No trecho da Bíblia de hoje, Gênesis 16-19, há alguém que se identifica muito comigo e com você, na luta da caminhada cristã.
Ela aparece nas Escrituras por mais razões do que meramente estimular nossa simpatia pelo fato de ter se perdido no deserto. É um elo na corrente da providência insondável de Deus, pois seu nome está entrelaçado com as raízes da história da Igreja de Deus.
Apesar de ser escrava, Agar não era qualquer uma, já que Sara tinha uma grande estima por ela. Percebemos isso pelo fato de que, quando Sara quis que Abraão tivesse um filho, por ser estéril, ela deu Agar a Abraão, para que dela nascesse o filho da promessa. Do ponto de vista de Sara, era impossível conceder honra maior a uma escrava.
Naquela época, isso era comum, mas não deixava de ser pecado, pois era um adultério. E as conseqüências do pecado vieram. Agar desprezava sua patroa porque teve um filho com o marido dela, e a patroa sentia ciúmes da escravinha egípcia. A rixa passou de mães para filhos. O problema cresceu até chegar a Abraão, e ele e Sara tiveram problemas matrimoniais. Para que a situação fosse resolvida, Agar foi despedida, indo para o deserto com seu filho.
Nessa parte, a narrativa de Agar começa a ser uma grande história. De seu filho, Ismael, procedeu uma descendência incontável, da qual temos até hoje: os árabes. A força do Islam, em sua origem, está unida ao nome de Agar.
Aquela garota conhecera o verdadeiro Deus e tinha fé na promessa da vinda de um Messias. Ela chegou a conviver com o sonho de que havia dado à luz a um antecessor do Messias e creu nisso por anos. Com o passar do tempo, seus olhos se abriram e foram desiludidos.
Independentemente de suas crenças ou desilusões, Agar foi alvo do cuidado especial de Deus. Ela teve o privilégio de ver o Senhor aparecer duas vezes. A primeira, no caminho de Shur, quando ela havia fugido. A segunda, no deserto de Berseba, quando Ismael estava morrendo de sede. O Senhor deu ricas promessas para Agar. Disse-lhe que faria do seu filho uma grande nação, capaz de lutar contra todos. Podemos ver que a profecia se cumpriu literalmente.
Filhos de Deus, honrados, pecadores caídos, resgatados, estamos numa mesma jornada, de onde tentamos enxergar o cumprimento das promessas. “Pois ele é o nosso Deus, e nós somos o povo do seu pastoreio, o rebanho que ele conduz (Salmo 95:7)”. Leia hoje, o espelho da sua história e apegue-se às promessas divinas. Não importa de onde você venha, Ele quer cuidar de você.
Twitter: @Valdeci_Junior
e
Fátima Silva
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