Desde o seu início, o livro Levítico toca em um assunto que precisamos definir logo. São as diferenças de tratamento, para com os diferentes tipos de pecado. Você percebeu? Há instruções de tipos diversos de sacrifícios, conforme o tipo de pecado. E aí vem a pergunta: “Mas como? Não são todos os pecados iguais para Deus?”.
O teólogo A. R. Timm explica que, para entendermos o problema do pecado, é fundamental que tenhamos uma compreensão sobre a distinção entre o pecado – condição – e os pecados – atos pecaminosos. O pecado é uma condição humana de separação de Deus, e um princípio interior propulsor para o mal (Isaías 59:2; Efésios 2:1-5). Esse princípio se manifesta exteriormente através de atos pecaminosos. Porque Cristo declara que “do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos” e as más ações (Marcos 7:21). Portanto, a essência de todos os pecados é sempre a mesma: a separação entre o humano e o divino.
Mas existem algumas realidades que nos mostram que, aos olhos de Deus, nem todos os pecados são iguais. Para que a tentação se transforme em pecado, existe um processo: a) o despertar da atenção; b) a consideração; c) o desejo; d) a tomada de decisão; e) o planejamento e; f) a ação. Uma vez que o grau de envolvimento nesse processo pode variar de intensidade, não podemos afirmar que o pecado de alguém que teve apenas um desejo pecaminoso momentâneo seja tão ofensivo a Deus como um pecado premeditado, como por exemplo, o pecado premeditado de Davi, com Bate-Seba.
Outra evidência de que Deus não considera todos os pecados como sendo iguais é a observação da maneira como será efetuada a execução final dos ímpios, no juízo final. A visão dada a João mostrava que eles eram punidos e julgados “de acordo com o que tinham feito (Apocalipse 20:11-13). Percebe como haverá diferenciação? Lucas figura essa diferenciação dizendo que uns são castigados com “poucos acoites”, e outros, com “muitos acoites (Lucas 12:47-48)”. Se os pecados fossem iguais, não receberiam todos o mesmo castigo?
Todo pecado é pecado, no sentido de que a pessoa tem uma culpa. Mas quando se fala de conseqüência, cada ato pecaminoso é distinto. As ações pecaminosas são diferentes umas das outras. Nisso, Deus faz questão de nos tratar com justiça. E ainda bem, que Ele sabe fazer justiça, não é mesmo?
Mas lembre-se de uma coisa: por mais insignificante que determinado pecado possa parecer, ele é suficientemente ofensivo para excluir o pecador do reino de Deus. Então, se você pecar, busque a defesa do seu Advogado, que é Jesus (1João 2:1). Fique com Ele!
Twitter: @Valdeci_Junior
e
Fátima Silva
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