testemunha; etc.

Mas a dúvida e o debate não terminam no capítulo cinco. Como já citei acima, essa apologia permeia todo o evangelho de João. Portanto, podemos seguramente dizer que no outro verso em questão, João 8:14, o assunto está apenas continuando. E aqui Jesus deixa tudo bem claro, sem rodeios. Parafraseando: “Olha, querem saber de uma coisa? Mesmo que a tradição de vocês tenha uma exigência de que se alguém testemunhasse de si mesmo o seu testemunho não seria válido, se eu testemunhar em meu próprio favor, o meu testemunho é válido sim senhores, porque eu sei de onde vim e para onde vou. E não dá pra ser o contrário, usando um de vocês como testemunha, porque vocês não sabem de onde vim nem pra onde vou”.

Concluindo, vemos que os versos João 5:31 e 8:14 harmonizam-se. No primeiro, Jesus deixa claro que ele sabe que a princípio não há muito crédito no fato de alguém testemunhar sobre si mesmo, mas no segundo Ele diz que mesmo assim, o maior crédito que Ele tem é o Seu próprio testemunho.

Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Se não existe uma alma fora do corpo, então como entender a expressão usada pelos escritores da Bíblia quando dizem:  “E fui levado em espírito a um certo lugar”?

domingo, 20 de março de 2011

Safã

Quem foi Safã?

Em 2Reis 22 e 2Crônicas 34, encontramos um secretário (ou escriba) do rei Josias chamado Safã. Essa palavra “safã”, traduzida de forma simples, poderia significar “prudente”. Na realidade, o termo hebraico “shaphan” é etimologicamente é procedente de uma raiz primitiva “saphan”, que significa “cobrir, revestir, forrar, esconder, entensourar, coberto, forrado, tesouros”.
Mas a palavra safã sofre uma semântica que lhe traz outros significados, como por exemplo “texugo do rochedo, coelho, hiracóide”.
Imagina-se que o pai de de Gemarias e também o pai de Jazanias sejam o mesmo escriba Safã que trabalhou para o rei Josias.
Agora, na Bíblia, houve um outro Safã que foi o pai de Aicã e talvez também tenha sido o pai de Elasa, na época do rei Josias também.
A lição que podemos tirar é procurarmos ser safãs modernos, ou seja, pessoas prudentes, como Jesus orientou.


Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Os versículos João 5:31 e João 8:14, parecem ser contraditórios entre si,  pois em um Jesus diz que dá testemunho de si e no outro não.

sábado, 19 de março de 2011

Preste Atenção no Que Deus Diz

Gostaria de ter uma melhor explicação sobre 1 Reis 13:1-32.



O teólogo Lawrence Richards explica que, em diversas ocasiões, na época do reino dividido, o ministério dos profetas era direcionado aos governantes. Visto que os reis decidiram afastar-se de Deus, os encontros entre profetas e governantes muitas vezes transformavam-se em confrontos. No dia em que instituiu sua falsa religião, Jeroboão foi contestado por “um homem de Deus [...] de Judá”. Esse profeta pronunciou juízo sobre o altar que Jeroboão estava consagrando e profetizou o nascimento de Josias, rei de Judá, que, um dia, queimaria os ossos dos falsos sacerdotes naquele altar. Como prova de que falava por ordem de Deus, o altar racharia, e as cinzas seriam espalhadas pelo chão. Irado, Jeroboão ordenou que o jovem profeta fosse agarrado. Mas a mão que estendeu para agarrá-lo foi acometida de paralisia, e Jeroboão não pôde mais movê-la! Naquele momento, o altar rachou-se.


Assustado, Jeroboão suplicou ao profeta que pedisse a Deus que o curasse da paralisia, e seu braço foi restaurado. Em seguida, o porta-voz de Deus fez sua declaração profética com autoridade divina inquestionável!


Os milagres ou o cumprimento imediato das profecias, várias vezes, autenticavam o ministério dos profetas. A influência que tinham é demonstrada pelo fato de Roboão ter dispensado um exército pronto para atacar os rebeldes em Israel por causa da palavra do profeta Semaías (2 Crônicas 11). Até Jeroboão, quando seu filho adoeceu, enviou a esposa ao profeta Aías para consultar ao Senhor (1 Reis 14).


