Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o terceiro dia.
Eu havia viajado mais de mil quilômetros para ficar um pouquinho com minha namorada, na universidade em que ela estudava. Não nos víamos com tanta freqüência, portanto, cada momento precisava ser especial. Foi num desses momentos que tivemos um insight de assistir ao pôr-do-sol naquele fim de tarde. Mas de onde estávamos não seria possível. Embora estivéssemos longe, decidimos correr para chegar até o mirante mais próximo, que era o jardim da igreja do campus. Estava quase na hora do ocaso, mas compensaria correr!
Começamos a subir pela estrada afora em uma maratona de ritmo realmente acelerado. Tínhamos que chegar a tempo. Eu esperava pelo meu par, que com sua delicadeza e determinação femininas, se esforçava ao máximo. Mas estávamos realmente longe, se pensássemos nos poucos minutos que tínhamos. Corremos muito! Por fim, eu também não estava agüentando mais. Dava vontade de desistir, mas já havíamos corrido demais para desprezarmos todo o esforço até ali investido. Não tínhamos mais forças, mas não conseguíamos parar. Aliás, não podíamos parar.
Corremos, cansamos, temos vontade de desistir, tentamos nos reanimar, vislumbramos o fracasso... Ahh!! É a vida, não é meu irmão? Se você passa ou já passou por algum desses estágios, senão por todos, saiba que tem companhia. E o ponto mais comum é a nossa irônica impossibilidade de desistir, pelo fato de ninguém de nós querer perder a vida, por mais canseira que ela seja. Por que não queremos abrir mão desta sofredora existência? Simples: esperamos ver a melhora. A esperança é a centelha que mantém a motivação de viver. Tire todas as esperanças de alguém e terá lhe sacado o último suspiro de vida.
Uma grande desoportunidade é não saber no que se tem esperança. Não é meio louco?: “Eu espero, mas não sei o quê?” Este é um suspiro inconsciente de muitos seres humanos, que não sabem se esperam melhorar esta vida ou encontrar a melhora no fim desta vida. Qual dos dois você prefere? Bem, neste aspecto, nossa escolha não muda muita coisa. Então, o melhor é acatar um conselho de Jesus, que está em João 16:33, que diz assim: “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. Não pare! É o recado. Não desista, porque o horizonte final é o mais belo, e se você ainda não o contemplou é porque ainda não está no fim.
Por fim, alcançamos a recompensa. O cansaço desapareceu diante da gostosa sensação de vitória. O sol estava quase tocando a borda da colina. A paisagem atmosférica tinha ficado avermelhada, com rajas de um laranja intercalado sequencialmente com o branco das nuvens e o azul que ainda restava do dia, parecendo que uma grande brocha, após dançar por uma aquarela bem composta, num risco aleatório, produzira milagrosa e propositalmente, a mais linda estampa na abóbada celeste. Que presente Deus estava nos dando: um casal de namorados, a presença divina, uma paisagem estonteante e um objetivo alcançado. Uau! A mistura destes componentes fez rolar uma química muito romântica.
Amor! Pensei no que Deus deve ter sentido ao terminar cada dia da criação, pensando em nós. “Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o terceiro dia” Gn 1:13. Ali, em uma celebrante adoração, cantamos: “Um dia mais, chegou ao fim, e logo já se vê, na luta contra o mal, faltas a vencer. Talvez você, ansiasse ter mais força, mais poder. Não se desanime! Contemple os altos céus! Não é segredo, o amor de Deus! O que fez por outros, por você fará: os seus pecados, perdoará. Não é segredo...
... o amor de Deus!”
Twitter: @Valdeci_Junior
Pergunta Que Será Respondida Amanhã:
Se hoje temos tantos meios sofisticados de iluminação, para quê ainda nos servem as luzes dos astros, principalmente da Lua, mas também os raios do Sol?
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