O santuário celestial também necessita ser purificado. “Portanto, era necessário que as cópias das coisas que estão nos céus fossem purificadas com esses sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios superiores” (Hebreus 9:23). O grande dia da expiação da história humana teve data marcada pela Bíblia. O anjo havia dito que, quando se passassem 2300 anos, começaria tal purificação. “Isso tudo levará duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será reconsagrado” (Daniel 8:14). A palavra “reconsagrado” aqui significa “justificado”, o que indica um julgamento. O Yom Kippur era um dia considerado pelos judeus como um dia de julgamento final (anual), onde eles eram realmente justificados de seus pecados que haviam se acumulado no tabernáculo, porque tal tenda estava sendo purificada. O pecado seria, enfim, banido e esquecido do arraial (Levítico 16).
Se contarmos 2300 anos, chegaremos a 1844 d.C. Desse ano em diante, o ministério de Cristo se ampliou do Lugar Santo para o Lugar Santíssimo no Santuário Celestial.
Estamos vivendo no grande Yom Kippur do período de pecado neste planeta. É dia, ou melhor, tempo de juízo. Nosso grande Sumo Sacerdote é também o Juiz (João 5:22) do cristão, “pois chegou a hora de começar o julgamento pela casa de Deus” (1Pedro 4:17). “Tronos foram colocados, e um ancião se assentou... o tribunal iniciou o julgamento, e os livros foram abertos” (Daniel 7:9-10) para que o universo (1Coríntios 4:9) verifique o nosso nome (Apocalipse 20:15; 21:27) e os nossos atos (Malaquias 3:16).
Mas não tema esse julgamento. Nosso advogado é o próprio Juiz (1João 1:21)! Ele há de julgar o mundo com justiça (Atos 17:31) porque não quer ver nenhuma possibilidade de um inocente ser executado com a morte eterna. Se você for amigo dEle, com certeza, quando seu nome for passado em revista, será absolvido. “Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos” (Hebreus 8:14).
Um abraço,
Pr. Valdeci Jr.
e
Fátima Silva
A interpretação profética das 2300 tardes e manhãs (Dn.8.14) é muito complexa. Toda a interpretação gira em torno do significado de tempo. Em Dn.4.25, entre outros versículos do mesmo capítulo, tempo é um período de um ano conforme Dn.11.13. Foi isso o que tinha em mente o próprio Daniel quando foi dito que o rei Nabucodonosor viveria sete tempos como um animal do campo (Dn.4.25). Daniel tinha em mente que o tempo em Dn.7.25 envolvia o mesmo período "Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (Dn.7.25). Mas não parou por aí. Em Dn.8.17 e 19 Daniel continuou pensando que o tempo tinha a mesma duração: "tempo do fim" (Dn.8.17) e "tempo da ira" (Dn.8.19) e então teve dificuldade de interpretar a visão: "não havia quem a entendesse" (Dn.8.27). Algum tempo depois Daniel percebe que tempo poderia significar um período de duração diferente de um ano: "no primeiro ano do seu reinado ( reinado de Dario, filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus), eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de transcorrer sobre as desolações de Jerusalém, era de setenta anos". (Dn.9.2). Embora Daniel tenha tido este entendimento o mesmo não sabia que o tempo em Dn.8.17 e 19 seria outro: "sete semanas, e sessenta e duas semanas...uma semana" (Dn.9.25 e 27). Nestas setentas semanas estão as 2300 tardes e manhãs:"Ele me disse: "Isso tudo levará duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado" Dn.8.14.
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