O ministério dos profetas era odiado por reis rebeldes, e sua mensagem era rejeitada. Mas os reis – tementes a Deus ou não – e o povo em geral reconheciam esses homens como porta-vozes de Deus e os viam com respeito e, às vezes, com temor.


Então, por que os profetas não foram capazes de evitar a queda dos dois reinos em pecado? Por que o ministério deles foi, de maneira geral, ineficiente?


Como nos dias de hoje, o problema não estava na Palavra, e sim, nos ouvintes. Esses porta-vozes de Deus, de fato, comunicaram Sua mensagem. Mas o povo não correspondeu. Reconheciam que a mensagem e o mensageiro eram de Deus, mas nem por isso reassumiram seu compromisso com Ele. Por não estarem dispostos a se submeter à vontade do Senhor, insistiram obstinadamente em seguir os próprios caminhos. Mas como Jesus ensinou, não é a pessoa que ouve a palavra que é abençoada. Recebe as bênçãos de Deus quem ouve e pratica Sua vontade (Mateus 7:24).


Os homens e mulheres de ambos os reinos que se orgulhavam de suas atividades religiosas, de seus profetas, do templo e dos lugares sagrados eram parecidos com os homens e mulheres de hoje, que confundem a frequência à igreja com discipulado e “acreditar na Bíblia” com obediência. No chamado profético do povo de Deus, que foi conclamado a dar ouvidos ao Senhor e obedecer-lhe de todo o coração, ouvimos Seu convite a nós hoje – convite preparado não para ser um peso em nossa vida, mas para nos afastar, com segurança, do juízo pessoal para o qual nossas escolhas obstinadas certamente nos levariam.

Um abraço,
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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Quem foi Safã?

sexta-feira, 18 de março de 2011

O Cíume, o Zelo e o Amor de Deus

Se Deus é amor (1 Jo 4:8), e se o amor não arde em ciúmes (1Cor 14:4), como explicar o trecho bíblico: ‘porque eu, teu Deus, sou um Deus ciumento (Êx 20:4)’?

 Meu prezado, não encontrei a palavra que você está mencionando, em Êxodo 20:4, mas acho que você deve estar se referindo a alguma expressão de Êxodo 20:5, certo?


Este é um problema mais de palavras do que de doutrinas ou de revelação divina.

Em primeiro lugar, em Coríntios a Bíblia não está dizendo que ter ciúmes, seja contrário ao amor; ali o texto diz que o amor não arde em ciúmes; o verdadeiro amor não tem ciúmes excessivos, nem tem o ciúme como base. Uma coisa é ser obcecado pelo ciúme (o que é doentio e contrário ao amor verdadeiro - o que seria arder em ciúme) outra coisa é ter uma taxa sadia de um ciúme zeloso. E aí vem o segundo ponto.

Em segundo lugar, precisa ver o que o texto bíblico está querendo expressar com este termo: ‘ciumento’. Você sabe que as bíblias que temos em mãos, em português, não estão em sua lingüística original, certo? Ou seja, uma vez que este texto foi escrito em hebraico, tudo o que temos em mão são traduções. Ao traduzir, a dificuldade de conseguir expressar exatamente o que o autor pensava é muito grande, e por isto, se valendo de sinônimos, muitas vezes, ao comparar versões diferentes da Bíblia, você vê os tradutores expressando de formas diferentes, o mesmo sentido de uma mesma passagem, valendo-se de palavras sinônimas, por exemplo. E aí nos vem as perguntas:

"Qual é a palavra no original hebraico que foi traduzida para 'ciumento' na sua Bíblia?" Resposta: a palavra é 'qnna'; um termo adjetivo hebraico usado somente para a pessoa de Deus.

"O quê quer dizer, tal palavra?" Resposta: Tal palavra se origina de uma raiz que pode ter outros derivados que cheguem a significar 'ciúme'; mas tal variação em si, não; ela quer dizer sobre a característica de alguém ter um zelo muito forte, que exige exclusividade.

"Qual seria a melhor tradução para tal palavra?" Sinceramente, eu não ser que versão da Bíblia é esta que você está usando que expressa 'qnna' pela tradução 'ciumento'. Eu tenho aqui, em minha mesa, seis versões, e nenhuma delas usa a palavra ‘ciumento’. Veja abaixo:

1 – A Revista e Atualizada usa o termo ‘zeloso’.

2 – A Nova Tradução na Linguagem de Hoje usa o termo ‘não tolero’.

3 – A Revista e Corrigida usa o termo ‘zeloso’.

4 – A Tradução Brasileira usa o termo ‘zeloso’.

5 – A Young’s Literal Translation usa o termo ‘zealous’.

6 – A Nova Versão Internacional usa o termo ‘zeloso’.

Como a própria Bíblia diz que entre muitos conselheiros há mais sabedoria; diante de tantas traduções concordando com o uso de uma mesma palavra, a palavra 'zeloso', e diante do próprio sentido original hebraico do texto, é mais prudente entende-lo como sendo um indicador de um Deus zeloso, e não ciumento.

Deus é um Deus de amor.



Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Gostaria de ter uma melhor explicação sobre 1 Reis 13:1-32.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Tatuagem na Coxa de Jesus

A inscrição na coxa do cavaleiro de Apocalipse 19:16 quer dizer que Cristo usa tatuagem?



Realmente é importante que discutamos esse assunto, pois os assuntos “tatuagem” e “santidade” parecem não combinar, pelo menos no atual contexto cristão em que nossa sociedade vive. A partir da referida passagem bíblica: “Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES”, surge a indagação: “isso seria uma referência a uma possível tatuagem?


A resposta é: “não”! Afinal:


a) No contexto em que João escreveu, não existia o conceito de tatuagens que conhecemos hoje. Qualquer pessoa que representasse a religião, no meio hebreu, deveria ter, em sua apresentação pessoal, um corpo sem defeitos, manchas ou máculas.


b) O Apocalipse é um livro simbólico, e nem tudo, principalmente nessa passagem, pode ser tomado como literal em seu entendimento. Veja os versos anteriores: olhos de fogo e espada saindo da boca. Qualquer pessoa entende que essas expressões são figuras de linguagem e têm a finalidade de significar algo mais amplo.


c) O texto hebraico não indica que, necessariamente, no tecido epitelial da coxa do cavaleiro havia uma estampa em relevo, textura ou tintura. A expressão pode estar se referindo à “coxa da roupa”, ou seja, como é apresentado pelo Comentário Bíblico SDABC: “o nome se viu escrito na parte da sua capa que cobria a coxa.” O teólogo Swete concorda com essa ideia. Ele diz: “...terceiro nome de Cristo está ‘exposto na sua veste, onde cai sobre a coxa’”. Charles elucida da seguinte maneira: ‘O Vidente vê na visão o guerreiro divino e os seus cavaleiros celestiais - não hesitando, mas precipitando-se para baixo desde os céus e para a frente contra os exércitos cerrados da besta, do falso profeta e dos reis da terra, e, como eles prosseguem, as suas vestes ondeiam após si, e assim na coxa do líder revela-se o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores’.” (Novo Comentário da Bíblia, 74).


Mas, acima de toda essa discussão, podemos concluir o mesmo que Barclay em O Novo Testamento Comentado: “De toda maneira, o que diz literalmente é que o título estava escrito de maneira que todos pudessem lê-lo, e, portanto a interpretação mais provável é que estivesse escrito, de algum modo, no bordo de sua túnica ou capa. O título o assinalava e destacava o maior de todos os senhores e de todos os governantes, o único verdadeiramente divino, o Rei do Universo.”


Um abraço,
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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Se: Deus é amor (1 Jo 4:8), e se o amor não arde em ciúmes (1Cor 14:4), então, como explicar o trecho bíblico: ‘porque eu, teu Deus, sou um Deus ciumento (Êxodo 20:4)’?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Parentes "do Contra" o Impedem de Ir à Igreja

Sou o único cristão em minha família.
Meus parentes não me obrigam a não ser cristão.
Mas todas as vezes que tento ir à igreja, eles ficam chateados, e chegam a tentar proibir-me.
 O que faço?



Fico feliz em perceber que você é alguém que quer se manter firme na fé. É, realmente, lamentável, a situação de estar tendo que “nadar contra a maré”, pra poder ser fiel da Deus. Mas saiba que Ele lhe entende (Isaías 65:24).
Lembre-se que o seu primeiro campo missionário é a sua família (João 13:34-34). O bom relacionamento com os seus querido, respeitando-os em suas crenças, é a maior pregação que você pode transmitir-lhes (Êxodo 20:12). Para isto, em algum momento ou outro, você precisará abrir mão de alguma participação igreijeira (Oséias 6:6). Isso não significa abrir mão da sua fé, nem mesmo das suas crenças, ou da salvação (Mateus 9:13). É preciso equilíbrio, ao se estabelecer os limites (Efésios 6:1). Entretanto, se chegar a um ponto em que seus parentes lhe forcem a algo que fira os princípios bíblicos que você tenta observar, aí a delimitação do limite deve ficar clara (Mateus 10:37-38).
Mesmo que for preciso, em algum momento ou outro, deixar de ir a algum culto, nunca deixe de fazer a sua devoção pessoal (Deuteronômio 6:5-9). A cada dia, separe um lugar especial, num horário especial, onde, a sós, você se encontre com o seu Deus, através da leitura bíblica, do tempo de oração e do louvor. Mantenha-se conectado com Ele (João 15).
E ele vai fortalecer a sua fé, ainda que estejas num “deserto” (Gênesis 5:24). E lembre-se, sempre que tiver oportunidade, não deixe de ir à igreja (Hebreus 10:25). Era assim que Jesus fazia (Lucas 2:41-52; 4:16).

Um abraço do seu irmão na fé,


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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
A inscrição na coxa do cavaleiro de Apocalipse 19:16 quer dizer que Cristo usa tatuagem?

terça-feira, 15 de março de 2011

Deus Foi Duro Com os Leprosos e a Lepra?

As orientações de Deus sobre como cuidar dos leprosos no livro de Números não são duras demais?


Uma leitura inicial do livro de Números pode levar o leitor a pensar que Deus estava sendo “desumano” em Suas orientações sobre como os israelitas deveriam tratar os leprosos. Entretanto, para compreendermos esse texto, precisamos imergir um pouco mais na cultura hebraica e no contexto de Números. Imagine aqueles dois milhões de pessoas no deserto, sem a tecnologia, sem a medicina moderna, com pouquíssima água, sem saneamento básico, vivendo em barracas, com praticamente a mesma roupa a vida toda, naquelas condições climáticas! O que você faria se estivesse lá, naquele contexto, e algumas pessoas tivessem lepra?
É claro que o leproso preferiria não ter lepra. Mas uma vez que havia manifestado a doença, por amar seus irmãos, ele ficaria muito triste se soubesse que a sua doença estivesse levando outros à morte. Portanto, evitar o contato direto com os sãos era, também, uma forma de amar. Pois ele faria o que se a lepra era incurável e contagiosa até pelo simples contato? Agir de outra forma seria eliminar, banir, definitivamente, todo aquele povo da face da Terra. O amor à sociedade como um todo, muitas vezes, faz algumas exigências ao indivíduo. Isso é natural.
Naquele tempo, os leprosos não ficavam sem um lugar para viver. Existiam as aldeias, ou vales, ou cidades próprias para eles, onde teriam casa e amparo. A Bíblia não diz que os israelitas deveriam deixar de amar os leprosos. Não! Pelo contrário, os habitantes da sociedade comum iam até a habitação dos leprosos para suprir as necessidades deles. Os leprosos eram praticamente mantidos pela parte “normal” da sociedade com um tipo de aposentadoria por invalidez, o que não deixa de ser um seguro social.
Atualmente, a hanseníase tem cura, e logo depois do início do seu tratamento não é mais contagiosa. Não precisamos mais levar os doentes para viverem em outra cidade. Mas, em relação a muitas enfermidades, hoje, nós agimos de forma semelhante àqueles costumes do mundo antigo, com a diferença apenas de que o fazemos aos moldes modernos. Quando alguém entre nós fica muito doente, deixa de morar em casa e vai morar no hospital, um lugar comum de habitações de muitos outros doentes. Se a doença é grave ou se os recursos hospitalares são escassos, limitamos as visitações, e se é mais grave ainda, cortamos, de vez, as visitações. O que mudou foram as características físicas, mas o princípio continua o mesmo.
Realmente, a doença não nos deixa em uma situação agradável. Mas enquanto vivermos neste mundo de pecado, vamos passar por essas dores, que são um mal necessário. “Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça.” 2 Pedro 3:13.

Espero encontrar-lhe lá.

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Sou o único cristão em minha família. Meus parentes não me obrigam a não ser cristão. Mas todas as vezes que tento ir à igreja, eles ficam chateados, e chegam a tentar proibir-me. O que faço?

segunda-feira, 14 de março de 2011

E Deus Mudou...

Se Malaquias 3:6 diz que Deus não muda, como Ele já pôde realizar tantas mudanças, mesmo registradas na história bíblica? Deus muda ou não muda?



Um texto fora do seu contexto pode transformar-se em um pretexto. Lugar comum, este jargão nos é válido e necessário nesta análise. Deus não muda o quê? Se Ele não mudasse absolutamente nada Ele nem existiria como Deus, pois seria totalmente estático e destituído da dinâmica que tudo cria e mantêm. Logo, é de caráter não somente filosófico, mas muito óbvio de que a afirmativa de que deus não muda é carente de contextualização explicativa.

E como aplicar isto ao caso de Malaquias 3:6. É só ler o livro de Malaquias todo e procurar entendê-lo como um todo. Malaquias não tinha a intenção de escrever somente o verso seis. Ele nem sabia que um dia seu texto seria dividido em capítulos e versículos. Malaquias escreveu o todo. E olhando o todo chegamos muito melhor a uma interpretação de texto honesta e contextualizada.

Na realidade, o Senhor recusa o plano da acusação de que ele faz vistas largas para a maldade (2:17). Porque a santidade de Deus é eternamente constante e inalterável (Números 23:19; Tiago 1:17). Justamente por causa desta imutabilidade deste atributo de Deus é que os Seus propósitos eternos para com o seu povo devem ser permanentes. E é aí que entram mudanças, não na pessoa de Deus, mas nos planos que Ele efetua. Se o Seu plano maior é manter o bem e punir o mal e para isso é necessário mexer com detalhes menores, com certeza, Ele vai mexer, para não mudar o plano original maior (Ex. 1Samuel 2:30). Nisto, talvez Ele discipline ou talvez corrija os Seus, mas qualquer coisa que Ele fizer, sempre será com um propósito imutável, que é a Sua vontade de que eles se arrependam e sejam salvos.

Que você seja tão flexível como Deus, para mudar-se daquilo que é supérfluo para aquilo que é de necessidade imutável, que é a adesão aos Seus eternos atributos do bem, capazes de dar-lhe a felicidade que é também eterna.

Um abraço,

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
As orientações de Deus sobre como cuidar dos leprosos no livro de Números não são duras demais?

domingo, 13 de março de 2011

Quem Batizou João Batista?

Quem batizou João Batista?

O Batismo é um rito religioso originário dos tempos pré-cristãos. Os judeus o praticavam como uma cerimônia para receber prosélitos, para dentro do judaísmo. Antes do contexto cristão neo-testamentário, os judeus consideravam, pelo batismo, o prosélito como um integrante da mesma aliança da qual participavam os israelitas de nascimento. Portanto, no contexto judaico antes de Cristo, o normal é que um judeu não fosse batizado, pois não era um prosélito.
Entretanto, os escênios, um grupo menor religioso judaico que buscava a purificação e a perfeição espiritual pelo viver isolado em montanhas desérticas, também praticavam o batismo em conexão com seus ritos religiosos, para com indivíduos já judeus. Inclusive, alguns historiadores afirmam que João Batista foi batizado por este grupo.
Na realidade, este grupo tinha algumas características peculiares que se assemelham às particularidades de João Batista. Entretanto, há também muita diferença entre um escênio e o precursor de Cristo. A afirmação do Batismo de João pelos escênios é somente um registro da tradição . Não há apoio de algum escrito inspirado para afirmar assim. O que deixa em aberto, ser esta afirmação verdadeira ou não.
A instituição do batismo como requisito para a prática da religião Cristã foi estabelecida por Jesus num tempo depois de João (Mt 28:19). Portanto, não podemos, categoricamente, afirmar se João Batista foi batizado ou não, ou por quem teria sido batizado.
“Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado”. Marcos 16:16. Aproveite todas as oportunidades que tiver, para se tornar plenamente um cristão.
Que Deus o abençoe!.

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Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Se Malaquias 3:6 diz que Deus não muda, como Ele já pôde realizar tantas mudanças, mesmo registradas na história bíblica? Deus muda ou não muda?